998 resultados para Reconstrução paleoambiental
Resumo:
Este artigo apresenta alguns dados sobre a história do campo de conhecimento e prática da Psicologia em sua relação com a educação no Brasil. Este estudo foi conduzido baseado no fundamento epistêmico-filosófico do materialismo histórico dialético e na nova história, utilizando fontes bibliográficas históricas e cinco relatos orais de personagens da Psicologia educacional e escolar. Os depoimentos e o material das fontes escritas constituíram o corpus documental, cuja organização seguiu a metodologia da história oral e da historiografia plural. Foi realizada análise descritivo-analítica compreendida em duas etapas: a) análise documental (fontes não orais) e b) construção de indicadores e núcleos de significação dos registros orais. A partir das análises, compôs-se uma periodização da história da Psicologia educacional e escolar brasileira por meio de marcos históricos que compreendeu as fases: 1) colonização, saberes psicológicos e educação (1500-1906), 2) a Psicologia em outros campos de conhecimento (1906-1930), 3) desenvolvimentismo - a Escola Nova e os psicologistas na educação (1930-1962), 4) A Psicologia educacional e a Psicologia do escolar (1962-1981), 5) o período da crítica (1981-1990), 6) a Psicologia educacional e escolar e a reconstrução (1990-2000) e 7) A virada do século: novos rumos? (2000-).
Resumo:
A técnica de Fixação Zigomática serve como um meio alternativo para pacientes que apresentam grande perda de estrutura maxilar decorrentes de atrofia maxilar severa, traumas, cirurgias ressectivas tumorais ou defeitos congênitos. Pacientes portadores de fissura de lábio e palato podem ser beneficiados com esta técnica, pois apresentam baixo desenvolvimento de seus maxilares devido às cirurgias primárias de queiloplastia e palatoplastia. O implante zigomático de titânio que possui em média 30 mm a 52,5 mm de comprimento, se insere no rebordo alveolar remanescente em direção ao corpo do zigoma. Por meio dessa técnica, é possível ancorar uma prótese fixa utilizando carga precoce. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi de relatar um caso ocorrido no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Bauru, São Paulo, com resolução protética de um paciente portador de fissura labiopalatina através da ancoragem zigomática. Relato Clínico: Em 2008, paciente do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, portadora de fissura labiopalatina, foi realizado um planejamento criterioso e a opção mais adequada foi a resolução protética através de uma ancoragem em zigoma. Foi utilizado implante zigomático do lado direito e implantes unitários na região dos dos elementos dentários 13 e 11, após exodontia do elemento 11. Assim, confeccionada uma prótese sobre implantes e placa miorrelaxante com controle de 45 dias. Conclusão: Esta alternativa possibilita ao paciente uma menor morbidade, sem a necessidade de cirurgias de reconstrução óssea, apresenta um tempo menor de tratamento e consequentemente integrando o paciente à sociedade.
Resumo:
As malformações de orelha são anomalias craniofaciais que ocorrem no período de desenvolvimento embrionário, podem acometer tanto a orelha externa, como a média e/ou a interna, e apresentam-se uni ou bilateralmente. A deficiência auditiva é um dos achados clínicos mais comum, cujo tipo e grau pode variar de acordo com as estruturas comprometidas. Para os casos de malformações bilaterais, a preocupação está relacionada ao desenvolvimento de fala e linguagem, sendo imprescindível o diagnóstico audiológico precoce, seguido de intervenção. As possibilidades de tratamento para as malformações de orelha incluem: a adaptação de aparelho de amplificação sonora individual (AASI) por condução aérea ou por condução óssea, a adaptação de próteses auditivas de orelha média cirurgicamente implantáveis e/ou a reconstrução cirúrgica da orelha. Quando na indicação do AASI, o mais comum é a adaptação do dispositivo auditivo por condução óssea, o qual consiste de um vibrador eletromagnético pressionado contra a mastóide, sustentado por um arco ao redor da cabeça. A onda sonora captada pelo microfone é convertida em vibrações eletromagnéticas que serão transmitidas à cóclea. Porém, é importante investigar as condições anatômicas da orelha externa malformada, de modo a verificar a possibilidade da introdução do molde auricular e da sustentação do dispositivo auditivo retroauricular por condução aérea. O objetivo deste estudo é discutir alguns casos clínicos de indivíduos portadores de malformação de orelha externa e/ou média, usuários de AASI por condução óssea e aérea, atendidos na Divisão de Saúde Auditiva-HRAC-USP-Bauru
Resumo:
A aquisição de dados da estrutura termohalina dos oceanos sempre foi limitada pelo alto custo das missões oceanográficas. Sistemas de amostragem in situ menos dispendiosos, como o lançamento de XBTs por navios de oportunidade, a utilização de bóias de deriva, e mais recentemente, de sistemas de observação autõnomos como gliders e flutuadores Argo, foram concebidos como alternativas aos cruzeiros. Estes sistemas são capazes de cobrir vastas porções oceanicas e de fornecer grande quantidade de medições, porem seus dados nem sempre estão disponíveis ou mesmo são adequados `a resolução de um determinado problema ou ao estudo de um fenômeno em questão, devido principalmente à sua falta de sinopticidade e/ou cobertura espacial irregular. Sensores orbitais provaram ser valiosos e comparativamente possuem excelente periodicidade e cobertura espacial, mas suas observações são limitadas apenas à superfície dos oceanos. Assim, a capacidade de se inferir com boa precisão a estrutura termohalina de feições oceanográficas à partir de uma amostragem reduzida e/ou utilizando medições¸ indiretas é desejável e vem sido aprimorada em diversos trabalhos. Métodos clássicos incluem o desenvolvimento de modelos de feição pelo ajuste de curvas paramétricas (e.g. GANGOPADHYAY et al., 1997; CHU et al., 1999) e a reconstrução de perfis utilizando modos EOF (e.g. CARNES et al., 1990; AGARWAL et al., 2007)
Resumo:
Las intervenciones en el desarrollo personal y de carrera apuntan a ayudar a las personas a encontrar respuestas a cuestiones de desarrollo personal y de carrera que tienen su origen en el contexto social en el que viven. Las definiciones sociales de estas cuestiones de carrera tienen una doble consecuencia. Por un lado, estas cuestiones varían de una cultura a la otra; y por otro lado, ellas evolucionan conjuntamente con los contextoo en las que se expresan. La implementación de intervenciones de desarrollo de carrera rigurosas requiere, en primer lugar, una reconstrucción científica de estas cuestiones sociales y, además, una clara definición de los objetivos y fines de estas intervenciones. Nuestra visión actual de las cuestiones sociales relativas a las intervenciones para el desarrollo personal y de carrera puede ser expresada del siguiente modo:"¿Cómo podemos ayudar a las personas a dirigir sus vidas, en la sociedad (humana) en la que interactúan?" Esta pregunta puede ser transformada en la siguiente pregunta científica:"¿Cuáles son los factores y procesos involucrados en la auto-construcción a lo largo de toda la vida?" De-viene necesaria la articulación de tres proposiciones principales (sociológica, cognitiva y dinámica) para responder esta pregunta. Tal estructura teórica no permite la formulación de una definición de los fines de las intervenciones para el desarrollo personal y de carrera. En el mundo actual, la adopción masiva de una ética personal de responsabilidad hacia la vida sobre la Tierra (H. Jonas) podría muy bien ser un fin fundamental de estas intervenciones.
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Las intervenciones en el desarrollo personal y de carrera apuntan a ayudar a las personas a encontrar respuestas a cuestiones de desarrollo personal y de carrera que tienen su origen en el contexto social en el que viven. Las definiciones sociales de estas cuestiones de carrera tienen una doble consecuencia. Por un lado, estas cuestiones varían de una cultura a la otra; y por otro lado, ellas evolucionan conjuntamente con los contextoo en las que se expresan. La implementación de intervenciones de desarrollo de carrera rigurosas requiere, en primer lugar, una reconstrucción científica de estas cuestiones sociales y, además, una clara definición de los objetivos y fines de estas intervenciones. Nuestra visión actual de las cuestiones sociales relativas a las intervenciones para el desarrollo personal y de carrera puede ser expresada del siguiente modo:"¿Cómo podemos ayudar a las personas a dirigir sus vidas, en la sociedad (humana) en la que interactúan?" Esta pregunta puede ser transformada en la siguiente pregunta científica:"¿Cuáles son los factores y procesos involucrados en la auto-construcción a lo largo de toda la vida?" De-viene necesaria la articulación de tres proposiciones principales (sociológica, cognitiva y dinámica) para responder esta pregunta. Tal estructura teórica no permite la formulación de una definición de los fines de las intervenciones para el desarrollo personal y de carrera. En el mundo actual, la adopción masiva de una ética personal de responsabilidad hacia la vida sobre la Tierra (H. Jonas) podría muy bien ser un fin fundamental de estas intervenciones.
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Las intervenciones en el desarrollo personal y de carrera apuntan a ayudar a las personas a encontrar respuestas a cuestiones de desarrollo personal y de carrera que tienen su origen en el contexto social en el que viven. Las definiciones sociales de estas cuestiones de carrera tienen una doble consecuencia. Por un lado, estas cuestiones varían de una cultura a la otra; y por otro lado, ellas evolucionan conjuntamente con los contextoo en las que se expresan. La implementación de intervenciones de desarrollo de carrera rigurosas requiere, en primer lugar, una reconstrucción científica de estas cuestiones sociales y, además, una clara definición de los objetivos y fines de estas intervenciones. Nuestra visión actual de las cuestiones sociales relativas a las intervenciones para el desarrollo personal y de carrera puede ser expresada del siguiente modo:"¿Cómo podemos ayudar a las personas a dirigir sus vidas, en la sociedad (humana) en la que interactúan?" Esta pregunta puede ser transformada en la siguiente pregunta científica:"¿Cuáles son los factores y procesos involucrados en la auto-construcción a lo largo de toda la vida?" De-viene necesaria la articulación de tres proposiciones principales (sociológica, cognitiva y dinámica) para responder esta pregunta. Tal estructura teórica no permite la formulación de una definición de los fines de las intervenciones para el desarrollo personal y de carrera. En el mundo actual, la adopción masiva de una ética personal de responsabilidad hacia la vida sobre la Tierra (H. Jonas) podría muy bien ser un fin fundamental de estas intervenciones.
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El registro sedimentario del lago volcánico conocido como maar de Fuentillejo (Centro de España) ofrece la oportunidad de determinar la evolución paleoambiental durante el Pleistoceno medio y superior de la parte Centro-Sur de la Península Ibérica, objetivo principal de esta Tesis Doctoral. Se ha recopilado información sobre otras reconstrucciones paleoambientales en maares de todo el mundo y estudios paleoclimáticos realizados en el registro de la turbera de Padul, relativamente próxima al maar de Fuentillejo. Con ello, se pudo realizar el estado del arte.A lo largo del sondeo continuo (142,25 m) perforado en la parte central del maar de Fuentillejo en el año 2002, se han tomando un total de 613 muestras a intervalos de 20 cm para el análisis de biomarcadores. Los biomarcadores se obtuvieron mediante un equipo de extracción acelerada de disolventes (Dionex ASE 200) y fueron analizados con un cromatógrafo de gases (HP 6890) con detector selectivo de masas (HP 5973). La datación de sedimentos del maar de Fuentillejo ha sido complicada debido a la ausencia de restos orgánicos terrestres. Se seleccionaron seis muestras de sedimento para intentar datar por el método de racemización de aminoácidos: los resultados obtenidos no fueron buenos. Finalmente, el modelo de edad-profundidad se ha llevado a cabo mediante paleomagnetismo, dataciones 14C y U/Th. En base a una interpolación lineal de las edades medias calibradas se ha datado la base del registro en aproximadamente 355 ka. Se han identificado y cuantificado los n-alcanos, n-metil cetonas, ácidos n- alcanoicos y azufre orgánico del sedimento a lo largo del registro. La interpretación de los diferentes índices establecidos a partir de éstos permite independizar tres Unidades Geoquímicas generales (UG) y nueve Subunidades (S) que definen condiciones paleoambientales distintas (predominio en el aporte de vegetación terrestre/de macrofitas/acuática, lámina de agua más alta vs. más baja, periodos más húmedos vs. más secos).A partir de análisis estadísticos de los índices de n-alcanos (matriz de correlación y análisis de agrupaciones) se han definido tres asociaciones: Grupo 1 (condiciones ambientales más húmedas y fase con lámina de agua elevada), Grupo 2 (con condiciones intermedias) y Grupo 3 (las fases más secas y con lámina de agua más baja). Además, se establece un Indicador Paleoambiental (I.P.) que muestra variaciones notables correlacionables con escenarios paleoambientales distintos (más húmedos vs. más secos) distinguiendo veintiséis Episodios (E): cinco Secos, nueve Húmedos y doce Intermedios.En general, se encuentra una buena correspondencia entre estos Episodios (E) y los eventos paleoclimáticos cortos descritos por Vegas et al. (2010) en este registro, en base a la palinología y geoquímica, así como los Episodios del Oxígeno Marino (MIS) y Eventos Heinrich, que permiten suponer que las oscilaciones paleoclimatológicas registradas en el maar tienen un origen global. Esta correspondencia se confirma por el análisis espectral, que revela que los ciclos interpretados (103, 41, 26 y 23 ka) evidencian influencia orbital. Además, se ha realizado una correlación tentativa entre los episodios paleoambientales de larga duración obtenidos a partir del perfil suavizado del porcentaje relativo de C27 de la Cuenca de Padul (Granada, Sur de la Península Ibérica) y el perfil I.P. suavizado del maar de Fuentillejo, aunque hay diferencias que podrían ser explicadas por la vecindad de Padul a la zona de nieves perpetuas de Sierra Nevada lo que origina marcadas diferencias hidrológicas entre ambos sitios. El análisis por cadenas de Markov ha permitido determinar que los cambios paleoambientales reflejados por los biomarcadores no fueron, en la mayoría de los casos, bruscos pasando, normalmente, por estados transicionales.
Resumo:
Se realiza un estudio detallado del episodio cálido MIS 5 en la zona sureste de la Península Ibérica. Se realiza la reconstrucción paleoambiental a partir del estudio polínico y biomarcadores de un sondeo perforado en la costa de Almería. La cronología se estableció a partir del método de racemizaciónd e aminoácidos.Landwards of a MIS5 bar, a borehole core (SRA) was analyzed to establish the relationship between the lagoonal record and the raised beach deposits in the surroundings of the Antas river mouth and to reconstruct the Pleistocene palaeoenvironmental evolution 5 of the southern Mediterranean coast of the Iberian Peninsula. 63 samples were recovered for amino acid racemization dating, 86 samples for sedimentological and paleontological determination, 37 samples for pollen identification and 54 for biomarker analysis. AAR revealed that the borehole record contains MIS11, MIS6 and MIS5 deposits, the latter extensively represented. During the end of MIS6 and MIS5, a sand 10 barrier developed and created a shallow lagoon with alternating terrestrial inputs this process being common in other Mediterranean realms. Litho- and biofacies allowed the identification of distinct paleoenvironments through time, with the presence of a lagoonal environment alternating with alluvial fan progradation. Biomarkers indicated constant input from terrestrial plants, together with variable development of aquatic 15 macrophytes. The palynological content allowed the reconstruction of the paleoclimatological conditions during MIS6 and 5, with evidence of seven scenarios characterized by alternating arid and relatively humid conditions
Resumo:
Nos textos de Provérbios 1,20-23; 8 e 9, encontra-se o instigante símbolo da sabedoria mulher, que possui uma longa e controvertida história de interpretação. Ao analisar as ligações textuais entre estes textos e o poema de Pr 31, descobrimos que o símbolo da sabedoria mulher inspira-se na mulher da vida real, que participa corajosamente na reconstrução da história e das relações do povo de Judá, no período pós-exílico. Estas ligações desvelam uma grande valorização da mulher e sua proximidade com Deus ao apresentá- la com o poder de oferecer vida (Pr 8,35; 9,6) e de cuidá-la (Pr 31), vivenciando e transmitindo valores éticos fundamentais para as relações cotidianas da casa (Pr 1,8; 6,20; 31,2-9.26). Este símbolo carrega ainda a memória de antigos cultos realizados na casa para celebrar e garantir a vida. Embora estes rituais contivessem a memória de Deusas, eles não eram opostos ao culto de Javé, pois, dentro da dinâmica da casa, estavam inteiramente integrados na religião de Israel pela priorização da vida e pela prática da jus tiça. Esses textos de Provérbios atestam uma grande mudança na visão da mulher. A origem desta nova visão encontra-se na época do cativeiro, quando já não havia templo e nem um governo que canalizasse a organização do povo e sua luta pela libertação. A casa passa a ter funções de prover a subsistência e de transmitir as tradições religiosas do povo bíblico com a finalidade de obter a inspiração e a força necessárias para garantir o futuro. Na casa interiorana, a mulher tem autoridade e liderança, apesar dos preconceitos da sociedade patriarcal. É no pequeno espaço da casa judaíta que o movimento da sabedoria mulher situa-se, gerando relações de inclusão e de solidariedade, na época da dominação do 2º templo, com suas normas sobre a impureza.(AU)
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Nos textos de Provérbios 1,20-23; 8 e 9, encontra-se o instigante símbolo da sabedoria mulher, que possui uma longa e controvertida história de interpretação. Ao analisar as ligações textuais entre estes textos e o poema de Pr 31, descobrimos que o símbolo da sabedoria mulher inspira-se na mulher da vida real, que participa corajosamente na reconstrução da história e das relações do povo de Judá, no período pós-exílico. Estas ligações desvelam uma grande valorização da mulher e sua proximidade com Deus ao apresentá- la com o poder de oferecer vida (Pr 8,35; 9,6) e de cuidá-la (Pr 31), vivenciando e transmitindo valores éticos fundamentais para as relações cotidianas da casa (Pr 1,8; 6,20; 31,2-9.26). Este símbolo carrega ainda a memória de antigos cultos realizados na casa para celebrar e garantir a vida. Embora estes rituais contivessem a memória de Deusas, eles não eram opostos ao culto de Javé, pois, dentro da dinâmica da casa, estavam inteiramente integrados na religião de Israel pela priorização da vida e pela prática da jus tiça. Esses textos de Provérbios atestam uma grande mudança na visão da mulher. A origem desta nova visão encontra-se na época do cativeiro, quando já não havia templo e nem um governo que canalizasse a organização do povo e sua luta pela libertação. A casa passa a ter funções de prover a subsistência e de transmitir as tradições religiosas do povo bíblico com a finalidade de obter a inspiração e a força necessárias para garantir o futuro. Na casa interiorana, a mulher tem autoridade e liderança, apesar dos preconceitos da sociedade patriarcal. É no pequeno espaço da casa judaíta que o movimento da sabedoria mulher situa-se, gerando relações de inclusão e de solidariedade, na época da dominação do 2º templo, com suas normas sobre a impureza.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa busca uma aproximação ao capítulo 11 da profecia atribuída a Oséias. Dedica-se, em especial, ao resgate da memória histórica das mulheres. Por isso não se limita apenas à percepção da sua presença, mas também busca perceber sua participação ativa, criativa e decisiva na caminhada histórica e profética do povo de Israel, no final do século oitavo a.C. A proposição que reside na recuperação desta memória é de que se reconheça as mulheres como sujeito teológico, enquanto co-participantes da produção dos textos bíblicos e, como sujeito social, na resistência ativa às relações de dominação e subordinação das mulheres camponesas e demais minorias oprimidas. Em destaque no cap.11 está o projeto de reconstrução da casa. Esta não é concebida como espaço idealizado, mas como lugar propício para a retomada do projeto libertador do êxodo. Ela torna-se espaço social onde acontece a articulação da oposição ao projeto monárquico, e de construção de alternativas sociais que viabilizam a esperança firmada no valor da vida. É a partir deste espaço concreto viabilizado pela casa, de confronto e resistência, que a história do povo e, da própria monarquia é avaliada. A denúncia profética enfoca a religião colocada a serviço do projeto econômico da monarquia, através da prática do sacrifício, apontada pela profecia com responsável pela desestruturação da casa e por levar Israel à ruína. A profecia também enfoca a denúncia das violências praticadas pelas estruturas de poder monárquico, firmadas na religião. É também neste espaço social da casa que a perspectiva teológica é re-significada e que permite a reconstrução da imagem de Deus. De uma imagem patriarcal monárquica, ela se move em direção a uma imagem feminina maternal, que manifesta a dinâmica diária do cuidado da mãe pelo filho ou pela filha. Nesta representação de Deus está implícita a prática da misericórdia que se concretiza nas relações comunitárias, necessária para a efetivação do projeto de reconstrução que privilegia a casa como espaço concreto que viabiliza perspectivas de esperança.(AU)