1000 resultados para População em Situação de Rua
A criana: Seus Direitos e Polticas Governamentais Estabelecidas para a sua Concretizao em Cabo Verde
Resumo:
Este trabalho centra-se na problemtica da Criana em Cabo-Verde, nas polticas de desenvolvimento deste pas, que visam a defesa dos direitos da Criana, bem como o seu bem-estar social. Donde, se procurou fazer, no primeiro captulo o enquadramento histrico e a contextualizao econmica, cultural e social de Cabo -Verde, de modo a conhecer melhor esta realidade. No captulo trs analisam-se os Direitos da Criana, especialmente os seus no direitos, dado que ainda se encontra numa fase muito embrionria a aplicao global dos Direitos da Criana, no que concerne ao estabelecido, tanto na Declarao como na Conveno dos Direitos da Criana, respectivamente estabelecidas em 1959 e 1989, e abordadas no captulo dois deste Trabalho. Este trabalho foi desenvolvido com o objectivo de melhor entender a situação das crianas neste pas, a diferentes nveis, as suas dificuldades e anseios, bem como a proteco que lhes devida, umas vezes concretizada, mas na maior parte dos casos ainda no. O trabalho de campo reala a importncia do papel desempenhado pelas ONGs e Instituies governamentais, bem como o desenvolvimento alcanado, tendo sempre como objectivo, o processo integrador das Crianas. A metodologia de Investigao assenta em Inquritos e Entrevistas, aplicados a uma amostra significativa. Os resultados procuraram dar respostas, sobre a realidade estudada. As concluses, no so muito surpreendentes, mas so sobretudo, confirmativas das preocupaes equacionadas como hipteses, no incio do estudo. pois um trabalho de carcter mais qualitativo do que quantitativo, pelas suas prprias caractersticas intrnsecas, que ilustra a evoluo deste pas e o esforo politico tentado e j bastante conseguido, na melhoria e proteco das condies de vida da população em geral e das crianas em particular.
Resumo:
O objectivo deste trabalho foi de propor propostas de revitalizao dos patrimnios arquitectnicos, histricos e culturais da cidade de Ponta do Sol, no intuito de que essa aco pudesse contribuir, de forma significativa, para a preservao dos patrimnios e um possvel crescimento econmico de Santo Anto, sobretudo do ponto de vista turstico. A cidade de Ponta do Sol, no passado, teve grande importncia no que tange produo e escoamento de vrios produtos a exemplo do caf, aguardente e quina, tanto para as outras ilhas como para pases europeus. Mantm em seu espao vrias e belas construes dos tempos coloniais, entretanto esquecidas, e muitas delas j destrudas e outras encontrando-se em elevado estado de degradao. Alm disso, possui uma grande presena judaica e tambm uma diversidade de herana histrica e cultural, que precisa continuar existindo para que no se perca a identidade cultural da comunidade, uma vez que h presena de tentativas de homogeneizao da cultura, imposta principalmente pelos pases desenvolvidos e pela globalizao. Sendo assim, a preservao e revitalizao dos edifcios, tanto pblico como privado, como do centro histrico em geral, poder servir de base promotora para o fortalecimento da actividade turstica da cidade. Para isso utilizaram-se como fontes bibliogrficas, vrios documentos, livros diversos, entrevistas, fotografias e trabalho de campo. Depois, com a recolha de dados foi possvel constatar que a cidade de Ponta do Sol est atravessando um processo de degradao e modernizao. Apesar de ainda activo e vivo, o centro est-se deteriorando, e se no houver intervenes que revertam esse processo, este perder muito da sua identidade, da sua histria-cultural e principalmente os seus patrimnios. Mas, propostas, projectos intervencionistas e aces executoras podem ainda reverter parte dessa situação e dando solues ao centro da Cidade. Algumas propostas sero implementadas e at mesmo aglutinadas a novas propostas, podendo ser benficas tanto para a cidade como tambm para a população. The aim of this work is to make proposals for the revitalization of the historic, cultural and architectural heritage of the city of Ponta do Sol, hoping that this action could contribute in a meaningful way to preserve the patrimony and the possible economic growth of Santo Anto, an island which is particularly considered for the production and trade of different products, especially coffee, liquor and quinine for other islands as well as for European countries. It displays several beautiful colonial constructions. However, they have been forgotten and some of degradation. Besides, this city hosts a great Judaic presence and also some diversity of the cultural identity, since there is the presence of attempts for the homogenization of the culture, imposed mainly by developed countries and the globalization. Thus, the preservation and revitalization of both public and private buildings as well as of the historic centre in general, can serve of a promotion basis for the strength of the historic activity in this town. Thats why a lot of documents, several books, interviews, photos, and field work as local evidence were used as bibliography. Afterwards, with the collected data it was possible to notice that the city of Ponta do Sol is facing a process of degradation and modernization. In spite of still being active and alive, the center is up deteriorating and if on interventions are made to revert this process, it will lose a lot of its identity, cultural history and mainly its patrimony. But proposals, interventionist projects and executive actions can still revert part of this situation and get solutions for the City centre. Some proposal which will be implemented and even be agglutinated to new proposal can be helpful for the city as well as for the population.
Resumo:
Dos diferentes estudos e outras obras bibliogrficas das pesquisas exploratrias decorrentes desse trabalho, sobressai como um dado incontornvel o facto de o traumatismo craniano representar uma das causas com maior ndice de mortalidade. A população masculina apontada como a que mais atingida por esse tipo de trauma provocado essencialmente por acidentes de viao e quedas. Para alm do elevado ndice de mortalidade a que est associado o Traumatismo Crnio Enceflico (TCE), esta referenciado como um dos mais importantes redutores de capacidades no seio da população activa. Um quadro que interpela os profissionais de sade sobre as melhores condutas a serem adoptadas no atendimento das vtimas, que nessas circunstncia, apresentam leses numa das partes vitais do corpo, pelo que imperativo um correcto e atempado diagnstico, bem como tratamentos condizentes para se evitar consequncia gravosas para a sade e vida do paciente. Da a importncia da capacidade tcnica das equipes de urgncia no atendimento dos casos de traumatismo craniano, no qual assume um papel relevante o enfermeiro. A nossa pesquisa como enfoque a enfermagem, no cuidado aos pacientes vtimas de TCE em servio de urgncia/emergncia. Tentar-se- entender o nvel dos servios actualmente prestados, e at que ponto o profissional de enfermagem estar suficientemente preparado para dar assistncia necessria a este tipo de paciente, facilitar a sua rpida recuperao, evitando assim maiores complicaes e diminuindo o tempo de internamento hospitalar. Nesse particular, igualmente propsito, perceber e realar a sistematizao de enfermagem como algo imprescindvel para esse tipo de cuidado. E porque a humanizao do cuidado de enfermagem actualmente tida como vertente fundamental e pressuposto bsico de um competente servio de assistncia, assim tentaremos aperceber se existe ou no uma cultura colectiva do verdadeiro sentido do cuidar em enfermagem e as implicaes da decorrentes na qualidade do servio prestado que, por sua vez e inevitavelmente, estar atrelada as polticas administrativas traadas para o sector. Confrontado o resultado da reviso bibliogrfica com a situação vivida nos nossos servios de sade, estar-se- em condies de melhor aferir sobre o grau de observncia dos 6 preceitos indispensveis a um competente servio de cuidado e procurar solues para as falhas e/ou carncias.
Resumo:
O estudo objetivou conhecer, ao longo das estaes do ano, aspectos ecolgicos da população adulta de Culex quinquefasciatus em abrigos. As coletas dos adultos foram realizadas mensalmente, cobrindo-se o perodo de um ano, na vegetao da margem de um canal de circunvalao. Os insetos foram capturados com o auxlio de um aspirador bateria. O material foi acondicionado e transportado ao laboratrio e, posteriormente, a espcie de interesse foi identificada; machos e fmeas foram quantificados e o desenvolvimento ovariano foi identificado segundo o critrio de Sella. Dados metereolgicos foram coletados visando correlacion-los com a variao sazonal da população de mosquitos. Foram coletados 8.298 mosquitos da espcie Culex quinquefasciatus. Desse total, 6.313 (76%) eram machos e 1.985 (24%) fmeas. As fmeas foram encontradas com o abdome vazio (90,1%), com sangue (7,4%) ou com vulos maduros (2,5%). As correlaes de nmero de mosquitos coletados versus temperatura mensal mdia e precipitao mensal total no indicaram influncia forte e positiva desses fatores na freqncia de mosquitos. A maior freqncia de machos pode ser explicada pela disperso das fmeas e pela permanncia dos machos nos abrigos, representados pela vegetao na margem do canal favorecendo o acmulo de mosquitos.
Resumo:
Esta dissertao tem por finalidade a caracterizao da situação atual da gesto dos resduos slidos urbanos na cidade de Assomada, identificando as principais dificuldades associadas gesto de resduos e apresentando sugestes para a melhoria da estratgia de gesto de RSU na Cidade objeto de estudo. A avaliao da produo dos resduos, caracterizando e quantificando os resduos produzidos desde a origem da produo at o destino final, aliada ao grau de satisfao da população em relao gesto de RSU e disponibilidade para futura colaborao para a melhoria desta, e perceo da população da Ribeira da Barca relativamente localizao da lixeira municipal. A metodologia adotada para o desenvolvimento do trabalho baseou-se em informaes fornecidas pelos rgos municipais, a Direo Municipal de Ambiente e Saneamento, em pesquisas bibliogrficas, realizaes de inquritos população servida pelos respetivos servios e trabalho experimental (quantificao e caracterizao dos resduos e anlises laboratoriais). Para que haja uma melhor gesto dos resduos preciso conhecer o que tem sido produzido. A pesquisa empreendida demonstra que a cidade enfrenta srias dificuldades de gesto de RSU produzidos no municpio alvo de estudo. Tambm se constatou que as estratgias a implementar devem apostar principalmente na educao ambiental, dando um contributo para que as polticas pblicas dinamizem a gesto integrada de resduos integrando os diversos sectores da sociedade civil, para que estratgias mais eficazes sejam elaboradas.
Resumo:
O presente trabalho est enquadrado no mbito da monografia do curso de concluso de licenciatura em enfermagem com o propsito de estudar, o brinquedo teraputico como forma cuidar, tentando minimizar o sofrimento e ansiedade que poder nortear a criana e famlia durante a hospitalizao. Brinquedo teraputico um brinquedo especial utilizado no ambiente hospitalar pelo enfermeiro, como uma forma de acolher e cuidar em enfermagem, durante a hospitalizao da criana, de modo a contribuir para o bem-estar fsico, social e mental da criana enquanto hospitalizada (TAVARES, 2011:71) Devido ao avano tcnico-cientfica, esclarecimento da população quanto aos sues direitos, dos direitos Universais da Criana, a autonomia da enfermagem, na actualizao do novo paradigma ou numa viso holstica da prestao de cuidados de sade de qualidade, fez um despertar na classe um novo olhar para a brincadeira no quadro do internamento infantil.A necessidade de implementar o uso do brinquedo teraputico no ambiente hospitalar como um acto de cuidados de enfermagem, cuidando do paciente como um todo e no somente os sintomas fsicos da doena, concede criana a oportunidade de reorganizar a sua vida e seus sentimentos, permitindo-lhe assimilar a nova situação e compreender a sua hospitalizao. Segundo Ribeiro (1998:74), o brinquedo teraputico no to somente importante como essencial na assistncia da enfermagem criana hospitalizada. O acto de brincar atravs do brinquedo teraputico atende a uma parte importante das necessidades de uma criana hospitalizada, permitindo e promovendo criana a sua interaco no ambiente hospitalar, com o enfermeiro e a famlia, como um acto recreativo mas principalmente como uma forma de diminuir o stress, o medo e a ansiedade da criana e consequentemente da sua famlia, enquanto hospitalizada.
Resumo:
Em Cabo Verde, arquiplago situado na Costa Ocidental Africana, os primeiros casos de dengue ocorreram em 2009, com a notificao de mais de 21.000 casos, a maioria desses registrados na Ilha de Santiago. O mosquito Aedes aegypti foi identificado como vetor, e aes para seu controle, usando os inseticidas temephos (larvicida) e a deltametrina (adulticida), tm sido implementadas. Objetiva-se com esse trabalho avaliar o atual status de suscetibilidade a inseticidas e caracterizar os mecanismos de resistncia nessa população. Amostras de A. aegypti da ilha de Santiago foram coletadas atravs de armadilhas de oviposio, para o estabelecimento de uma população a ser analisada. Foram realizados bioensaios do tipo dose diagnstica, usando garrafas impregnadas com doses nicas dos adulticidas malathion (organofosforado), deltametrina (piretride) e cipermetrina (piretride), e bioensaios do tipo dose resposta, usando mltiplas concentraes dos inseticidas temephos (organofosforado), Bacillus thuringiensis sorovariedade israelensis (bactria entomopatognica) e diflubenzuron (inibidor de sntese de quitina). Para a investigao dos mecanismos de resistncias, foram realizados testes bioqumicos com substratos especficos para quantificar a atividade das enzimas glutationa S-transferases, esterases (, e PNPA) e oxidases de funo mista, ligadas a detoxificao de xenobiticos, e a taxa de inibio da acetilcolinesterase ligada a insensibilidade do stio alvo. Pesquisou-se tambm a presena de mutaeso do tipo kdr (knock-down resistance) associadas resistncia a piretrides, pela anlise da sequncia dos exons 20 e 21 no gene do canal de sdio. Nos resultados dos bioensaios constatou-se que a população de A. aegypti investigada apresenta resistncia aos piretrides deltametrina e cipermetrina (mortalidade <80%) e ao organofosforado temephos (RR90=4), mas suscetvel ao malathion (mortalidade 98%), Bacillus thuringiensis sorovariedade israelensis (RR90=0.8) e ao diflubenzuron (RR90=2,2). Em relao a atividade das enzimas ligadas ao processo de detoxificao, foram detectadas alteraes nas glutationa S-transferases (25%), oxidases de funo mista (18%), esterase- (19%) e esterase- (17%). A taxa de inibio da acetilcolinesterase (6%) e a atividade da esterase-PNPA (7%) mostraram que estas esto inalteradas. Nenhuma das mutaes do tipo kdr pesquisadas foi detectada. Estes resultados permitem concluir que a população de A. aegypti da ilha de Santiago, Cabo Verde, suscetvel aos inseticidas, excetuando os piretrides testados e o temephos, usados no seu controle; e que ela apresenta alteraes em enzimas detoxificadoras que podero estar implicadas na resistncia a esses compostos.
Resumo:
As roturas por corte devidas ao fogo so raras, mas possveis de acontecerem. Para a verificao da resistncia ao corte em elementos de beto armado o EC2-1-2 prope no seu Anexo D mtodos de clculo simplificados a serem utilizados. Estes mtodos baseiam-se nos mtodos de anlise ao corte apresentados no referido anexo, utilizados considerando o efeito de temperatura nos materiais que constituem o elemento. Os efeitos de temperatura para anlise ao corte podem ser determinadas utilizando o Mtodo da Isotrmica dos 500C ou o Mtodo das Zonas. Quando utilizado o Mtodo da Isotrmica dos 500C reduzida a resistncia das armaduras enquanto a resistncia do beto no alterado. No Mtodo das Zonas reduzida tanto a resistncia do ao como a resistncia do beto. A geometria da seco reduzida nos dois mtodos. A aplicao dos mtodos de clculo avanado apresenta resultados rigorosos do comportamento de estruturas em situação de incndio. Contudo grande parte destes mtodos no contempla a verificao de segurana ao corte dos elementos de beto armado. Neste trabalho elaborado duas aplicaes computacionais que permitem fazer a anlise do comportamento ao corte dos elementos de beto armado sujeitos ao fogo. A primeira aplicao, designada de Comportamento ao corte de elementos de beto armado em situação de incndio - Esforo Transverso, permite analisar o comportamento de seces ao esforo transverso, a partir do Mtodo da Isotrmica dos 500C e do Mtodo das Zonas. A segunda designada de Comportamento ao corte de elementos de beto armado em situação de incndio - Toro, permite fazer a anlise quer para a torso isolada como para a torso combinada com o esforo transverso. Esta anlise s feita pelo Mtodo da Isotrmica dos 500C, onde proposto duas alternativas de anlise, a Alternativa_1 e a Alternativa_2; sendo que a Alternativa_1 mais conservativa que a Alternativa_2 As anlises feitas pelas aplicaes permitiram constatar que a escolha do mtodo tem pouca influncia nos resultados finais, no obstante o Mtodo das Zonas ser mais rigoroso
Resumo:
O diagnstico sorolgico da infeco pelo HIV-1 e HIV-2 teve incio em Cabo Verde em 1987, mas pouco se sabe a respeito da diversidade gentica desses vrus nessas ilhas, localizadas na costa Ocidental Africana. Neste estudo, caracterizamos a epidemiologia molecular do HIV-1 e HIV-2 em Cabo Verde, analisamos a origem dos principais clados de HIV introduzidos no pas e descrevemos a ocorrncia de mutaes de resistncia aos antirretrovirais (DRM) em indivduos virgens de tratamento (ARTn) e pacientes em tratamento (ARTexp) oriundos das diferentes ilhas. Amostras de sangue, dados sociodemogrfico e clnico-laboratoriais foram obtidos de 221 indivduos HIV positivos entre 2010-2011. As amostras foram sequenciadas na regio da polimerase (1300 pares de bases) e anlises filogenticas e de bootscan foram realizadas para a subtipagem viral. Os algoritmos disponibilizados nos sites Stanford HIV Database e HIV-GRADE e.V. Algorithm Homepage foram utilizados para avaliar a existncia de DRM em pacientes positivos para HIV-1 e HIV-2, respectivamente. Os estudos evolutivos e filogeogrficos foram realizados atravs do programa BEAST. Entre os 221 pacientes analisados, sendo 169 (76,5%) HIV-1, 43 (19,5%) HIV-2 e 9 de (4,1%) co-infectados pelo HIV-1 e pelo HIV-2, 67% eram do sexo feminino. As medianas de idade foram de 34 (IQR = 1-75) e 47 (IQR = 12-84) para o HIV-1 e HIV-2, respectivamente. A infeco pelo HIV-1 causada pelo subtipo G (36,6%), CRF02_AG (30,6%), subtipo F1, (9,7%), URFs (10,4%), subtipo B (5,2%), CRF05_DF (3,0%), subtipo C (2,2%), CRF06_cpx (0,7%), CRF25_cpx (0,7%) e CRF49_cpx (0,7%), e todas as infeces por HIV-2 pertencem ao grupo A. De acordo com as anlises filogeogrficas e de origem do HIV, estima-se que o HIV-2 foi o primeiro tipo viral introduzido em Cabo Verde e possui relaes filogenticas com sequncias referncias de Portugal. O HIV-1 entrou no pas mais tarde, primeiramente pelo subtipo G, evidenciando relaes com sequncias da frica Central e de Portugal. Transmisso de DRM (TDRM) foi observada em 3,4% (2/58) de pacientes HIV-1 ARTn (1,7% NRTI, NNRTI 1,7%), mas no entre os infectados com HIV-2. Entre os pacientes ARTexp, DRM foi observada em 47,8% (33/69) dos infectados pelo HIV-1 (37,7% NRTI, NNRTI 37,7%, 7,4% de PI, 33,3% para duas classes) e 17,6% (3/17) nos infectados pelo HIV-2 (17,6%, 11,8% NRTI PI, 11,8% para ambas as classes). Este estudo indica que Cabo Verde tem um cenrio epidemiolgico molecular complexo e nico dominado pelo HIV-1 subtipo G, CRF02_AG e F1 e HIV-2 grupo A, sendo esse o primeiro tipo viral introduzido em Cabo Verde. A ocorrncia de TDRM e o nvel relativamente elevado de DRM entre os pacientes tratados constituem uma preocupao, pelo que o monitoramento contnuo dos pacientes em ARTexp, incluindo genotipagem so polticas pblicas a serem implementadas.
Resumo:
A afluncia de imigrantes a Portugal, nas ltimas trs dcadas transformou radicalmente todo o tecido social portugus, caracterizando-se hoje pela sua heterogeneidade. At ao incio da dcada de 90 do sculo XX, os fluxos migratrios provinham essencialmente dos Pases de Lngua Oficial Portuguesa, com maior incidncia de Cabo Verde, Brasil e Angola. nessa dcada que se registam movimentos bastante significativos de imigrantes provenientes da Europa Central e Oriental, principalmente da Ucrnia, Rssia, Romnia e Moldvia, assim como da sia, destacando-se os naturais da China, ndia, Paquisto e das antigas repblicas soviticas. De acordo com a anlise apresentada pelo Instituto Nacional de Estatstica em Dezembro de 2006, residiam de forma legal em Portugal 329 898 cidados de nacionalidade estrangeira, sendo as maiores comunidades de Cabo Verde (57 349), Brasil (41 728) e Angola (28 854). A sociedade portuguesa do sculo XXI, distancia-se cada vez mais do conceito de monolinguismo, tal como se evidencia no Projecto Gulbenkian Diversidade Lingustica na Escola Portuguesa, que, segundo o estudo feito, onze por cento dos alunos residentes na rea da Grande Lisboa nasceram fora de Portugal e tm como lnguas maternas cinquenta e oito idiomas. urgente uma interveno diferente no que corresponde a esta nova realidade lingustica em Portugal e sobretudo no que concerne integrao do outro, reconhecendo e respeitando as vrias lnguas maternas e culturas, como tambm a sua preservao a fim de possibilitar o desenvolvimento ntegro e harmonioso da identidade. A heterogeneidade da actual sociedade portuguesa impe um olhar atento para com esta nova realidade no pas, sobretudo em muitas das escolas onde a par do uso da lngua portuguesa outras lnguas so tambm usadas como forma de comunicao entre os mesmos pares, situação esta perfeitamente desajustada da realidade escolar madeirense Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 10 de incios da dcada de 90 do sculo XX, excepo dos alunos provenientes da Venezuela, os denominados luso-descendentes. A escola mudara, tudo se alterara, havia que tentar perceber o que estava a ocorrer, um novo Mundo invadira as turmas, prontas a aprender, a saber, a descobrir. Era preciso preencher o silncio expectante. Aprender uma nova lngua, a portuguesa, decorrente da obrigatoriedade implcita de tratar-se da lngua oficial, obrigava a repensar o ensino, a continuamente desvendar novos caminhos possibilitadores de encontro entre a lngua materna e a segunda, de reencontro com a identidade lingustica e cultural que no se quer perdidas, s tornado possvel na diferena. A par de uma escola que se apresentava de forma diferente, cuja interveno teria de ser oposta de ento, uma vez que a aprendizagem do portugus era feita como lngua segunda (L2), muitas foram e so as inquietaes, um turbilho de interrogaes decorriam deste contacto constante de uma lngua que se diz minha, fonte de partilha com outros jovens. O uso da lngua portuguesa confinar-se- unicamente escola com os professores e colegas ou despoletar curiosidades, vontades, interesses, motivados por objectivos confinados ao percurso e histria humana? Muitas so as interrogaes que ocorrem, muitos so tambm os momentos de sabedoria mtua de lnguas e pases a desvendar num contnuo ininterrupto e essa constante procura que determina a busca de respostas. Entre muitas interrogaes uma afigurava-se de forma latente, qui fonte de resposta para outras interrogaes inerentes lngua portuguesa como lngua segunda. A sua utilizao por parte dos alunos de outras nacionalidades nos domnios privado, pblico e educativo engloba domnios diversos capazes de informar acerca do uso dessa mesma lngua. Importa no entanto reforar que estes alunos constituem um grupo heterogneo sob diversos pontos de vista: etrio, lingustico e cultural. Do ponto de vista lingustico a população que tem o portugus como lngua segunda abrange alunos falantes de diferentes lnguas maternas, umas mais prximas, outras mais afastadas do portugus, propiciando diferentes graus de transferncia de conhecimentos lingusticos e de experincias comunicativas, como tambm em diferentes estdios de aquisio e que fora da escola o usam em maior ou menor nmero de contextos e com um grau de frequncia desigual. Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 11 Dispem tambm de diferentes capacidades individuais para discriminar, segmentar e produzir sequncias lingusticas. J do ponto de vista cultural apresentam diferentes hbitos de aprendizagem, bem como diferentes representaes e expectativas face escola. Todos estes factores determinaro ritmos de progresso distintos no que respeita aprendizagem do portugus como lngua segunda. As oportunidades de aprendizagem e de uso que cada indivduo tem ao longo da vida, determinantes no processo de aquisio, desenvolvimento e aprendizagem de uma lngua, variam bastante de indivduo para indivduo. Os alunos podem viver num mesmo contexto no entanto razes variadssimas determinaro diferentes oportunidades de aprendizagem e de uso. Viver-se num contexto de imerso no suficiente para que todos tenham o mesmo grau de exposio a material lingustico rico e variado da L2. Essas oportunidades tambm se relacionam com a distncia lingustica entre lngua primeira (L1) e a lngua segunda, quanto mais afastadas so as duas lnguas mais os falantes da L2 se refugiam na sua lngua materna, assim como tambm se associam aos hbitos culturais da comunidade e da famlia.
Resumo:
A afluncia de imigrantes a Portugal, nas ltimas trs dcadas transformou radicalmente todo o tecido social portugus, caracterizando-se hoje pela sua heterogeneidade. At ao incio da dcada de 90 do sculo XX, os fluxos migratrios provinham essencialmente dos Pases de Lngua Oficial Portuguesa, com maior incidncia de Cabo Verde, Brasil e Angola. nessa dcada que se registam movimentos bastante significativos de imigrantes provenientes da Europa Central e Oriental, principalmente da Ucrnia, Rssia, Romnia e Moldvia, assim como da sia, destacando-se os naturais da China, ndia, Paquisto e das antigas repblicas soviticas. De acordo com a anlise apresentada pelo Instituto Nacional de Estatstica em Dezembro de 2006, residiam de forma legal em Portugal 329 898 cidados de nacionalidade estrangeira, sendo as maiores comunidades de Cabo Verde (57 349), Brasil (41 728) e Angola (28 854). A sociedade portuguesa do sculo XXI, distancia-se cada vez mais do conceito de monolinguismo, tal como se evidencia no Projecto Gulbenkian Diversidade Lingustica na Escola Portuguesa, que, segundo o estudo feito, onze por cento dos alunos residentes na rea da Grande Lisboa nasceram fora de Portugal e tm como lnguas maternas cinquenta e oito idiomas. urgente uma interveno diferente no que corresponde a esta nova realidade lingustica em Portugal e sobretudo no que concerne integrao do outro, reconhecendo e respeitando as vrias lnguas maternas e culturas, como tambm a sua preservao a fim de possibilitar o desenvolvimento ntegro e harmonioso da identidade. A heterogeneidade da actual sociedade portuguesa impe um olhar atento para com esta nova realidade no pas, sobretudo em muitas das escolas onde a par do uso da lngua portuguesa outras lnguas so tambm usadas como forma de comunicao entre os mesmos pares, situação esta perfeitamente desajustada da realidade escolar madeirense Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 10 de incios da dcada de 90 do sculo XX, excepo dos alunos provenientes da Venezuela, os denominados luso-descendentes. A escola mudara, tudo se alterara, havia que tentar perceber o que estava a ocorrer, um novo Mundo invadira as turmas, prontas a aprender, a saber, a descobrir. Era preciso preencher o silncio expectante. Aprender uma nova lngua, a portuguesa, decorrente da obrigatoriedade implcita de tratar-se da lngua oficial, obrigava a repensar o ensino, a continuamente desvendar novos caminhos possibilitadores de encontro entre a lngua materna e a segunda, de reencontro com a identidade lingustica e cultural que no se quer perdidas, s tornado possvel na diferena. A par de uma escola que se apresentava de forma diferente, cuja interveno teria de ser oposta de ento, uma vez que a aprendizagem do portugus era feita como lngua segunda (L2), muitas foram e so as inquietaes, um turbilho de interrogaes decorriam deste contacto constante de uma lngua que se diz minha, fonte de partilha com outros jovens. O uso da lngua portuguesa confinar-se- unicamente escola com os professores e colegas ou despoletar curiosidades, vontades, interesses, motivados por objectivos confinados ao percurso e histria humana? Muitas so as interrogaes que ocorrem, muitos so tambm os momentos de sabedoria mtua de lnguas e pases a desvendar num contnuo ininterrupto e essa constante procura que determina a busca de respostas. Entre muitas interrogaes uma afigurava-se de forma latente, qui fonte de resposta para outras interrogaes inerentes lngua portuguesa como lngua segunda. A sua utilizao por parte dos alunos de outras nacionalidades nos domnios privado, pblico e educativo engloba domnios diversos capazes de informar acerca do uso dessa mesma lngua. Importa no entanto reforar que estes alunos constituem um grupo heterogneo sob diversos pontos de vista: etrio, lingustico e cultural. Do ponto de vista lingustico a população que tem o portugus como lngua segunda abrange alunos falantes de diferentes lnguas maternas, umas mais prximas, outras mais afastadas do portugus, propiciando diferentes graus de transferncia de conhecimentos lingusticos e de experincias comunicativas, como tambm em diferentes estdios de aquisio e que fora da escola o usam em maior ou menor nmero de contextos e com um grau de frequncia desigual. Estudo de caso: O uso da Lngua Portuguesa por jovens oriundos de outros pases nos domnios privado, pblico e educativo. 11 Dispem tambm de diferentes capacidades individuais para discriminar, segmentar e produzir sequncias lingusticas. J do ponto de vista cultural apresentam diferentes hbitos de aprendizagem, bem como diferentes representaes e expectativas face escola. Todos estes factores determinaro ritmos de progresso distintos no que respeita aprendizagem do portugus como lngua segunda. As oportunidades de aprendizagem e de uso que cada indivduo tem ao longo da vida, determinantes no processo de aquisio, desenvolvimento e aprendizagem de uma lngua, variam bastante de indivduo para indivduo. Os alunos podem viver num mesmo contexto no entanto razes variadssimas determinaro diferentes oportunidades de aprendizagem e de uso. Viver-se num contexto de imerso no suficiente para que todos tenham o mesmo grau de exposio a material lingustico rico e variado da L2. Essas oportunidades tambm se relacionam com a distncia lingustica entre lngua primeira (L1) e a lngua segunda, quanto mais afastadas so as duas lnguas mais os falantes da L2 se refugiam na sua lngua materna, assim como tambm se associam aos hbitos culturais da comunidade e da famlia.