1000 resultados para Infecções em obstetrícia
Resumo:
Realizou-se estudo num hospital público pediátrico com o intuito de avaliar o conhecimento das enfemeiras-chefes sobre possíveis fatores de risco envolvidos na ocorrência de infecções hospitalares. Entrevistou-se as enfermeiras responsáveis pelos serviços de cuidados semi-intensivos, intensivos e emergências. Através da análise de conteúdo dos discursos, identificou-se os seguintes fatores de risco: ausência de rotinas pré-estabelecidas, inadequação de planta física e instalações, falta de material e equipamentos, desproporção entre o número de profissionais e o número de leitos ocupados, falta de treinamento e orientação dos funcionários e acompanhantes.
Resumo:
Realizou-se estudo retrospectivo do registro de 69 óbitos ocorridos em hospital pediátrico em 1993 para identificar a relação da infecção hospitalar com o óbito. As principais infecções diagnosticadas foram as pneumonias e infecções de corrente sangüínea com um predomínio de bactérias gram-negativas. Em 30,4% das crianças, a infecção hospitalar foi causa direta do óbito e em 50,8% foi contribuinte. A infecção hospitalar foi mais importante como causa de óbito nos pacientes com afecção classificada como não fatal à admissão.
Resumo:
Esta pesquisa é fruto de minha experiência com mulheres no Programa de Prevenção do Câncer Cérvico-uterino do Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da UFMG. Busquei compreender o que significa para as mulheres se submeterem ao exame colpocitológico. Para tal, utilizei-me da pesquisa qualitativa, numa abordagem fenomenológica. Para coletar os dados foi utilizada uma entrevista aberta. A análise dos discursos das onze mulheres entrevistadas possibilitou-me construir três categorias analíticas: A- Prevenindo o câncer cérvico-uterino: a mulher como ser-consciente-no-mundo; B- Enfrentando o exame colpocitológico: manifestações do existir; C- Interagindo com o profissional de saúde durante o exame: as interfaces da assistência.
Resumo:
A identificação de novos agentes infecciosos, a crescente expansão de infecções e doenças já conhecidas têm estimulado a revisão das medidas de biossegurança nas atividades profissionais dos trabalhadores da saúde. No presente artigo recuperou-se a evolução dos saberes e práticas dos isolamentos/precauções, o que permitiu resgatar os conceitos e as intervenções que vieram sendo formuladas e implementadas. Desde o início da enfermagem moderna, no século XIX, mantém-se basicamente os mesmos elementos da prática dos isolamentos em doenças transmissíveis, ou seja, destaque à utilização de barreiras mecânicas, químicas e ambientais, fundamentadas nas especificidades inerentes aos elementos da cadeia do processo infeccioso.
Resumo:
Trata-se de um estudo prospectivo realizado em dois hospitais de ensino. Foram acompanhados 501 pacientes de agosto de 2001 a março de 2002, submetidos à cirurgia do aparelho digestivo, sendo diagnosticadas 140 infecções do sítio cirúrgico (ISC). 31 ISC intra-hospitalares e 109 após a alta. A incidência da ISC intra-hospitalar foi de 6,2%, elevando-se para 28,0% com a vigilância pós-alta. Os métodos de vigilância pós-alta são discutidos e dentre as várias opções não há uma recomendada como a melhor. Sugere-se, portanto, que algum tipo de vigilância após a alta seja realizada, mas a escolha do método dependerá dos recursos de cada instituição.
Resumo:
Este estudo objetivou verificar a prevalência da incontinência urinária em pacientes hospitalizados e identificar as associações estatísticas existentes entre os índices obtidos e algumas variáveis demográficas e clínicas da clientela. Os dados foram colhidos no Hospital Universitário da USP, junto a 77 pacientes internados em três diferentes clínicas. Os resultados indicaram prevalências total de 35% e parciais de 48%, 37% e 22% nas Clínicas Cirúrgica, Obstétrica e Médica, respectivamente. Correlações estatisticamente significativas foram verificadas entre a prevalência e disúria (r=0,19 e p=0,046), infecções urinárias (r=0,24 e p=0,019), tempo de internação (r=-0,32 e p=0,002) e sexo masculino (r=-0,27 e p=0,008).
Resumo:
Estudo de caráter descritivo,com o objetivo de identificar os aspectos que as mulheres atendidas em um Serviço de Ginecologia e Obstetrícia consideram como positivos e negativos no exercício de sua sexualidade, na fase do climatério. Os dados foram coletados através de entrevista individual, utilizando-se da técnica de incidentes críticos. As 45 mulheres entrevistadas mencionaram 86 situações, sendo 41 (47,7%) consideradas positivas e 45 (52,3%) negativas. As situações foram classificadas em três categorias: relacionamento a dois, ato sexual e mulher - ser social. Os resultados evidenciaram que elas priorizam a valorização da qualidade do relacionamento e da manifestação da emoção no contexto romântico. Destacaram a insatisfação com a auto-imagem e a presença da dominação sexual do homem sobre a mulher. O estudo possibilitou uma compre-ensão mais abrangente sobre o climatério, oferecendo subsídios para a assistência à saúde da mulher contemplando a dimensão sexual.
Resumo:
Trata-se de um estudo descritivo em abordagem quantitativa tendo como objeto as gestantes atendidas na consulta de pré-natal e o objetivo de identificar esta clientela traçando seu perfil epidemiológico. O Ambulatório de Obstetrícia de um Hospital público do município do Rio de Janeiro foi o cenário, onde foram investigadas 118 fichas de atendimento cadastradas de janeiro a junho de 2003. A análise dos resultados evidenciou que a maioria das mulheres estudadas concentra-se na faixa etária de 19 - 25 anos (39,8%); casadas (38,9%); com ensino fundamental (29,6%); ocupação do lar (33,8%); multíparas (58,4%); iniciaram o pré-natal com idade gestacional entre 14 e 17 semanas (18,6%); tiveram anteriormente partos vaginais (79) e não referiram queixas na primeira consulta (39%). Podemos concluir que o atendimento obstétrico contribui de maneira significativa para a redução da morbi-mortalidade das gestantes, possibilitando a orientação de intercorrências no ciclo grávido-puerperal e a prevenção de complicações.
Resumo:
É de fundamental importância uma linguagem específica da profissão e a CIPESC® -Classificação Internacional para as Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva tem como um dos objetivos desvelar a atuação dos enfermeiros na saúde coletiva. No Brasil, a ABEn, responsável pela classificação, encontrou na Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba - PR aliada para efetiva implantação. O objetivo deste artigo foi validar a nomenclatura dos 52 diagnósticos de enfermagem do pré-natal - base CIPESC® - Curitiba. É um estudo exploratório-descritivo, desenvolvido com enfermeiras assistenciais e com experts na área de gineco-obstetrícia e terminologia. Os resultados foram apresentados pelo Índice de Concordância por meio de freqüência absoluta, todas as definições foram validadas, porém necessitam de adequações à linguagem cotidiana. As enfermeiras apresentam dificuldades para inter-pretar intervenção de enfermagem na promoção do bem-estar, sendo premente a discussão do conceito de promoção à saúde e o processo saúde-doença na saúde coletiva.
Resumo:
As infecções do sítio cirúrgico (ISC) por sua elevada incidência e repercussões associadas, representam importante problema dentre as infecções hospitalares. Objetivou-se neste estudo determinar a incidência da ISC de pacientes submetidos à cirurgia para obesidade mórbida (COM) e gástrica por outras causas (CGOC), durante a internação e após alta. Foram acompanhados em dois hospitais terciários, de ensino da cidade de São Paulo, entre agosto de 2001 e março de 2002, conforme metodologia NISS, 158 pacientes, sendo 81 submetidos à COM e 77 à CGOC, por um período de 30dias. Notificou-se 64 ISC, 6,3% durante a internação e 34,1% após a alta. Durante a internação, a incidência de ISC foi de 5,0% no grupo COM e de 7,8% no CGOC e com a vigilância pós-alta, estas taxas aumentaram para 55,6% e 24,7%, respectivamente, demonstrando que vigilância pós-alta no pacientes cirúrgico é uma importante ferramenta para obter dados confiáveis e redirecionar as políticas de prevenção e controle da ISC.
Resumo:
Este estudo objetivou apreender como as mulheres com aids enfrentam o cotidiano após o conhecimento do seu diagnóstico. Trata-se de estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, utilizando a História Oral Temática para coleta e análise de dados. Foram entrevistadas dez mulheres com aids em um Hospital de referência em Fortaleza-CE, de dezembro de 2004 a março de 2005. Para coleta de dados utilizou-se roteiro semi-estruturado, cujos dados foram categorizados. Os resultados revelam diferentes formas de enfrentamentos relacionados à fragilidade da descoberta do diagnóstico, à necessidade de ocultar a infecção decorrente da discriminação e preconceito que vivenciam, e à constante percepção da morte; além de emitirem sentimentos, como vergonha, preocupação com a família, abandono, solidão, tristeza, medo da morte, ansiedade. Concluiu-se que, apesar de mais de duas décadas de epidemia, fica evidente as dificuldades enfrentadas pelas mulheres ao vivenciarem sua infecção.
Resumo:
Este estudo objetivou avaliar a eficácia do uso da estufa de Pasteur, como equipamento esterilizante, em consultórios odontológicos, por meio de monitoramento biológico. Para esta avaliação foram consideradas: adequação no carregamento dos materiais no equipamento, tempo/temperatura utilizados e manutenção preventiva da estufa. Os dados foram coletados em 101 consultórios odontológicos, no Distrito Central de Goiânia-GO, Brasil, por meio de observação, entrevista e realização de teste com indicador biológico. Os resultados demonstraram não-padronização de algumas condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS), para esterilização dos artigos em estufa, e positividade do teste biológico em 46 (45,5%) dos ciclos testados. Os fatores intervenientes, com maior significância, relativos às falhas da esterilização foram: ausência do termômetro acessório para o controle da temperatura dos ciclos e a inobservância das relações tempo/temperatura recomendados para o ciclo de esterilização, por calor seco.
Resumo:
A produção de internações hospitalares representa importante parcela da atenção à saúde tanto pela complexidade de ações quanto pelo volume financeiro empregado. Esta investigação, de cunho descritivo-exploratório, teve como objetivo identificar e descrever a produção física e financeira de internações hospitalares realizadas em um hospital-escola do interior paulista, no período 1996-2003, nas especialidades de clínica cirúrgica, clínica médica, pediatria e obstetrícia. Os dados foram coletados a partir de consulta a banco de dados oficiais da instituição estudada. No período, houve redução global de 8,5% na freqüência de internações e crescimento de 78,4%, nos recursos financeiros percebidos. A clínica cirúrgica, com procedimentos de maior remuneração, apresentou incremento nas internações; na obstetrícia houve menor variação na produção. A crescente incorporação tecnológica, demanda de usuários da região, migração de usuários do sistema de saúde suplementar para o SUS, podem justificar a variação de produção nas diferentes especialidades.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi comparar a execução e verificar a adesão à técnica de lavagem das mãos por alunos de um Curso de Graduação em Enfermagem. A pesquisa foi realizada com 113 alunos que estavam cumprindo estágio em instituições de saúde do município de São Paulo. Os dados foram coletados por observação direta utilizando um instrumento em forma de check-list com os passos da técnica. Os alunos do 2º e 3º ano obtiveram melhor desempenho na maioria dos passos na execução da técnica, com diferença estatisticamente significante, quando comparados ao 4º ano. A adesão aos passos da técnica pelos alunos foi muito baixa, pois apresentaram adesão menor que 50% em metade dos passos. A média de alunos que executou todos os passos da técnica corretamente foi muito baixa, 8,8%. Os alunos observados não realizaram a técnica de lavagem das mãos conforme recomendado.
Resumo:
O avental cirúrgico é confeccionado com materiais de tecido e não-tecido. O estudo teve como objetivo verificar se há evidências científicas, pela revisão sistemática, que fundamentem a prática do uso de aventais em cirurgias, conforme seu material de confecção. Consideraram-se estudos básicos de intervenção, que investigaram a contaminação e ou a infecção do sítio cirúrgico com uso de aventais cirúrgicos reutilizáveis e ou de uso-único, utilizando como população pessoas submetidas a cirurgias, em situações reais ou simuladas, em qualquer período, sem limitação de idioma. Para localizar os estudos, utilizou-se estratégia de busca nas bases de dados eletrônicas. Constata-se, com isso, dificuldade de isolar o objeto de intervenção de outros inúmeros fatores que podem interferir nos desfechos, em estudos desta natureza. Dois estudos (E1, E2) obtiveram forte evidência de recomendação, concluindo pela não diferença de contaminação e infecção do sítio cirúrgico entre aventais e campos de tecido e não-tecido.