903 resultados para Funes, Patricia


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O sucesso recente das disciplinas neurocientíficas tem provocado mudanças nas representações sociais acerca do que constituem sentimentos, emoções e ações humanas complexas. O campo da medicina mental talvez seja o que mais tenha sido afetado por estas disciplinas, desde as últimas três décadas. Cada vez mais as categorias psicopatológicas têm sido estudadas e descritas em termos neuropatológicos. Como se opera na prática quotidiana de um laboratório de pesquisas a naturalização de entidades nosográficas complexas, tendo o cérebro e as suas funções como objetos de estudo privilegiados? Que impacto isto poderia ter sobre a forma de se tratá-las? Como isto poderia alterar a maneira de um paciente se autodescrever e agir no mundo? Estas questões gerais foram tratadas ao longo desta tese, que se apoiou sobre um trabalho de campo realizado em uma unidade de pesquisas parisiense, onde se desejava validar um método de tratamento inovador para pacientes portadores de esquizofrenia: a remediação cognitiva. Este tipo de técnica, originalmente concebida para tratar de pacientes com lesões neurológicas, migrou para o campo psiquiátrico a partir de uma redefinição na forma de se conceber a categoria de esquizofrenia, promovida pelas neurociências cognitivas: esta teria como cerne, não os clássicos sintomas positivos e negativos que a caracterizam clinicamente, mas um conjunto de déficits neurocognitivos, que incluem problemas de memorização, de concentração, de planejamento da ação, do raciocínio lógico, entre outros. Esta tese descreve o modo como estas concepções são geradas no interior de uma equipe francesa de pesquisa em psiquiatria, interessada em validar um novo método de remediação cognitiva. Procurou-se descrever a vida social destes pesquisadores, os compromissos criados no processo de geração de enunciados sólidos, e as estratégias e dificuldades encontradas no percurso de naturalização de uma categoria psiquiátrica complexa, como a esquizofrenia. Descreveu-se igualmente as práticas de remediação cognitiva em ação e o modo como estas interagiriam com os pacientes de modo a modificá-los em um certo sentido, segundo certos valores, bem como o contexto social que torna plausível a adoção deste tipo de estratégia terapêutica.

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Hydrogen is the only atom for which the Schr odinger equation is solvable. Consisting only of a proton and an electron, hydrogen is the lightest element and, nevertheless, is far from being simple. Under ambient conditions, it forms diatomic molecules H2 in gas phase, but di erent temperature and pressures lead to a complex phase diagram, which is not completely known yet. Solid hydrogen was rst documented in 1899 [1] and was found to be isolating. At higher pressures, however, hydrogen can be metallized. In 1935 Wigner and Huntington predicted that the metallization pressure would be 25 GPa [2], where molecules would disociate to form a monoatomic metal, as alkali metals that lie below hydrogen in the periodic table. The prediction of the metallization pressure turned out to be wrong: metallic hydrogen has not been found yet, even under a pressure as high as 320 GPa. Nevertheless, extrapolations based on optical measurements suggest that a metallic phase may be attained at 450 GPa [3]. The interest of material scientist in metallic hydrogen can be attributed, at least to a great extent, to Ashcroft, who in 1968 suggested that such a system could be a hightemperature superconductor [4]. The temperature at which this material would exhibit a transition from a superconducting to a non-superconducting state (Tc) was estimated to be around room temperature. The implications of such a statement are very interesting in the eld of astrophysics: in planets that contain a big quantity of hydrogen and whose temperature is below Tc, superconducting hydrogen may be found, specially at the center, where the gravitational pressure is high. This might be the case of Jupiter, whose proportion of hydrogen is about 90%. There are also speculations suggesting that the high magnetic eld of Jupiter is due to persistent currents related to the superconducting phase [5]. Metallization and superconductivity of hydrogen has puzzled scientists for decades, and the community is trying to answer several questions. For instance, what is the structure of hydrogen at very high pressures? Or a more general one: what is the maximum Tc a phonon-mediated superconductor can have [6]? A great experimental e ort has been carried out pursuing metallic hydrogen and trying to answer the questions above; however, the characterization of solid phases of hydrogen is a hard task. Achieving the high pressures needed to get the sought phases requires advanced technologies. Diamond anvil cells (DAC) are commonly used devices. These devices consist of two diamonds with a tip of small area; for this reason, when a force is applied, the pressure exerted is very big. This pressure is uniaxial, but it can be turned into hydrostatic pressure using transmitting media. Nowadays, this method makes it possible to reach pressures higher than 300 GPa, but even at this pressure hydrogen does not show metallic properties. A recently developed technique that is an improvement of DAC can reach pressures as high as 600 GPa [7], so it is a promising step forward in high pressure physics. Another drawback is that the electronic density of the structures is so low that X-ray di raction patterns have low resolution. For these reasons, ab initio studies are an important source of knowledge in this eld, within their limitations. When treating hydrogen, there are many subtleties in the calculations: as the atoms are so light, the ions forming the crystalline lattice have signi cant displacements even when temperatures are very low, and even at T=0 K, due to Heisenberg's uncertainty principle. Thus, the energy corresponding to this zero-point (ZP) motion is signi cant and has to be included in an accurate determination of the most stable phase. This has been done including ZP vibrational energies within the harmonic approximation for a range of pressures and at T=0 K, giving rise to a series of structures that are stable in their respective pressure ranges [8]. Very recently, a treatment of the phases of hydrogen that includes anharmonicity in ZP energies has suggested that relative stability of the phases may change with respect to the calculations within the harmonic approximation [9]. Many of the proposed structures for solid hydrogen have been investigated. Particularly, the Cmca-4 structure, which was found to be the stable one from 385-490 GPa [8], is metallic. Calculations for this structure, within the harmonic approximation for the ionic motion, predict a Tc up to 242 K at 450 GPa [10]. Nonetheless, due to the big ionic displacements, the harmonic approximation may not su ce to describe correctly the system. The aim of this work is to apply a recently developed method to treat anharmonicity, the stochastic self-consistent harmonic approximation (SSCHA) [11], to Cmca-4 metallic hydrogen. This way, we will be able to study the e ects of anharmonicity in the phonon spectrum and to try to understand the changes it may provoque in the value of Tc. The work is structured as follows. First we present the theoretical basis of the calculations: Density Functional Theory (DFT) for the electronic calculations, phonons in the harmonic approximation and the SSCHA. Then we apply these methods to Cmca-4 hydrogen and we discuss the results obtained. In the last chapter we draw some conclusions and propose possible future work.

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O presente estudo tem como objetivo compreender o impacto de questões relacionadas ao HIV/Aids na vida dos adolescentes e jovens, ativistas da REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS (RNAJVHA) e da REDE ESTADUAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS DO RIO DE JANEIRO (REAJVHA-RJ), na faixa etária de 18 a 24 anos, infectados pela transmissão do vírus HIV, independentemente da via de contaminação, que fazem parte da construção do ativismo social da 3. fase da epidemia, momento pós acesso universal e gratuito aos tratamentos e medicamentos antirretrovirais na saúde pública, política exitosa promovida pelo Ministério da Saúde, fornecidos pelo Sistema Único de Saúde. Para tanto, usou-se como metodologia as narrativas das suas histórias de vida, como instrumento de pesquisa, buscando compreender: sentimentos, motivações, processos de composição e recomposição de identidades, gestão de riscos à saúde, forma de relacionamento com as diversas redes sociais, integração da história individual na história coletiva mais ampla do movimento social, na busca de ampliar as oportunidades de compreender e refletir sobre o impacto da epidemia de HIV/Aids nesses adolescentes e jovens que fazem parte da RNAJVHA e REAJVHA-RJ. Reconstruir as experiências individuais históricas de suas vidas e de suas culturas, identificar os momentos desses adolescentes e jovens antes e posteriormente a sua entrada no ativismo juvenil, identificar, ainda, os momentos de enfrentamento dos fatos da vida como portador de sorologia positiva para o HIV. Estas condições e conquistas guiaram e influenciaram seus cursos de vida, focando assim os dinâmicos processos de mudanças, orfandade, negociações, lidar com o preconceito, sexualidade, solidariedade com o outro, reformulações, articulações e adesão ao tratamento. Analisamos as movimentações presentes na vida social e na existência do adolescente e jovem, como indivíduos de direitos e deveres que exercem suas funções de atores/autores de suas próprias histórias de vida através do ativismo e militância jovem em HIV/Aids. Esta pesquisa traz o reinventar de um novo ativismo em HIV/Aids.