1000 resultados para primata não humano


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Os HTLV-1/2 pertencem à família Retroviridae, a qual inclui o HIV. O HHV-8 pertence à família Herpesviridae. Os HTLV-1/2, o HHV-8 e o HIV apresentam as mesmas formas de transmissão, resultando em fatores comuns de risco e isso pode justificar a coinfecção HIV/HTLV e HIV/HHV-8. O presente estudo teve como objetivo descrever a epidemiologia molecular das infecções causadas pelos HTLV-1/2 e o HHV-8 em indivíduos portadores do HIV-1 com ou sem SIDA/AIDS, da cidade de Belém, Pará. Das 520 amostras incluídas no estudo, 515 foram testadas para a presença de anticorpos anti- HTLV-1/2 e 499 para a presença de anticorpos anti-HHV-8, pelo método de ELISA. As amostras reativas para o HTLV e para o HHV-8 foram submetidas à métodos moleculares. A soroprevalência da co-infecção HIV/HTLV foi de 2,3%, enquanto que da co-infecção HIV/HHV-8 foi de 35,9%. Nove amostras do HTLV foram seqüenciadas e 1 classificada como HTLV-1 pertencente ao subtipo Cosmopolita, subgrupo Transcontinental e 3 como HTLV-2 do subtipo HTLV-2c, enquanto que a do HHV-8 agrupou-se ao subtipo B. Foi verificada a heterossexualização, menor escolaridade e pauperização entre os portadores do HIV-1 e não houve associação com fatores de risco. Não houve associação da co-infecção HIV/HTLV com fatores de risco e nem com a contagem de células CD4+ e CD8+ e Carga Viral do HIV-1. Houve associação da co-infecção HIV/HHV-8 com a Carga Viral do HIV- 1. Ocorreu maior taxa da carga viral plasmática do HIV-1 no intervalo 1000|—100000 cópias/mL no grupo dos co-infectados HIV/HHV-8.

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O Papilomavírus humano infecta as células basais do epitélio estratificado, induzindo o desenvolvimento de lesões proliferativas benignas na pele ou mucosas. As infecções apresentam distribuição universal. Muitos estudos têm demonstrado a forte associação da infecção por espécies de alto risco com casos de câncer cervical. Sendo assim, o presente estudo visou determinar a prevalência da infecção pelo HPV em um grupo de mulheres investigadas para o câncer cervical. No período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009 foram coletadas amostras cervicais de 180 mulheres atendidas no Laboratório de Citopatologia da UFPA, sendo 162 elegíveis para o estudo. De cada participante foi coletada duas amostras, uma destinada à confecção do esfregaço para posterior análise citológica, através do Método de Papanicolaou e a outra destinada à análise por biologia molecular a fim de se investigar a presença do HPV, na qual utilizou-se os iniciadores MY09 e MY11. As espécies de HPV foram identificadas através da técnica de seqüenciamento de bases nucelotídicas da ORF L1 do HPV. A análise do perfil epidemiológico do grupo estudado demonstrou que a média de idade correspondia a 37,5 anos. A maioria (49,38%) era casada, 37,65% havia iniciado a atividade sexual entre 13 e 17 anos de idade e 58,64% não usava preservativos durante as relações sexuais. A prevalência global do HPV encontrada foi de 18,52%. Treze espécies diferentes foram identificadas, sendo que a maioria (66,67%) pertencia ao grupo de baixo risco, no qual o HPV-11 foi mais freqüente. Dentre o grupo de alto risco (30%) o HPV-31 foi encontrado em quatro casos. A distribuição das espécies de HPV de acordo com o resultado citológico demonstrou que a ocorrência da infecção foi maior no grupo de mulheres cujo esfregaço era livre de alterações citológicas (43,33%). No grupo de mulheres com alterações pré-malignas só observou-se infecções por espécies de baixo risco (10%). A infecção pelo HPV mostrou associação estatisticamente significativa com a atividade sexual e com a freqüência na realização do exame preventivo. A prevalência encontrada no estudo corrobora com outros achados descritos na literatura. A predominância da infecção em mulheres com citologia normal reforça a idéia de que a infecção é, em sua maioria, assintomática e que o método de Papanicolaou é menos eficiente na detecção da infecção em relação às técnicas de biologia molecular. Entretanto, ao se tratar de detecção de doença pré-maligna ou maligna, a biologia molecular não se aplica e, portanto não deve substituir o PCCU.

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A prevalência da infecção por agentes virais, como o HTLV, o VHB e o CMV ainda é pouco conhecida na população de mulheres grávidas portadoras do HIV-1 na Região Norte do Brasil. Este trabalho teve como objetivo descrever a soroprevalência das infecções pelo HTLV, CMV e VHB em grávidas portadoras do HIV-1 atendidas em um centro de referência do Pará e de Tocantins. Foram coletas amostras de sangue de 47 mulheres grávidas portadoras do HIV-1, procedentes de várias localidades do estado do Pará, no período de agosto de 2005 a janeiro de 2008 e de 18 mulheres grávidas portadoras do HIV-1 oriundas de várias localidades do estado de Tocantins no período de maio a outubro de 2007. As amostras foram submetidas a um ensaio enzimático do tipo ELISA para a detecção de anticorpos anti-HTLV, anti-VHB (anti-HBc total, anti-HBc IgM, anti-HBs, HBsAg) e anti-CMV IgM/IgG. A análise sorológica revelou que nenhuma das amostras de soro de ambos os estados foi positiva para o anti-HTLV e anti-CMV IgM. Entretanto, todas as amostras de ambos os estados apresentaram anticorpos anti-CMV IgG. A prevalência da infecção pelo VHB em grávidas portadoras do HIV-1 do estado do Pará foi de 19,1% e em Tocantins essa prevalência foi de 27,8%. Apenas no Estado de Tocantins verificamos que houve apenas uma grávida (5,6%) co-infectada HIV-1/VHB. A prevalência da co-infecção HIV/HTLV é baixa nas populações examinadas, assim como a ocorrência da infecção aguda pelo CMV. Entretanto, verificou-se um grande número de mulheres de ambos os estados ainda suscetíveis à infecção pelo VHB, o que sugere que estas populações devam ser vacinadas contra o VHB.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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O desenvolvimento de modelos animais para o estudo de problemas no desenvolvimento cognitivo humano pressupõe como fator principal a existência de certa homologia de processos comportamentais entre os repertórios do modelo e dos humanos. A Escola Experimental de Primatas (EEP) tem utilizado o macaco-prego (Cebus ssp.) como um modelo animal para investigar a aquisição de repertórios relacionais generalizados em humanos. Este trabalho avaliou os estudos empíricos da EEP no sentido de verificar a coerência entre seus pressupostos teóricos e sua prática empírica, especialmente no que diz respeito à existência de homologias de processos comportamentais entre macacos-prego e seres humanos. Ao se analisar a 1) origem dos objetivos e dos procedimentos dos estudos (a maioria provém de estudos com animais); 2) se os resultados esperados foram alcançados ou não (de forma geral, resultados positivos em relação aos objetivos propostos); e 3) se nos estudos da EEP é discutida a questão do modelo animal e/ou a aplicabilidade dos procedimentos utilizados nos estudos para humanos (não é), verificou-se que não são apresentados dados empíricos que sustentem a homologia sugerida na proposta teórica norteadora da EEP. Esses resultados demonstram que a prática científica da EEP tem avançado enquanto pesquisa básica sobre a aprendizagem de repertórios relacionais generalizados para macacosprego, mas ainda sem evidências de transferência para o estudo desse fenômeno em humanos. Sugere-se que o caminho a seguir pode ser: 1) desenvolver estudos empíricos que validem a homologia de processos comportamentais entre alguns repertórios dos macacos-prego e humanos; e 2) dar início à aplicação dos achados da pesquisa básica da EEP no desenvolvimento de procedimentos para ensinar repertórios relacionais para pessoas com atraso no desenvolvimento cognitivo.

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As abordagens analítico-comportamentais da linguagem ainda não conseguiram fornecer um tratamento conceitual e empírico adequado dos comportamentos verbais complexos. Uma proposta funcionalista recente que vem abordando repertórios complexos na aquisição e no desenvolvimento da linguagem é a teoria da aquisição da linguagem baseada no uso, de Tomasello e cols. Esta teoria vem se desenvolvendo no interior de uma análise mais ampla de Tomasello e cols. sobre a evolução da cognição humana. Nesta proposta, a compreensão e o compartilhamento da intencionalidade são elementos-chave para o desenvolvimento cognitivo e linguístico humano. E é justamente o uso do conceito de intencionalidade o que tem produzido as principais críticas a esta proposta, principalmente, enquanto possibilidade de representar um retorno às propostas mentalistas sobre cognição e linguagem. Com base nisso, o presente trabalho procurou: (1) analisar a proposta de Tomasello e cols. sobre a evolução da cognição humana e a relação entre essa proposta e a aquisição e o desenvolvimento da linguagem – analisando, especificamente, o papel do conceito de intencionalidade nessa proposta e a relação entre intencionalidade e linguagem; (2) analisar o tratamento do conceito de intencionalidade nos trabalhos de John R. Searle e de Daniel C. Dennett, comparando-o com o proposto por Tomasello e cols., segundo os critérios de (a) definição de intencionalidade e (b) relação entre intencionalidade e linguagem; e (3) analisar o tratamento que o conceito de intencionalidade tem recebido na Análise do Comportamento, comparandoo com o proposto por Tomasello e cols, segundo os mesmos critérios (a) e (b). Esperava-se que estas análises permitissem um maior esclarecimento sobre o uso do conceito de intencionalidade na proposta de Tomasello e cols. e uma aproximação dessa proposta com um referencial analítico-comportamental, i.e., sem recorrer a entidades mentais como elementos explicativos da cognição e da linguagem. Tomasello e cols. propõem que a cognição humana é um tipo de cognição primata, derivada de adaptações biológicas característica dos primatas em geral para compreender os outros intencionalmente, em termos de ações, percepções, estados emocionais e objetivos, além de uma motivação exclusivamente humana para compartilhar intencionalidade com os outros. A partir dessas características, os humanos se tornaram capazes de se engajar em atividades de colaboração relacionadas à cognição cultural (envolvendo a criação e o uso de símbolos lingüísticos e matemáticos, artefatos culturais, tecnologias, práticas culturais e instituições sociais), que alteraram profundamente os modos de interação social da espécie humana, permitindo a ela acumular e modificar conhecimentos ao longo da história e transmitir esses conhecimentos para as gerações posteriores. Considerando a análise dos usos do conceito de intencionalidade nas propostas de Tomasello e cols, Searle, Dennett e da Análise do Comportamento, foi possível estabelecer uma relação entre as propostas de Tomasello e cols. e de Dennett, ambas caracterizando a intencionalidade como um conjunto de habilidades cognitivo-comportamentais dos organismos, resultante da história evolutiva das espécies. Contudo, foi possível relacionar o uso do o conceito de intencionalidade nas propostas de Searle e da Análise do Comportamento com o conceito de intencional na proposta de Tomasello e cols., ambos significando uma propriedade referencial (i.e., estar relacionado com) de certos fenômenos em relação a aspectos do mundo. No que concerne à relação entre intencionalidade e linguagem, as propostas de Tomasello e cols., Searle e de Dennett destacam a importância da interação da intencionalidade com a linguagem para a evolução da cognição humana propriamente dita. Contudo, Tomasello e cols. se aproximam mais do modelo de Searle, ao sugerirem que a linguagem simbólica é uma habilidade comportamental humana derivada da intencionalidade. Dennett, por outro lado, se contrapõe a essa hipótese, afirmando que intencionalidade e linguagem simbólica são dois fenômenos comportamentais distintos que co-evoluíram e passaram a interagir em certo momento da história evolutiva da espécie humana. Em geral, o presente trabalho sugere que os principais conceitos utilizados na proposta de Tomasello e cols. sobre a evolução da cognição humana e, especificamente, na teoria da aquisição da linguagem baseada no uso, são compatíveis com alguns conceitos aplicados em outras áreas do conhecimento, como a filosofia da mente e as ciências do comportamento. Em adição, o presente trabalho também possibilitou uma aproximação da proposta de Tomasello e cols. com um referencial analíticocomportamental. Sugere-se que (i) a adoção de um vocabulário analítico-comportamental pode contribuir para abordar os fenômenos contemplados na proposta de Tomasello e cols., evitando a recorrência a pressupostos mentalistas; e, (ii) a proposta de Tomasello e cols. pode oferecer relevantes contribuições para a Análise do Comportamento, no que se refere à investigação de processos simbólicos, principalmente, a aquisição e o desenvolvimento da linguagem simbólica, na medida em que esta proposta tem investigado processos simbólicos mais complexos do que aqueles tradicionalmente investigados na Análise do Comportamento.

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Este estudo teve como finalidade comparar a morfologia e propriedades físicas da estrutura do esmalte dos dentes bovinos, bubalinos e humanos. A análise deste tecido foi realizada por meio de microscopia eletrônica de varredura, composição mineral, microdureza e rugosidade superficial do esmalte em 41 incisivos bubalinos (Bos taurus indicus), 41 incisivos bovinos (Pelorovis antiques) e 30 incisivos permanentes de humanos. Os resultados mostraram que a ultraestrutura do esmalte revela uma significativa similaridade das espécies estudadas com a encontrada em amostras humanas. No esmalte bovino e bubalino os elementos químicos que apresentaram maior concentração foram: O, Ca e P, justamente os que formam os cristais de hidroxiapatita - Ca10(PO4)6(OH)2. Na microdureza Knoop não houve diferença estatisticamente significante entre as três espécies. Porém, a rugosidade superficial do esmalte bubalino (2,16µm ±0,23) foi significativamente maior quando comparada aos dentes humano (0,36µm ±0,05) e bovino (0,41µm ±0,07). Conclui-se que as características e propriedades do esmalte bovino e bubalino, por meio de análises e testes, apresentou uma morfologia semelhante à de humanos, arquitetura ultraestrutural similar, microdureza e composição mineral equivalente ao tecido dental humano, tornando-se modelos de referência para pesquisas.

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Nesta dissertação, verificou-se com base nas indagações formuladas e as reflexões realizadas a partir da compreensão de que o envelhecimento da população brasileira se configura num fenômeno social e irreversível apresentou-se a questão norteadora desta pesquisa: A metodologia usada para trabalhar com adultos e velhos no Programa Universidade da Maturidade constitui-se em um paradigma para o desenvolvimento social do velho no Estado do Tocantins. A busca da resposta a essa indagação encaminhou a pesquisa para o estudo e compreensão do objetivo geral desta dissertação que foi conhecer os benefícios realizados na UMA para a implementação das políticas públicas sociais no Estado do Tocantins. Perseguiram-se os objetivos específicos que visaram reconhecer o caminho metodológico da UMA/UFT desenvolvido em todos os polos do Tocantins; conhecer o perfil dos acadêmicos da UMA/UFT. Para alcançar os objetivos fez-se um estudo de caso, com abordagem quanti-qualitativa. As informações foram coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas, diário de campo, questionário e registro fotográfico. O campo de pesquisa foi o Programa Universidade da Maturidade - UMA polo de Araguaína e os participantes do estudo foram acadêmicos, e docentes da UMA/Araguaína, gestores (reitor, pró-reitores, diretores da UFT) que vivenciam a metodologia do objeto estudado.

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As doenças do trato respiratório são responsáveis por uma significativa taxa de absenteísmo laboral bem como por elevados índices de morbidade e morte, entre as quais as infecções respiratórias aguda (IRA) representam as maiores queixas nos serviços de atendimento médico-ambulatorial em todo o mundo. Os vírus são considerados os principais agentes etiológicos das IRA, atuando seja como patógeno principal ou predispondo às infecções bacterianas secundárias, entre eles encontra-se o Metapneumovirus Humano (HMPV). Este vírus foi identificado em 2001 apresentando-se como um importante agente causador de IRA adquirida na comunidade. É um vírus cosmopolita que causa doenças respiratórias semelhantes ao Vírus Respiratório Sincicial. No Brasil, são relativamente escassos os relatos da ocorrência do HMPV na população. O objetivo deste estudo é investigar a ocorrência de Metapneumovírus Humano (HMPV) em pacientes com diagnóstico clínico de infecção respiratória aguda (IRA) na Região Nordeste do Brasil. Entre o período de Junho de 2009 a Setembro de 2010, pacientes oriundos de atendimentos em unidades de atenção básica ou hospitalar de cinco estados da Região Nordeste, foram submetidos a coleta de espécimes para detecção a partir de técnicas de biologia molecular. Análises estatísticas foram utilizadas para escolha do tamanho amostral (545) e tratamento dos resultados obtidos. O estudo mostrou uma positividade de 4.7% para HMPV, sem a existência de uma faixa etária específica para a ocorrência da infecção. Ocorreu uma prevalência do sexo feminino entre os casos positivos, entretanto, sem significado estatístico. O pico de positividade para o vírus (n=16) mostrou existir no terceiro trimestre do ano em todos os Estados investigados. Neste estudo, foi possível descrever a ocorrência de HMPV na Região Nordeste, afetando pacientes portadores de infecção respiratória aguda, tanto acompanhados ambulatorialmente como hospitalizados, que preencheram critério clínico para Síndrome Respiratória Aguda Grave.

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A adolescência é um período de vida da mulher marcado por transformações biológicas e psicológicas que influenciam intensamente sua saúde futura. Essas mulheres são mais suscetíveis às DST. A infecção pelo HPV é uma das DST mais frequentes, sendo importante avaliar a sua prevalência, devido sua ligação com o câncer uterino. Este estudo avaliou a prevalência da infecção genital por HPV na população adolescente do sexo feminino em Belém. Estes dados foram correlacionados com fatores sócio demográficos, comportamentais e reprodutivos. Foi realizado um estudo transversal entre agosto de 2009 e agosto de 2011, com 134 mulheres entre 13 e 19 anos que procuraram a Unidade Materno-Infantil e Adolescente de Belém para exame de rastreamento do câncer do colo do útero. As pacientes selecionadas responderam a um questionário sobre os dados sócio demográficos, comportamentais e reprodutivos. Foi realizada coleta de material cervicovaginal para citologia convencional e escovado cervical para detecção de DNA-HPV por técnica da reação em cadeia de polimerase (PCR). A associação da infecção por HPV e fatores de risco selecionados foi avaliada por meio do teste do Qui-quadrado (χ2) e/ou exato de Fisher, todos com um nível alfa de significância de 0,05. A infecção genital pelo Papillomavirus humano apresentou a prevalência de 22%, sendo o HPV 58 o mais prevalente com 31% e o HPV 11 o menos comum com 3,4%. Entre as adolescentes 51,7% apresentaram infecção por outros tipos de HPV não incluídos na vacina quadrivalente (6, 11, 16 e 18), e 76,2% apresentavam infecção por pelo menos um tipo de HPV do grupo de alto risco. Foram encontradas alterações citológicas em 6,2% dos esfregaços cervicais. Os fatores de risco associados à infecção genital por HPV encontrados neste estudo foram escolaridade superior a oito anos, coitarca com idade maior que 14 anos, uso de anticoncepcional oral por mais de um ano, uso atual de anticoncepcional oral, gravidez com 14 anos ou menos e achado citológico anormal. Este estudo evidenciou o predomínio de HPV de alto risco não imunoprevenível nas amostras cervicais, demonstrando a necessidade de novas políticas de prevenção primária e secundária, que envolvam as adolescentes através de discussão e orientação motivando-as a participar ativamente na promoção da própria saúde.

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Contexto: O câncer de laringe é um dos mais comuns em homens após os 50 anos, atinge mais a região da cabeça e pescoço, representando 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças malignas. Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na corda vocal verdadeira e 1/3 localiza-se acima das cordas vocais. A relação entre o HPV e as doenças das vias aéreas superiores tem sido conhecida por quase um século, mas apenas nas últimas três décadas têm a sua atividade como potencial oncogénico reconhecido na literatura. Tipos de HPV similares aos encontrados no colo uterino foram também observados no câncer de laringe, língua e orofaringe. Objetivos: Avaliar a frequência de HPV em amostras de câncer de laringe; identificar os genótipos de HPV presentes em amostra de câncer de laringe; estabelecer a relação entre o câncer de laringe e o HPV, como fator de risco. Métodos: Revisão sistemática de ensaios clínicos na qual descritores e sinônimos para Neoplasias Laríngeas e Infecções por Papillomavirus foram usados nas seguintes bases de dados eletrônicas, até Março de 2012: CENTRAL; MEDLINE (PUBMED); LILACS e SciELO. Três revisores selecionaram, avaliaram a qualidade metodológica e extraíram os dados de estudos considerados relevantes. Resultados: Estimativas individuais combinadas em uma metanálise, resultaram em diferença estatisticamente significativa de HPV entre casos, quando comparados aos controles, com maior probabilidade entre os casos (OR 4.26, IC a 95% de 2.05 a 8.87, P=0.004). A análise estatística sugere substancial heterogeneidade (I2) entre os estudos (I2>50%, P<0,1), que pode ser explicada pelo tipo de controle utilizado. O tipo viral mais frequente entre os casos foi o HPV 16 e entre os controles foram os tipos virais HPV-6 e o HPV-16 e -18. Conclusões: Os resultados desta meta-análise apoiam a hipótese do envolvimento do HPV no cancer de laringe, o que sugere que o HPV como fator de risco depende da diferenciação com os demais fatores e o método de identificação do DNA viral.

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As doenças do trato respiratório são as principais queixas nos serviços de atendimento médico, sendo as infecções respiratórias agudas (IRA) as manifestações mais comuns, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade. Em países em desenvolvimento, as IRA constituem um sério problema de saúde pública. Em todo mundo estima-se que ocorram cerca de 2 milhões de mortes devido as IRA a cada ano. Dentre os agentes causais de IRA, destaca-se o Metapneumovírus Humano (HMPV), especialmente por causar doença grave em crianças menores de 5 anos. Com o objetivo de gerar dados sobre a epidemiologia molecular deste vírus, foram analisadas amostras colhidas de pacientes com IRA no período de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2011 oriundas da Região Norte (Pará, Amazonas, Acre, Amapá e Roraima). Foi utilizado a técnica de RT-PCR em Tempo Real (qRT-PCR) para a detecção do vírus através da amplificação do gene N e RT-PCR para o gene codificador da proteína F, que foi em seguida parcialmente sequenciado. Dentro do período de estudo, foram testadas 2966 amostras, das quais 129 positivas para HMPV. A faixa etária de 0-4 anos foi a que concentrou maior número de casos (n=84; 65,89%) em toda a região Norte. Na identificação viral, constatou-se a co-circulação dos subgrupos A2 e B2 durante os três anos do estudo. Os subgrupos A1 e B1 não circularam na região durante o período estudado. Este estudo representa o primeiro relato sobre dados da epidemiologia molecular do Metapneumovírus Humano na região Norte do Brasil.