998 resultados para Uba rubi - Pré tratamento - Óleo de soja
Resumo:
A palhada da aveia preta fornece excelente cobertura do solo, e por isso, durante o inverno, o seu cultivo no Rio Grande do Sul é preferencial, principalmente antecedendo a cultura da soja. Objetivando avaliar o efeito do manejo da palhada de aveia preta sobre a emergência da soja, cobertura, temperatura e teor de água do solo, foi realizado um experimento na Universidade Federal de Santa Maria (RS), num Argissolo Vermelho distrófico arênico, no ano de 1997/98. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e cinco repetições. Nas parcelas principais, os tratamentos foram os manejos mecânicos da palhada: (a) palha picada e distribuída; (b) palha em pé; (c) palha rolada; (d) palha gradeada; (e) palha roçada e (f) sem palha sem plantas daninhas. Nas subparcelas, utilizou-se o controle ou não das plantas daninhas por herbicidas em pós-emergência. Avaliaram-se o índice de velocidade de emergência (IVEM), a cobertura, a temperatura e o teor de água no solo nas subparcelas com o controle de plantas daninhas. Observou-se que a palha em pé e a gradeada diminuíram a cobertura do solo em 20 e 74%, respectivamente, no período de 53 dias; a temperatura máxima foi superior no solo sem palha sem plantas daninhas e inferior no solo com palha em pé; o manejo da palhada de aveia não afetou o teor de água do solo, em virtude da elevada precipitação pluvial, e a velocidade de emergência das plântulas de soja não foi afetada pelos diferentes manejos da palhada de aveia, mas foi inferior no tratamento sem palha.
Resumo:
A inoculação e a reinoculação da soja [Glycine max (L.) Merrill] são essenciais para garantir a maximização do processo de fixação biológica do N2. A maioria dos inoculantes comercializados para a soja no País utiliza, como veículo, a turfa, mas existem controvérsias sobre a dose a ser recomendada, especialmente em condições desfavoráveis ou em áreas já inoculadas. Assim, para a região central do Brasil, tem sido recomendado usar 1.000 g de inoculante/50 kg de sementes, com solução açucarada como adesivo. Neste estudo, porém, constatou-se que a dose máxima de turfa aderida às sementes está entre 500 g e 600 g de inoculante/50 kg. O uso de doses superiores resultará, portanto, em acúmulo na semeadora, dificultando o plantio. Em condições de casa de vegetação, em vasos esterilizados, a dose de 250 g foi suficiente para garantir boa nodulação e fixação, mas, em vasos com solo não esterilizado e em campo, os melhores resultados foram obtidos com a dose de 500 g. Em geral, a reinoculação com 500 g de inoculante turfoso (10(8) células/g) e solução açucarada como adesivo incrementou, em campo, o rendimento e o N total dos grãos.
Resumo:
Estudou-se o efeito da calagem na correção da acidez do solo, disponibilidade de alguns nutrientes e produtividade de milho e soja em um Latossolo Vermelho com diferentes tempos de cultivo sob sistema de semeadura direta (três, seis e nove anos). Quatro doses de calcário (0, 33,3, 66,7 e 100% da quantidade calculada para elevar a saturação por bases a 70%) foram aplicadas na superfície, além de um tratamento adicional, constituído pela maior dose, incorporada na camada de 0-20 cm. Houve distribuição mais uniforme em profundidade de Ca, Mg e V% no solo com o maior tempo de cultivo. Nesse solo, os teores de Al foram baixos e não variaram com a profundidade, enquanto os valores de pH variaram pouco no perfil. No solo com três anos de cultivo, a maior dose de calcário aplicada na superfície resultou em maiores teores de Ca e Mg na camada de 0-5 cm, enquanto o pH e a V% não variaram. A incorporação da dose integral elevou o pH e o teor de Ca na camada de 10-20 cm e o teor de Mg e a V% das camadas de 10-20 e 20-30 cm, diminuindo o teor de Al da camada de 20-30 cm. No solo com seis anos de cultivo, pH, Ca e Mg da camada superficial geralmente aumentaram com a aplicação das maiores doses na superfície. A incorporação, em geral, diminuiu o teor de Al e aumentou os de Ca e Mg e a V% nas camadas inferiores do solo. No solo com maior tempo de cultivo, a aplicação superficial quase sempre acarretou maiores teores de Ca e Mg e maiores valores de pH e V% na camada de 0-5 cm do que a incorporação. Os teores de N, P, K e S nas folhas de soja não variaram com a calagem. As produções de grãos de milho e soja não foram influenciadas pela calagem, mas o local com seis anos apresentou a maior produtividade de grãos de soja.
Resumo:
O presente trabalho foi realizado nas safras de 1994/95, 1996/97, 1997/98 e 1998/99, objetivando avaliar a eficiência das estirpes de Bradyrhizobium recomendadas pela pesquisa, pela determinação da capacidade competitiva e da eficiência na fixação do N2 na cultura da soja, sob o sistema plantio direto. Os experimentos foram instalados em áreas experimentais da FUNDACEP, Cruz Alta (RS), manejadas desde cinco até dez anos em plantio direto. Na safra de 1994/95, foram usados os seguintes tratamentos: testemunha sem inoculação; 200 kg ha-1 de N mineral, parcelados e sem inoculação; e as combinações das quatro estirpes recomendadas comercialmente, SEMIA 587 + SEMIA 5019; SEMIA 587 + SEMIA 5079; SEMIA 587 + SEMIA 5080; SEMIA 5019 + SEMIA 5079; SEMIA 5019 + SEMIA 5080; SEMIA 5079 + SEMIA 5080 e dois isolados do sorogrupo SEMIA 586. Em 1996/97, foi retirado o último tratamento e acrescidos os tratamentos CPAC 40 + CPAC 44 e CPAC 42 + CPAC 45. Na safra de 1997/98, foi acrescido o tratamento 20 kg ha-1 de N mineral na semeadura + inoculação com SEMIA 5079 + SEMIA 5080. A adubação nitrogenada reduziu a nodulação e não resultou em acréscimo na produção da soja. Na avaliação do rendimento de grãos, em cada uma das quatro safras e na análise conjunta, a testemunha sem inoculação não apresentou diferença significativa em relação aos demais tratamentos. A não-resposta da soja à prática da inoculação pode ser atribuída à população naturalizada de Bradyrhizobium, em número adequado e eficiente, e às condições favoráveis à fixação biológica do nitrogênio, como temperatura e umidade adequadas do solo, proporcionadas pelo sistema plantio direto.
Resumo:
O conhecimento quanto à exigência a boro de genótipos da soja pode ser relevante para: recomendações de corretivos e fertilizantes, recomendação de cultivares e programas de melhoramento. O objetivo deste trabalho foi estudar a resposta de cultivares de soja à adição de doses de boro em solução nutritiva. O experimento foi realizado em casa de vegetação do Instituto Agronômico de Campinas - IAC, Campinas (SP). Foram estudados quatro cultivares de soja (IAC-1, IAC-8, IAC-15 e IAC-17) e cinco doses de boro (0,0; 0,05; 0,20; 0,80 e 2,00 mg L-1 de B), utilizando-se delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial com cinco repetições. As plantas foram avaliadas quanto aos sintomas de deficiência à toxidez, produção de matéria seca, altura das plantas, teores críticos de B nas folhas, B absorvido pela planta e teores de P, K, Ca e Mg. As plantas foram colhidas no início do florescimento para determinação da massa da matéria seca e teores de nutrientes. Os teores limites de B nas folhas para a deficiência variaram de 25 a 30 mg kg-1, mostrando diferenças entre os cultivares nesta susceptibilidade. O sintoma inicial de toxidez foi observado a partir da dose de 0,8 mg L-1 de B na solução, cujo teor correspondente nas folhas foi de 83 mg kg-1 de B (média dos cultivares), enquanto o acúmulo máximo de matéria seca total ocorreu para concentrações na solução estimadas entre 0,1 e 0,2 mg L-1. A severidade dos sintomas visuais variou entre cultivares dentro do mesmo tratamento, indicando diferentes tolerâncias ao excesso do nutriente. Assim, quanto aos sintomas de deficiência e de toxidez, o cv. IAC-1 foi o mais susceptível à deficiência e à toxidez de B, e o cv. IAC-17 foi, aparentemente, o mais tolerante ao excesso de B. Os cvs. IAC-8 e o IAC-15 acumularam as maiores quantidades de B, mesmo nos tratamentos com baixa concentração de B na solução. Os teores de P, K, Ca e Mg nas folhas não variaram significativamente entre os tratamentos que receberam boro (0,05 a 2,0 mg L-1), com exceção das plantas com deficiência severa.
Resumo:
A deficiência de cálcio e a toxidez de alumínio têm sido os fatores de acidez mais limitantes ao crescimento de raízes. Com o objetivo de avaliar o crescimento radicular e a absorção de nutrientes pela soja, cv. EMBRAPA 58, e seus reflexos sobre a produção de grãos, considerando as doses de calcário e gesso na superfície, em sistema plantio direto, foi realizado um experimento em um Latossolo Vermelho distrófico textura média, em Ponta Grossa (PR). O delineamento experimental empregado foi o de blocos ao acaso em parcela subdividida, com três repetições. Foram utilizadas quatro doses de calcário dolomítico, com 84% de PRNT: 0, 2, 4 e 6 t ha-1, e quatro doses de gesso agrícola: 0, 4, 8 e 12 t ha-1. A calagem foi realizada em julho e a aplicação de gesso em novembro de 1993. O crescimento radicular da soja não foi afetado pelas condições de acidez, em solo com 15, 12 e 8 mmol c dm-3 de Ca trocável e 28, 32 e 40% de saturação por Al, respectivamente, nas profundidades de 0-10, 10-20 e 20-40 cm. Houve aumento da absorção, pela cultura da soja, de todos os macronutrientes com a calagem, e de Ca e S com a aplicação de gesso. Somente a calagem aumentou a produção de soja, em decorrência de maior disponibilidade e absorção de Mg e de redução dos teores foliares de Zn e Mn.
Resumo:
Utilizou-se o césio-137 para avaliar as taxas de perda ou ganho de solo numa microbacia com diferentes culturas, situada no município de Cambe (PR), a 23º16' Sul e 51º17' Oeste. Foi utilizada uma equação teórica que considera a perda ou ganho de solo num ponto diretamente proporcional à redistribuição de césio-137. Uma amostragem em transectos foi efetuada com o objetivo de avaliar a redistribuição de solo dentro da microbacia. Um ponto em mata nativa na microbacia foi amostrado para estimar a quantidade de césio-137 depositado na região pela precipitação radioativa. Os pontos amostrados em área de pastagem apresentaram, em sua maioria, perda de solo. Os pontos amostrados em área de cafeeiro não apresentaram perda nem ganho de solo. Os pontos amostrados em área de soja, em sistema convencional de preparo de solo, apresentaram perda de solo.
Resumo:
Na região sul do Brasil, tem aumentado o interesse pela busca de alternativas para a instalação de culturas, no sistema plantio direto, em áreas novas, sem proporcionar revolvimento do solo. Com o objetivo de avaliar as alterações químicas do solo e a resposta da soja ao calcário e gesso aplicados no sistema plantio direto, foi realizado um experimento em um Latossolo Vermelho distrófico textura argilosa, em Ponta Grossa (PR), no período de 1998 a 2001. Os tratamentos, dispostos em blocos completos ao acaso em parcelas subdivididas, com três repetições, constaram da aplicação de calcário dolomítico (sem calcário e 4,5 t ha-1 de calcário na superfície, em dose total e 1/3 da dose por ano durante três anos, e incorporado), nas parcelas, e doses de gesso (0, 3, 6 e 9 t ha-1), nas subparcelas. A correção da acidez pela calagem na superfície ou incorporada foi mais acentuada na camada superficial do solo (0-5 cm) e houve maior reação nas profundidades de 5-10 e 10-20 cm, quando o calcário foi incorporado. Os efeitos benéficos da calagem na correção da acidez do subsolo foram pouco pronunciados e mais evidentes com a incorporação do calcário no solo. O gesso melhorou o subsolo, aumentando o pH (CaCl2 0,01 mol L-1) e os teores de Ca e S-SO4(2-), aumentou a concentração de P na camada superficial do solo (0-5 cm) e no tecido foliar da soja e reduziu o Mg no solo e nas folhas. Não houve resposta da soja, em três cultivos, ao calcário e gesso aplicados. Concluiu-se que a aplicação de gesso agrícola, associada ou não à calagem na superfície ou com incorporação, não foi uma estratégia interessante para o estabelecimento da soja no sistema plantio direto, por não ocasionar melhoria na produção de grãos.
Resumo:
Resíduos gerados por curtumes e pela exploração de carvão mineral são produtos potencialmente poluentes em várias regiões do Brasil, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O presente trabalho foi realizado no campo com o objetivo de avaliar o efeito da adição de resíduos de curtume e rejeito carbonífero sobre o solo e sobre as plantas cultivadas em um Argissolo Vermelho distrófico típico da Estação Experimental Agronômica da UFRGS, localizada no município de Eldorado do Sul (RS). O experimento foi realizado no ano agrícola de 1996/97, em parcelas de 70 m², cultivando-se soja (Glycine max L. Merrill) e milho (Zea mays L.). Tratamentos com a adição de 21,3 e 42,5 t ha-1 de lodo de curtume (LC) com adubação fosfatada e potássica na forma mineral foram comparados com o tratamento com adubação mineral completa (NPK) mais correção da acidez do solo e com a testemunha absoluta. Foram estudados também: (a) adição de resíduo carbonífero (106 t ha-1) mais adubação mineral; (b) resíduo carbonífero (106 t ha-1) mais lodo de curtume (21,3 t ha-1) com adubação fosfatada e potássica; (c) serragem cromada (29 t ha-1) mais adubação mineral (NPK), e (d) Cr mineral (125 kg ha-1) mais lodo de curtume (21,3 t ha-1) com adubação fosfatada e potássica. Foram avaliadas as alterações químicas e biológicas do solo, bem como os efeitos da aplicação dos resíduos sobre o rendimento e absorção de metais pelas plantas. A adição de LC aumentou o valor de pH e o teor de Ca trocável do solo. Não foram constatadas alterações nas concentrações dos metais Cu, Cd, Pb e Ni no solo, aumentando, entretanto, significativamente os teores de Cr. A atividade microbiana avaliada pela produção de CO2 foi estimulada pela adição dos resíduos, mas a população de bactérias, fungos e ctinomicetos não foi afetada. A adição de LC propiciou rendimentos de soja e milho semelhantes aos com adição de fertilizante nitrogenado. A adição de serragem cromada não alterou o rendimento das culturas, enquanto o rendimento de grãos de milho aumentou com a adição de resíduo carbonífero.
Resumo:
A soja pode ser considerada uma alternativa viável para cultivo em solos hidromórficos. O sucesso da cultura, porém, depende do funcionamento do processo de fixação biológica do N2. Sabe-se que a fixação biológica de N2 é, geralmente, prejudicada pela inundação do solo, dependendo do genótipo do macrossimbionte. Não se conhece, no entanto, o comportamento, em solo inundado, das diferentes estirpes de Bradyrhizobium elkanii e Bradyrhizobium japonicum recomendadas para a soja. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência das estirpes recomendadas para a cultura da soja, em solo submetido à inundação, em comparação com a adubação nitrogenada. O experimento em casa de vegetação foi realizado em vasos com solo, nos quais se fez a semeadura de soja da variedade CEP 20. Os tratamentos consistiram na aplicação de dois níveis de umidade ao solo - 100 % da capacidade de campo e inundado com cerca de 1 cm de lâmina de água - e de duas formas de fornecimento de N - inoculação com as estirpes de rizóbio SEMIA 587, SEMIA 5019, SEMIA 5079 ou SEMIA 5080 e aplicação de 100 mg kg-1 de N mineral. A inundação do solo foi aplicada 14 dias após a emergência, tendo sido mantida por 30 dias. Foram avaliados o número de nódulos, a massa seca de nódulos e da parte aérea das plantas de soja, aos 46 e aos 75 dias da emergência. A quantidade de N na parte aérea foi avaliada aos 75 dias da emergência. Nas duas avaliações, o número e a massa de nódulos foram reduzidos com a inundação do solo. Não houve diferenças na massa seca da parte aérea das plantas inoculadas com as estirpes, as quais apresentaram rendimentos inferiores aos do tratamento com adubação nitrogenada. Na segunda avaliação, porém, o tratamento com adubação nitrogenada apresentou menor rendimento de massa seca no solo que havia sido inundado, em comparação com o mesmo tratamento em capacidade de campo. A quantidade de N acumulada na parte aérea também foi reduzida no solo submetido à inundação. A partir dos resultados obtidos, pôde-se concluir que a inundação do solo prejudicou o processo de fixação biológica de N2 em plantas de soja. Todavia, após a remoção do excesso de umidade, houve recuperação da nodulação e da fixação biológica de N2 em soja inoculada com Bradyrhizobium. As plantas adubadas com fertilizante nitrogenado mineral também foram influenciadas pela inundação.
Resumo:
O cultivo sucessivo de soja inoculada numa mesma área proporcionou a adaptação de uma população de rizóbios, que podem não ser tão eficientes quanto à capacidade de fixação de N2, mas apresentam alta competitividade, dificultando a introdução de novas estirpes mais eficientes. Com a finalidade de avaliar o desempenho simbiótico (eficiência e competitividade) de variantes espontâneos isolados de estirpes de B. japonicum (SEMIA 5079 e SEMIA 5080) e B. elkanii (SEMIA 587 e SEMIA 5019), realizou-se um experimento em casa de vegetação onde os variantes foram inoculados isoladamente e em diferentes combinações entre os variantes e uma estirpe comprovadamente mais competitiva (SEMIA 587 ou SEMIA 5019) a partir da adição de inóculos mistos (1/1; v/v) no cultivar de soja BR-16. Por meio da avaliação das variáveis analisadas (nodulação, produção de matéria de seca da parte aérea, N total acumulado na parte aérea e ocupação nodular), foi possível constatar que o determinante da maior eficiência em tratamentos co-inoculados não foi a ocupação nodular de determinada estirpe ou variante presente no inóculo, mas, sim, o tipo de interação (sinérgica ou antagônica) predominante no tratamento co-inoculado e que é possível selecionar variantes eficientes e competitivos para a cultura da soja a partir de estirpes parentais que já apresentam características desejáveis para utilização em inoculantes comerciais.
Resumo:
O trabalho foi realizado em soja nos anos agrícolas de 1996/97, 1997/98 e 2000/01, objetivando avaliar a eficiência de formulações de inoculantes comerciais, isolados e associados a fertilizantes foliares à base de Mo e Co, em área de populações estabelecidas de Bradyrhizobium. Os experimentos foram instalados em Cruz Alta (RS), em áreas sob sistema plantio direto de 8 a 12 anos. No ano agrícola 1996/97, foram usados os tratamentos: testemunha sem inoculação; 200 kg ha-1 de N, parcelados; inoculante Nitragin Cell-Tech por 50 ou 80 kg de semente, com ou sem fungicida, e com ou sem fertilizante foliar Basfoliar Co Mol; inoculante Emerge Pó; inoculante Emerge PM e Basfoliar Co Mol. Em 1997/98, além da testemunha sem inoculação, utilizaram-se os inoculantes Emerge Pó; Emerge PM; Nitragin Cell-Tech e Rizo-liq, Nitragin Cell-Tech + Basfoliar Co Mol e Basfoliar Co Mol. No ano agrícola 2000/2001, os tratamentos foram: testemunha sem inoculação; 200 kg ha-1 de N, parcelados; inoculante turfoso padrão; Emerge PM; Rizo-liq Plus; Rizo-liq Plus + fertilizante foliar Rizomicro; Rizomicro; Gelfix; Gelfix + fertilizante foliar CoMofix; Rhizofix; Rhizofix + CoMofix; CoMofix e inoculante Bionutri. Nos três anos agrícolas avaliados, não houve diferenças entre os tratamentos para matéria seca de raízes, teor de N total no grão e produtividade de grãos. Somente no ano agrícola 1997/98, a matéria seca da parte aérea apresentou diferença entre os tratamentos, com destaque para Nitragin Cell-Tech + Basfoliar Co Mol. O tratamento com 200 kg ha-1 de N reduziu a massa de nódulos. As plantas de soja não responderam à prática da inoculação, porque, provavelmente, as populações de Bradyrhizobium existentes no solo já apresentavam estirpes eficientes e em número adequado.
Resumo:
Os resíduos de plantas de cobertura podem mobilizar cátions no solo e beneficiar a ação da calagem superficial, por meio da liberação de ácidos orgânicos de baixo peso molecular da fração solúvel dos resíduos. Entretanto, faltam estudos no campo que comprovem tais efeitos em sistema plantio direto. Para avaliar as alterações químicas do solo e a resposta do milho e da soja com a aplicação de doses de calcário dolomítico na superfície (0,0, 2,5, 5,0 e 7,5 t ha-1), na ausência e na presença de cobertura de aveia preta, foi realizado um experimento em um Latossolo Vermelho distrófico textura argilo-arenosa, há cinco anos no sistema plantio direto, em Ponta Grossa (PR). As doses de calcário foram aplicadas nas parcelas em novembro de 2000 e, nas subparcelas, foram realizados dois cultivos, sem e com aveia preta em 2001 e 2002, antecedendo as culturas de milho e soja. A massa de aveia preta produzida não foi influenciada pela aplicação de calcário, tendo-se obtido aproximadamente 4 t ha-1 de matéria seca de aveia, em 2001 e 2002. A calagem também não alterou a capacidade de neutralização do hidrogênio (482 mmol c kg-1), a soma de cátions solúveis (29,5 mmol c L-1) e a condutividade elétrica (1.230 µS cm-1) do extrato de aveia. O calcário aplicado na superfície aumentou o pH, Ca2+ e Mg2+ e reduziu o Al3+ do solo até à profundidade de 10 cm. O resíduo de aveia preta mantido na superfície do solo não ocasionou benefícios à ação da calagem superficial na correção da acidez de camadas do subsolo. A calagem superficial não modificou a nutrição do milho, reduziu as concentrações de Zn e Mn nas folhas de soja e não causou alterações no rendimento de milho e soja. A cobertura de aveia preta aumentou as concentrações de P, Ca e Mg, nas folhas de milho, de N e P, nas folhas de soja, e reduziu o Mn no tecido foliar de soja. A manutenção do resíduo de aveia preta sobre a superfície do solo aumentou o rendimento de milho, mas não influiu no rendimento de soja, cultivada após o milho, no sistema plantio direto.
Resumo:
O trabalho foi desenvolvido com os objetivos de testar, dentre vários extratores de micronutrientes do solo, qual é o mais adequado para avaliar a disponibilidade de Mn em solos sob sistema de semeadura direta (SSD); estudar, com auxílio da ressonância paramagnética eletrônica (RPE), a interação do Mn com os ácidos húmicos (AH) de solos de locais com e sem constatações de deficiência desse nutriente, e avaliar em quais das frações do solo (trocável, orgânica, óxido e residual) estava ligado o Mn, após sua aplicação no solo. Quatro locais foram selecionados para o estudo (Local I: Faz. Santa Rosa; II e III: Faz. Novo Horizonte e IV: Campo Experimental da Fundação ABC). Os Locais I, II e III situam-se em Tibagi, PR, e o Local IV, em Castro (PR). De modo geral, as doses de Mn aplicadas elevaram os teores de Mn nos solos, mas a concentração e a quantidade de Mn acumuladas pelas plantas de soja foram pouco influenciadas. Os teores de Mn nas frações trocável, orgânica e óxido das amostras do Local I aumentaram com as doses de Mn aplicadas no solo, tendo a maior elevação ocorrido na fração orgânica. Nessa fração, os teores aumentaram de 5,4 mg kg-1, na testemunha, para 35,1 mg kg-1, com a aplicação da maior dose. Os sinais de Mn não foram detectados por RPE nas amostras sólidas de AH (pH 3,0). A quantificação de Mn nessas amostras, após digestão nítrico-perclórica, juntamente com a observação de Mn por RPE, em amostras de AH em solução (pH 2,4), confirmou a hipótese de que o Mn presente nas amostras de AH estava na forma de ligações muito estáveis com os grupos funcionais (provavelmente carboxílicos) do AH. A ausência de efeito do Mn na produtividade da soja pode ser devida à complexação do nutriente pela MO. De forma geral, o DTPA-TEA foi o extrator mais adequado na avaliação da disponibilidade de Mn à soja.
Resumo:
Na agricultura moderna, o tráfego de máquinas sobre o solo é a principal causa da compactação, que, muitas vezes, causa decréscimos da produtividade de soja. O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento de cultivares de soja, considerando os níveis de compactação do solo. Para tal, foi realizado um experimento em Jaboticabal, SP, em Latossolo Vermelho textura média. Os tratamentos de compactação foram: T0 = 0; T1* = 1; T1 = 1; T2 = 2; T4 = 4 e T6 = seis passadas, no mesmo local, de um trator de 11 t, uma ao lado da outra, perfazendo toda a superfície do solo. No tratamento T1*, a compactação ocorreu quando o solo estava mais seco para obter um menor nível de compactação. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em parcelas subdivididas (seis níveis de compactação e quatro cultivares), com quatro repetições. Foram coletadas amostras indeformadas de solo nas camadas de 0,03-0,06; 0,08-0,11; 0,15-0,18 e 0,22-0,25 m, para determinação dos atributos físicos. Em dezembro de 2003, foram semeados os cultivares de soja (Glycine max) IAC Foscarin 31, MG/BR 46 (Conquista), BRS/MG 68 (Vencedora) e IAC 8-2. O cultivar de soja IAC Foscarim 31 foi o mais produtivo no Latossolo Vermelho, quando comparado aos cultivares MG/BR 46 (Conquista), BRS/MG 68 (Vencedora) e IAC 8-2. Os valores de resistência do solo à penetração a partir dos quais a produtividade dos cultivares de soja decresceu foram de 2,24 a 2,97 MPa, conforme os cultivares.