999 resultados para Estudantes - Atividades
Resumo:
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Resumo:
Apesar de vários estudos sugerirem um importante impacto da perspectiva temporal de futuro (PTF) dos alunos no investimento e motivação em relação à escola e a ideia dos projectos de futuro reunir consenso entre os diversos agentes educativos, no nosso país esta temática não tem sido abordada de um modo significativo, nem sido traduzida em estratégias educativas, de supervisão e de orientação. Neste sentido, estudou-se a PTF de estudantes de uma zona rural da Madeira, num importante momento da sua carreira escolar (9º ano), com o objectivo de caracterizar o constructo PTF, analisar a sua expressão no comportamento e debater em que medida esses aspectos se poderão consubstanciar em intervenções educativas adequadas. Para tal, recorreu-se a uma metodologia que envolveu, numa primeira fase, instrumentos de cariz quantitativo (questionário) e, numa segunda fase, instrumentos de cariz qualitativo (entrevista). Os resultados mostraram uma consolidação de PTF nos alunos, em especial quando passam por experiências curriculares e extracurriculares específicas, em que se inclui a orientação. Além da importância destas actividades, os resultados demonstram a associação entre PTF, sucesso e investimento na escola, e destacam ainda o papel central que vários agentes, com especial relevo para os professores, têm na tomada de decisão e na construção de projectos de vida dos alunos. Tais resultados suportam, por fim, uma perspectiva mais sistémica e organizacional dos processos de supervisão, no âmbito de uma nova ecologia educativa e de uma escola reflexiva.
Resumo:
A investigação tem vindo a demonstrar uma forte ligação entre as estratégias de estudo e o sucesso académico dos estudantes, pelo que é importante que estes desenvolvam competências que os conduzam a uma maior eficácia na aquisição de conhecimentos. Neste sentido, com este trabalho pretendemos analisar o impacto da implementação de um programa de métodos e hábitos de estudo, na promoção de competências mais eficazes, particularmente no desenvolvimento de uma abordagem profunda ao estudo por parte dos estudantes. De forma a compreender se esta abordagem ao estudo pode ser influenciada por outras dimensões, envolvendo as características dos alunos, procuramos também verificar se o autoconceito e alguns indicadores escolares, nomeadamente as suas metas académicas, a participação em atividades extracurriculares e as retenções no percurso escolar, se associam a que tipo de abordagem à aprendizagem. Nesta investigação, de natureza quasi-experimental, participam 76 alunos do 6º ano (cerca de 51% do sexo masculino), com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos, e que foram distribuídos em 2 grupos, o de experimental e o de controlo. Os instrumentos utilizados foram o Teste das Matrizes Progressivas de Raven (Raven, Court & Raven, 2001), o Inventário de Processos de Estudo (Rosário, Ferreira & Cunha, 2003), a Escala de Autoconceito para crianças e pré adolescentes de Susan Harter (Alves Martins, Peixoto, Mata & Monteiro, 1995) e o Inventário de Metas Académicas (Miranda & Almeida, 2011). Através de análises quantitativas e correlacionais, verificámos que a participação no programa não favoreceu, de forma estatisticamente significativa, uma abordagem profunda ao estudo, ainda que se tenha verificado uma tendência de evolução favorável no caso dos alunos do grupo experimental. Por outro lado, quanto às relações entre as características dos alunos e a abordagem ao estudo, verificamos que estas sugerem diferenças significativas no que diz respeito a adoção de uma abordagem mais profunda para os alunos que não têm registo de retenções escolares. Os resultados são analisados tendo em conta as limitações, assim como o facto de que o desenvolvimento de competências nos alunos deverá ser uma das metas que os educadores devem perseguir, motivando os alunos para o interesse pela aprendizagem.
Resumo:
O desenvolvimento vocacional é uma das áreas da psicologia que tem sido cada vez mais valorizada em contexto educativo. Com as mudanças que têm vindo a ocorrer na conceção e construção da carreira profissional, é fundamental que os alunos sejam orientados para uma perceção realista e organizada do seu percurso escolar. É a partir da infância que as bases para o desenvolvimento dos interesses e valores são criadas, formando as atitudes que permitirão a adaptação ao meio social e laboral. Apesar de estar patente que o desenvolvimento vocacional deve ser promovido longitudinalmente, ao longo da escolaridade e antes dos momentos de tomada de decisão, são poucos os estudos que se têm focado nesta temática. Neste sentido, foi elaborado e implementado um programa de desenvolvimento vocacional destinado ao 2º ciclo do ensino básico. Este programa foi aplicado numa escola pública da Região Autónoma da Madeira, tendo participado 155 alunos do 5º e 6º anos do ensino básico e com idades compreendidas entre os 9 e os 15 anos. Num desenho quasi-experimental, estes estudantes foram distribuídos em dois grupos, um experimental (N = 79) e outro de controlo (N = 76), conforme participassem ou não no programa. O programa foi constituído por 10 sessões envolvendo atividades de exploração do meio, profissões, percurso de vida e autoconceito sendo que a sua avaliação foi realizada através da Escala de Consciência de Carreira na Infância (Jorge, 2011) aplicada no início e no fim do programa. Os resultados indicam que a intervenção foi eficaz ao nível da promoção da consciência de carreira nos alunos do grupo experimental, comparativamente aos do grupo de controlo. Os resultados são analisados e discutidos considerando a relevância da promoção de intervenções desta natureza em contexto escolar, de forma a consciencializar os alunos para a importância do autoconhecimento e da construção do seu percurso escolar e vida.
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Este trabalho surge no âmbito do Mestrado no Ensino da Matemática no 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário, lecionado na Universidade da Madeira no ano letivo de 2011/2012 e tem como objetivo, estudar a prática das atividades investigativas em contexto de sala de aula e assim compreender de que forma estas contribuem para a aprendizagem da matemática. Uma vez que o ensino baseado na mecanização de conceitos pode inibir o desenvolvimento do pensamento dos alunos, como contribuir para uma atitude negativa em relação a esta disciplina, consideramos pertinente a realização deste estudo, onde as atividades de investigação constituem uma ferramenta matemática fundamental para a aquisição e desenvolvimento do espírito crítico, tão necessário na sociedade em que estão inseridos. Faremos em primeiro lugar, uma abordagem teórica, onde se identifica o conceito e os objetivos deste tipo de atividades, passando então para o estudo particular da aplicação destas atividades nas turmas lecionadas no referido ano letivo. Centramo-nos sobretudo no aluno, como agente ativo da sua própria aprendizagem e no professor, como um agente de inovação curricular, onde o seu trabalho se baseia numa abordagem metodológica inovadora do ensino-aprendizagem.
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O presente trabalho surgiu da necessidade de compreender de que modo a inclusão de atividades de natureza investigativa (atividades de investigação ou atividades exploratórias) contribui para a aprendizagem matemática de alunos do secundário. Com este propósito foram formuladas as seguintes questões: Como age o aluno perante este tipo de atividade? Que tipo de conhecimentos mobiliza o aluno nestas atividades? e Que benefícios (para o aluno) são alcançados com este tipo de tarefa? O estudo envolveu os alunos de uma turma do décimo ano e três atividades que foram desenvolvidas ao longo do ano letivo. Estas atividades abrangem duas grandes áreas da Matemática: a geometria e as funções. Tendo em conta que os dados resultantes da aplicação das tarefas eram essencialmente constituídos por pormenores descritivos e de difícil tratamento estatístico, adotei para a sua análise uma abordagem de tipo qualitativo. Embora as atividades aqui apresentadas e desenvolvidas na sala de aula, tenham uma estrutura aberta, o seu grau de complexidade não é muito elevado, pelo que as considerei atividades de exploração. A última tarefa proposta é no entanto menos estruturada do que as duas primeiras, tendo constatado que nesta última alguns alunos alargaram as suas reflexões, o que lhes permitiu aprofundar a investigação. Os diversos materiais utilizados nas atividades tiveram um papel muito importante no desenvolvimento das mesmas e no surgimento de alguns processos matemáticos. Foi também constatado uma melhoria na autonomia dos alunos, à medida que se sucediam as tarefas e ainda a ocorrência de ligações entre diversos temas da Matemática de uma forma coerente e integrada.
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A presente dissertação do mestrado em Ciências da Educação - Inovação Pedagógica, tem como objetivo central perceber como o funcionamento do clube escolar Eco-Projeto da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco pode promover inovação pedagógica, constituindo um indício de quebra do paradigma educativo vigente. Pretende-se assim, compreender em que medida as práticas pedagógicas desenvolvidas neste projeto educativo específico, são práticas construtivistas, centradas no aluno, no desenvolvimento da autonomia, da criatividade, da negociação de conhecimentos entre pares e do desenvolvimento cognitivo e sociocultural dos alunos. O desenvolvimento desta investigação tem como metodologia a investigação qualitativa, baseada na etnografia e na observação participante. O Eco-Projeto, sendo um clube escolar integrado nas atividades extracurriculares, promove uma efetiva aprendizagem cooperativa e significativa, baseada nos pressupostos inculcados pela Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável defendida pelo programa Eco-Escolas. O programa Eco-Escolas possui uma abrangência internacional, sendo que em Portugal este surge sob a tutela da Associação Bandeira Azul da Europa/Foundation for Environmental Education. Em suma, ao longo desta dissertação é descrita etnograficamente a cultura, o modus vivendi do Eco-Projeto, a forma como os seus membros interagem, solucionam os problemas com que se deparam no dia-a-dia, e como são proporcionadas as aprendizagens, de modo a se verificar um efetivo extrapolar das fronteiras do ensino instrucionista, abrindo um caminho para uma visão inovadora da forma como pode ser encarado o processo de aprendizagem, e a escola na sua globalidade.