998 resultados para Doença pulmonar obstrutiva Crônica
Resumo:
La enfermedad pulmonar crnica lleva a un estilo de vida sedentario generado por la disnea, de lo cual resulta un desacondicionamiento que, a su vez, genera ms disnea. El papel del fisioterapeuta en los programas de rehabilitacin pulmonar est dirigido a mejorar la funcin cardiopulmonar y la condicin fsica del paciente, y el entrenamiento con ejercicio es uno de los componentes ms efectivos de estos programas. Dentro de los beneficios reportados se encuentra una reduccin en la disnea, mayor tolerancia al ejercicio, capacidad aerbica, funcin msculoesqueltica y capacidad funcional, entre otros. El entrenamiento de resistencia aerbica puede incluir actividades para MMII, con el uso de banda sin fin o bicicleta esttica y ejercicios para miembros superiores (MMSS), especialmente en pacientes que se quejen de dificultad para realizar actividades que requieran el uso de los brazos. La adicin de ejercicios de fortalecimiento muscular ha demostrado un aumento de la capacidad funcional y disminucin de la disnea, por lo que su inclusin en el programa de reacondicionamiento puede conducir a mayores beneficios para el paciente. Otras estrategias teraputicas para mejorar el proceso del entrenamiento fsico incluyen asistencia ventilatoria no invasiva con presin soporte o ventilacin proporcional asistida durante el entrenamiento, uso de hormonas anablicas, soporte nutricional y estimulacin elctrica funcional para complementar los beneficios del entrenamiento.
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A Doença Vascular Perifrica uma patologia crnica em que alteraes moleculares se reflectem em distrbios hemodinmicos e metablicos. Aps uma fase assintomtica, a dor sobrevm, sobretudo nos membros inferiores, fruto da isqumia desencadeada pela marcha (claudicao intermitente) mas, em estadios graves, a dor surge mesmo no repouso. A progresso da doença muito varivel mas, quando a isqumia grave, o risco de gangrena e de amputao real.A histria clnica, exame fsico e sintomatologia, so essenciais para o diagnstico, embora alguns meios de diagnstico, sobretudo no invasivos, sejam potencialmente interessantes. Uma vez que a teraputica farmacolgica ainda pouco eficaz, j que os benefcios apresentados por alguns frmacos so escassos e muito variveis, o controle da evoluo da doença pode ser sobretudo condicionada pela educao para a sade e alterao de alguns hbitos de vida da populao, reas onde o farmacutico e o seguimento farmacoteraputico podem tambm contribuir para a eficincia da interveno.
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A psorase uma doença inflamatria, crnica, imunomediada e citada como uma das dermatoses mais frequentes na prtica clnica. Apresenta carcter multifactorial com uma forte componente gentica afectando 2 a 3% da populao mundial, com envolvimento preferencial cutneo e articular, muitas vezes associado a co-morbilidades importantes. As manifestaes clnicas da doença causam um importante impacto na qualidade de vida dos doentes e so o resultado da interaco entre factores genticos, imunolgicos e ambientais. Muitos dos doentes com psorase apresentam formas graves da doença, no controlveis de modo satisfatrio por tratamentos tpicos, alm de que as teraputicas sistmicas convencionais, apesar de eficazes, so responsveis por efeitos txicos que limitam o seu uso continuado. Assim, a necessidade de teraputicas mais eficazes e seguras associada aos avanos significativos no conhecimento da imunopatognese da psorase nos ltimos anos, conduziram pesquisa e desenvolvimento de novos frmacos, denominados agentes biolgicos, especificamente direccionados aos mecanismos envolvidos na patognese da doença.
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A insuficincia renal crnica (IRC) uma das doenças renais que afecta com mais incidncia os animais de companhia, sendo a doença renal frequentemente mais diagnosticada no gato. O objetivo deste estudo consistiu determinar a distribuio de ocorrncia dos diferentes nveis de estadiamento em pacientes diagnosticados com doença renal crnica, identificar os sinais mais comuns na apresentao clnica, avaliar os parmetros bioqumicos e clnicos abrangidos no estadiamento e substadiamento, caracterizar os diversos estadios de doença de acordo com as caractersticas individuais (sexo, raa e idade), e determinar a existncia de relao entre os parmetros anteriores com o desenvolvimento e durao temporal de doença. O estudo contemplou uma amostra aleatria de 100 gatos com Insuficincia Renal Crnica (IRC) apresentados consulta ou internados no Hospital Veterinrio do Restelo, no perodo compreendido de Abril de 2011 a Maio de 2012 inclusive. Os animais foram estadiados e subestadiados segundo os valores propostos pela International Renal Interest Society (IRIS). O estudo serviu ainda, para compreender algumas limitaes associadas aos exames complementares necessrios ao estadiamento e subestadiamento da doença, que podem limitar um diagnstico precoce. No estudo foi possvel verificar que da distribuio de faixas etrias, os geritricos so mais afectados, assim como o sinal clnico mais apresentado pelos pacientes foi PU/PD, seguido de anorexia e vmito. A maioria dos felinos encontra-se no estdio II (azotmia renal ligeira), vindo o nmero de indivduos a diminuir com o aumento do grau dos estadios de doença.
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A Estenose Pulmonar (EP) uma doença cardaca congnita (DCC) caracterizada por obstruo dinmica ou fixa do trato de sada do ventrculo direito. A EP vem referida como sendo a terceira DCC mais diagnosticada no co, havendo, no entanto estudos mais recentes classificam-na como a segunda mais comum ou at a primeira. A forma de EP mais comum a valvular, provando-se ter uma base hereditria polignica em beagles e pensando-se ter um caracter autossmico recessivo em golden retrievers. As raas mais afetadas pela EP so o bulldog ingls, bulldog francs, boxer, pitbull, schnautzer entre outras. A maioria dos indivduos afetados por esta condio no apresenta sinais clnicos, sendo a maioria dos indivduos com EP descobertos pela presena de um sopro e conseguinte investigao. Cerca de 35% dos ces com EP severa demonstram intolerncia ao exerccio, sincope ou ascite. O sopro detetado auscultao sistlico de ejeo crescendo-decrescendo com ponto de mxima intensidade na base esquerda radiando dorsalmente. A ecocardiografia um mtodo expedito na deteo e caracterizao da gravidade da doença. O prognstico depende da gravidade da leso e se o individuo est ou no assintomtico na altura da apresentao. Este trabalho teve como objetivo estudar a EP numa populao canina exposta a ecocardiografia no Hospital Veterinrio do Porto (HVP). Neste estudo fez-se uma anlise retrospetiva das alteraes cardiovasculares diagnosticadas a ces no servio de ecocardiografia do HVP, entre Maro de 2003 e Fevereiro de 2012. Foram sujeitos a ecocardiografia neste perodo 808 ces, 715 dos quais com alteraes cardiovasculares, a prevalncia de DCCs foi de 13.8%. A EP foi a segunda DCC mais diagnosticada nesta populao de animais (2.80%), surgindo em 20 dos 99 ces com DCCs (20.2%). A forma de EP mais diagnosticada foi a valvular. As raas Boxer, Terranova, Dogue argentino e Fila brasileiro apresentam um maior risco relativo de terem EP. No se verificou a existncia de uma relao estatstica significativa entre o sexo e a EP, quer considerando a amostra completa, quer separando por raa. A instaurao de programas e normas de rastreio de EP em reprodutores, em Portugal, permitir diminuir a incidncia da doença e ter uma verdadeira noo da prevalncia desta doença na populao canina.
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A Doença Renal Crnica (DRC) de natureza insidiosa, progressiva e irreversvel e uma grande causa de morbilidade e mortalidade em gatos. O comportamento natural da espcie felina fica comprometido no meio domstico, originando situaes de stress que desempenham um papel importante na patognese da doença crnica. A literatura sugere que a activao contnua do sistema nervoso simptico desencadeia uma srie de processos fisiolgicos que se traduzem por ltimo no aparecimento de fibrose renal, contribuindo assim para a progresso da DRC. Esta dissertao pretende avaliar essa relao. Para tal, foram analisados questionrios que permitissem avaliar as condies em que viviam uma amostra de 139 gatos e realizados painis hematolgicos e bioqumicos a uma sub-amostra para verificar as correlaes existentes. Ainda que no tenha sido possvel concluir que a presena de um parmetro individual possa ser apontada como causa directa do desenvolvimento de DRC, podemos identificar um conjunto de factores ambientais causadores de stress como provveis factores de risco para a degradao desta doença e a sua transio para fases mais avanadas. Desta forma, a implementao de estratgias de enriquecimento ambiental MEMO (Multimodal Environmental Modification) no s visa melhorar a qualidade de vida destes animais como se pode revelar uma chave de sucesso na preveno e maneio de doenças crnicas.
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A gengivo-estomatite crnica felina uma inflamao complexa crnica, com severidade e intensidade variveis. Apesar de no estar definida a sua etiopatogenia, parece haver uma relao entre a inflamao e a ocorrncia de leses de reabsoro dentria, enquanto causa ou enquanto consequncia da doença. O tratamento para as duas doenças inespecfico, mas baseia-se na extrao dentria, contornada ou no com tratamentos mdicos. Este estudo teve como objetivo determinar a ocorrncia de leses de reabsoro dentria em gatos com gengivo-estomatite crnica e avaliar a existncia de uma possvel associao entre um padro de estomatite crnica e a presena de leses de reabsoro dentria. O objetivo secundrio consistiu na determinao da percentagem de sucesso e o grau de satisfao dos proprietrios, aps a interveno cirrgica. Foram includos no estudo 27 gatos. Os critrios de incluso consistiram no diagnstico de genvivo-estomatite crnica, realizao de um exame radiogrfico intraoral completo de todos os dentes, seguido de tratamento cirrgico, com extraes dentrias e, finalmente, a resposta, por parte dos proprietrios, a um questionrio. A ocorrncia de leses de reabsoro dentria neste estudo foi de 66,67%. No foi possvel estabelecer nenhuma associao entre a gengivo-estomatite crnica felina e o desenvolvimento de leses de reabsoro dentria. Os padres ulcerativos, proliferativos e o de estomatite caudal na gengivo-estomatite crnica felina mostraram risco acrescido para leses de reabsoro dentria, mas sem significado estatstico. 70,37% dos animais atingiu a cura clnica e 29,63% obteve melhoria global, num perodo mdio de 2 meses. O grau de satisfao dos proprietrios obteve uma mdia de 4,52 valores, numa escala de 1 a 5. Apesar da prevalncia elevada de leses de reabsoro dentria, no foi possvel identificar a gengivo-estomatite crnica felina, enquanto fator de risco para a sua ocorrncia. semelhana de estudos anteriores, a gengivo-estomatite crnica felina responde a tratamento cirrgico com extraes dentrias.
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Atualmente o Brasil apresenta 3 milhes de indivduos portadores da cardiomiopatia chagsica. Porm, tratamento etiolgico com o frmaco Benzonidazol (BZ) na fase crônica da doença ainda no est elucidado. Acredita-se que a recomendao do BZ nessa fase, pode prevenir ou retardar a evoluo clnica da cardiomiopatia na Doença Chagas (DC). Assim o objetivo do estudo avaliar a produo de quimiocinas e expresso de seus receptores em Clulas mononucleares do sangue perifrico - PBMC (de portadores crnicos da doença de Chagas) submetidas in vitro ao tratamento com BZ, aps a infeco com T.cruzi. Foram selecionados 11 pacientes na fase crônica da doença. Amostras de sangue desses pacientes foram coletadas para obteno de PBMC, em que foram cultivadas em placas de cultivo na concentrao de 106 clulas/ml por poo. Aps a adeso das clulas aderentes (principalmente macrfagos), as clulas no aderentes (principalmente linfcitos) foram removidas e as formas tripomastigotas foram adicionadas ao cultivo para infeco das clulas aderentes. Subsequente a incubao, as clulas no aderentes foram adicionadas novamente ao cultivo juntamente com o frmaco Bz (1g/mL), ficando um co-cultivo de clulas aderentes infectadas com T.cruzi, clulas no aderentes e o BZ (C+T+BZ). As placas de cultura foram incubadas por perodos de 24h e 5 dias. Para uma anlise fidedigna da ao do BZ nas clulas aderentes e no aderentes foi necessrio a criao dos controles: clulas (C), clulas e tripomastigotas (C+T) e clulas e o BZ (C+BZ). Aps o cultivo, foram coletados os sobrenadantes das culturas, para avaliao da produo de quimiocinas (CCL2, CXL9, CXL10, CCL5 e CXCL8) por CBA (Cytometric Bead Array). Posteriormente foi realizada a imunofenotipagem, avaliando a expresso dos receptores CCR3, CCR4, CXCR3, CXCR5, CCR1, CXCR4, CXCR2 e CCR5, em linfcitos T CD3+ e moncitos CD14+. Os resultados obtidos na avaliao dos linfcitos mostraram que o receptor CXCR5 esteve aumentado na condio C+T+BZ; e os receptores CCR4 e CCR1 estavam diminudos nessa mesma condio. Nos moncitos observamos uma diminuio de CCR4 e um aumento do CCR5 nas mesmas condies. Com relao a dosagem de quimiocinas no sobrenadante, foi evidenciado que CCL2 e CXCL8 apresentaram uma diminuio na condio C+T+BZ. Assim podemos concluir que devido ao carter inflamatrio modulado, que o BZ conduziu, podemos afirmar que o frmaco demonstrou benefcios relevantes na expresso de receptores e na produo de quimiocinas
Resumo:
A colestase crônica na infncia e na adolescncia interfere diretamente no cres-cimento e no desenvolvimento do indivduo e produz conseqncias clnicas relacionadas com a m absoro das vitaminas lipossolveis da dieta. A vitamina E exerce um importante papel na estrutura e na funo dos sistemas nervoso e musculoesqueltico. A vitamina D tem reconhecida influncia sobre a fisiopatologia da osteopenia colesttica que se manifesta como osteoporose, raquitismo ou osteomalcia. A realizao de dosagens plasmticas dessas vitami-nas essencial para detectar precocemente suas deficincias, bem como para monitorizar uma adequada suplementao. Essas dosagens no so realizadas de rotina no nosso meio. Os objetivos do presente estudo foram verificar os nveis plasmticos de vitami-nas D e E em uma amostra de crianas e adolescentes com colestase crônica; verificar o esta-do nutricional e a ingesto de macro e micronutrientes desses pacientes; verificar o uso de su-plemento de vitaminas, o tempo de colestase; e realizar avaliao neurolgica para estabelecer eventual relao com os nveis plasmticos de vitamina E. A amostra constou de 22 crianas e adolescentes com colestase crônica que con-sultavam no ambulatrio ou estiveram internadas na Unidade de Gastroenterologia Peditrica do Hospital de Clnicas de Porto Alegre no perodo de dezembro de 2000 a abril de 2002. Como controles, participaram 17 crianas eutrficas e normais do ponto de vista gastroentero-lgico com faixa etria correspondente. Foram realizadas avaliao nutricional e avaliao neurolgica. Foi pesquisado o tempo de colestase e o uso de suplemento de vitaminas lipossolveis. A tcnica utilizada para as dosagens da vitamina E foi a cromatografia lquida de alta preciso (HPLC) e as dosagens plasmticas de vitamina D pela tcnica de radioimunoensaio. A prevalncia de desnutrio variou entre 23,8% a 63,0% considerando as diferentes medidas e padres utilizados. O inqurito alimentar realizado demonstrou uma ingesto calrica mdia de 89,33 27,4% em relao ao recomendado para idade com uma distribui-o dos macronutrientes em relao s calorias ingeridas dentro dos valores de referncia para o grupo em questo, havendo, porm, uma pobre ingesto de micronutrientes como ferro e zinco. O exame neurolgico foi alterado em 43% dos pacientes colestticos, em que foram constatadas vinte alteraes neurolgicas em nove pacientes. No obtivemos resultados con-fiveis para os nveis plasmticos de vitamina E, apesar de realizar 3 etapas para validao. O valor mdio de vitamina D entre os pacientes foi de 13,7 8,39 ng/ml, enquanto que no grupo controle foi de 25,58 16,73 ng/ml (P = 0,007), havendo uma prevalncia de hipovitaminose D entre esses pacientes de 36%. No foi observada relao entre estado nutricional, tempo de colestase ou uso de suplemento oral de vitaminas lipossolveis e os nveis plasmticos refe-ridos. Conclumos que a mdia de nveis plasmticos de vitamina D nas crianas e nos adolescentes colestticos do estudo foi significativamente menor do que nos controles nor-mais sem relao significativa com estado nutricional, tempo de colestase ou uso de suple-mento de vitaminas. As alteraes neurolgicas foram freqentes e a prevalncia de desnutri-o nos pacientes foi semelhante encontrada na literatura. A ingesta calrica foi deficiente havendo porm, um equilbrio dos macronutrientes e ingesto insuficiente de ferro e zinco.
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Introduo: O conhecimento da distribuio da perfuso pulmonar pela cintilografia na bronquiolite viral aguda, pode auxiliar no entendimento das alteraes no equilbrio da ventilao - perfuso, peculiares a essa doença do lactente jovem. Objetivo: Avaliar o padro de distribuio da perfuso pulmonar em pacientes hospitalizados com bronquiolite viral aguda por meio de cintilografia pulmonar perfusional quantitativa com macroagregado de albumina com tecncio (99mTc-MAA), estabelecendo associao com as avaliaes clnica e radiolgica, bem como determinando o seu padro evolutivo at a condio de normalidade. Tipo de estudo: Dois estudos prospectivos com enfoque diagnstico: um transversal, comparativo, e um longitudinal, evolutivo, controlado. Pacientes e mtodos: A amostra da pesquisa foi constituda por pacientes hospitalizados no Hospital de Clnicas de Porto Alegre com diagnstico de bronquiolite viral aguda, no perodo de abril de 1998 a setembro de 2000, baseada em critrios clnicos de incluso: idade entre 01 e 24 meses, com quadro respiratrio obstrutivo de vias areas inferiores (primeiro episdio de sibilncia expiratria de incio sbito, com sinais de coriza, tosse irritativa, hipertermia, taquipnia, tiragem, batimentos de asa de nariz, esforo expiratrio), com gravidade suficiente para determinar a hospitalizao e cujos pais aceitaram participar do estudo. Todos os pacientes da pesquisa foram submetidos avaliao clnica, radiolgica e da perfuso pulmonar com o radiofrmaco. A cintilografia foi realizada na condio de crise (primeiras 24 horas da admisso) e na convalescncia (depois de 7 dias da alta hospitalar). A quantificao do fluxo sangneo pulmonar, representada em valores percentuais, foi realizada em trs reas de interesse, nas projees anterior e posterior, de ambos os pulmes. As comparaes foram feitas entre ambos os pulmes e entre as condies de crise e controle, considerando as reas de interesse e os gradientes entre elas e entre as projees anterior e posterior das mesmas. Para anlise comparativa das mdias foi utilizado o teste t de Student para amostras pareadas, considerando o nvel de significncia de 0,05. Resultados: Iniciaram o estudo transversal 38 pacientes e permaneceram no estudo longitudinal 19 pacientes; da amostra total, 22 eram do sexo masculino. A idade variou de 1 a 8 meses (mdia 2,8 meses). A distribuio do fluxo sangneo pulmonar regional foi maior na regio superior do pulmo esquerdo (PE) em relao ao pulmo direito (PD), na crise (P < 0,001), e maior na regio mdia do PD, no controle. Os gradientes de distribuio do fluxo sangneo pulmonar entre as regies superior e mdia e superior e inferior foi maior no PE, na crise e no controle (P < 0,05). O gradiente de distribuio do fluxo sangneo pulmonar entre as regies mdia e inferior foi maior no PD, na crise e no controle. O gradiente de distribuio do fluxo sangneo pulmonar no eixo ntero-posterior na regio superior foi > 1,0 em ambos os pulmes, na crise, e apenas no PE, no controle; na regio mdia, foi > 1,0 em ambos os pulmes, na crise e no controle; na regio inferior, foi > 1,0 apenas no PD, na crise e no controle (P < 0,05). A distribuio do fluxo sangneo pulmonar, comparada entre crise e controle, no mostrou diferena em quaisquer das regies ou dos gradientes avaliados. No houve associao entre o padro de distribuio do fluxo sangneo pulmonar regional na crise com a avaliao clnica ou com a avaliao radiolgica dos pacientes. Concluso: no se evidenciou uma distribuio do fluxo sangneo pulmonar com caraterstica de expressar o padro da relao ventilao-perfuso em lactentes jovens hospitalizados com bronquiolite viral aguda. Ocorreu apenas uma tendncia de redirecionamento da distribuio do fluxo sangneo pulmonar para as regies superiores.
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Resumo no disponvel.
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O estudo descreve, analisa e discute o manejo odontolgico do paciente com insuficincia renal crônica, em hemodilise, no mtodo clnico de interveno, em uma perspectiva de sade pblica. Trabalhou-se com o conceito ampliado de cura, resolutividade e integralidade enquanto construtores da excelncia do mtodo clnico de interveno. A discusso se faz atravs dos seguintes eixos: o doente renal crnico, as dificuldades no seu manejo quanto ao tratamento curativo/reabilitador, a construo da conscincia sanitria, bem como a aproximao da teoria da Reforma Sanitria brasileira prtica do Sistema nico de Sade. Abordou-se a excelncia do mtodo clnico, para este grupo populacional especfico, como uma das formas de contribuio para a implementao e implantao do S.U.S. democrtico oriundo da Reforma Sanitria brasileira. Conclui-se que para o conceito ampliado de cura e formao da conscincia sanitria preciso trabalhar com o paciente sujeito, enquanto doente renal crnico, assumindo que esta a identidade social do paciente, o que lhe confere o status de grupo populacional especfico. O auto-cuidado e o tratamento odontolgico adquirem sentido quando vinculados doença renal crônica e, em especial, ao transplante renal. Trabalhar de forma resolutiva foi uma condio "sine qua non", sendo que a resolutividade, inclusive com reabilitao prottica, foi uma mediao para o auto-cuidado. Sugere-se trabalhar com a otimizao dos tempos clnicos objetivando a alta e a constituio de centros de referncia clnica para este grupo especfico da populao, com trabalho multi e interdisciplinar.
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Objetivo: Estudar a concordncia no diagnstico radiolgico da doença respiratria aguda baixa (DRAB) em crianas. Mtodos: Sessenta radiogramas do trax de crianas menores de cinco anos foram avaliados, individualmente, por trs mdicos: um radiologista peditrico (RP), um pneumologista pediatra (PP) e 1 pediatra experiente no atendimento de sala de emergncias (PE). Todas as crianas tinham procurado atendimento por apresentar um quadro agudo de infeco respiratria com aparente participao pulmonar. Os avaliadores desconheciam os diagnsticos originais, mas receberam uma ficha padro com dados clnicos e laboratoriais dos pacientes no momento da consulta inicial. Variveis: Agrupadas em cinco categorias: a) qualidade tcnica do filme; b) localizao da alterao; c) padres radiogrficos; d) outras alteraes radiogrficas; e) diagnstico. Anlise Estatstica: Para estudar a concordncia entre as trs duplas posveis de observadores, utilizou-se a estatstica de Kappa, aceitndo-se os valores ajustados para vis de prevalncia (PABAK). Resultados: Os valores Kappa totais de cada dupla de observadores (RP x PP, RP x PE e PP x PE) foram 0.41, 0.43, e 0.39 respectivamente, o que representa em mdia, uma concordncia interobservadores moderada (0.41). Outras variveis: qualidade tcnica teve uma concordncia regular (0.30); com localizao, foi moderada (0.48); com padres radiogrficos foi regular (0.29); com outras alteraes radiogrficas foi moderada (0,43); e com diagnstico, regular (0.33). Quanto concordncia global intraobservadores, a mesma foi moderada (0.54), com valores menores dos descritos na literatura. Concluses: A variabilidade interobservadores inerente interpretao dos achados radiolgicos, e determinar o diagnstico exato da DRAB nas crianas tem seus desafos. Nossos resultados foram similares aos descritos na literatura.
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Introduo: O diagnstico microbiolgico da infeco por Legionella complexo, pois a bactria no visualizada colorao de Gram no escarro, e sua cultura no realizada na maioria dos laboratrios clnicos. A imunofluorescncia direta nas secrees respiratrias tem baixa sensibilidade, em torno de 40% e a tcnica da PCR no ainda recomendada para o diagnstico clnico (CDC, 1997). A deteco de anticorpos no soro a tcnica mais utilizada, e o critrio definitivo a soroconverso para no mnimo 1:128, cuja sensibilidade de 70 a 80% (Edelstein, 1993). Como critrios diagnsticos de possvel pneumonia por Legionella, eram utilizados: ttulo nico de anticorpos a L pneumophila positivo na diluio 1:256, em paciente com quadro clnico compatvel (CDC, 1990) e o achado de antgeno a Legionella na urina (WHO, 1990). Nos ltimos anos, porm, com o uso crescente do teste de antigenria, foram detectados casos de pneumonia por Legionella, que no eram diagnosticados por cultura ou sorologia, tornando-o mtodo diagnstico de certeza para o diagnstico de pneumonia por Legionella (CDC, 1997). Por sua fcil execuo, resultado imediato, e alta sensibilidade - de 86% a 98% (Kashuba & Ballow, 1986; Harrison & Doshi, 2001), tem sido recomendado para o diagnstico das PAC que necessitam internao hospitalar (Mulazimoglu & Yu, 2001; Gupta et al., 2001; Marrie, 2001), especialmente em UTI (ATS, 2001). Vrios estudos documentaram baixo valor preditivo positivo do ttulo nico positivo de 1:256, tornando-o sem valor para o diagnstico da pneumonia por Legionella, exceto, talvez, em surtos (Plouffe et al., 1995). Outros detectaram alta prevalncia de anticorpos positivos na diluio 1:256 na populao, em pessoas normais (Wilkinson et al., 1983; Nichol et al., 1991). A partir de 1996, o CDC de Atlanta recomendou que no seja mais utilizado o critrio de caso provvel de infeco por Legionella pneumophila por ttulo nico de fase convalescente 1:256, por falta de especificidade(CDC, 1997). A pneumonia por Legionella raramente diagnosticada, e sua incidncia subestimada. Em estudos de PAC, a incidncia da pneumonia por Legionella nos EUA, Europa, Israel e Austrlia, foi estimada entre 1% a 16% (Muder & Yu, 2000). Nos EUA, foi estimado que cerca de 8 000 a 23 000 casos de PAC por Legionella ocorrem anualmente, em pacientes que requerem hospitalizao (Marston et al., 1994 e 1977). No Brasil, a incidncia de PAC causadas por Legionella em pacientes hospitalizados tema de investigao pertinente, ainda no relatado na literatura. Objetivo: detectar a incidncia de pneumonias causadas por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, em pacientes que internaram no Hospital de Clnicas de Porto Alegre por PAC, por um ano. Material e Mtodos: o delineamento escolhido foi um estudo de coorte (de incidncia), constituda por casos consecutivos de pneumonia adquirida na comunidade que internaram no HCPA de 19 de julho de 2000 a 18 de julho de 2001. Para a identificao dos casos, foram examinados diariamente o registro computadorizado das internaes hospitalares, exceto as internaes da pediatria e da obstetrcia, sendo selecionados todos os pacientes internados com o diagnstico de pneumonia e de insuficincia respiratria aguda. Foram excludos aqueles com menos de 18 anos ou mais de 80 anos; os procedentes de instituies, HIV-positivos, gestantes, pacientes restritos ao leito; e portadores de doença estrutural pulmonar ou traqueostomias. Foram excludos os pacientes que tivessem tido alta hospitalar nos ltimos 15 dias, e aqueles j includos no decorrer do estudo. Os pacientes selecionados foram examinados por um pesquisador, e includos para estudo se apresentassem infiltrado ao RX de trax compatvel com pneumonia, associado a pelo menos um dos sintomas respiratrios maiores (temperatura axilar > 37,8C, tosse ou escarro; ou dois sintomas menores (pleurisia, dispnia, alterao do estado mental, sinais de consolidao ausculta pulmonar, mais de 12 000 leuccitos/mm3). O estudo foi previamente aprovado pela Comisso de tica em Pesquisa do HCPA. Os pacientes eram entrevistados por um pesquisador, dando seu consentimento por escrito, e ento seus dados clnicos e laboratoriais eram registrados em protocolo individual. No houve interferncia do pesquisador, durante a internao, exceto pela coleta de urina e de sangue para exame laboratoriais especficos da pesquisa. Os pacientes eram agendados, no ambulatrio de pesquisa, num prazo de 4 a 12 semanas aps sua incluso no estudo, quando realizavam nova coleta de sangue, RX de trax de controle, e outros exames que se fizessem necessrios para esclarecimento diagnstico.Todos os pacientes foram acompanhados por 1 ano, aps sua incluso no estudo.Foram utilizadas a tcnica de imunofluorescncia indireta para deteco de anticorpos das classes IgG, IgM e IgA a Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6 no soro, em duas amostras, colhidas, respectivamente, na 1 semana de internao e depois de 4 a 12 semanas; e a tcnica imunolgica por teste ELISA para a deteco do antgeno de Legionella pneumophila sorogrupo 1 na urina, colhida na primeira semana de internao. As urinas eram armazenadas, imediatamente aps sua coleta, em freezer a 70C, e depois descongeladas e processadas em grupos de cerca de 20 amostras. A imunofluorescncia foi feita no laboratrio de doenças Infecciosas da Universidade de Louisville (KY, EUA), em amostras de soro da fase aguda e convalescente, a partir da diluio 1:8; e a deteco do antgeno de Legionella pneumophila sorogrupo 1, nas amostras de urina, foi realizada no laboratrio de pesquisa do HCPA, pelos investigadores, utilizando um kit comercial de teste ELISA fabricado por Binax (Binax Legionella Urinary Enzyme Assay, Raritan, EUA). As urinas positivas eram recongeladas novamente, para serem enviadas para confirmao no mesmo laboratrio americano, ao fim do estudo. Foram adotados como critrios definitivos de infeco por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, a soroconverso (elevao de 4 vezes no ttulo de anticorpos sricos entre o soro da fase aguda e da fase convalescente para no mnimo 1:128); ou o achado de antgeno de L pneumophila sorogrupo 1 na urina no concentrada, numa razo superior a 3, conforme instrues do fabricante e da literatura.Os pacientes foram classificados, de acordo com suas caractersticas clnicas, em 1) portadores de doenças crônicas (doenças pulmonares, cardacas, diabete mellitus, hepatopatias e insuficincia renal); 2) portadores de doenças subjacentes com imunossupresso; 3) pacientes hgidos ou com outras doenças que no determinassem insuficincia orgnica. Imunossupresso foi definida como esplenectomia, ser portador de neoplasia hematolgica, portador de doença auto-imune, ou de transplante; ou uso de medicao imunossupressora nas 4 semanas anteriores ao diagnstico (Yu et al., 2002b); ou uso de prednisolona 10 mg/dia ou equivalente nos ltimos 3 meses (Lim et al., 2001). As caractersticas clnicas e laboratoriais dos pacientes que evoluram ao bito por pneumonia foram comparados quelas dos pacientes que obtiveram cura. Para a anlise das variveis categricas, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher. Para as variveis numricas contnuas, utilizou-se o teste t de Student. Um valor de p< 0,05 foi considerado como resultado estatisticamente significativo (programas SPSS, verso 10). Foi calculada a freqncia de mortes por pneumonia na populao estudada, adotando-se a alta hospitalar como critrio de cura. Foi calculada a incidncia cumulativa para pneumonia por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, em um hospital geral, no perodo de 1 ano. Resultados: durante um ano de estudo foram examinados 645 registros de internao, nos quais constavam, como motivo de baixa hospitalar, o diagnstico de pneumonia ou de insuficincia respiratria aguda; a maioria desses diagnsticos iniciais no foram confirmados. Desses 645 pacientes, foram includos no estudo 82 pacientes, nos quais os critrios clnicos ou radiolgicos de pneumonia foram confirmados pelos pesquisadores. Durante o acompanhamento desses pacientes, porm, foram excludos 23 pacientes por apresentarem outras patologias que mimetizavam pneumonia: DPOC agudizado (5), insuficincia cardaca (3), tuberculose pulmonar (2), colagenose (1), fibrose pulmonar idioptica (1), edema pulmonar em paciente com cirrose (1), somente infeco respiratria em paciente com sequelas pulmonares (4); ou por apresentarem critrios de excluso: bronquiectasias (4), HIV positivo (1), pneumatocele prvia (1). Ao final, foram estudados 59 pacientes com pneumonia adquirida na comunidade, sendo 20 do sexo feminino e 39 do sexo masculino, com idade entre 24 e 80 anos (mdia de 57,6 anos e desvio padro de 10,6). Tivemos 36 pacientes com doenças subjacentes classificadas como doenças crônicas, dos quais 18 pacientes apresentavam mais de uma co-morbidade, por ordem de prevalncia: doenças pulmonares, cardacas, diabete mellitus, hepatopatias e insuficincia renal; neoplasias ocorreram em 9 pacientes, sendo slidas em 7 pacientes e hematolgicas em 2. Dos 59 pacientes, 61% eram tabagistas e 16,9%, alcoolistas. Do total, 10 pacientes apresentavam imunossupresso. Dos demais 13 pacientes, somente um era previamente hgido, enquanto os outros apresentavam tabagismo, sinusite, anemia, HAS, gota, ou arterite de Takayasu. A apresentao radiolgica inicial foi broncopneumonia em 59,3% dos casos; pneumonia alveolar ocorreu em 23,7% dos casos, enquanto ambos padres ocorreram em 15,2% dos pacientes. Pneumonia intersticial ocorreu em somente um caso, enquanto broncopneumonia obstrutiva ocorreu em 5 pacientes (8,5%). Derrame pleural ocorreu em 22% dos casos, e em 21 pacientes (35%) houve comprometimento de mais de um lobo ao RX de trax. Foram usados beta-lactmicos para o tratamento da maioria dos pacientes (72,9%9). A segunda classe de antibiticos mais usados foi a das fluoroquinolonas respiratrias, que foram receitadas para 23 pacientes (39,0%), e em 3 lugar, os macroldeos, usados por 11 pacientes (18,6%). Apenas 16 pacientes no usaram beta-lactmicos, em sua maioria recebendo quinolonas ou macroldeos. Dos 43 pacientes que usaram beta-lactmicos, 25 no usaram nem macroldeos, nem quinolonas. Em 13 pacientes as fluoroquinolonas respiratrias foram as nicas drogas usadas para o tratamento da pneumonia. Do total, 8 pacientes foram a bito por pneumonia; em outros 3 pacientes, o bito foi atribudo a neoplasia em estgio avanado. Dos 48 pacientes que obtiveram cura, 33 (68,7%) estavam vivos aps 12 meses. Os resultados da comparao realizada evidenciaram tendncia a maior mortalidade no sexo masculino e em pacientes com imunossupresso, porm essa associao no alcanou significncia estatstica. Os pacientes que usaram somente beta-lactmicos no apresentaram maior mortalidade do que os pacientes que usaram beta-lactmicos associados a outras classes de antibiticos ou somente outras classes de antibiticos. Examinando-se os pacientes que utiizaram macroldeos ou quinolonas em seu regime de tratamento, isoladamente ou combinados a outros antibiticos, observou-se que tambm no houve diferena dos outros pacientes, quanto mortalidade. Os pacientes com padro radiolgico de pneumonia alveolar tiveram maior mortalidade, e essa diferena apresentou uma significncia limtrofe (p= 0,05). Nossa mortalidade (11,9%) foi similar de Fang et al. (1990), em estudo clssico de 1991 (13,7%); foi tambm similar mdia de mortalidade das PAC internadas no em UTI (12%), relatada pela ATS, no seu ltimo consenso para o tratamento emprico das PAC (ATS, 2001). Foram detectados 3 pacientes com pneumonia por Legionella pneumophila sorogrupo 1 na populao estudada: 2 foram diagnosticados por soroconverso e por antigenria positiva, e o 3 foi diagnosticado somente pelo critrio de antigenria positiva, tendo sorologia negativa, como alguns autores (McWhinney et al., 2000). Dois pacientes com PAC por Legionella no responderam ao tratamento inicial com beta-lactmicos, obtendo cura com levofloxacina; o 3 paciente foi tratado somente com betalactmicos, obtendo cura. Concluses: A incidncia anual de PAC por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, no HCPA, foi de 5,1%, que representa a incidncia anual de PAC por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6 em um hospital geral universitrio. Comentrios e Perspectivas: H necessidade de se empregar mtodos diagnsticos especficos para o diagnstico das pneumonias por Legionella em nosso meio, como a cultura, a sorologia com deteco de todas as classes de anticorpos, e a deteco do antgeno urinrio, pois somente com o uso simultneo de tcnicas complementares pode-se detectar a incidncia real de pneumonias causadas tanto por Legionella pneumophila, como por outras espcies. A deteco do antgeno de Legionella na urina o teste diagnstico de maior rendimento, sendo recomendado seu uso em todas as PAC que necessitarem internao hospitalar (Mulazimoglu & Yu, 2001; Gupta et al., 2001); em todos os pacientes com PAC que apresentarem fatores de risco potenciais para legionelose (Marrie, 2001); e para o diagnstico etiolgico das pneumonias graves (ATS, 2001). Seu uso indicado, com unanimidade na literatura, para a pesquisa de legionelose nosocomial e de surtos de legionelose na comunidade.
Resumo:
O abscesso de pulmo continua sendo hoje, em plena era dos antibiticos, um importante problema mdico. O presente trabalho se prope mostrar aspectos diagnsticos e teraputicos da doença em uma srie de pacientes coletada nos ltimos 34 anos em um hospital universitrio especializado em doenças pulmonares. No perodo de 1968 a 2002 foram reunidos e estudados 241 casos de abscesso pulmonar de aspirao - 199 em homens e 42 em mulheres, com mdia de idade de 41,3 anos. Em 69,0% dos pacientes esteve presente a ingesto de lcool e em 64,0% o hbito tabgico. Tosse, expectorao, febre e comprometimento do estado geral foram os achados clnicos mais freqentes, encontrados na quase totalidade dos casos; 62,5% tinham dor torcica e 30,0% hipocratismo digital. Verificaram-se dentes em mau estado de conservao em 81,7 % dos pacientes, episdio de perda de conscincia em 78,0% e presena de odor ftido em 66,0%. Em 85,5% das vezes as leses localizaram-se em segmento posterior de lobo superior ou segmento superior de lobo inferior, 97,1% delas unilaterais, ocorrendo com igual freqncia tanto no pulmo direito como no esquerdo. A maioria das leses (66,0%) mediram entre 4,0 e 8,0 cm de dimetro. Em 25 pacientes (10,4%) houve a associao de empiema pleural. Flora mista, indicativa da presena de germes anaerbios, foi identificada em secrees broncopulmonares ou pleurais em 172 pacientes (71,4 %). Estreptococos e Gram negativos aerbios foram tambm algumas vezes encontrados. Todos os pacientes foram inicialmente tratados com antibiticos (penicilina em 78,0% das vezes) e submetidos a sesses de drenagem postural. Em 51 (21,2%) acabou sendo necessrio algum procedimento cirrgico (24 drenagens de empiema, 21 resseces pulmonares e 6 pneumostomias). Cura foi obtida em 231 pacientes (95,8%) e 10 (4,2%) foram ao bito, estes em geral com grandes abscessos, trs dos quais tambm com empiema.