887 resultados para Crimes passionais


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Com base nas reflexões de Mikhail Bakhtin (1988) sobre cronótopo e nos estudos dos semióticos, principalmente no que tange ao percurso passional do sujeito, analisamos propagandas impressas e comerciais televisivos da Coca-Cola. O objetivo principal é traçar a trajetória discursiva da Coca-Cola desde sua entrada no Brasil, em 1941, até a campanha Gostoso é viver, lançada em 2001. O discurso da Coca-Cola apresenta valores positivos como a alegria, emoção e prazer. Entretanto, são eliminados valores negativos e ocultados interditos, como: Coca-Cola é um produto norte-americano e industrializado, portanto, não é natural, engorda e vicia. Constrói-se, assim, um discurso que privilegia aspectos temáticos voltados para os estados passionais eufóricos (paixão, emoção, alegria). A Coca-Cola também reforça a idéia de que está presente em todo tempo e lugar. Assim, as categorias espaço-temporais são elementos importantes para a construção de sentido de suas propagandas. Reafirmando os mesmos valores e mantendo as categorias cronotópicas para a construção de sentido de suas propagandas, a Coca-Cola consolida a idéia de onipotência, ou seja, ela tem o poder de refrescar, trazer alegria, provovar emoção e satisfazer prazeres. Cria-se, assim, um estilo, isto é, uma identidade calcada em categorias divinas, tais como onipresença e onipotência.

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Por meio da perspectiva teórica da semiótica greimasiana pretende-se, neste trabalho, observar como um texto de Nelson Rodrigues trata uma das manifestações passionais, no caso específico, o ciúme. Sem se preocupar em explicitar cada um dos elementos ordenadores do percurso gerativo de sentido, este trabalho procurará mostrar a dinâmica da constituição do sentido, engendrado nos três níveis de manifestação desse percurso, para chegar ao exame das estruturas de superfície, mais especificamente a enunciação e os temas. A partir desse exame das relações imanentes ao texto, pretende-se ainda mostrar que elas se interligam aos condicionantes sócio-históricos que incidem sobre o texto e que fazem parte também da organização de seu sentido.