999 resultados para Coleta de escarro


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Na região estuarina da Lagoa dos Patos, o siri-azul Callinectes sapidus Rathbun, 1869 é o mais abundante dentre as espécies do gênero. Apesar do siri-azul exercer influência sobre as comunidades bentônicas, por ser considerado um predador do topo da cadeia alimentar, não existem muitos estudos sobre aspectos ecológicos, inclusive sobre a composição e variabilidade sazonal de sua dieta natural, neste estuário. O objetivo principal deste estudo foi investigar a composição da dieta do siri-azul, evidenciando possíveis relações com a comunidade bentônica da região estuarina da Lagoa dos Patos. O período de estudo foi de março de 2003 a março de 2004, com coletas bimestrais. Os organismos foram coletados com auxílio de rede de arrasto de fundo, com malha de 13 mm entre nós opostos. Ainda em campo os animais foram fixados em formol 10%. Após a coleta os animais foram separados quanto ao sexo, medidos (largura e comprimento da carapaça - cm) e pesados (peso - g). Após a triagem, os animais foram dissecados e os intestinos retirados e pesados. As análises dos conteúdos alimentares dos siris demonstraram que os hábitos alimentares são diversificados, constituindo-se principalmente de invertebrados bentônicos. O item encontrado com maior freqüência foi Detrito, seguido pelo molusco filtrador Erodona mactroides Bosc, 1802 (Erodonidae). Crustáceos da classe Ostracoda e grãos de areia foram importantes componentes dos conteúdos dos intestinos anteriores, sendo que areia não foi considerada como item alimentar, propriamente dito. Também foram encontradas cerdas e mandíbulas de poliquetos, além de sementes das macrófitas Ruppia maritima L. (Potamogatonaceae) e Zannichellia palustris L. (Potamogatonaceae). Este estudo serve como subsídio para medidas de proteção e conservação da população do siri-azul, bem como caracteriza relações tróficas com comunidades bentônicas do estuário da Lagoa dos Patos.

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O presente estudo teve por objetivo conhecer a flutuação populacional e a constância de cicadelíneos presentes na vegetação herbácea de um pomar de laranja doce (Citrus sinensis (L.) Osbeck), variedade Valência, em Montenegro, RS. O levantamento foi realizado com a metodologia da rede-de-varredura, tendo início em fevereiro de 2001 e finalizando-se em janeiro de 2002. Mensalmente foram coletadas dez amostras, sendo cada uma destas composta por 50 golpes de rede em movimento de avanço sobre a vegetação herbácea e cultura intercalar nas entrelinhas do pomar (n = 500 golpes/ocasião de coleta). No total foram coletados 928 cicadelíneos, pertencentes a nove espécies: Bucephalogonia xanthophis (Berg, 1879), Diedrocephala variegata (Fabricius, 1775), Hortensia similis (Walker, 1851), Macugonalia leucomelas (Walker, 1851), Parathona gratiosa (Blanchard, 1840), Plesiommata corniculata Young, 1977, Sibovia sagata (Signoret, 1854), Sonesimia grossa (Signoret, 1854) e Tapajosa rubromarginata (Signoret, 1855). O período de maior abundância da comunidade de cicadelíneos foi durante a primavera e o verão. Hortensia similis e M. leucomelas foram as únicas espécies consideradas constantes durante o levantamento. A menor abundância dos cicadelíneos em abril e dezembro provavelmente deve-se a efeitos causados por fatores abióticos (pluviosidade) e aqueles relativos à estrutura da vegetação (altura das plantas) sobre a comunidade.

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As atividades antrópicas têm alterado profundamente os ambientes naturais e muitas vezes afetado a diversidade e distribuição dos anuros. O objetivo deste estudo foi investigar as seguintes questões: (1) qual a composição da anurofauna em uma região de pastagem com clima marcadamente sazonal no extremo noroeste paulista? (2) como adultos e girinos das espécies se distribuem temporal e espacialmente? (3) a riqueza de espécies está correlacionada com descritores da heterogeneidade dos hábitats de reprodução? Na área estudada foram registradas 20 espécies de anuros, distribuídas em 11 gêneros de quatro famílias: Leptodactylidae (9), Hylidae (8), Microhylidae (2) e Bufonidae (1). Destas, Chaunus schneideri (Werner, 1894), Physalaemus centralis Bokermann, 1962 e Physalaemus fuscomaculatus (Steindachner, 1864) foram registradas apenas por coleta de girinos, enquanto Dendropsophus minutus (Peters, 1872) e Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) ocorreram somente em corpos d'água próximos aos selecionados. As espécies registradas são conhecidas por sua ampla distribuição geográfica e por colonizarem áreas alteradas em outras localidades. Não houve correlação entre a riqueza de espécies e a complexidade estrutural dos corpos d'água. Entretanto, a maior riqueza de espécies foi registrada nos corpos d'água de longa duração. As poças temporárias de hidroperíodo instável foram colonizadas inicialmente por leptodactilídeos, enquanto que as poças permanentes ou temporárias estáveis foram colonizadas por hilídeos. A atividade de vocalização e de reprodução da maioria das espécies foi restrita ao período quente e chuvoso do ano, um padrão típico de ambientes tropicais sazonais. Cinco espécies [Chaunus schneideri, Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889), Hypsiboas albopunctatus Spix, 1824, Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) e Pseudopaludicola aff. saltica (Cope, 1887)] vocalizaram durante a estação seca e chuvosa, mas apenas C. schneideri e H. albopunctatus se reproduziram durante o período seco. A fraca partilha espacial e temporal, registrada para adultos e girinos, não foi suficiente para explicar o isolamento reprodutivo entre as espécies. Outros fatores, como a partilha acústica e a segregação dos sítios de vocalização, podem ter maior importância para explicar a coexistência das espécies. A severidade climática (extensa e pronunciada estação seca, imprevisibilidade e inconstância das chuvas no início da estação chuvosa), juntamente com o elevado grau de conversão do hábitat natural em áreas de cultivo são, provavelmente, os fatores responsáveis pelo predomínio de espécies conhecidas por colonizar com sucesso áreas antrópicas em outras regiões do país.

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Um estudo de dois anos foi desenvolvido no Parque Estadual do Turvo, município de Derrubadas, sul do Brasil, com o objetivo de avaliar a composição, abundância e riqueza de espécies de Pentatomoidea. As amostragens foram efetuadas nas primaveras de 2003 e 2004 (outubro) e nos outonos de 2004 e 2005 (maio), utilizando a metodologia do guarda-chuva entomológico, ao longo de duas trilhas do Parque. O esforço amostral foi medido em número de horas de coleta X número de coletores, totalizando 153 horas de amostragem. Um total de 816 indivíduos de Pentatomoidea foram coletados, distribuídos em 56 espécies/morfoespécies, pertencentes a sete famílias. A riqueza estimada de espécies no outono de 2005 foi significativamente menor do que nos demais períodos amostrados. Não houve, entretanto, diferenças significativas entre as primaveras de 2003 e 2004 e o outono de 2004, para o mesmo parâmetro. A trilha do Yucumã apresentou uma riqueza estimada significativamente maior do que a trilha do Garcia. Espécies únicas ou representadas por dois indivíduos equivaleram a 44,6% do total de espécies registradas. Adicionalmente, 20 outras espécies/morfoespécies de Pentatomoidea foram obtidas com amostragens qualitativas, que incluíram, além de guarda-chuva entomológico, armadilhas luminosas e inspeção visual. A presença de espécies de pentatomídeos geralmente associadas a cultivos, dominantes nos diferentes períodos, sugere uma influência das culturas adjacentes a esta unidade de conservação. Novos registros de espécies para o Estado do Rio Grande do Sul são fornecidos.

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As formigas são componentes funcionais importantes em florestas tropicais devido aos papéis ecológicos que exercem, à grande biomassa e à riqueza de espécies. Embora a Mata Atlântica seja um dos ecossistemas mais bem estudados no Brasil, ainda faltam informações sobre a diversidade de formigas nos fragmentos florestais do Estado do Rio de Janeiro. A riqueza e composição da assembléia de formigas em floresta ombrófila de encosta na ilha da Marambaia (RJ) foi estudada através de um inventário estruturado em uma área de 0,6 ha. Armadilhas do tipo "pitfall" e coletas manuais foram empregadas na serapilheira e sobre a vegetação entre os meses de janeiro e julho de 2004. Um total de 29 gêneros e 82 espécies foi encontrado na amostragem. A abundância e a riqueza de espécies foram maiores nas amostras de março do que de julho. Já a eqüitatividade e diversidade de formigas nas amostras não foram influenciadas pela época da coleta. As amostras de formigas em galhos mortos adicionaram seis espécies à lista, acrescentando informações sobre a biologia das espécies. As amostras sobre plantas totalizaram 32 espécies de formigas, das quais 12 foram exclusivas, como as espécies de Pseudomyrmex e algumas de Crematogaster e Pachycondyla. Este estudo pretende contribuir para o desenvolvimento de prioridades conservacionistas em um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo.

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A Mata Atlântica é considerada um dos biomas com maior diversidade do mundo, abrigando um grande número de espécies endêmicas, porém é um dos mais degradados do Brasil, restando menos de 8% de sua vegetação original. No Sudeste da Bahia, a floresta vem sofrendo um processo de deterioração, originado pelo desmatamento indiscriminado e o mau uso do solo. Nessa região, pouco se conhece sobre a fauna de cupins, onde não existia qualquer levantamento prévio. Os objetivos foram: 1) fazer uma primeira amostragem da fauna de Isoptera dessa parte da Mata Atlântica, através de duas técnicas de coleta; 2) comparar a riqueza de espécies de uma área de mata primária com outra de mata secundária; 3) comparar os resultados dos diferentes protocolos; 4) fazer classificação das espécies em grupos tróficos. As áreas de estudo foram a "Mata da Esperança" (mata primária) e a "Reserva Zoobotânica da CEPLAC" (secundária), localizadas no município de Ilhéus, BA. Foram feitas coletas chamadas aqui de "qualitativas" e "quantitativas", que seguiram protocolos determinados, e as amostras foram obtidas por coletas diretas, sem uso de iscas. Foram identificadas 38 espécies, distribuídas em 27 gêneros, sendo que a família Termitidae foi a mais freqüente. A fauna de Isoptera foi mais rica na mata primária. A partir das coletas "quantitativas", foram registradas 19 espécies, e através das coletas "qualitativas", 33 espécies. A maioria das espécies encontradas é xilófaga.

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Assembléias de aranhas da vegetação herbácea foram amostradas com rede-de-varredura em dois pomares de laranja doce (Citrus sinensis) no sul do Brasil. Cada pomar amostrado é caracterizado por receber um diferente tipo de manejo: "tradicional" ou "ecológico". Adicionalmente, foi amostrada a assembléia de aranhas das laranjeiras do pomar com manejo "ecológico" através do uso de guarda-chuva japonês. No total foram coletadas 3.876 aranhas, 2.379 nas laranjeiras do pomar de manejo "ecológico" e 1.497 junto à vegetação herbácea de ambos pomares; foram registradas 99 espécies de 17 famílias de aranhas; Oxyopes salticus Hentz, 1845 (Oxyopidae) foi a aranha mais abundante na vegetação herbácea e Sphecozone cristata Millidge, 1991 (Linyphiidae) a mais abundante nas laranjeiras. Aranhas errantes foram mais abundantes em ambos tipos de vegetação. A araneofauna da vegetação herbácea nos pomares com diferentes manejos não apresentou diferenças significativas na diversidade (H'= 2,13 - "ecológico"; 2,24 - "tradicional"); a diversidade foi menor nas laranjeiras (H'=1,95). Em razão de terem sido utilizados diferentes métodos de coleta nas amostragens entre os microhabitats, o índice de Jaccard (17,5%) indicou baixa similaridade entre as assembléias.

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Um estudo da distribuição fotoperiódica e sazonal das zoeas de Brachyura foi realizado no estuário do Rio Jaguaribe, Pernambuco, Brasil. Amostras de plâncton foram obtidas bimestralmente, durante o ano de 2001, em diferentes marés e nos períodos noturno e diurno em duas estações de coleta. Foram identificados 14 táxons, onde a família Ocypodidae, representada pelas larvas de Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) e Uca spp., foi a mais abundante, seguida de Xanthidae e Grapsidae. Na estação próxima à foz, os táxons estiveram bem distribuídos, além de ter apresentado um maior número de famílias identificadas. As larvas de Ocypodidae, Grapsidae e Morfotipo B indicaram um movimento de dispersão para áreas costeiras, enquanto que os Pinnotheridae indicaram uma provável retenção nas águas do estuário. A elevada ocorrência de zoeas no primeiro estágio larval reforça o importante papel dos estuários como berçários para diversas espécies de crustáceos.

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A interação Ficus (Moraceae) - vespas de figo é considerada um dos exemplos mais extremos de mutualismo entre planta e inseto. Neste trabalho, descreve-se a fauna de vespas de figo associada a cinco espécies de Ficus na Amazônia Central, considerando alguns aspectos do modo de polinização nas espécies Ficus (Urostigma) cremersii, Ficus (Urostigma) greiffiana, Ficus (Urostigma) mathewsii, Ficus (Urostigma) pertusa e Ficus (Pharmacosycea) maxima. O estudo foi desenvolvido durante o período de abril a julho de 2004 em Manaus e Presidente Figueiredo, Estado do Amazonas. O número de espécies de vespas de figo por hospedeiro variou de uma a 13. Vespas do gênero Pegoscapus Cameron, 1906, polinizadoras de Ficus (Urostigma) spp., apresentam pentes coxais e bolsos torácicos adaptados à coleta e ao transporte de pólen, indicando modo ativo de polinização. No subgênero Pharmacosycea, a polinizadora do gênero Tetrapus Mayr, 1885, não apresenta estrutura morfológica adaptada ao transporte de pólen, condizente com o modo passivo de polinização. Além das vespas de figo, F. (Pharmacosyceae) maxima e F. (Urostigma) pertusa apresentaram associação com ácaros, formigas (Solenopsis sp., Formicidae), besouros (Staphylinidae) e larvas de Diptera e Lepidoptera.

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Um inventário da fauna de aranhas foi realizado na Serra do Cachimbo, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, município de Novo Progresso, Pará. As coletas ocorreram em duas expedições, uma na estação seca (agosto e setembro de 2003) e outra na chuvosa (março e abril de 2004). Cada expedição contou com a participação de três coletores. O esforço de amostragem foi de 240 amostras, sendo 96 através de guarda-chuva entomológico e rede de varredura, 96 através de coleta manual noturna e 48 por triagem manual e extratores de Winkler. Foi comparada a diversidade de aranhas de quatro tipos de vegetação, Floresta Ombrófila Aberta, mata de galeria, áreas de Cerrado (Savana Arbórea) e de Campina. As coletas resultaram em um total de 4.990 indivíduos, dos quais 2.750 adultos. Foram identificadas 427 morfoespécies em 37 famílias, sendo as mais abundantes Theridiidae, Salticidae e Araneidae e as mais ricas em espécies Araneidae, Salticidae e Theridiidae. As espécies representadas por apenas um indivíduo somaram 40% do total e apenas duas ultrapassaram cem indivíduos. A curva de riqueza específica estimada (ACE) atingiu 614 espécies. A maior diversidade alfa (índice de Shannon-Wiener) foi encontrada em Floresta Ombrófila, seguida pela mata de galeria, Campina e Cerrado. Tais diferenças entre as vegetações podem ser explicadas devido a variações na complexidade da vegetação e na disponibilidade de microhábitats em cada fitofisionomia.

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Realizaram-se amostragens de pequenos mamíferos em duas bacias hidrográficas do Brasil central pertencentes aos rios Araguaia e Paraná com intuito de descrever a composição de espécies de pequenos mamíferos de hábito florestal e comparar suas distribuições geográficas. Quatorze pontos de coleta foram amostrados, subdivididos em oito na bacia do Rio Paraná e seis na bacia do Rio Araguaia. Foram registradas 20 espécies de pequenos mamíferos na região (oito de marsupiais e 12 de roedores), sendo 16 delas por meio de armadilhas metálicas (5.253 armadilhas-noite) e oito delas por meio de armadilhas de queda (224 baldes-noite), totalizando 161 capturas de 139 indivíduos. A bacia do Rio Paraná apresentou 16 espécies (armadilhas-noite: 3.115; baldes-noite: 104) e a bacia do Araguaia apresentou 11 espécies (armadilhas-noite: 2.138; baldes-noite: 120), sendo que as riquezas foram similares quando aplicado o método da rarefação. Das 20 espécies registradas, sete (35%) ocorreram em ambas as bacias. Apesar da elevada riqueza de espécies amostrada, destacou-se a elevada abundância do marsupial Didelphis albiventris Lund, 1840. As espécies de marsupiais amostradas foram D. albiventris, Caluromys philander (Linnaeus, 1758), Cryptonanus cf. agricolai Voss, Lunde & Jansa, 2005, Gracilinanus agilis (Burmeister, 1854), G. microtarsus (Wagner, 1842), Lutreolina crassicaudata (Desmarest, 1804), Marmosa murina (Linnaeus, 1758), e Philander opossum (Linnaeus, 1758). As espécies de roedores amostradas foram Akodon gr. cursor, Calomys tener (Winge, 1887), Nectomys rattus (Pelzen, 1883), N. squamipes (Brants, 1827), Oecomys bicolor (Tomes, 1860), Oryzomys maracajuensis Langguth & Bonvicino, 2002, Oryzomys cf. marinhus, O. megacephalus (Fischer, 1814), Oligoryzomys fornesi (Massoia, 1973), Oligoryzomys sp., Proechimys longicaudatus (Rengger, 1830) e P. roberti (Thomas, 1901). A ampliação da distribuição de algumas espécies é discutida, assim como aspectos biogeográficos. A Serra dos Caiapós pode ter sido uma barreira geográfica para algumas espécies de pequenos mamíferos em face da retração e expansão das florestas ocorridas no passado.

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Formicidae é um grupo abundante no solo e também largamente distribuído em todos os estratos da vegetação, constituindo-se em um bom modelo biológico para estudos de estratificação vertical. O objetivo geral do trabalho foi determinar os padrões de estratificação da assembléia de formigas em três estratos verticais (solo, estrato arbustivo e estrato arbóreo). Os dados foram coletados no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, em uma área de cerrado strictu sensu. A coleta de formigas foi realizada utilizando-se armadilhas do tipo pitfall. Foram instaladas 11 armadilhas no solo, 17 em plantas do estrato arbustivo e 23 em plantas do estrato arbóreo (uma armadilha por planta). Foi coletado um total de 49 espécies de formigas, pertencentes a 15 gêneros e cinco subfamílias. Através de curvas de acumulação de espécies, pôde-se verificar que existem 37,5% a mais de espécies no solo do que nas árvores e 35% a mais de espécies nas árvores do que nos arbustos. Uma análise de agrupamento indicou uma similaridade mediana entre as espécies de formigas do solo e vegetação (estrato arbustivo e arbóreo). Uma análise de aninhamento demonstrou que as espécies presentes no solo são um subconjunto das espécies presentes nos dois estratos de vegetação. Mesmo sem uma estratificação vertical muito clara, a alta diversidade de formigas encontrada no cerrado pode ser explicada em parte pelo fato de algumas espécies serem especializadas em forragear e/ou nidificar no solo e outras na vegetação.

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Devido à falta de estruturas rígidas para determinação de idade em crustáceos, métodos que se baseiam na determinação de idade através da distribuição da freqüência de comprimentos são comumente utilizados. Neste trabalho, foi comparado o crescimento do siri-azul, Callinectes sapidus Rathbun, 1896, em laboratório e a partir de indivíduos de campo. Os indivíduos de laboratório, após a coleta, tiveram seu crescimento acompanhado individualmente. A temperatura foi mantida constante (25±2°C) e a salinidade a 20±5. Os indivíduos do campo foram coletados entre 2002 e 2004 em pontos pré-determinados no estuário da Laguna dos Patos, com rede de portas. A biometria, nos dois casos, constou da medida da largura da carapaça (LC mm). As estimativas das curvas de crescimento, segundo o modelo de Bertalanffy para os indivíduos de campo, foram obtidas pelo acompanhamento do deslocamento modal (MPA). O tamanho máximo de largura de carapaça utilizado foi mantido fixo em todas as análises (157,78 mm para fêmeas e 162,71 mm para machos). Para os indivíduos mantidos em laboratório, os parâmetros e a longevidade obtidos foram k=0,001/dia; t o=-1,53; longevidade de 3117 dias (8,5 anos) para machos e k=0,002/dia; t o=-29,5; longevidade de 2795 dias para fêmeas (7,7 anos). Os parâmetros de crescimento e a longevidade estimados para os animais coletados em campo foram k=0,004/dia; t o=-4,23; 1267 dias (3,5 anos) para machos e k=0,004/dia; t o=-3,71; 1260 dias (3,45 anos) para fêmeas. Foram encontradas diferenças significativas entre animais de laboratório e de campo, sugerindo que a espécie responde de forma diferente ao ambiente em que está inserida.

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Foram estudadas a riqueza e a distribuição espacial da fauna de macroinvertebrados aquáticos em riachos da região de cerrado de Assis, SP, com a finalidade de verificar o efeito da ação antrópica sobre a fauna. As coletas foram realizadas em nascentes do Ribeirão Água do Cervo, principal fornecedor de água da cidade de Assis. Foram estabelecidos nove pontos de coleta nos quais foram colocados dez pacotes de seixos de tamanho padronizado (volume equivalente a 300 cm³ cada). Após 25 dias de exposição, os pacotes foram removidos do riacho. Os macroinvertebrados associados a cada pacote de seixos foram triados e identificados. Os resultados mostraram uma menor riqueza no local mais impactado. Não houve relação significativa entre os fatores físico-químicos e a fauna. No entanto, a ação antrópica foi significativamente relacionada com a fauna.

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O objetivo deste trabalho é verificar a variação diária da zonação da macrofauna bentônica nas praias de Tramandaí, Harmonia e Jardim do Éden, Rio Grande do Sul. As coletas foram feitas ao longo de cinco dias consecutivos, utilizando-se um tubo de PVC de 20 cm de diâmetro. Foram demarcadas três transversais distantes 50 m uma da outra, com 4 estações de coleta e três amostras cada. As estações se estenderam desde 8 m acima do limite superior da zona de varrido (definida a cada dia) até 1 m de profundidade. Também foram coletados diariamente dados dos perfis topográficos de cada praia. Os resultados mostraram que a macrofauna bentônica apresenta um padrão de zonação regular ao longo dos dias. O intermareal foi marcado pela presença do isópode Excirolana armata (Dana, 1853) e do poliqueta Euzonus furciferus (Ehlers, 1897). A zona de varrido apresentou grande abundância do caranguejo hipídeo Emerita brasiliensis (Schmitt, 1935), do bivalvo Donax hanleyanus (Philippi, 1842) e do poliqueto Scolelepis gaucha (Orensanz & Gianuca, 1974). As zonas de "surf" e arrebentação interna não apresentaram diferenças na composição de espécies, sendo dominantes os juvenis de D. hanleyanus, Mesodesma mactroides (Deshayes, 1854), o anfípode Phoxocephalopsis zimmeri (Schellenberg, 1931), o poliqueto Hemipodus olivieri (Orensanz & Gianuca, 1974), além do bivalve Donax gemmula (Morrison, 1971). Os resultados indicaram que, apesar do padrão de zonação da macrofauna ter sido regular ao longo do estudo, algumas mudanças na posição vertical das espécies foram observadas, principalmente em função da variação da zona de varrido.