999 resultados para Avaliação periódica de saúde
Resumo:
Na literatura, os valores das mtricas da Diffusion Weighthed Imaging (DWI) no so consensuais. Tanto se relata que o coeficiente aparente de difuso (ADC) uma medida quantitativa das alteraes microestruturais e um marcador sensvel s alteraes precoces no idoso, como a perda de mielina, como existem outros estudos que contrariam a teoria da senescncia da substncia branca (SB) e indicam que o ADC no influenciado pela idade, gnero ou lateralizao do hemicrebro. Objetivos do estudo - Foram objetivos deste estudo contribuir para a diminuio da ambiguidade de opinio quanto s alteraes microestruturais da SB no idoso, correlacionando a avaliação das imagens de RM estrutural com os valores da quantificao por ADC e presumir sobre a potencialidade deste binmio na predio das alteraes precoces da SB sem que estas estejam ainda traduzidas na imagem por RM.
Resumo:
O cancro da prstata o segundo cancro mais frequente e a sexta causa de morte mundial por cancro no sexo masculino. A obesidade tem sido associada ao aumento da incidncia e mortalidade por cancro, com alguma controvrsia. As alteraes nas expresses de adipocinas associadas obesidade tm sido um dos diversos mecanismos propostos para explicar a associao entre a obesidade e o cancro da prstata, nomeadamente na promoo do desenvolvimento e progresso celular do tumor. O objetivo deste trabalho avaliar o efeito dos fatores produzidos pelos pr-adipcitos e os adipcitos na proliferao, migrao e invaso das clulas de carcinoma da prstata independentes dos andrognios. As clulas RM1 foram cultivadas na presena de diferentes concentraes de insulina e leptina, bem como em meio condicionado (MC) de pr-adipcitos e adipcitos e co-cultivadas em sistema de transwells, com as mesmas clulas. A proliferao celular das RM1 foi avaliada recorrendo a contagem celular em camara de Neubauer e em citometro de fluxo, e aos ensaios metablicos alamar blue e XTT. Efetuou-se um ensaio de migrao por dano nas clulas RM1 na presena dos meios condicionados. A invaso das clulas foi avaliada recorrendo a um sistema de transwells, com membrana de matrigel, quando cultivadas com pr-adipcitos e adipcitos. A insulina aumentou significativamente a proliferao celular, ao contrrio da leptina que no teve efeito. O meio condicionado dos pr-adipcitos aumentou ligeiramente a proliferao, enquanto meio condicionado dos adipcitos de 1 e 2 dias aumentou significativamente a proliferao das clulas RM1 (p<0.01), quando avaliada por XTT. Na cmara de Neubauer no se verificaram diferenas significativas na proliferao celular. Relativamente migrao celular, observou-se um aumento significativo da migrao das clulas RM1 cultivadas com meio condicionado de adipcitos (MCA) e pr-adipcitos (MCPA) em comparao com o controlo (p<0.01). Observou-se um aumento significativo da invaso de clulas RM1 cultivadas com adipcitos e pr-adipcitos (p <0.05). Os adipcitos aumentaram significativamente a proliferao das clulas RM1 em co-cultura (p<0.01). Em concluso, as clulas RM1 parecem ser influenciadas por fatores secretados pelos adipcitos, capazes de aumentar a sua capacidade de proliferar, invadir e migrar.
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Trabalho de projeto apresentado Escola Superior de Comunicao Social como parte dos requisitos para obteno de grau de mestre em Audiovisual e Multimdia.
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Dissertao apresentada na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obteno do Grau de Mestre em Engenharia Biomdica
Resumo:
Os regimes de comparticipao no preo dos medicamentos constituem um instrumento basilar na poltica do medicamento, em particular, e na poltica de saúde, em geral. De facto, estes sistemas permitem modelar a acessibilidade aos medicamentos, atravs de modelos de financiamento especficos, condicionando, por esta via, os ganhos em saúde associados ao respectivo consumo. Sendo que a saúde um direito universal, assim consignado na Carta das Naes Unidas1, tambm reconhecida como um direito europeu, tal como disposto na Carta dos Direitos Fundamentais da Unio Europeia2, nomeadamente no seu artigo 35 que se reporta promoo da saúde e refere que todas as pessoas tm o direito de aceder preveno em matria de saúde e de beneficiar de cuidados mdicos, de acordo com as legislaes e prticas nacionais. Na definio e execuo de todas as polticas e aces da Unio, ser assegurado um elevado nvel de proteco da saúde humana. Em Portugal, por via da Constituio da Repblica Portuguesa3, nomeadamente o n 2 do artigo 16 elucida que os preceitos constitucionais e legais relativos aos direitos fundamentais devem ser interpretados e integrados de harmonia com a Declarao Universal dos Direitos do Homem, e no artigo 64 evocado o direito proteco da saúde e o dever de a defender e promover.. Neste documento ainda referido que para assegurar o direito proteco da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado () orientar a sua aco para a socializao dos custos dos cuidados mdicos e medicamentosos. Esta abordagem considera implicitamente a necessidade de interveno de um terceiro pagador, como mediador na acessibilidade aos medicamentos. Esta posio no , alis, exclusiva de Portugal. Com efeito, tem sido assumida sistematicamente no mbito europeu, de tal modo que o financiamento pblico constitui em mdia 64% da despesa farmacutica na UE-254. Num mbito mais lato, a anlise dinmica desta varivel permite-nos observar que entre 1990 e 1999 ocorreu um crescimento anual de 5,6%, o qual superior aos 4,2%, que foram observados para as despesas totais com a saúde, e muito superior ao crescimento anual de 3% para o PIB, para o mesmo perodo. Ou seja, verifica-se que o crescimento da despesa farmacutica superior ao crescimento mdio das economias nos pases que integram a OCDE5. Por outro lado, segundo as estatsticas desta organizao, para Portugal, em 2005, a despesa mdia com medicamentos foi cerca de 2% do PIB, enquanto a mdia da OCDE se situou em 1,5% para o mesmo perodo. Verifica-se assim, que a sustentabilidade do financiamento dos medicamentos uma questo actual, que exige uma abordagem premente, no sentido de ser salvaguardado o direito fundamental do ser humano saúde. Tendo presentes os factos elencados, os sistemas de financiamento tradicionais tm sido incapazes de conter a inflao associada ao encargo pblico com medicamentos, pelo que se tornou premente a identificao e implementao de novos sistemas de comparticipao de medicamentos. Com efeito, a elevada importncia, actualidade e premncia do tema que pretendemos abordar na presente tese advm do facto de se observar um crescimento na despesa associada utilizao de medicamentos, que no est a ser acompanhado pelo aumento das verbas disponveis para o efeito, o que pode comprometer futuros ganhos em saúde. A identificao de um regime de comparticipao de medicamentos, a aplicar sobre o segmento de medicamentos destinados utilizao em ambulatrio, deve considerar a estrutura integrada da procura e da oferta de medicamentos6, tendo presente que esta articulao decorre num mercado imperfeito, em que o preo no o factor determinante das escolhas, que so assumidas sobretudo pelos prescritores. A despesa assumida predominantemente pelo terceiro pagador, e o consumidor recebe os benefcios de medicamentos que no seleccionou, e apenas financia parcialmente. A participao do farmacutico na gesto da teraputica limitada, e o consumidor tem-se situado na periferia do processo de deciso sobre o seu tratamento. Pela sua relevncia, o impacto associado informao imperfeita que o consumidor possui, tem sido abordado por diversos investigadores7. Os medicamentos so bens distintos da maioria dos produtos transaccionados no mercado. So exigidos longos anos de investigao e investimento antecipado, antes que possam ser comercializados, se, e apenas quando, demonstraram qualidade, segurana e eficcia nos ensaios estabelecidos. A comercializao apenas se mantm quando esto asseguradas, e so comprovadas em permanncia, qualidade e segurana. Por acrscimo, deve ser considerado o ciclo de vida dos medicamentos, num mercado farmacutico que est sujeito a uma dinmica permanente. Os novos medicamentos iniciam a comercializao sob patente, na ausncia de concorrncia. O acesso de similares teraputicos ao mercado vem abrir a possibilidade de ser considerada a presena de bens substitutos, que reforada com o acesso dos medicamentos genricos ao mercado. O aumento do nmero de concorrentes, bem como as respectivas caractersticas, vem abrir a possibilidade de ser equacionado um sistema de financiamento ajustado ao perfil da oferta, nomeadamente no que concerne ao segmento de mercado em que existem medicamentos genricos comparticipados. Assim, os vectores preferenciais de interveno, tendentes a assegurar a sustentabilidade da despesa farmacutica, consistem em medidas direccionadas para cinco agentes que se posicionam no mercado farmacutico: a Indstria Farmacutica, os prescritores, os armazenistas, as farmcias e os consumidores. A actuao no mbito do primeiro consubstancia-se usualmente numa interveno sobre o preo dos medicamentos, os quais podem ser modelados por via administrativa, que impe tendencialmente redues obrigatrias, ou indirectamente criando incentivos para que a respectiva reduo ocorra de uma forma voluntria tal como o caso quando se opta pela implementao do Sistema de Preos de Referncia (SPR). A interveno sobre os prescritores pode ocorrer atravs da modalidade de prescrio de medicamentos em vigor, quando se determina, por exemplo, a obrigatoriedade de prescrio por DCI, que permite favorecer a dispensa de medicamentos genricos. A interveno sobre as margens de lucro de armazenistas e farmcias pode condicionar a seleco do medicamento a dispensar, sempre que o contexto regulamentar o permita. Da mesma forma tambm a possibilidade de substituio da teraputica prescrita por um medicamento genrico, pode contribuir para fomentar a conteno no crescimento da despesa farmacutica. A interveno sobre os consumidores deve ser dirigida para abordagens que fomentem a respectiva sensibilidade ao preo dos medicamentos, incentivando escolhas racionais, e por isso devidamente informadas. O SPR pretende actuar amplamente sobre os agentes no mercado farmacutico, por via da definio de um tecto de financiamento pblico, proporcionando uma resposta s exigncias verificadas no momento actual, em que a escassez de recursos financeiros exige novas modalidades de regimes de comparticipao, que contribuam para a conteno do crescimento da despesa farmacutica sem afectar negativamente os ganhos em saúde, associados utilizao de medicamentos. De facto este sistema tem vindo a ser adoptado sucessivamente por vrios Estados da Unio Europeia, independentemente do facto dos modelos de comparticipao vigentes em cada um deles no serem coincidentes. Em 1989 foi implementado na Alemanha, depois seguiu-se a Holanda em 1991, em 1993 foi adoptado pela Sucia e Dinamarca, e em 1997 pela Noruega. Seguiu-se em 2000 a Espanha, depois em 2001 foi a vez de ser implementado pela Itlia e pela Blgica. Em 2002 foi publicado o Decreto-lei que determinava a implementao do SPR em Portugal, no ano de 2003, quando tambm entrou em vigor em Itlia. Em 2009 foi implementado na Finlndia e est previsto na Irlanda. Esta reforma foi certamente a mais importante em Portugal no que diz respeito comparticipao dos medicamentos. A respectiva publicao por via do Decreto-lei 270/2002 de 2 de Dezembro, refere que este sistema visa equilibrar os preos dos medicamentos comparticipados, instituindo um valor mximo a ser comparticipado correspondente comparticipao do medicamento genrico de preo mais elevado de determinado grupo, garantindo assim ao utente uma alternativa de qualidade garantida e equivalncia teraputica comprovada. A comparticipao por via do SPR constitui, de facto, o exemplo de um processo de financiamento pblico que tem demonstrado resultados na conteno do crescimento da despesa farmacutica8, sem pr em causa a qualidade dos cuidados prestados, quando aferidos por intermdio dos efeitos adversos relacionados com a saúde dos doentes ou quanto utilizao de cuidados de saúde mais dispendiosos9. Porm, este facto no colhe unanimidade entre os investigadores, j que foram observados resultados distintos quanto ao efeito do SPR sobre a despesa farmacutica10. Este sistema encontra-se ancorado no diferencial de preos que existe entre os medicamentos de marca e os medicamentos genricos, facto que pode contribuir para uma utilizao preferencial dos segundos relativamente aos primeiros. Est estruturado em grupos homogneos de medicamentos (GH) para os quais definido um preo de referncia (PR). Independentemente dos preos individuais dos medicamentos que integram cada GH, a comparticipao do Estado vai recair sobre o PR. O valor diferencial, para medicamentos de preos mais elevados suportado integralmente pelo consumidor. Da que o prprio sistema apresente incentivos para que ocorra uma reduo voluntria no preo dos medicamentos. A reduo no preo dos medicamentos sujeitos a SPR foi confirmada por diversos grupos de investigadores11,12,13,14,15,16 . No obstante a reduo verificada nos preos, sobretudo de medicamentos de marca11,15, diversos investigadores verificaram que em presena do SPR o incremento no nmero de medicamentos genricos contribui para a descida dos preos, observando tambm que quanto mais elevado o preo do medicamento de marca original relativamente ao preo dos genricos, tanto maior o decrscimo da quota de mercado do medicamento original11. Foi igualmente observado que a opo por medicamentos de preos mais baixos no favorece o acesso dos medicamentos genricos ao mercado, sendo verificado antes o respectivo impedimento14,17,18. O impacto do sistema sobre a outra componente da despesa - o consumo de medicamentos - no tem permitido resultados consensuais. Teoricamente seria de esperar que o consumo total se mantivesse constante, tendo presente que a substituio no GH tem lugar para a mesma substncia activa, dosagem e forma farmacutica, contudo deve ocorrer uma opo preferencial por medicamentos com preo igual ou inferior ao PR, em detrimento do consumo de medicamentos com preo superior ao PR. Foi observado um aumento no consumo por um grupo de investigadores10, enquanto outro grupo refere-se hiptese de um decrscimo em presena do SPR8. Contudo, se estas caractersticas so comuns a todos os SPR, e tm contribudo para determinar a conteno nos encargos pblicos com medicamentos, convm destacar que no h dois SPR vigentes que se apresentem completamente iguais. Da o interesse em investigar os factores que podem potenciar ou inibir as consequncias associadas respectiva implementao, determinar a magnitude associada, bem como identificar outros efeitos que podem decorrer da implementao do SPR, in loco, ou seja nos contextos especficos do mercado farmacutico e respectiva regulao, em cada Estado da UE. esse o aporte da literatura cientfica, que muito embora exgua e essencialmente descritiva, faz referncia a resultados favorveis observados noutros Estados19. Importa, por isso, conhecer as respectivas realidades locais, e as caractersticas particulares dos respectivos SPR, para contextualizar e interpretar os resultados dos estudos publicados. Esta investigao centra-se nos resultados decorrentes do sistema adoptado em Portugal e pretende desenvolver uma anlise tendo por referncia os trabalhos de investigao desenvolvidos por outros investigadores, noutros Estados da UE. Para o efeito, considera o perodo anterior e posterior ao da respectiva implementao em Portugal, perfazendo a totalidade de seis anos de observaes. O primeiro objectivo consiste em avaliar se o SPR contribuiu para a conteno do crescimento da despesa farmacutica em Portugal, no perodo em estudo. Tendo presente que os dados da literatura apontam para um impacto favorvel do SPR sobre o crescimento da despesa farmacutica15,20,21, h interesse em verificar se em Portugal ocorreu tambm um impacto favorvel sobre a despesa farmacutica total, associada ao SPR, mas para alm disso, se tendo ocorrido, esse decrscimo foi mediado pelo decrscimo na despesa farmacutica pblica, na despesa farmacutica privada, ou por via de ambas. O segundo objectivo consiste em identificar e caracterizar as alteraes que o SPR introduziu no mercado farmacutico em Portugal, sobre o preo12,13,16 e o consumo dos medicamentos8,10. Tambm foi investigado se o SPR apresentou impacto associado ao nmero de apresentaes comercializadas11,16 e posio de domnio do lder de mercado11, para Portugal. Neste mbito, e com base na literatura, ser avaliado se o SPR em Portugal, contribuiu para o decrscimo do preo dos medicamentos de marca, bem como se contribuiu para o acesso de novas apresentaes ao mercado, nomeadamente de medicamentos genricos, que tm um preo inferior ao dos medicamentos de marca e esto em condies de proporcionar uma alternativa a estes ltimos, pela poupana que geram na despesa directa a suportar pelos consumidores. Tendo presente que o vector consumo determinante para a despesa farmacutica importa verificar o respectivo comportamento em presena do SPR. Para o efeito ser analisado se ocorre um decrscimo no consumo de medicamentos com preo superior ao PR, se aumenta o consumo de medicamentos com preo igual ou inferior ao PR, e ainda se o consumo total se mantm estvel. Em linha com os resultados da literatura, importa verificar se em presena do SPR, em Portugal, tem lugar um decrscimo da posio de domnio do lder de mercado, o que constitui tambm um marcador da eficincia do sistema. O terceiro objectivo consiste em identificar as variveis que podem explicar as alteraes no preo mdio no GH, na diferena percentual entre o preo de medicamentos de marca e o PR e no consumo de medicamentos genricos relativamente ao de medicamentos de marca, em Portugal. Para o efeito foram consideradas como variveis explicativas no que concerne ao preo, o nmero de apresentaes comercializadas11,16 o escalo de comparticipao16, e a posio de domnio do lder de mercado11. No que se refere ao consumo de genricos relativamente aos medicamentos de marca foi tambm considerado o nmero de apresentaes, o preo, e o escalo de comparticipao. Deste modo, ser investigado se, em presena do SPR, o decrscimo no preo tanto mais elevado quanto mais afastado estiver do preo de referncia, tendo em conta os resultados publicados na literatura que identificam uma reduo mais acentuada no preo dos medicamentos de marca, quanto mais afastado este estiver do preo dos medicamentos genricos11. Tendo presente que ocorreu um aumento na quota de mercado dos medicamentos genricos, em Portugal, bem como no respectivo nmero de apresentaes comercializadas, o qual acompanhou a implementao do sistema, convm averiguar se o decrscimo no preo dos medicamentos est associado ao acesso de novos medicamentos genricos ao mercado. Uma das caractersticas do SPR consiste em sensibilizar o consumidor para o preo dos medicamentos, o que se traduz pela escolha daqueles que impem um menor encargo. Assim sendo, de esperar que a sensibilidade dos consumidores ao preo dos medicamentos varie em funo do escalo de comparticipao dos medicamentos, sendo teoricamente de esperar que ocorra um aumento da sensibilidade ao preo e da uma opo preferencial por medicamentos com preo inferior ou igual ao PR, sobretudo quando o escalo de comparticipao menor. Por isso, de prever que a IF, em Portugal, responda implementao do SPR reduzindo sobretudo o preo dos medicamentos abrangidos pelos escales de comparticipao mais baixos. Para atingir os objectivos identificados, esta tese est organizada em trs partes, como se aponta em seguida. A primeira parte pretende introduzir o tema no que concerne dimenso financeira associada utilizao dos medicamentos, bem como caracterizar sumariamente as componentes conceptual e estrutural dos regimes de comparticipao, em geral, e do SPR, em particular. Neste sentido, inicialmente procede-se a uma abordagem terica da pertinncia e relevncia do financiamento dos medicamentos, focalizando-se depois a temtica dos sistemas de comparticipao de medicamentos. Seguidamente conduzida uma reviso da literatura, que incide sobre a evidncia terica associada ao SPR. A subsequente abordagem de exemplos, em Estados na Unio Europeia, d continuidade e complementa a abordagem anterior, o que permite evidenciar que a implementao do mesmo sistema em Estados distintos no garante a obteno dos mesmos resultados22. Na segunda parte da tese essencial identificar o impacto do SPR, em Portugal, por via de uma anlise descritiva. Esta parte centra-se na observao do comportamento das variveis despesa, preo, consumo e concorrncia associadas utilizao dos medicamentos que possuem genricos comercializados, nos dois perodos em anlise, sem atender aos eventuais factores causais. No sentido de alcanar tal desiderato, e aps uma breve introduo terica ao SPR, so apresentados os critrios subjacentes constituio da amostra bem como a metodologia que adoptada na anlise. Os resultados expostos em seguida so acompanhados da informao pertinente para a respectiva interpretao. Subsequentemente produzida uma discusso centrada nos resultados obtidos, e presente a concluso. Na terceira parte, aplicando metodologias economtricas, pretendem-se identificar as variveis explicativas que esto associadas s alteraes ocorridas na despesa farmacutica, no preo, no consumo e na concorrncia analisada por intermdio do nmero de apresentaes comercializadas, bem como pela posio de domnio do lder de mercado, e que foram identificadas na segunda parte da presente tese. A investigao aqui desenvolvida proporciona uma viso integrada do SPR, considerando os matizes que lhe definem a identidade, nos domnios terico e emprico. Identifica os factores que cunham o xito do sistema, bem como expe as fragilidades, e tambm os insucessos do mesmo. O desenvolvimento dos modelos conceptual e emprico proporcionou os resultados de evidncia cientfica que contriburam para uma investigao pioneira, com resultados inovadores, relativos a Portugal. Recorre a metodologia economtrica para avaliar o impacto global do SPR sobre a despesa farmacutica tendo em particular ateno o impacto sobre as duas componentes que determinam a despesa o preo e o volume de medicamentos consumidos - bem como outras variveis explicativas associadas. Numa abordagem inicial procedem-se a anlises descritivas longitudinais e transversais, as quais permitem avaliar a variao potencial ocorrida nas variveis em estudo ao longo da sequncia temporal, bem como identificar as diferenas que sobre as mesmas recaem nos perodos anterior e posterior implementao do sistema. O desenvolvimento de quatro modelos economtricos, numa etapa sequencial no processo de investigao, contribuiu para desagregar e identificar o impacto associado a cada uma das variveis explicativas consideradas em cada modelo, sobre a varivel independente. Para o efeito conduziram-se regresses lineares mltiplas pelo mtodo dos mnimos quadrados aplicadas a sries temporais. Quanto aos resultados obtidos, destaca-se que o SPR em Portugal no est associado modificao da despesa farmacutica, muito embora esteja associado reduo do preo dos medicamentos sem estar associado a alteraes no consumo total. O SPR est associado ao aumento do nmero de apresentaes de medicamentos genricos comercializados, tendo sido observado que este aumento impede o decrscimo do preo dos medicamentos comercializados. relevante o impacto associado ao escalo de comparticipao, j que foi observado que para escales de comparticipao mais elevados ocorre um decrscimo mais acentuado no preo dos medicamentos, em presena do SPR. Tambm se verificou que para escales de comparticipao mais elevados ocorre tendencialmente um aumento no consumo de medicamentos genricos relativamente aos medicamentos de marca. Estes resultados sugerem que o SPR possuiu um impacto parcialmente favorvel, em Portugal, por via da respectiva contribuio para o decrscimo do preo dos medicamentos. Foi observado que este decrscimo apresenta-se segmentado, em funo dos escales de comparticipao. Contudo, relevante considerar que as concluses obtidas tm limitaes. H limitaes decorrentes da constituio da amostra, j que no foi considerado todo o segmento de mercado abrangido pelo SPR, mas apenas o que representou a fraco major da despesa farmacutica, nesse segmento. Tambm no foram considerados os dados relativos ao mercado global, o que limita a observao do efeito do sistema s repercusses sobre o prprio segmento em que se insere, e no considera os efeitos decorrentes em segmentos farmacoteraputicos distintos, muito embora complementares, nomeadamente aqueles em que se inserem medicamentos similares teraputicos. Ora, o objectivo da implementao do SPR consiste em proporcionar o controlo do crescimento da despesa farmacutica total, e no apenas de parte da despesa farmacutica associada a um segmento especfico, pelo que se deveria tomar em considerao o efeito no segmento complementar. Tambm devem ser consideradas como limitantes, para a observao do impacto do sistema, as diversas medidas regulamentares que foram introduzidas em simultneo com o SPR, no mercado nacional, e que no foram isoladas. Nomeiamse a obrigatoriedade de prescrio por DCI, a qual direcciona a opo de consumo para os medicamentos genricos, bem como a possibilidade de substituio dos medicamentos prescritos por medicamentos genricos, sempre que no ocorra inviabilizao por parte do prescritor. A adopo de um novo modelo de receita mdica, que limita o nmero de medicamentos a serem prescritos, tambm foi implementada em simultneo com o SPR, podendo interferir com o impacto do sistema, nomeadamente na componente do volume. No foi avaliado o contributo da majorao do PR aplicado para os pensionistas com rendimentos anuais inferiores a catorze vezes o salrio mnimo nacional, o que tambm constitui uma limitao desta investigao, j que em termos de equidade no acesso aos medicamentos poderia ser recolhida informao no sentido de aperfeioar o sistema, e avaliar o comportamento neste segmento scio econmico to especfico. Convm ainda referir as prprias limitaes metodolgicas, j que se optou pelo recurso tcnica de regresso pelo mtodo dos mnimos quadrados, aplicada a uma srie temporal. Muito embora esta abordagem metodolgica tenha sido seguida tambm por outros investigadores, tem limitaes que podem comprometer a robustez dos coeficientes estimados. Os resultados devem ser, por isso, considerados no contexto em que foram obtidos. O contributo da tese para o conhecimento cientfico relevante, no obstante as limitaes enunciadas. A investigao desenvolvida permitiu identificar que, muito embora no tenha ocorrido um decrscimo na despesa farmacutica mediado pelo SPR, o sistema foi eficaz noutras vertentes. Nomeadamente contribuiu para o decrscimo no preo dos medicamentos, tendo sido verificado um decrscimo mais acentuado no preo dos medicamentos que integram escales de comparticipao mais elevados, bem como contribuiu para uma aproximao do preo dos medicamentos ao PR, o qual est indexado ao preo dos medicamentos genricos. Verificou-se tambm, no decurso da investigao, que o SPR esteve associado ao incremento da oferta de medicamentos genricos no mercado, bem como contribuiu para um aumento do respectivo consumo relativamente aos medicamentos de marca. Foi ainda observado que esse aumento foi mais acentuado no segmento abrangido por escales de comparticipao mais elevados. O SPR no apresentou efeito sobre o volume total de medicamentos consumidos. Contudo, exerceu um efeito sobre o consumo, orientando-o para os medicamentos com preo igual ou inferior ao PR, e esteve associado ao decrscimo no consumo de medicamentos com preo superior ao PR. Esta investigao permitiu concluir que o SPR exerceu um impacto global favorvel no segmento de mercado farmacutico abrangido pelo sistema, nomeadamente sobre o preo e orientando o consumo dos medicamentos em funo do PR, sem contudo chegar a contribuir para o decrscimo da despesa farmacutica.
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RESUMO - A 8 de Maio de 2008 surgiu o centro de atendimento Linha Saúde24 (S24) no sentido de modernizar o SNS, aproximando-o do cidado. O servio surge baseado no modelo ingls o NHS Direct que pode ser encarado como um servio de informao telefnico apoiado por enfermeiros, disponvel 24h por dia, concebido para expandir os servios pbicos de acesso rede prestadora de cuidados com intuito de aliviar a presso da procura na rede de urgncias hospitalares e mdicos de famlia, assim como diluir as iniquidades regionais na prestao de servios. A S24 assenta na perspectiva de ser um ponto de contacto inicial do utente com a rede de prestao de cuidados de saúde com capacidade de orientao. O objectivo da linha est na tentativa mais eficiente no uso dos recursos disponveis, ao mesmo tempo que delega responsabilidade no cidado na forma como este utiliza os recursos disponveis, com melhor racionalizao financeira na rea da saúde aliada a uma melhor qualidade de servio prestada e adequada, colocando os cidados no mesmo patamar, diluindo as dificuldades de acesso a aqueles que necessitam na tentativa de harmonizar e racionalizar o consumo de servios de saúde. Esta estrutura permite ao cidado conhecer melhor o seu estado de saúde e decidir mais acertadamente quanto deciso a tomar. Com este estudo, e com base na literatura nacional e internacional, pretende-se descrever o perfil de utilizador que acede S24 definir o tipo de utilizador, disposio geogrfica, motivos pelo qual acede ao servio e qual o seu destino final, fazendo comparao com o perfil do NHS Direct. Assim, e com os dados obtidos, far-se- uma avaliação preliminar em termos do contributo da linha S24 no que concerne sua eficincia, equidade e empowerment dado ao utilizador. --- ------------------------------ABSTRACT - Saúde 24 (S24) is a national 24-hour health line initiated in May 2008 aiming at modernizing the Portuguese NHS by bringing it closer to the citizen. Indeed, S24 be seen as an initial contact point between the patient and the healthcare network, facilitating a better a management of health care demand. The service is inspired on the UK NHS Direct a nurse-led telephone line to provide easier and faster advice information to people about health, illness and NHS services. It is expected to provide information so that people can deal with their health problems or their families on their own, with the purpose of reducing demand to A&E department and out-of-hours GP services. Additionally it can contribute to a reduction in regional inequities in healthcare provision through bringing health care advice to remote areas. The purpose of S24 is to handle more efficiently the available resources by enabling responsibilities in citizens. By doing so, S24 encourages a more appropriate use of available resources, with better financial outcomes and a better quality of care. It is meant, in terms of empowerment, to help people to be in control of their health and healthcare interactions by participating in the final decision. Based on quantitative data, this study defines the S24 caller user profile in terms of type, geographical reference, reasons for calling and outcome. This analysis allows us to perform a preliminary evaluation of the S24 in terms of its contribution to efficiency, equity and empowerment. Then the S24 is compared to
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RESUMO - O aumento da incidncia das doenas crnicas representa um desafio enorme para todos os Sistemas de Saúde, pelo que a assistncia de Saúde a doentes crnicos se tornou num problema das sociedades ocidentais. Os pases mais pobres so os que mais sofrem, embora nos pases desenvolvidos tambm se verifique um aumento notvel das doenas crnicas. Estima-se que estas representem mais de 60% do total das doenas mundiais no ano 2020 (WHO, 2001). A adaptao dos actuais modelos de saúde aos doentes crnicos no atingiu os objectivos, o que conduziu a que, de h alguns anos a esta parte, se procure alternativas mais eficazes e eficientes. Uma das presses do mercado que se fazem sentir ser caracterizada por uma maior aposta na Promoo da Saúde e Preveno da doena. O conceito de Saúde migrou de no existncia de doena para Bem-estar Fsico e Psicolgico. Desta forma, o foco dos cuidados de saúde teve que ser adaptado, o que conduziu a uma situao em que o mbito da prestao de cuidados de saúde um contnuo de servios que vai desde a promoo da saúde, medicina preventiva e medicina curativa aos cuidados continuados e cuidados paliativos. As tecnologias de informao e comunicao desempenharo um importante papel nesta tendncia, permitindo estabelecer ligaes contnuas entre os consumidores e prestadores de cuidados de saúde. Por outro lado, as potencialidades da Internet, das comunicaes mveis, dispositivos portteis e do instrumental electrnico, tornam-se evidentes no desenvolvimento de servios de e-Saúde: para monitorizao, seguimento e controlo dos doentes extra hospitalar - servios estes centrados no doente. O objectivo geral do presente estudo consiste no desenho de um projecto de investigao para posterior avaliação da percepo do estado de saúde dos doentes seguidos na consulta de hipocoagulao do Hospital de Santa Marta. Devido escassez de investigao na temtica deste trabalho em Portugal, procedeu-se a um trabalho exploratrio, descritivo, de carcter comparativo e enquadrado na abordagem quantitativa. O campo de anlise consiste em comparar doentes que fazem anticoagulao oral, seguidos na consulta de cardiologia (consulta convencional), com os doentes seguidos no programa Airmed (atravs das comunicaes mveis). 4 Para avaliação da percepo do estado de saúde foi utilizado o questionrio SF-36.----ABSTRACT - The increasing incidence of chronic diseases represents an enormous challenge to the Health Systems and on cause of that, the Health Assistance to chronic patients became a concern of the Occidental society. The Countries with lower economical resources are the ones that suffers the most, but also the Developed countries have a noticeable increase of chronic diseases. It is estimated these will represent over 60% of total diseases world wide in 2020 (WHO,2001). The adaptation of the actual Health Models to chronic patients did not achieved its goals, what leaded to look for more effective and efficient alternatives. One of the more sensitive market pressure factor is to look for a better Health Promotion and Disease Prevention. The concept of Health merged from Disease absence to Physic and Psychic Wellness. In this way the Health Care focus had to be adapted, what drove to a status where the scope of the Health care is a continuum of services that goes from the Health Promotion, Preventive and Curative to Continued and Palliative Medical Care. The Information and Communication Technologies will play a crucial role in this trend, allowing to establish continued connections between patients and Health Care providers. In parallel the potential of the Internet, mobile communications, portable devices and electronic instruments became evident to deploy e-Health services: to monitor, follow-up and control of patients outside the Hospital. The overall objective of the present study is an Investigation Project Design to further evaluate the health status perception of the patients followed in the consultation for Hypocoagulation in the Hospital de Santa Marta. Due to lack of investigation in this thematic, in Portugal, this study is developed in an exploratory way, descriptive, comparative, within a scope of a quantified approach. The analysis field consists on comparing patients prescribed with oral anticoagulants and followed-up at the
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Com o objetivo de estudar as condies de estocagem da vacina contra o sarampo na rede de vacinao dos Municpios de Nitroi e So Gonalo - RJ, 22 Unidades Sanitrias foram avaliadas de acordo com as normas tcnicas especficas estabelecidas pelo Programa Nacional de Imunizao. Observou-se que em 86,4% das Unidades visitadas os cuidados com os refrigeradores eram adequados ou regulares mas quanto arrumao das vacinas no interior dos aparelhos e ao controle de temperatura, estes percentuais caram para 60,0% e 54,5%, respectivamente. De todos os itens avaliados, o mais problemtico foi o apoio tcnico imediato frente a situaes de emergncia, apoio esse considerado insuficiente em 90,0% dos casos. Em 100% das amostras vacinais recolhidas das Unidades Sanitrias, os ttulos estavam abaixo da potncia mnima preconizada para tal produto no momento da aplicao. Torna-se necessrio ento, que as condies de conservao e uso das vacinas sejam melhoradas evitando assim a formao de grupamentos de crianas suscetveis doena.
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Caracterizao epidemiolgica dos amputados do membro inferior: a) em 2013 a estimativa da diabetes para os 7.8 milhes de portugueses com idades compreendidas entre 20 e 79 anos foi de 13% ou seja um nmero superior a 1 milho de sujeitos; b) 85% das amputaes so do membro inferior; c) a amputao transtibial aquela que tem maior incidncia; d) a maior frequncia da amputao transtibial ocorre na faixa etria compreendida entre os 50 e 75 anos, com predomnio para as de etiologia vascular mais de 80%; e) 75% da incidncia recai no sexo masculino.
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Mestrado Integrado em Engenharia Biomdica
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Este estudo teve como objectivo avaliar a eficcia de uma sesso de informao a propsito de uma interveno cirrgica com anestesia geral na reduo da ansiedade em jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos. A amostra foi constituda por 125 jovens, 62 do sexo masculino e 63 do sexo feminino. Foram constitudos dois grupos, em que ao grupo experimental foi administrado um programa de informao sobre procedimentos cirrgicos com anestesia geral, utilizando tcnicas de modelagem, e em que ao grupo de controlo apenas foi aplicada a sesso avaliativa. Os resultados obtidos permitiram concluir que a eficcia da sesso informativa a propsito de uma interveno cirrgica com anestesia geral na reduo da ansiedade, nas crianas, foi comprovada. The aim of this study was to evaluate the efficacy of an information session about cirurgy, with general anesthesia induction, in reducing anxiety in children from 6 to 12 years undergoing cirurgy. Our sample was constituted by 125 children, 62 boys and 63 girls divided in two groups: the experimental group had an information session about chirurgical procedures with general anesthesia and had anxiety evaluated pre and post session, as the control group had only one anxiety evaluation. The results show that the session was effective on reducing pre-operatory anxiety in children.
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Dissertao de Mestrado apresentada ao Instituto Superior de Contabilidade e Administrao do Porto para a obteno do grau de Mestre em Auditoria, sob orientao do Mestre Paulino Silva
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Introduo A pesquisa de informao realizada pelos estudantes de ensino superior em recursos eletrnicos no corresponde necessariamente ao domnio de competncias de pesquisa, anlise, avaliação, seleo e bom uso da informao recuperada. O conceito de literacia da informao ganha pertinncia e destaque, na medida em que abarca competncias que permitem reconhecer quando necessria a informao e de atuar de forma eficiente e efetiva na sua obteno e utilizao. Objetivo A meta da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) foi a formao em competncias de literacia da informao, fora da ESTeSL, de estudantes, professores e investigadores. Mtodos A formao foi integrada em projetos nacionais e internacionais, dependendo dos pblicos-alvo, das temticas, dos contedos, da carga horria e da solicitao da instituio parceira. A Fundao Calouste Gulbenkian foi o promotor financeiro privilegiado. Resultados Decorreram vrias intervenes em territrio nacional e internacional. Em 2010, em Angola, no Instituto Mdio de Saúde do Bengo, formao de 10 bibliotecrios sobre a construo e a gesto de uma biblioteca de saúde e introduo literacia da informao (35h). Em 2014, decorrente do ERASMUS Intensive Programme, o OPTIMAX (Radiation Dose and Image Quality Optimisation in Medical Imaging) para 40 professores e estudantes de radiologia (oriundos de Portugal, Reino Unido, Noruega, Pases Baixos e Sua) sobre metodologia e pesquisa de informao na MEDLINE e na Web of Science e sobre o Mendeley, enquanto gestor de referncias (4h). Os trabalhos finais deste curso foram publicados em formato de ebook (http://usir.salford.ac.uk/34439/1/Final%20complete%20version.pdf), cuja reviso editorial foi da responsabilidade dos bibliotecrios. Ao longo de 2014, na Escola Superior de Educao, Escola Superior de Dana, Instituto Politcnico de Setbal e Faculdade de Medicina de Lisboa e, ao longo de 2015, na Universidade Aberta, Escola Superior de Comunicao Social, Instituto Egas Moniz, Faculdade de Letras de Lisboa e Centro de Lingustica da Universidade de Lisboa foram desenhados contedos sobre o uso do ZOTERO e do Mendeley para a gesto de referncias bibliogrficas e sobre uma nova forma de fazer investigao. Cada uma destas sesses (2,5h) envolveu cerca de 25 estudantes finalistas, mestrandos e professores. Em 2015, em Moambique, no Instituto Superior de Cincias da Saúde, decorreu a formao de 5 bibliotecrios e 46 estudantes e professores (70h). Os contedos ministrados foram: 1) gesto e organizao de uma biblioteca de saúde (para bibliotecrios); 2) literacia da informao: pesquisa de informao na MEDLINE, SciELO e RCAAP, gestores de referncias e como evitar o plgio (para bibliotecrios e estudantes finalistas de radiologia). A carga horria destinada aos estudantes incluiu a tutoria das monografias de licenciatura, em colaborao com mais duas professoras do projeto. Para 2016 est agendada formao noutras instituies de ensino superior nacionais. Perspetiva-se, ainda, formao similar em Timor-Leste, cujos contedos, datas e carga horria esto por agendar. Concluses Destas iniciativas beneficia a instituio (pela visibilidade), os bibliotecrios (pelo evidenciar de competncias) e os estudantes, professores e investigadores (pelo ganho de novas competncias e pela autonomia adquirida). O projeto de literacia da informao da ESTeSL tem contribudo de forma efetiva para a construo e para a produo de conhecimento no meio acadmico, nacional e internacional, sendo a biblioteca o parceiro privilegiado nesta cultura de colaborao.
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Apresentamos registro de caso de paciente agredida por co que morreu 4 dias depois, e que se apresentou para tratamento 11 dias aps o acidente. Foi indicado esquema de soro-vacinao a ser iniciado imediatamente com administrao de soro anti-rbico (9ml, correspondente a 40 UI/Kg de peso) e srie de 10 doses de vacina aplicadas em dias consecutivos e 3 doses de reforo, com 10 dias de intervalo, conforme normas da Secretaria da Saúde do Estado de So Paulo. Por engano, entretanto, foram aplicadas inicialmente 9 doses de vacina em 3 locais anatmicos diferentes. Verificado o erro de imediato, optamos pela suspenso do tratamento por alguns dias e sua reimplantao completa, o que s foi feito aps 8 dias. O seguimento sorolgico (pelas provas de soro-neutralizao em cultura celular) evidenciou resposta inteiramente satisfatria, superando largamente em nveis, precocidade e durao as recomendaes da OMS. A paciente permanecia sadia at o 240 dia aps o acidente, quando foi observada pela ltima vez antes desta publicao.
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Comunicao apresentada no 8 Congresso Nacional de Administrao Pblica Desafios e Solues, em Carcavelos de 21 a 22 de Novembro de 2011.