997 resultados para tomografia computadorizada com múltiplos destectores
Resumo:
O objetivo do trabalho é apresentar os achados precoces da aspergilose angioinvasiva na tomografia computadorizada de alta resolução e correlacioná-los com a anatomopatologia. Foram analisadas as tomografias computadorizadas de alta resolução de dois pacientes com aspergilose angioinvasiva, ambos com leucemia, e feita a correlação com os achados de necropsia. Os nódulos corresponderam a infartos hemorrágicos, com necrose de coagulação, permeados por hifas dos fungos. O halo em vidro fosco correspondeu a hemorragia intra-alveolar. Os nódulos com sinal do halo observados na tomografia computadorizada de alta resolução de pacientes com aspergilose angioinvasiva apresentaram estreita correlação com os aspectos anatomopatológicos. As alterações dos nódulos com sinal do halo demonstradas à anatomia patológica explicam claramente as características da lesão à tomografia computadorizada de alta resolução.
Resumo:
A proposta do trabalho é apresentar os achados radiológicos observados na tomografia computadorizada de alta resolução do tórax de dois pacientes com pneumonia intersticial linfocítica e correlacioná-los com os aspectos anatomopatológicos, obtidos a partir de biópsias a céu aberto. Um dos pacientes mostrou, na tomografia, basicamente opacidades em vidro fosco difusas, e o outro tinha infiltração ao longo das bainhas conjuntivas peribroncovasculares. Na anatomopatologia o padrão predominante foi o de infiltração intersticial, especialmente ao longo dos septos alveolares, por linfócitos policlonais. O estudo mostrou estreita correlação entre os achados anatomopatológicos e aqueles observados na tomografia computadorizada de alta resolução do tórax.
Resumo:
Neste trabalho são apresentados os aspectos observados nas tomografias computadorizadas de alta resolução de três pacientes, todos jateadores de areia, que desenvolveram a forma aguda da silicose. Todos apresentavam, na tomografia computadorizada de alta resolução, padrão predominante de ocupação do espaço aéreo, com áreas de consolidação com broncograma aéreo, e calcificações de permeio. Além disso, foram observados nódulos em vidro fosco, com distribuição centrolobular e com tendência à confluência. Nos três pacientes foram identificados linfonodos aumentados de volume nas regiões hilares e/ou mediastinais, e calcificações linfonodais.
Resumo:
Tumores malignos das cavidades sinonasais são raros e freqüentemente diagnosticados em estágio avançado da doença. A extensão destes tumores para locais críticos como a órbita e o crânio gera dificuldades no tratamento destas lesões. Dez pacientes com neoplasia maligna sinonasal, sem qualquer tratamento prévio e com evidência radiológica de extensão órbito-craniana, foram estudados por tomografia computadorizada. Dos dez tumores, cinco (50%) foram neoplasias epiteliais, tendo sido a mais comum o carcinoma epidermóide (três casos). O sítio de origem tumoral mais comum foi o seio etmoidal, em quatro pacientes (40%), seguido pelo seio maxilar (30%) e pela fossa nasal (30%). Dezesseis órbitas foram comprometidas, já que seis pacientes (60%) apresentaram acometimento orbitário tumoral bilateral. Os tumores se estenderam mais freqüentemente para as órbitas através de erosão da parede medial e do soalho orbitários. A maioria das órbitas teve todos os compartimentos acometidos. Extensão dos tumores para a cavidade craniana foi mais comum através do teto etmoidal (70%) e teto orbitário (30%). A fossa craniana anterior foi acometida em oito casos (80%), seguida pela fossa craniana média (40%) e pelo lobo frontal (excluindo-se a fossa anterior) (30%). Trinta e sete regiões da face foram acometidas pelos dez tumores, excluindo-se o sítio de origem da neoplasia e a região órbito-craniana, corroborando a grande extensão loco-regional do tumor no momento do diagnóstico.
Resumo:
A ruptura traumática do diafragma é uma condição incomum, porém cada vez mais freqüentemente diagnosticada pela tomografia computadorizada, especialmente pela técnica helicoidal associada às reconstruções multiplanares, possibilitando a adoção de conduta terapêutica cirúrgica rápida e eficiente. Os autores estudaram seis pacientes com ruptura traumática do diafragma submetidos a tomografia computadorizada, que demonstrou herniação de estruturas abdominais para o interior do tórax através de área de ruptura na hemicúpula frênica esquerda em quatro casos; os outros dois pacientes foram submetidos a procedimento cirúrgico por trauma abdominal associado, que demonstrou lesões diafragmáticas, sem evidência de herniação na tomografia computadorizada.
Resumo:
Embora relativamente incomum, o carcinoma de células transicionais do trato urinário é o segundo tumor mais freqüente do rim. Neste trabalho foram analisadas, de forma retrospectiva, as tomografias computadorizadas de dez pacientes com carcinoma de células transicionais confirmado por exame histopatológico. A bexiga foi acometida em 60% dos casos, o sistema pielocalicinal em 60% e o ureter em 10% deles. Lesões sincrônicas estiveram presentes em 40% das vezes. Os aspectos encontrados foram lesões vegetantes, espessamento da parede do ureter e lesões infiltrativas do rim. Foram descritos dois casos de tumores calcificados e um carcinoma de células transicionais surgindo no interior de um divertículo de bexiga. A tomografia computadorizada detectou extensão local do tumor em 80% dos pacientes e lesão a distância em 20%. A tomografia computadorizada permitiu caracterizar a extensão da doença, localmente e a distância, possibilitando que um grupo selecionado de pacientes pudesse ser tratado de forma conservadora.
Resumo:
Doenças sistêmicas, doenças orbitárias primárias e lesões extra-orbitárias com extensão secundária para a órbita podem causar proptose ocular. Foram estudados, por tomografia computadorizada, 11 pacientes com proptose ocular causada por tumores malignos extra-orbitários, sem qualquer tratamento prévio do tumor. Houve predomínio de neoplasias não-epiteliais (82%), tendo sido três rabdomiossarcomas (27%) e três linfomas não-Hodgkin (27%). Outros sarcomas estiveram presentes em dois casos (18%), seguidos por linfoma de Burkitt (9%), carcinoma epidermóide (9%) e carcinoma pouco diferenciado (9%). Nove tumores (82%) tiveram origem nas cavidades sinonasais, a maioria (cinco casos) com origem no seio etmoidal. Proptose ocular foi a única alteração oftálmica em quatro casos (36%), e um paciente teve proptose ocular bilateral como único sinal da doença. Dezessete órbitas foram acometidas pelos 11 tumores, já que seis pacientes tiveram comprometimento orbitário tumoral bilateral. Os tumores se estenderam às órbitas preferencialmente através da parede óssea orbitária (16 órbitas; 94%). Das 17 órbitas comprometidas, a maioria (59%) teve todos os compartimentos lesados. Em 16 órbitas o tumor apresentou situação extraconal. À tomografia computadorizada, proptose ocular esteve presente em 15 das 17 órbitas (88%), tendo sido bilateral em quatro casos (oito órbitas). Houve predomínio de proptose ocular grau 2 à tomografia computadorizada (sete pacientes; 47%). Um total de 44 regiões crânio-faciais foi comprometido, além da órbita e do sítio de origem da neoplasia, indicando a grande extensão loco-regional desses tumores no momento do diagnóstico.
Resumo:
Neste trabalho foram estudados os aspectos tomográficos observados em cinco pacientes com diagnóstico de amiloidose pulmonar confirmado histopatologicamente. Dois deles apresentaram a forma traqueobrônquica da doença e mostraram nodulações e formação de placas nas paredes traqueais, com calcificações. Dois tinham a forma parenquimatosa difusa, um deles com opacidades reticulares e nodulares subpleurais, e o outro com espessamento nodular de septos interlobulares e consolidações parenquimatosas. Ambos apresentavam calcificações de permeio às lesões. O último paciente tinha a forma nodular da doença, com nódulos de contornos regulares em ambos os pulmões, com calcificações. Os aspectos tomográficos observados, embora não patognomônicos, são muito sugestivos do diagnóstico de amiloidose.
Resumo:
As lesões pulmonares são achados freqüentes no trauma torácico, sendo cada vez mais diagnosticadas pela tomografia computadorizada, em especial pelo rápido tempo de aquisição decorrente da técnica helicoidal, que permite a avaliação de pacientes em estado grave, possibilitando a adoção de conduta terapêutica eficiente. Os autores estudaram 150 pacientes vítimas de trauma torácico submetidos a tomografia computadorizada, que apresentaram lesões pulmonares, representadas por contusões, atelectasias, lacerações e hematomas pulmonares. As contusões pulmonares se caracterizaram por consolidações e atenuação em vidro fosco, sendo as lesões pulmonares mais comuns. As atelectasias foram observadas com os padrões subsegmentar e compressiva, e foram a segunda lesão mais comum. As lacerações se apresentaram como consolidações com ar ou nível líquido no interior. Os hematomas pulmonares representaram a lesão pulmonar mais rara, presentes em apenas cinco casos, caracterizados por opacidades arredondadas. Neste trabalho o trauma torácico fechado predominou, com 120 casos, enquanto o trauma aberto ocorreu em 30 casos. As causas de trauma fechado, em ordem decrescente de freqüência, foram: colisão automobilística, atropelamento, queda de altura, acidente de motocicleta e espancamento. A forma penetrante de traumatismo torácico decorreu de duas causas de agressão: lesão por arma de fogo e lesão por arma branca.
Resumo:
Neste trabalho foram estudados, retrospectivamente, 17 pacientes com linfangioliomiomatose pulmonar diagnosticada por biópsia pulmonar a céu aberto. Todos os pacientes eram do sexo feminino, com idade média de 39,6 anos. Duas pacientes tiveram também o diagnóstico de esclerose tuberosa. As pacientes foram submetidas a tomografia computadorizada de alta resolução, cujos achados revelaram cistos com conteúdo gasoso, de formas variadas e com diferentes tamanhos, não ultrapassando 60 mm de diâmetro. A grande maioria tinha as paredes finas. Todos os cistos apresentaram distribuição difusa pelo parênquima pulmonar. Somente duas pacientes apresentaram pneumotórax associado. Nódulos parenquimatosos e espessamento de septos interlobulares não foram observados. Dessa forma, as características tomográficas utilizadas para o diagnóstico foram a ausência de nódulos e a presença de cistos de tamanhos variados, em geral menores que 20 mm, arredondados e distribuídos difusamente pelo parênquima pulmonar.
Resumo:
A tomografia computadorizada helicoidal é largamente empregada na avaliação do parênquima hepático e tem grande importância no planejamento clínico e cirúrgico. O fígado é o órgão que mais se beneficia de aquisições helicoidais, em fases diferentes da perfusão do parênquima, pela sua dupla vascularização e pela diferença de aporte sanguíneo entre tumores e parênquima sadio. Entretanto, várias armadilhas diagnósticas podem ser encontradas, dificultando a análise e prejudicando a diferenciação entre lesões verdadeiras e pseudolesões, principalmente aos olhos de radiologistas menos experientes. Essas pseudolesões têm forma, localização e características variadas, podendo simular lesões parenquimatosas. É de fundamental importância que estejamos aptos a reconhecê-las, no sentido de interpretar corretamente as imagens tomográficas. O objetivo deste ensaio é classificar e ilustrar as diversas pseudolesões hepáticas pela tomografia computadorizada helicoidal, com uma breve descrição dessas lesões e com alternativas para diferenciá-las das lesões do parênquima.