Estudo clínico prospectivo das modificações da borda alveolar inferior após projeção ortodôntica em tomografia computadorizada de feixe cônico

A projeção de incisivos e expansão dos arcos dentários são uma alternativa valiosa à extração dentária, especialmente quando se considera a estética facial em pacientes adultos. O efeito da projeção ortodôntica dos incisivos inferiores sobre o periodonto é controverso devido às avaliações em exames bidimensionais e os aspectos multi-fatoriais que envolvem as recessões gengivais. O objetivo deste estudo foi comparar as modificações na altura da borda alveolar dos dentes ântero-inferiores de pacientes, que foram submetidos à projeção ortodôntica, com pacientes tratados sem projeção; e correlacionar estas modificações com o grau de inclinação dentária, com as alterações da distância bicanina e com o biotipo gengival. Pacientes adultos com mais de 3 mm de falta de espaço no arco inferior e curva de Spee moderada ou acentuada compuseram o grupo experimental (n=15). O grupo controle (n=7) consistiu de pacientes com bons arcos inferiores, que não necessitavam de grandes movimentos dentários. Estes pacientes foram submetidos a alinhamento e nivelamento dentário até o fio de aço .020". Tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) foram obtidas antes do tratamento e ao final da fase de alinhamento e nivelamento. As alturas das bordas alveolares (BA) de incisivos e caninos inferiores foram medidas nas TCFC em reconstruções 3D e comparadas entre os grupos e entre os tempos pelos testes-t de Student não pareado e pareado, respectivamente. As BA foram correlacionadas com o grau de inclinação dentária (IMPA), com a distância intercaninos (DIC) e com o biotipo gengival (BG) pelo teste de correlação de Pearson. Os resultados demonstraram que os caninos inferiores do grupo experimental apresentaram perda óssea significativa (p<0,005), quando comparados com o grupo controle, em média 2,5 mm. As BA dos dentes 43, 33 e 32 ao final do alinhamento e nivelamento eram significativamente maiores do que ao início do tratamento no grupo experimental (p<0,001). Não foram encontradas diferenças significativas entre as medidas iniciais e finais das BA de todos os dentes do grupo controle. Apesar destes resultados, não foram encontradas correlações entre a remodelação da BA e o IMPA, a DIC e o BG. Pode-se concluir que o aumento no comprimento do arco inferior com arcos ortodônticos contínuos aumenta a inclinação dos incisivos inferiores e a DIC. O aumento da DIC parece exercer maior efeito sobre a BA dos caninos inferiores do que a inclinação de incisivos sobre a BA dos incisivos inferiores. No entanto, as modificações da BA não estão associadas ao grau de inclinação dos incisivos, a quantidade de expansão do arco inferior e ao biotipo gengival.

Estudo do tempo de trânsito colônico em crianças e adolescentes com constipação intestinal crônica e disfunção do trato urinário inferior

A constipação intestinal e a disfunção do trato urinário inferior são condições associadas e bastante prevalentes na infância e adolescência. Existem múltiplas teorias para explicar essa associação, como: o efeito mecânico do reto cheio sobre a parede e o colo vesical; estimulo de reflexos sacrais a partir do reto distendido, e mais recentemente, a associação entre a bexiga e o reto no sistema nervoso central. Muitas destas crianças e adolescentes apresentam constipação refratária. Esse fato chama a atenção para a possibilidade de existência de uma desordem neuromuscular comum envolvendo o cólon e o trato urinário inferior. O objetivo desse estudo foi avaliar o trânsito colônico de crianças e adolescentes com constipação crônica refratária e sintomas do trato urinário inferior. Foi realizado um estudo observacional com análise transversal, no qual foram incluídos 16 indivíduos com constipação refratária e sintomas do trato urinário inferior, com idades entre sete e 14 anos (média de idade de 9,67 anos). Os participantes foram avaliados utilizando anamnese padrão; exame físico; diário miccional e das evacuações; escala de Bristol; Disfunctional Voiding Scoring System com versão validada para o português; ultrassonografia renal, de vias urinárias e medida de diâmetro retal; urodinâmica, estudo de trânsito colônico com marcadores radiopacos e manometria anorretal. O estudo de trânsito foi normal em três (18,75%) crianças, dez (62,5%) apresentaram constipação de trânsito lento e três (18,75%) obstrução de via de saída. A avaliação urodinâmica estava alterada em 14 das 16 crianças estudadas: dez (76,9%) apresentaram hiperatividade detrusora associada à disfunção miccional, três (23,1%) hiperatividade vesical isolada e um (6,25%) disfunção miccional sem hiperatividade vesical. Ao compararmos constipação de trânsito lento e disfunção do trato urinário inferior, dez (100%) sujeitos com constipação de trânsito lento e três (50%) sem constipação de trânsito lento apresentavam hiperatividade vesical (p=0,036). Sete (70%) sujeitos com constipação de trânsito lento e quatro (66,7%) sem constipação de trânsito lento apresentavam disfunção miccional (p=0,65). Ao compararmos constipação de trânsito lento e a presença de incontinência urinária, esta estava presente em nove (90%) participantes com constipação de trânsito lento e em um (16,7%) sem constipação de trânsito lento (p = 0,008). Quanto à urgência urinária, estava presente em 10 (100%) e três (50%) respectivamente (p = 0,036). O escore do Disfunctional Voiding Scoring System variou de 6 a 21. O subgrupo com constipação de trânsito lento mostrou um escore de Disfunctional Voiding Scoring System significativamente maior que o subgrupo sem constipação de trânsito lento. O presente estudo demonstrou alta prevalência de constipação de trânsito lento em crianças e adolescentes com constipação refratária e sintomas do trato urinário inferior. Este estudo foi pioneiro em demonstrar a associação entre hiperatividade vesical e constipação de trânsito lento e coloca em voga a possibilidade de uma desordem neuromuscular comum, responsável pela dismotilidade vesical e colônica. Futuros estudos envolvendo a motilidade intestinal e vesical são necessários para melhor compreensão do tema e desenvolvimento de novas modalidades terapêuticas.

Taxonomic review of the genus Sinocrossocheilus Wu (Teleostei : Cyprinidae), with a description of four new species

All Sinocrossocheilus species, except S. microstomatus, are reviewed. Four new species, S. labiata, S. papillolabra, S. nigrovittata, and S. longibulla, are described. The genus Sinocrossocheilus differs from other genera of Cyprinidae by the last simple dorsal fin ray being unserrated and unossified, the last unbranched anal fin ray being unserrated and unossified, the 5-branched anal fin rays, the mouth gap being inferior, the rostral cap covering the lower jaw and connecting directly with the lower lip, a row of fleshy lobes on the lower jaw, and a cloudy black spot above the pectoral fin. Sinocrossocheilus labiata is small and has 22 predorsal scales; S. longibulla has a very large air bladder; S. papillolabra possesses a well-developed ventral fin and a wide band covered by fleshy papillae on the lower lip; and S. nigrovittata possesses black longitudinal stripes along the lateral line. Crossocheilus bamaensis and Crossocheilus liuchengensis are transferred to the genus Sinocrossocheilus. Sinocrossocheilus species are endemic to the central and eastern Yunnan-Guizhou Plateau of China, where river systems are anfractuous, including seasonal rivers, cave rivers, underground rivers, and streamlets between mountains. These separated rivers probably provide conditions for the allopatric speciation of the Sinocrossocheilus.

Void swelling in MA956 ODS steel irradiated with 122 MeV Ne-ions at elevated temperatures

An investigation of a commercial oxide dispersion-strengthened steel (MA9561) irradiated with high energy Ne-ions to high doses at elevated temperatures is presented. Specimens of MA956 oxide dispersion strengthened steel together with a 9% Cr ferritic/martensitic steel, e.g., Grade 92 steel were irradiated simultaneously with 20Ne-ions (with 122 MeV) to successively increasing damage levels of 1, 5 and 10 dpa at the damage peak at 440 C and 570 C, respectively. Cross-sectional microstructures of the specimens were investigated with transmission electron microscopy. MA956 oxide dispersion strengthened steel showed a higher resistance to void swelling especially to void growth at the grain boundaries than the ferritic/martensitic steel, e.g., Grade 92 steel did, and thus exhibited a prominence for an application in the situation of a high He production at high temperatures. The suppression of the growth of voids especially at the grain boundaries in MA956 is ascribed to an enhanced recombination of the point defects and a trapping of Ne atoms at the interfaces of the yttrium–aluminum oxide particles and the matrix.

Void swelling in a 9Cr ferritic/martensitic steel irradiated with energetic Ne-ions at elevated temperatures

In this work the void swelling behavior of a 9Cr ferritic/martensitic steel irradiated with energetic Ne-ions is studied. Specimens of Grade 92 steel (a 9%Cr ferritic/martensitic steel) were subjected to an irradiation of Ne-20-ions (with 122 MeV) to successively increasing damage levels of 1, 5 and 10 dpa at a damage peak at 440 and 570 degrees C, respectively. And another specimen was irradiated at a temperature ramp condition (high flux condition) with the temperature increasing from 440 up to 630 degrees C during the irradiation. Cross-sectional microstructures were investigated with a transmission electron microscopy (TEM). A high concentration of cavities was observed in the peak damage region in the Grade 92 steel irradiated to 5 dpa, and higher doses. The concentration and mean size of the cavities showed a strong dependence on the dose and irradiation temperature. Enhanced growth of the cavities at the grain boundaries, especially at the grain boundary junctions, was observed. The void swelling behavior in similar 9Cr steels irradiated at different conditions are discussed by using a classic void formation theory. (c) 2008 Elsevier B.V. All rights reserved.

Swelling behaviour of alginate-chitosan microcapsules prepared by external gelation or internal gelation technology

Swelling behaviour is one of the important properties for microcapsules made by hydrogels, which always affects the diffusion and release of drugs when the microcapsules are applied in drug delivery systems. In this paper, alginate-chitosan microcapsules were prepared by different technologies called external or internal gelation process respectively. With the volume swelling degree (S-w) as an index, the effect of properties of chitosan on the swelling behaviour of both microcapsules was investigated. It was demonstrated that the microcapsules with low molecular weight and high concentration of chitosan gave rise to low S-w. Considering the need of maintaining drug activity and drug loading, neutral pH and short gelation time were favorable. It was also noticed that S-w of internal gelation microcapsules was lower than that of external gelation microcapsules, which was interpreted by the structure analysis of internal or external gelation Ca-alginate beads with the aid of confocal laser scanning microscope. (C) 2004 Elsevier Ltd. All rights reserved.