996 resultados para Textos de imprensa


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O presente trabalho apresenta um estudo sobre a construção de imagens de enunciador nas manchetes dos jornais cariocas Meia Hora de Notícias (Grupo O Dia) e Expresso da Informação (Infoglobo). O aporte teórico que fundamenta esta pesquisa é a Análise do Discurso de base enunciativa e nos apoiamos nos pressupostos de Maingueneau (1997, 2004, 2008, 2010), no que concerne à concepção de língua e discurso abordada neste trabalho e em relação ao conceito de aforização; em Bakhtin (2011), ao se considerar a língua essencialmente dialógica e polifônica e em Authier-Revuz (1990), no que tange às heterogeneidades enunciativas, que marcam modos de entrada da voz de outro enunciador no fio de um enunciado específico. Foram analisadas manchetes dos jornais Meia Hora e Expresso e percebeu-se que, de uma maneira geral, o enunciador-jornalista, ao enunciar, apoia-se em citações de diversos tipos. Desse modo, foram mapeadas as manchetes que evidenciavam uma lógica de citação e encontraram-se as seguintes categorias de análise: aforizações (MAINGUENEAU, 2008, 2010), discurso direto e uso das aspas (MAINGUENEAU, 2004). Dentre os enunciados que evocavam tais modos de citar outras vozes, foram agrupadas as manchetes de acordo com as imagens que o enunciador criava de si em seus enunciados, de modo que foram depreendidas quatro categorias de enunciador: enunciador religioso, enunciador justiceiro, enunciador debochado e enunciador Homem com H maiúsculo. Diante dos desdobramentos dessas imagens de si que o enunciador-jornalista cria discursivamente, conclui-se que é instaurado um coenunciador (leitor) à sua imagem e semelhança: religioso, intolerante com a bandidagem, galhofeiro e, sobretudo, machista

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Após a Segunda Guerra Mundial, o Imperador do Japão perdeu sua soberania e passou a ser símbolo da nação e da união do povo japonês, de acordo com a Constituição promulgada em 1947, sendo suas funções basicamente cerimoniais e diplomáticas. Pensando nesse Imperador enquanto símbolo e no futuro da instituição imperial no Japão, a presente dissertação objetivou principalmente analisar que imagem o Imperador Akihito cria de si por meio de suas alocuções. Tais alocuções se encontram disponíveis no sítio eletrônico da Agência da Casa Imperial, tanto no original em japonês quanto em inglês. Dessa forma, considerando que a disponibilidade dos textos em japonês pressupõe coenunciadores nipônicos e a dos textos em inglês pressupõe a comunidade internacional como coenunciadores, analisaram-se as imagens criadas nos dois casos, buscando indícios de possíveis diferenças na criação do etos de Akihito em cada uma das versões de suas alocuções. Além disso, buscou-se também pensar as relações de poder, segundo Foucault (1995, 2010), no córpus de pesquisa. Como arcabouço teórico, utilizaram-se conceitos da Análise do Discurso de base enunciativa, mais precisamente o conceito de etos na leitura de Maingueneau (1997, 2001b). O material de análise coletado abrange conferências de imprensa realizadas por ocasião da comemoração de dez e vinte anos de reinado de Akihito, nos anos de 1999 e 2009, respectivamente. A metodologia de pesquisa, por sua vez, consistiu em se analisar de forma comparativa os textos em japonês com aqueles em inglês, tendo como foco as ocorrências do verbo japonês omou, que expressa sentimento e julgamento, recorrente nas alocuções do Imperador. Analisaram-se também as ocorrências de modalidades deônticas em ambas as versões do texto, acreditando-se que a pouca ocorrência dessas também contribui para se pensar a imagem do Imperador. Como resultado, verificaram-se diferenças significativas entre as duas versões das alocuções. O etos de Akihito nas alocuções em japonês sugere um Imperador amigo e próximo do povo, de tom moderado e amenizado, criando identificação entre ele e o povo. O etos apreendido na versão em inglês, por sua vez, sugere um Imperador mais firme em suas convicções, ora enfatizando mais seus sentimentos e opiniões, ora menos, conferindo-se certa ocidentalização de sua imagem. Pensando-se em termos de relação de poder, que caracteriza controle e divulgação, também se concluiu que, sendo o Japão o maior aliado capitalista no Oriente e seu Imperador, representante simbólico desse país, parece pertinente que suas alocuções estejam disponíveis de forma tal que possibilite um controle constante por parte da comunidade internacional, garantindo a ordem capitalista

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A motivação inicial deste trabalho foi o interesse pelo desenvolvimento de estratégias argumentativas mais eficazes de ensino de produção textual na escola básica, no âmbito dos gêneros organizados segundo modo argumentativo. Além disso, motivou-nos também a percepção de que um grande número de alunas leem, hoje, crônicas voltadas para o público feminino, tendo seu discurso altamente influenciado pelo conteúdo ideológico-comportamental por elas veiculado o que acaba se refletindo nos textos que escrevem nas aulas de redação. Esse fato chamou nossa atenção, o que nos levou a perceber, também, a vendagem em massa de livros de autoajuda para mulheres. Percebemos que, ao examinarmos as escolhas linguísticas de um discurso de autoajuda, poderíamos trazer à tona algumas crenças e alguns valores, subjacentes à mensagem relativa à experiência de ser mulher e invisíveis para quem aceita esse tipo de discurso como algo natural. Analisaremos então - tendo como suporte teórico a Linguística Sistêmico-Funcional proposta por Halliday, no escopo da transitividade cinco crônicas voltada para o público feminino, com características dos discursos de autoajuda, em cujos textos se vê um grande quantitativo de estratégias argumentativas (algumas clichês) para o convencimento do leitor, estratégias essas apoiadas nas escolhas linguísticas de seus autores, cujo objetivo claro é a produção de determinados sentidos

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Este trabalho tem como objetivo discutir e analisar os dois textos epistolares de Nancy Huston: À lAmour comme à la guerre (1984) e Lettres parisiennes (1986). Os dois livros são escritos em momentos diferentes da vida da autora e possuem temáticas diferenciadas. Os dois volumes se constituem como troca de cartas com dois correspondentes: Sam Kinser e Leïla Sebbar, respectivamente. A análise presente nesta dissertação se divide em três momentos. No primeiro, examinamos a evolução da carta ao longo do tempo. No segundo, destacamos alguns temas tratados no corpus, buscando estabelecer relações com outros textos da autora e evidenciar o espaço que ocupam na obra de Nancy Huston. No terceiro momento, estudamos as (in)definições de gênero literário e as características da autobiografia e do ensaio, cotejando-as com os textos epistolares do corpus a fim de analisarmos em que medida essas cartas se configuram como autobiografia e ensaio. O percurso de pesquisa busca, pois, localizar os textos epistolares na produção crítica e literária de Nancy Huston

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Os textos de caráter instrucional apresentam como fator comum a estipulação de procedimentos, feitos por um locutor com vistas a levar os interlocutores a determinado objetivo relacionado ao seu uso. A execução de tarefas, por parte dos indivíduos, é fator condicional para o atingimento das finalidades de uso dos mesmos. Entretanto, ao predispor os procedimentos, na superfície textual, ocorrem discrepâncias acerca da forma como as tarefas são informadas, de modo a evidenciar uma maior ou menor rigidez quanto ao nível impositivo dos procedimentos. A fim de analisar como essas especificidades afetarão a produção dos sentidos na leitura, escolheram-se quatro gêneros de caráter instrucional, a saber: a receita, a bula, o manual técnico e o contrato para verificar como se dá a predisposição dos procedimentos feitos, essencialmente, por meio de frases imperativas e declarativas. A pesquisa se propõe a cotejar as marcas linguísticas de cada um dos textos, inerentes às frases de procedimentos com fatores interlocutivos pressupostos pela teoria dos atos de fala. Para tanto, verifica-se o enfoque teórico dado, sobretudo pelos seguintes autores: Austin (1962), Searle (2002), Said Ali(1964), Bechara (1977), Cunha (1978), Rocha Lima(1976) e Azeredo (2011), de modo a mostrar uma análise dos elementos textuais e interlocutivos na composição discursiva dos enunciados escolhidos. A pesquisa mostrou a existência da relação entre a forma como sentidos são assumidos e as atitudes de instruir e acatar dos indivíduos, a partir das frases usadas nos textos para instruir

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Nas últimas duas décadas a racionalidade ayurvédica tornou-se popular no ociedente e está se expandindo rapidamente. Esta expansão é consequência do renascimetno do Ayurveda na Índia no século XX. Apesae do crescente interesse neste sistema antido de medicina pouco se tem explorado, no nosso meio, da dua gênese histórica e das pesquisas dos textos clássicos, riquíssimos em informação spbre esta antiga medicina e suas ferramentas de diagnóstico e terapêutica prevalente no subcontinente indiano há milhares de anos. O renascimento do Ayurveda se intensificou após a libertação da Índia da dominação britânica em 1947. Na década de 50 vários esforços foram realizados para promover o ensino e desenvolvimento desta racionalidade médica pelo governo indiano. A Medicina Ayurvédica se expandiu rapidamente pelo subcontinente e posteriormente pelo ocidente, Europa e Estados Unidos. No Brasil o Ayurveda chegou a meados dos anos 80 e se desenvolveu principalmente em Goiânia com o Hospital de Medicina Alternativa. Nesta instituição as plantas medicinais brasileiras receberam um leitura da racionalidade ayurvédica através dos vários médicos indianos que lá estiveram. Esta tese de natureza teórico-conceitual, mas com um enfoque histórico antropológico tem como objeto de estudo a gênese do Ayurveda e a análise crítica comparada dos textos clássico nas suas fontes primárias e secundárias. O período de formação desta racionalidade médica na Índia antiga ainda é objeto de muitas discussões dos autores modernos, isto ocorre por que a transformação de uma medicina mágico-religiosa dos textos védicos em um sistema empírico-racional do clássico Ayurveda não foi totalmente esclarecida pelos historiadores e pesquisadores ayurvedisas. Analiseremos os principais textos clássicos e seus autores de uma forma comparativa e simultaneamente tentaremos propor uma gênese histórica do Ayurveda, na antiga Índia, baseada nas traduções das fontes primárias e na literatura secundária dos autores orientais e ocidentais que estiveram ao nosso alcance durante a pesquisa.

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O presente trabalho está inserido nas pesquisas sobre linguagem no contexto jurídico, e busca responder às seguintes questões: como os atores sociais beneficiários de cotas para ingresso nas universidades públicas são representados em um conjunto de textos, produzidos pelo Poder Público Brasileiro, acerca do próprio sistema de cotas? E como o Sistema da Transitividade demonstra quem são as forças ativas e as forças passivas da questão das cotas? Para isso, buscou-se um corpus heterogêneo composto pelo voto do Ministro Ricardo Lewandowsky na ADPF168, que decidiu a polêmica das cotas, bem como os textos que apresentam relações de intertextualidade com o julgamento, sejam eles anteriores ao voto, como, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em especial o artigo 5, caput e inciso I, e a Lei do Estado do Rio de Janeiro n 4151 de 2003; ou posteriores, como a Lei 12.711 de 29 de agosto de 2012, que veio em resposta ao texto do Supremo Tribunal Federal. A pesquisa tem natureza qualitativa interpretativa, insere-se no ramo da Linguística Sistêmico-Funcional, em especial na Representação dos Atores Sociais de van Leuween (1996) e no Sistema de Transitividade proposto por Halliday (2004)

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Este trabalho é um exercício reflexivo sobre o percurso literário e a arte poética de Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nos decênios de 1920 e 1930. Na leitura da correspondência trocada por ele e Mário Raul de Morais Andrade, e de seus textos escritos para a imprensa, buscamos analisar as múltiplas feições assumidas pelo poeta pernambucano e procuramos desentranhar traços gerais de sua concepção de vida e de poesia. Deste modo, na presente dissertação, o gênero epistolar e a crônica são considerados como notáveis objetos de estudo para a literatura brasileira. A correspondência com Mário de Andrade adquire relevo na produção intelectual de Manuel Bandeira, pois ela possibilita um maior entendimento do poeta a partir de sua escrita de si, assim como permite observar a preocupação do escritor com a memória da cultura brasileira. Da mesma forma, a crônica torna-se importante porque traz o testemunho do cronista sobre o tempo circundante. Ao percorremos uma parte significativa da prosa de Manuel Bandeira, estabelecemos o cotejo com o seu texto memorialístico Itinerário de Pasárgada, rastreando, nessas fontes, os escritos que denunciam o seu posicionamento em relação às inovações da arte moderna

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O ano de 1924 torna-se significativo para Oswald de Andrade e, de um modo geral, para a história da literatura brasileira. De um lado, publicava-se o livro Memórias sentimentais de João Miramar, romance que situaria o escritor, conforme declarara seu grande aliado no propósito de atualização das artes nacionais, Mário de Andrade, no seleto grupo dos autores modernistas. Ou, de acordo com uma fortuna crítica pouco mais recente, obra que o elevaria à condição de um artista propriamente moderno, de extremada vanguarda. De outro, lançava-se o Manifesto da Poesia Pau Brasil, documento reconhecido como a primeira iniciativa mais definida de construção, no decorrer de uma fase destrutiva do primeiro tempo do modernismo, de um programa estético para o meio artístico brasileiro. Um dos seus principais pontos, como se destaca nesta tese, corresponde à discriminação de certos princípios que tornariam possível o desenvolvimento de uma poesia de exportação. Estabeleciam-se determinados preceitos que possibilitariam, além de uma valorização de elementos representativos de uma brasilidade outrora esquecidos, uma condição de as iniciativas nacionais situarem-se, por meio de diálogos, intercâmbios, em um plano igualitário de contribuições junto a um segmento vanguardista de Paris. Ambos os textos representariam um avanço tão expressivo em relação às realizações anteriores do escritor, que alguns críticos compreendem-nos como indicativos da existência de dois Oswalds: um, o de antes, predominante convencional; outro, extremamente moderno. Investigar o percurso relacionado à emergência do segundo Oswald a partir do primeiro constitui-se como o objetivo da pesquisa. Trata-se de recuperar e demarcar, criticamente, certas origens e desenvolvimentos relativos a um autor, comumente reconhecido como pouco significativo, em seus itinerários de constituição daquele que se tornou canônico na literatura brasileira. Para tanto, estabeleceu-se como corpus do desenvolvimento deste trabalho, uma produção que comporta, entre outros documentos, as suas primeiras contribuições no jornal Diário Popular, os escritos para O Pirralho, as versões iniciais e manuscritas de Memórias Sentimentais de João Miramar, a conferência pronunciada na Sorbonne, Leffort intellectuel du Brésil contemporain, e os artigos e crônicas que o escritor remete a seus amigos no Brasil e à imprensa, por ocasião de sua permanência na Europa em 1923

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Esta dissertação, resultado de uma pesquisa histórica, busca contribuir para o campo da História da Educação. O corpus documental desta pesquisa, tratado como fonte e objeto da investigação, são as crônicas de Cecília Meireles, publicadas diariamente na Página de Educação, do jornal Diário de Notícias, durante os anos de 1930 a 1933, na cidade do Rio de Janeiro. A consulta ao acervo indicado foi realizada por meio da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Inserimo-nos no campo da História da Educação e aproximamo-nos do campo da História Cultural e da História da Leitura a fim de desenvolver esta pesquisa que pretende problematizar os vestígios das leituras de Cecília Meireles, que estão presentes em suas crônicas e, algumas vezes, na Página como um todo, em forma de artigos ou resenhas especialmente escritos para o jornal. Cecília trazia para essa seção que dirigiu uma forte influência literária, com referências explícitas a autores e obras. Verificam-se, pois, as afinidades entre Cecília e os autores das leituras que fazia, haja vista a preocupação da cronista-educadora com a solidariedade, a cooperação e a fraternidade entre os seres humanos, integrando o nacional ao universal, também expressa nos seus textos do jornal. Esse sentimento de elevação espiritual fazia-se presente na literatura da época, devido às crises desencadeadas no período pós-guerra. Quais seriam, então, suas leituras? Como pode ter ocorrido sua formação como leitora? E de que modo esses textos lidos podem ter influenciado sua escrita, principalmente a produção sobre Educação no jornal nos anos 1930? Para além dessas marcas textuais, problematizamos também as confluências entre os discursos literário e jornalístico e a consequente atuação destes enunciados como instrumentos de educação, na medida em que podem agir na formação intelectual e afetiva dos indivíduos.

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O presente trabalho procura analisar os discursos de Francisco de Salles Torres Homem, produzidos na imprensa entre 1840 e 1849, momento em que fez parte da facção política liberal. No Período Regencial iniciou a sua atuação no jornalismo, e nos primeiros anos do Segundo Reinado, já aparecia como um importante redator de jornais, panfletário e político. Durante a Revolução Liberal de 1842, participou ativamente do conflito, e no período da Revolução Praieira em 1848, e escreveu o seu mais inflamado e comentado panfleto O Libelo do Povo, onde fez duras críticas ao governo, recebendo grande repercussão na imprensa da época. Esta foi considerada pelos seus biógrafos como a sua fase mais revolucionária, seus discursos foram produzidos em momentos específicos de grande debate de ideias, e expressavam as concepções políticas e ideológicas dos liberais. Naquela época, Salles Torres Homem utilizou à palavra impressa, para defender os interesses dos liberais ao poder.

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O trabalho busca analisar o papel de dois setores representativos brasileiros (imprensa e poder legislativo), de 1945 a 1948, na investigação e divulgação de práticas repressivas do Estado brasileiro de 1935 a 1945 descambando para o tema da tortura no período. Para tal, tem-se como objeto empírico parte das publicações do conglomerado editorial Diários Associados e a formação da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Delituosos da Ditadura. Tomados no bojo da redemocratização a partir de 1945, as reportagens e a Comissão possuíram uma profunda interrelação nas denúncias às torturas ocorridas antes mesmo da instauração do Estado Novo. Ao se estudar o tema, observa-se que essas acusações, embora comuns, não encontraram eco e se perderam tanto na possibilidade de ações judiciais (no caso da Comissão Parlamentar) como à memória. O objetivo deste trabalho é, então, demarcar o caminho das denúncias e apontar as causas que culminaram no seu esquecimento público.

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Este trabalho se propõe a analisar, qualitativamente, as escolhas léxico-gramaticais, em uma perspectiva semântico-discursiva, utilizadas pela imprensa escrita, a fim de identificar como o sujeito social Polícia Militar é apresentado à sociedade. Objetiva-se mostrar que, mesmo em um discurso jornalístico de cunho informativo, algumas marcas (extra)linguísticas determinam uma orientação argumentativa adotada (in)conscientemente pelo seu produtor. Para esse estudo, a linha teórica predominantemente adotada foi a Análise Semiolinguística do Discurso, a qual tem como referência as teorias propostas, sobretudo, por Patrick Charaudeau. Foram selecionadas 15 (quinze) matérias de cunho informativo veiculadas nos jornais Folha de São Paulo e O Globo, nos dias 14 e 20 de junho de 2013, referentes às principais manifestações populares ocorridas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. As conclusões apontam para o papel da imprensa na desconstrução da imagem da polícia, procurando construir, na sociedade civil, um senso comum desfavorável à ação desses militares