943 resultados para Santos, Joaquim Ferreira, 1951-. Crítica e interpretação


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A importncia do tema de Orfeu na dramaturgia brasileira uma evidncia j comprovada e explorada. Esta dissertao segue outra direo: prope um estudo comparativo, permeando a relao da poesia de Vinicius de Moraes com o mito de Orfeu, emblema da genuna musicalidade potica. Os eventos mticos enfrentados pelo heri grego renem temas que, assimilados aos versos do poeta brasileiro, funcionam como pautas sinalizadoras de uma potica marcada pela sensibilidade musical e por uma metafsica do prprio fazer potico. Desse modo, a dissertao adota a metfora musical, para compreender o legado de Orfeu numa linhagem de poetas brasileiros do sculo XX, dentre os quais Vinicius se destaca pela versatilidade de sua lira. O trabalho se divide em trs acordes: no primeiro, so apresentados aspectos do mito antigo e sua revivescncia, modulada, nas obras de Murilo Mendes, Jorge de Lima, Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes; no segundo, centrado j na poesia viniciana, examinam-se dois lugares de ressonncia da problemtica rfica que resultam nas poticas do exlio e do silncio; o terceiro se fixa no pthos dos poetas, o mtico e o brasileiro. Em cada acorde, notas distintas so entoadas com maior expressividade transferncias culturais, legado rfico, crítica filosfica, retrica do olhar, tragicidade e riso. Para compreender a partitura que rege a comparao, no mbito mais geral, Peter Szondi, Gilbert Durand e Aby Warburg iluminam as ponderaes; na pauta de Orfeu, comparecem estudos de Luis Krausz, Marcel Detienne, Manuel Antnio de Castro e Carlinda Nuez; e, no que tange obra de Vinicius de Moraes, Alfredo Bosi, Otto Lara Resende, Dalma Nascimento, entre outros contemporneos, so essenciais. O estudo resulta na identificao de um substrato rfico, que constitui um canal de transferncia cultural peculiar, na obra de Vinicius de Moraes

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O presente trabalho visa estabelecer uma reflexo sobre o conto e mais propriamente sobre a linguagem como aquilo que propicia e concede ao homem a sua essncia. Para isto, tem como proposta estabelecer uma leitura do livro Grande serto: veredas, de Guimares Rosa, luz de alguns versos de Fernando Pessoa, especialmente um verso do heternimo Ricardo Reis: somos contos contando contos, nada. Nesta esteira, o presente estudo procura estebelecer afinidades eletivas entre os textos pela via do tema proposto. Neste sentido, considera-se que Fernando Pessoa fez da sua vida uma grande obra literria, sendo ele prprio um conto a contar contos, sendo a experincia heteronmica a evidncia do poder de criao da lngua vivenciado pelo escritor. Considera-se tambm que a obra Grande serto: veredas de Guimares Rosa pode ser lida como um grande conto, tendo por base uma declarao feita pelo prprio autor em entrevista. Desta forma, o presente trabalho procura desenvolver o gesto de contar como a forma como o homem torna o mundo habitvel, abordvel, e tambm como a prova de sua prpria existncia, sendo o gesto de colocar as palavras a caminho a forma de realizar a travessia da vida atravs das palavras

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Este trabalho um exerccio reflexivo sobre o percurso literrio e a arte potica de Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nos decnios de 1920 e 1930. Na leitura da correspondncia trocada por ele e Mrio Raul de Morais Andrade, e de seus textos escritos para a imprensa, buscamos analisar as mltiplas feies assumidas pelo poeta pernambucano e procuramos desentranhar traos gerais de sua concepo de vida e de poesia. Deste modo, na presente dissertao, o gnero epistolar e a crnica so considerados como notveis objetos de estudo para a literatura brasileira. A correspondncia com Mrio de Andrade adquire relevo na produo intelectual de Manuel Bandeira, pois ela possibilita um maior entendimento do poeta a partir de sua escrita de si, assim como permite observar a preocupao do escritor com a memria da cultura brasileira. Da mesma forma, a crnica torna-se importante porque traz o testemunho do cronista sobre o tempo circundante. Ao percorremos uma parte significativa da prosa de Manuel Bandeira, estabelecemos o cotejo com o seu texto memorialstico Itinerrio de Pasrgada, rastreando, nessas fontes, os escritos que denunciam o seu posicionamento em relao s inovaes da arte moderna

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O presente trabalho objetiva o exerccio de criao em torno do dia 8 de maro de 1914, dito como triunfal pelo poeta Fernando Pessoa, nos momentos que antecedem a escrita do poema O guardador de rebanhos, de autoria do heternimo Alberto Caeiro. A partir de versos do poema intenta-se uma construo ficcional fincada em um estado onrico que canal para os fluxos de criao, preparao para o que vai eclodir: um poema potente que emerge do mistrio da heteronmia, renncia do poeta sua voz para dar lugar ao OUTRO que dele difere, porm dele surge, nele mora. H no espao ficcional a ideia de inscrever a data de 8 de maro de 1914 como um terceiro marco na biografia do poeta que negou ter biografia, apenas nascimento e morte como limites entre os quais a vida correu como obra, como fazer poesia. A data que d carne ao poema fico dentro da fico, contraponto de guerra em meio luz da poesia que nasce como tarefa heroica de enfrentamento diante dos perigos do mundo. O trabalho pretende chegar mais perto de uma verdade que s atravs da fico pode ser tocada: sentir o fluxo de um dia no processo de criao do poeta, ser livre como ele, na ousadia de recriar o momento da escrita do poema em 1914

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Este trabalho tem como objetivo propor um dilogo terico entre as obras O Ato de Leitura: uma teoria do efeito esttico (1996, 1999), de Wolfgang Iser, e O Prazer do Texto (2006), de Roland Barthes. Da primeira obra, interessa-nos particularmente a formulao terica sobre o vazio que, a nosso ver, pode ser articulada a outras elaboradas por Barthes na sua referida obra, sobretudo delicada distino entre gozo e prazer. A partir do entretecimento de uma rede terica fundamentada nesta inter-relao, poderemos propor um ponto de vista concatenador que permita observar o objeto literrio simultaneamente sob algumas noes oriundas da Teoria do efeito e outras vindas do pensamento barthesiano. A nosso ver, possvel demonstrar que as noes barthesianas de texto de prazer e textos de fruio ou gozo podem se adequar observao do texto literrio, quando considerado em relao forma e abundncia dos vazios que eclodem na sua relao dialtica com o leitor

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Esta dissertao se prope a estudar o tema do duplo a partir da produo flmica de Hanns Heinz Ewers, O estudante de Praga, e o conto de Mrio de S-Carneiro, A confisso de Lcio, ambos de 1913. Asduas narrativas se organizam em torno de um tringulo amoroso e compartilham o mesmo destino trgico. Tomando como suporte, inicial, de leitura os textos de Freud e Rank, de 1914, Sobre o narcisismo: uma introduo e O duplo, respectivamente, o artigo de Lacan, O estdio do espelho como formador da funo do eu (1949) e seu seminrio sobre a angstia, pretende-se estabelecer um dilogo entre literatura e psicanlise, considerando a questo do desdobramento do eu e suas variantes, a ciso do eu em mltiplos eus e o desaparecimento da imagem. A imagem no espelho, a princpio fonte de jbilo, escamoteia um drama: o drama de um sujeito que se constitui a partir de uma fico

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Esta dissertao pretende desenvolver um estudo sobre o humor nos contos do escritor angolano Joo Melo, a partir dos livros Filhos da Ptria (2001), O dia em que o Pato Donaldo comeu pela primeira vez a Margarida (2006) e O homem que no tira o palito da boca (2009). Fundamentada nas perspectivas freudiana e lacaniana a respeito dos paradoxos do humor, pretende-se, ainda, apontar o aspecto tragicmico de seus textos e o modo como a ironia, estratgia discursiva contundente em seus contos, mostra-se como a principal estratgia discursiva do humor. Intenta-se, ainda, apontar a relao entre a literatura de Joo Melo e o processo criativo da sublimao, identificando-a, assim, como obra de arte, por excelncia. Pelo discurso potico de Joo Melo, revive-se a histria angolana, produzindo novas metforas, incluindo novos significados e abrindo, assim, novos caminhos. A partir da mxima Seria trgico, se no fosse cmico, a Angola de Joo Melo seria traumtica, se no fosse desconstruda por sua literatura

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Consagradas escritoras brasileiras por suas obras de fico, na forma de contos, crnicas e romances, Lygia Fagundes Telles e Nlida Pion se ocuparam tambm do memorialismo em algum momento de suas carreiras. Lygia Fagundes Telles evitou escrever a sua autobiografia e optou por se autorrepresentar por meio de textos hbridos, em que os gneros textuais se misturam e a fico e a memria se amalgamam. Desse modo, a dissertao analisar esses textos que esto presentes nos livros A disciplina do amor (1980), Inveno e memria (2000), Durante aquele estranho ch (2002) e Conspirao de nuvens (2007), nos quais Lygia Fagundes Telles espalhou biografemas, termo cunhado por Roland Barthes, e apenas esboou um autorretrato. Por sua vez, Nlida Pion publicou o seu livro de memrias, Corao andarilho (2009), utilizando procedimentos de autorrepresentao caractersticos de uma autobiografia propriamente dita. O trabalho tambm examinar a obra referida, na qual a escritora buscou construir uma autoimagem slida e ntida. Alm disso, abordar as diferentes estratgias de autofigurao de ambas as escritoras acionadas nas obras conforme o objetivo perseguido por cada uma delas na construo de seus empreendimentos memorialsticos

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Esta dissertao analisa as obras do autor, quadrinista, teatrlogo e ator Loureno Mutarelli, principalmente, os romances O cheiro do ralo, O natimorto, Jesus Kid e as narrativas grficas Caixa de Areia, Mundo Pet, Rquiem e Quando meu pai encontrou o e.t. fazia um dia quente, a partir de duas perspectivas presentes na escrita contempornea: o hibridismo entre diversas linguagens e os novos modos da escrita de si. Quanto ao primeiro aspecto, privilegia-se o dialogismo entre cinema e literatura, com importantes questionamentos e discusses acerca de quanto a literatura, por ser a obra original, de fato superior em relao stima arte. A fim de analisar algumas questes essenciais que advm da intertextualidade entre cinema e literatura − como originalidade, hierarquia e fidelidade −, este trabalho prope abordagens que buscam explicitar que, ao se adaptar um texto literrio, o cinema cria uma outra obra, hbrida, dotada de novas perspectivas, j contextualizadas no momento presente ao da adaptao, ou seja, trazendo para o texto literrio um olhar suplementar, a partir de experincias, ideias e vivncias do diretor. Em relao segunda tendncia observada na atualidade, a exposio da intimidade atravs de diferentes meios − blogs, portais da internet, reality shows, entre outros − vem alterando a forma de o autor lidar com a prpria obra e com o pblico leitor. O escritor parece criar uma persona, tornando-se, muitas vezes, personagem de seu texto e fazendo uso da autofico, com a mescla de elementos biogrficos e ficcionais. Essa nova forma de escrita de si para alm dos tradicionais dirios, cartas e autobiografias resgata o autor da morte anunciada por Barthes e o traz novamente como objeto de anlise do texto literrio

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This thesis examines Paul Austers extremely neglected early work: his poetry. Five books were published: Unearth (1974), Wall writing (1976), Effigies (1977), Fragments from cold (1977) and Facing the music (1980), available only at antiquarians and restrective universities libraries in the United States, as well as at the New York Public Library. Studies around Austers poetic oeuvre are restricted to papers, reviews, translators introduction, and a thesis that focus on his poetry to produce new analyses and interpretations of Austers novelistic works. The aim of this thesis is to gather this scattered material and provide new parameters of study around his poetry. Divided into three chapters, the first one maps the literary magazines where Auster published his poems at first, the translations of his poems and critical fortune; the second examines Austers five books according to three specific topics authorship, language, I and other themes related to them; the third analyzes White Spaces, text considered by the author as the bridge that leads him to prose and in this thesis as a singular writing in which Auster consolidates his literary project, since poetry, previous to prose, yet to come. Maurice Blanchot, Karlheinz Stierle and, principally, Auster, lay the foundation of the investigation. Other theorists who contribute to the understanding of the subject will be called to build the sui generis comparativism put into effect here

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Vidas Secas, de Graciliano Ramos considerada uma obra prima da fico regional da Literatura Brasileira da Gerao de 30. O romance um documento sobre a vida miservel de uma famlia de retirantes nordestinos, que sofrem as consequncias da seca no serto. O estudo do vocabulrio que permeia a trajetria dessa famlia gerou as bases para elaborao deste trabalho que tem como objetivo principal a formao de um glossrio de termos regionais nordestinos presentes na obra em estudo, a fim de contribuir com um dicionrio da fico do referido autor. Para isso, faz-se necessrio discorrer sobre a linguagem literria no Brasil a partir do Romantismo at o Modernismo. Expor a curva evolutiva da tradio regionalista brasileira, na fico, do Romantismo at o Modernismo, enfatizando autores e obras que participaram do processo de criao e evoluo do gnero em foco

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Este trabalho visa anlise das poesias erticas e satricas de Manuel Maria Barbosa du Bocage e de sua repercusso na sociedade portuguesa do sculo XVIII. A ironia, por definio, prope a inverso de enunciados, negando o contrrio daquilo que se afirma ou vice-versa. Mas, tal recurso, largamente empregado pelo Poeta, extrapola a mera funo de figura de pensamento, uma vez que, potencializando um poderoso arsenal crtico, propicia a construo de um discurso desestabilizador, cuja inteno colocar em xeque a ideologia oficial. A lrica bocagiana, em sua vertente ertica e satrica, vale-se do deboche, do escracho ou da stira desbocada para colocar s claras a distino entre essncia e aparncia, em uma sociedade cuja moral se constri a partir das crenas religiosas nem sempre professadas, quer pelo corpo social como um todo, quer pelo clero, guardio desta moral. Examinaremos, neste trabalho, os modos de representao discursiva inscritos nesta poesia. Bocage ultrapassou as fronteiras de seu tempo em poemas cuja licenciosidade, muitas vezes, no esconde uma ponta de amargura e sofrimento. Dividido entre dois mundos: o rcade, sob o signo da razo, constitudo de regras rgidas; e o romntico, regido pela paixo, Elmano no esconde o desconcerto, que procura na clandestinidade a via possvel para a expanso de um esprito revoltado

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Representaes ps-coloniais em Ruy Duarte de Carvalho: uma leitura de Os papis do ingls investiga a narrativa ficcional do romancista e antroplogo angolano Ruy Duarte de Carvalho, partindo do pressuposto de que a obra contm uma intricada rede discursiva em que esto confrontados os discursos colonial, ps-colonial e a crítica do modelo utpico de nao que se buscou construir, e efetivamente se construiu, em Angola aps a independncia. Para-lelamente a essa rede discursiva, a narrativa tambm se constitui de um encontro de diversas formas literrias distintas a poesia, o dirio, a prosa e o ensaio etnogrfico, evidenciando a complexidade do romance em questo. Tendo como base o livro de Ruy Duarte de Carvalho, abordamos a histria literria e poltica de Angola, seu desenvolvimento, suas relaes e ten-ses principalmente com o colonizador europeu, com sua histria passada e, mais recente-mente, com seu perodo independentista, procurando evidenciar como as releituras dos discur-sos histricos e ideolgicos coloniais tornaram-se um campo profcuo para o desenvolvimento de narrativas literrias que ampliam os limites da escrita no mbito ficcional e poltico-ideolgico. Alm dos textos de Ruy Duarte de Carvalho, este trabalho foi desenvolvido utili-zando como eixo norteador textos de estudiosos da literatura angolana, como Laura Padilha, Rita Chaves e Jos Carlos Venncio; tericos que discutem a crítica ps-colonial, como An-tonio Negri, Edward Said, Stuart Hall, Russel Hamilton e Boaventura de Sousa Santos; textos histricos escritos pelo colonizador portugus em solo angolano, como Henrique Galvo, Ralph Delgado e Jos Ribeiro da Cruz; alm de textos escritos por intelectuais africanos, como Aim Csaire e Amadou Hampat-B, e tericos que analisam as relaes entre antropologia e literatura, como James Clifford

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Imagens de um corpo de mulher: (re)criaes na obra de arte de Clarice Lispector e Frida Kahlo uma pesquisa de ordem literria e filosfica, que tem como objetivo encontrar um corpo de mulher atravs da anlise de parte da produo literria de Clarice Lispector e plstica de Frida Kahlo, experimentada tambm pela pesquisadora no exerccio desta escrita acadmica. Com o mtodo comparativo, esta dissertao prope apresentar zonas fronteirias entre a plasticidade e a textualidade, tanto da palavra, quanto da imagem. Tendo como ponto de interseo o corpo, h uma escritora que pinta e uma pintora que escreve: neste duplo deslocamento, vislumbram-se cruzamentos das quais insurgem corporalidades cuja constncia estar em transformao. Nos processos criativos das duas artistas pesquisadas, so tnues os limiares entre vida e arte. Coloca-se em questo o conceito de representao, j h muito tempo em crise, e possibilita o uso do termo (re)criao. No livro gua Viva, de Clarice Lispector, uma personagem-pintora realiza uma metaescrita, discutindo as limitaes e os alcances do prprio ato de escrever. Nos quadros de Frida Kahlo, recorrente a presena de uma figura corprea marcada por procedimentos cirrgicos, fruto da condio enferma que acompanhou a artista por toda sua trajetria. Cada uma, a seu modo e a partir de seu prprio corpo vivente, produziu (re)criaes que implicam, em suas obras de arte, o leitor e o fruidor, inclusive a pesquisadora. Diante desse panorama, destacam-se os imbricamentos entre a Literatura e a Pintura, assim como entre a Arte e a Filosofia. Este trnsito no s aponta, mas tambm gera corpos potico-conceituais. A cintilao destes encontros, pois, o devir aqui estudado um corpo de mulher por vir

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A presente pesquisa objetiva ressaltar a valorizao da mulher na obra do autor portugus Jos Saramago. Buscou-se encontrar os argumentos que justificam esta proposta atravs da leitura sistemtica de dois de seus textos: Memorial do convento e Ensaio sobre a cegueira. Serviram de objeto de estudo as trajetrias percorridas pelas personagens Blimunda, do primeiro ttulo, e a mulher do mdico, do segundo e, assim, foi possvel destacar e analisar, com o auxlio de tericos da literatura e de especialistas na vida e na obra de Saramago, traos que comprovam a importncia das mulheres, de modo geral, em suas histrias. Alm disso, observou-se, nos excertos aqui contidos e retirados das obras estudadas, o modo como estas mulheres assumem o controle das narrativas das quais fazem parte, assumindo a funo de protagonistas. Insta registrar que, assim como elas passam a figurar como personagens principais, tambm foi importante constatar o olhar analtico lanado por Jos Saramago, atravs de suas criaes, sobre a condio humana na sociedade contempornea, apresentanto a mulher como sada para as crises que acometem o homem moderno