979 resultados para RACIAL-DISCRIMINATION


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Este trabalho faz uma abordagem do tema educação e relações raciais, tendo como objeto de investigação as relações sociais que os alunos negros estabelecem dentro do espaço escolar, a partir de suas representações. Para tal intento, adotamos, além das formulações de Pierre Bourdieu (1980, 1982, 1983,1998, 1999,2002) sobre as relações sociais, um diálogo com a teorização de Roger Chartier (1991, 1994) na discussão das representações como classificações responsáveis pela organização e apreensão do mundo social (CHARTIER, 1991). Tais aportes serão lidos em correlação com os estudos contemporâneos sobre as relações raciais e a educação (CAVALLEIRO, 2000, 2001, 2005; COELHO, 2003, 2006, 2007, 2009; GOMES, 2001, 2003, 2005, 2006). A partir das relações que permeiam o universo das representações e da proposição de Telles (2003) - ao considerar as escolas como os locais mais importantes para examinar a discriminação racial - pretendemos desenvolver uma análise objetivando investigar que representações os alunos negros possuem acerca das relações sociais que estabelecem em sua escola. A efetivação desse estudo ocorreu junto a alunos de 7a e 8a séries, em duas escolas de Ensino Fundamental, situadas no município de Ananindeua, integrante da região metropolitana de Belém. Para o tratamento dos dados obtidos por meio da observação, aplicação de questionários e reuniões de Grupos de Discussão no lócus de investigação, adotamos algumas técnicas da Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977) dada a possibilidade da obtenção de uma leitura que realce outros sentidos que estão subjacentes às mensagens, atendendo assim ao objetivo deste trabalho.

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Este estudo, a partir da descrição da trajetória acadêmica da professora Florentina da Silva Souza, apresenta como se deu a entrada dos pesquisadores negros na universidade nos cursos de Pós-Graduação. Buscou-se a partir da trajetória da pesquisadora compreender como os estudos desenvolvidos por intelectuais negros repercutem na luta contra a discriminação racial no Brasil, identificando algumas dificuldades encontradas pelos negros no espaço acadêmico ao trazer a questão racial como objeto central de suas análises. O recorte temporal da pesquisa centra-se no final da década de 1970 e as décadas de 1980 e 1990, período em que o Brasil entra em um processo de redemocratização, posterior a ditadura militar, momento em que o movimento negro se reorganizou e desenvolveu-se pressionando o governo para que a questão racial passasse a fazer parte da agenda política. Para descrever a trajetória acadêmica da professora Florentina da Silva Souza foi utilizado como aporte teórico às noções conceituais de Bourdieu (2008, 2009) mais especificamente habitus, campo e capital cultural, a fim de compreender as escolhas que direcionaram a vida da pesquisadora em termos profissionais. Como aporte metodológico, utilizou-se a Biografia e Contexto, desenvolvida por Giovanni Levi (2006), que ocorre quando se relaciona as particularidades da biografia e destaca-se a época, o meio ambiente, fatores capazes de justificar as atitudes de Florentina durante a trajetória como pesquisadora. Em síntese, constatou-se com este estudo que a experiência profissional de Florentina soma-se a de muitos negros de sua época e da atualidade que, apesar de ter ascendido socialmente e ingressado na universidade como professora pesquisadora, não a livrou de sofrer preconceitos, pois o lugar de subalternidade a que os negros foram submetidos, como demonstrado nas argumentações desta pesquisa, foi construído historicamente por meio de teorias que os colocavam como “seres inferiores”. Apesar de terem sido desqualificadas, essas teorias ainda persistem no imaginário social, trazendo como consequência o preconceito e a discriminação que se manifestaram nas diversas instâncias sociais do país.

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Ananse, a metamorfose em aranha da deusa Aranã, procedente da cultura fanthi-ashanti, da região do Benin na África ocidental, configura-se, neste trabalho na metáfora símbolo das ações de resistência empreendidas pelos africanos seus descendentes no continente americano, particularmente no, Brasil. Dessa maneira, apresenta um relato etnográfico da saga dos herdeiros da deusa Aranã em luta contra o racismo. A estrutura desta narrativa é a de um Auto Teatral em que o personagem antagonista é o Racismo e o protagonista são os herdeiros de Ananse. A composição dessa narrativa parte da premissa de que as diversas culturas trazidas pelo protagonista exerceram importância fundamental, para alimentar a luta dos africanos e seus herdeiros, frente à astúcia de um antagonista capaz de se travestir, no tempo e no espaço, de várias personas (máscaras) para desorientar e enfraquecer os discursos do protagonista. Entretanto, o protagonista também é astucioso na elaboração de suas teias. No tecido desta narrativa recupero as teias elaboradas por este personagem para inserir na agenda do estado brasileiro o reconhecimento da existência do racismo e da discriminação racial, na sociedade. e as políticas públicas de ação afirmativa, em especial, o emprego do sistema de cotas para negros na universidade. O embate é uma narrativa com características épicas que privilegia o papel do fio/ação movimento negro.

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O artigo mostra um dos graves problemas da educação no Brasil: o não enfrentamento da discriminação e do preconceito. Mais do que denunciar sua existência, ele analisa uma de suas matrizes: a ausência da discussão sobre raça, cor e preconceito na formação do docente no Pará. Por meio da análise da formação oferecida pelo Instituto de Educação do Estado do Pará, uma instituição secular, referência para a formação docente no estado do Pará, demonstra que boa parte das ações das professoras decorreu de uma formação que não tratou de aspectos fundamentais, como as narrativas sobre a constituição da nacionalidade brasileira. Conclui-se que, a despeito de sensíveis avanços advindos dos movimentos sociais em relação à questão racial desde a década de 1960, a formação de professores se apresenta como um fator que continua contribuindo na reprodução de estereótipos e discriminações.

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Pós-graduação em História - FCLAS

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This article aims to contextualize the educational affirmative action policies for ethnic racial groups in Brazilian legal system, present the main philosophical fundamentals that support these educational policies and discuss the validity of those fundamentals. In the legal context, the principle of substantive equality and the fundamental objectives of the Federative Republic of Brazil, positivised in the Constitution of 1988, as well as the International Convention on the Elimination of All Forms of Racial Discrimination, allow the implementation of these policies. The philosophical fundamentals presented in this article are the thesis of compensatory justice and the thesis of distributive justice. The thesis of distributive justice has been refuted by logical legal arguments and by analysis of the right to higher education positivised in the Constitution. The thesis of compensatory justice has been considered a valid argument to support affirmative action policies, due to historical facts and sociological factors existing in the Brazilian context. It is concluded that the affirmative action policies for ethnic racial groups should be part of the Brazilian social policies, but these affirmative action policies should not invade the context of higher education, since the intended purposes are unrelated to this.

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The theme of African-Brazilian culture is still little explored in the school environment, in spite of the 10.639/03 law which prescribes its mandatory teaching as well as that of African-Brazilian history and African culture in all schools, public and private, from the Elementary School level to High School. Moreover, this law emphasizes the importance that these cultures had in the formation of Brazilian society. Considering this issue, this paper aims to analyze the work Três anjos mulatos do Brasil (2011), by Rui de Oliveira, which brings together three sensitive and touching biographies, followed by beautiful and artistic pictures. hese narratives address the genius of three great artists –Aleijadinho, Mestre Valentim and Father José Maurício–, their styles, their creations and struggle for recognition, as well as the sufering they experienced, primarily caused by racial discrimination. Also, we intend to present in this text a suggested pedagogical use of the work by Oliveira, by applying the “Recepcional” method, as it was deined by Bordini and Aguiar (1993).

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O objetivo deste trabalho foi analisar práticas microbianas , singulares e plurais, relativas ao tema da negritude, no cotidiano da comunidade batista Maranata, como estudo de caso de um grupo religioso no distrito Grajaú, periferia da cidade de São Paulo. Fazendo uso da História Oral, produzimos nossas fontes de analise documental dando voz a um grupo de pessoas dessa comunidade evangélica, que se auto declararam pretas e pardas. Detectamos em seu discurso a percepção que têm em relação à temática da negritude brasileira, sobre as políticas de ações afirmativas, sobre a presença do preconceito e discriminação racial na atual sociedade, bem como a posição da comunidade diante dessa temática. A pergunta pelo papel da mentalidade religiosa no enfrentamento desta problemática foi o foco orientador destes diferentes eixos de observação. Por ser um tema muito delicado e pouco discutido entre os evangélicos, percebemos que a comunidade não se sentiu muito à vontade para discuti-lo. O discurso de nossos interlocutores, que aparentemente se mostrava ambíguo e por vezes incoerente, pois ora admitia-se o preconceito racial, e ora ele era negado, foi uma forma encontrada por estes consumidores para encobrir os mecanismos de descriminação e exclusão que também percebem existir dentro de sua comunidade de fé e para, desse modo, sentirem-se aceitos na comunidade, criando assim táticas de sobrevivência e espaços de pertencimento em meio às estratégias impostas pela denominação religiosa.(AU)

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O objetivo deste trabalho foi analisar práticas microbianas , singulares e plurais, relativas ao tema da negritude, no cotidiano da comunidade batista Maranata, como estudo de caso de um grupo religioso no distrito Grajaú, periferia da cidade de São Paulo. Fazendo uso da História Oral, produzimos nossas fontes de analise documental dando voz a um grupo de pessoas dessa comunidade evangélica, que se auto declararam pretas e pardas. Detectamos em seu discurso a percepção que têm em relação à temática da negritude brasileira, sobre as políticas de ações afirmativas, sobre a presença do preconceito e discriminação racial na atual sociedade, bem como a posição da comunidade diante dessa temática. A pergunta pelo papel da mentalidade religiosa no enfrentamento desta problemática foi o foco orientador destes diferentes eixos de observação. Por ser um tema muito delicado e pouco discutido entre os evangélicos, percebemos que a comunidade não se sentiu muito à vontade para discuti-lo. O discurso de nossos interlocutores, que aparentemente se mostrava ambíguo e por vezes incoerente, pois ora admitia-se o preconceito racial, e ora ele era negado, foi uma forma encontrada por estes consumidores para encobrir os mecanismos de descriminação e exclusão que também percebem existir dentro de sua comunidade de fé e para, desse modo, sentirem-se aceitos na comunidade, criando assim táticas de sobrevivência e espaços de pertencimento em meio às estratégias impostas pela denominação religiosa.(AU)

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A presente dissertação tem como objeto estudar o racismo entre jovens institucionalizados e pretendeu-se chegar ao mesmo objetivo através da bibliografia existente, especialmente virada para a juventude, dizendo o que pensa sobre o racismo, e visando outros países (como os EUA e o Brasil), tendo em especial atenção para o que se passa no resto da Europa e em Portugal, e quais as razões da existência do racismo. Na metodologia deste estudo, foi empregue o método qualitativo, através do qual se analisou seis entrevistas, para ver se há racismo entre jovens institucionalizados e se numa instituição há ou não racismo. Não há estudo conclusivo, só há leituras da realidade postas á prova.

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O objetivo deste trabalho foi analisar práticas microbianas , singulares e plurais, relativas ao tema da negritude, no cotidiano da comunidade batista Maranata, como estudo de caso de um grupo religioso no distrito Grajaú, periferia da cidade de São Paulo. Fazendo uso da História Oral, produzimos nossas fontes de analise documental dando voz a um grupo de pessoas dessa comunidade evangélica, que se auto declararam pretas e pardas. Detectamos em seu discurso a percepção que têm em relação à temática da negritude brasileira, sobre as políticas de ações afirmativas, sobre a presença do preconceito e discriminação racial na atual sociedade, bem como a posição da comunidade diante dessa temática. A pergunta pelo papel da mentalidade religiosa no enfrentamento desta problemática foi o foco orientador destes diferentes eixos de observação. Por ser um tema muito delicado e pouco discutido entre os evangélicos, percebemos que a comunidade não se sentiu muito à vontade para discuti-lo. O discurso de nossos interlocutores, que aparentemente se mostrava ambíguo e por vezes incoerente, pois ora admitia-se o preconceito racial, e ora ele era negado, foi uma forma encontrada por estes consumidores para encobrir os mecanismos de descriminação e exclusão que também percebem existir dentro de sua comunidade de fé e para, desse modo, sentirem-se aceitos na comunidade, criando assim táticas de sobrevivência e espaços de pertencimento em meio às estratégias impostas pela denominação religiosa.(AU)

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This study looks at the broader transformations in Cuban history through the case study of a single, yet symbolic, man, and proposes a new paradigm for understanding the dynamics of Cuban society and culture. It also examines the implications for Cuba’s aspiring national identity at the turn of the twentieth century, by detailing the interplay between fact and fiction in the story of Alberto Yarini: elite born; well-educated; politically and socially well-connected; powerful; and celebrated Cuban racketeer and chulo (pimp). Yarini was described as vibrant and triumphant at a time when other nation-building forces in Cuba were weak and ambivalent. A century after his dramatic death, Yarini became the quintessential public man in Cuban lore who symbolized a cubanidad (Cuban national identity) not defined in terms of the ideological hegemony of class, race, or gender, and who through his actions dispelled the ambivalence that plagued Cuban nationalism. Using archival documents, contemporary newspaper accounts, court records, memoirs, and published works, this study analyzes the confluence of national events and individual action in the formation of Cuban national identity. It contends that for Cuba, the failure of nation-building experiments resulted in an ambivalent national identity based on failed philosophical and political ideals of equality and prosperity. These ideals played out within the context of the realities of racial discrimination, political dissonance, and class and gender barriers. Instead of a cohesive sense of national character, for Cubans the result was a competing set of identities including a populist version that was defined through identification with antitypes and pseudo-heroes such as Alberto Yarini y Ponce de León (1882-1910), a rising politician and celebrated chulo of the early republic. The telling and retelling of his story has given rise to what has been termed the island nation’s first national myth – one that continues to evolve and grow in the twenty-first century. For many Cubans, the Yarini antitype provided an idealized national identity which in many ways was—and many argue continues to be— the expression of an elusive and ambivalent cubanidad.

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This paper examines the issue of racial discrimination of Black United States (U.S.) restaurant patrons from a service quality and customer satisfaction perspective. In spite of the progress the industry has made in recent years to alleviate this problem, many contemporary examples clearly demonstrate that racial discrimination is still of great concern. The articles stresses the importance of an ethical approach in human resource management-intensive and offers suggestions for reducing discriminatory practices in U.S. restaurant service delivery.

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Diversity has become a buzz word in public discourse and in educational circles. Higher education institutions in the US have increasingly used this word as a cornerstone of their mission statements and have made increasing efforts to attract students from different backgrounds. As part of the increase in diversity efforts among US colleges, is a significant rise in the number of international students. Attracting international students has become a priority for U.S. universities regardless of size or location. This study examines the intersection between the structure of American educational environment and the blended identities of African Graduate Student Mothers. Within the context of contemporary diversity efforts in US educational institutions, this study examines both the structural environments and the socio-cultural constructs that affect the experiences of African graduate student mothers. Based on a qualitative research interview design, a total of nineteen African graduate student mothers at a Mid-Western University in the US were interviewed individually and in groups over a six weeks period. Results from this study show that apart from the difficult and often dehumanizing treatment African student mothers endure from immigration and consular officials in their various countries and ports of entry, they often find themselves at the margins of their various programs and departments with very little support if any. This is because most of them enroll into graduate programs after arriving as dependants of their spouses; a process that does not allow them to negotiate for departmental commitments and support prior to their arrival. Not only do these women face racial discrimination from white professors, staff and fellow students, but they also experience discrimination and hostilities from African Americans and other minority groups who see them as threats to the limited resources that are often set aside for minority groups in such institutions.

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The aim of this paper was to see whether all-cause and cause-specific mortality rates vary between Asian ethnic subgroups, and whether overseas born Asian subgroup mortality rate ratios varied by nativity and duration of residence. We used hierarchical Bayesian methods to allow for sparse data in the analysis of linked census-mortality data for 25-75 year old New Zealanders. We found directly standardised posterior all-cause and cardiovascular mortality rates were highest for the Indian ethnic group, significantly so when compared with those of Chinese ethnicity. In contrast, cancer mortality rates were lowest for ethnic Indians. Asian overseas born subgroups have about 70% of the mortality rate of their New Zealand born Asian counterparts, a result that showed little variation by Asian subgroup or cause of death. Within the overseas born population, all-cause mortality rates for migrants living 0-9 years in New Zealand were about 60% of the mortality rate of those living more than 25 years in New Zealand regardless of ethnicity. The corresponding figure for cardiovascular mortality rates was 50%. However, while Chinese cancer mortality rates increased with duration of residence, Indian and Other Asian cancer mortality rates did not. Future research on the mechanisms of worsening of health with increased time spent in the host country is required to improve the understanding of the process, and would assist the policy-makers and health planners.