843 resultados para Perversão sexual Aspectos psicológicos


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294 p. : il.

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A presente investigao teve como principal objetivo explorar a associao entre o ndice de massa corporal, percepo corporal e morbidade psiquitrica menor (MPM) em uma populao de funcionrios tcnico-administrativos de uma Universidade Pblica do Rio de Janeiro. Foi realizado um estudo seccional (tipo censo) entre 3892 funcionrios da Universidade com idade entre 20 e 81 anos. A morbidade psiquitrica menor foi definida a partir de um instrumento utilizado para rastreamento de distrbios psiquitricos menor na populao geral (GHQ-12). Encontrou-se nesta populao uma prevalncia de morbidade psiquitrica menor de 22,3% para homens e 34,5% para mulheres. Elegeu-se para anlise dos dados o mtodo de regresso logstica multivariada, considerando no modelo o IMC e a percepo corporal como variveis explicativas e morbidade psiquitrica menor como varivel desfecho. No foi encontrada associao entre o IMC e morbidade psiquitrica menor, mesmo aps o ajuste por sexo, idade, atividade fsica, renda familiar e morbidade referida. A percepo corporal, entretanto, se mostrou associada a presena de morbidade psiquitrica menor. Sentir-se fora do peso considerado como ideal esteve associado a presena de sofrimento psquico em homens e mulheres.

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Este trabalho tem como objetivo investigar as transformaes do envelhecimento que se do pelas narrativas produzidas pelas lembranas. Busca destacar a especificidade do papel da memria no processo de envelhecimento e a sua fora de transformao e resistncia. A pertinncia do tema est ligada a marcada expresso que o contingente de pessoas idosas adquiriu nos anos recentes ao ganhar visibilidade cada vez maior, impondo-se como um grupo com demandas e caractersticas prprias. No estudo, articulam-se os conceitos de sujeito, de memria e de narratividade. Na primeira parte, desenvolve-se a noo de sujeito, desde um eu central, fundamento de uma unidade de expresso, at a fragmentao desse eu, que se torna mltitiplo e expresso crtica do homem moderno. Na segunda parte, o estudo da memria, acompanhamos a passagem de uma memria definida como permanente e reprodutora para uma descrio de memria como uma habilidade criativa, capaz de retrospectivamente produzir novas narrativas. Na terceira parte, estudamos o conceito de narratividade, explorando diversos aspectos para alm do campo literrio. Finalmente, com a rede conceitual sujeito - memria - narrativa estabelecida, reconhecemos na obra de Pedro Nava o surgimento de mltiplos narradores, que, frente a velhice, em vez de se defender e negar a vida, aceitam o desafio de um confronto e se afirmam, forjados em suas diferenas.

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O objetivo deste trabalho compreender a insero da cincia (especialmente das cincias biomdicas e psicolgicas) em um grande veculo de circulao brasileiro, a revista Nova, durante os 25 anos de sua publicao. Sobressaiu da anlise do discurso da revista uma relao estreita entre cincia e esttica, articulada em dois nveis: o primeiro refere-se questo da legitimidade conferida pela cincia s preocupaes estticas com o corpo, ao torn-las um componente imprescindvel da sade fsica e mental; o segundo diz respeito ao modo como a cincia se coloca a servio de um idia que ao mesmo tempo biolgico, esttico e moral. Uma anlise diacrnica de Nova revela que durante os anos 70 era a psicologia que estava presente na revista, legitimando a busca da beleza e estabelecendo causas psicolgicas para problemas estticos. J nos anos 80/90, a psicologia vai sendo substituda pela bioqumica, ao menos no que diz respeito reflexo sobre as causas daqueles problemas. De um modo geral, o que se revela um processo de crescente medicalizao da beleza.

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o presente trabalho prope discutir o papel ocupado pelo riso na teoria e na clnica psicanalticas atravs de uma abordagem multidisciplinar. Para fundamentar tal proposta, foi elaborada uma investigao de algumas das diferentes formas pelas quais o riso foi tomado como objeto do pensamento ao longo da histria da cultura ocidental, assim como alguns dos lugares sociais que j foram por estes ocupados nesta mesma cultura. Tal abordagem teve como intuito a demonstrao do carter cultural e contingencial do riso, visando, deste modo, romper com uma interpretao do mesmo como fenmeno essencial, intrnseco e universal da experincia humana e afirmando-o como fenmeno de linguagem, no sentido dos jogos de linguagem propostos por Wittgenstein. O primeiro captulo apresenta um mosaico composto por aproximaes do fenmemo do riso elaboradas desde a Antiguidade at o final do sculo XVIII, contemplando pensadores com Plato, Aristteles, Cicero, Quintiliano, Laurent Joubert e Imannuel Kant, dentre outros. No segundo captulo so expostas algumas das principais concepes modernas do riso e assinalados. Os efeitos do advento do pensamento racionalista sobre tais concepes, ora pelo vis da apropriao do riso como objeto do discurso fisicalista, como em Spencer e Darwin, ora por uma interpretao deste como ultrapassando as dimenses da ordem e da razo, como em Nietzsche, Bataille, Foucault, Clement Rosset e Deleuze. No terceiro captulo, o trabalho volta-se para o campo especfico da Psicanlise, desenvolvendo as idias freudianas acerca dos chistes, do cmico e do humor, aprofundando-os e estabelecendo as diferenas entre estes. O quarto captulo da continuidade a discusso no mbito psicanaltico desenvolvendo uma leitura crtica de algumas formulaes ps-freudianas sobre o papel do riso na clnica (strictu sensu e ampliada), na teoria e nas instituies de transmisso da Psicanlise, enfatizando a relevncia deste, especialmente por meio do humor, para o estabelecimento de uma direo tica na produo de saber em Psicanlise. O captulo final parte do conceito de ironia para aprofundar a proposta de uma perspectiva do riso como postura tica em psicanlise, tomando como mtodo possvel de flexibilizao e de crtica em oposio a uma postura determinista e dogmtica, atravs, especialmente, das metforas do ironista de Rorty e do cyborg de Donna Haraway.

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Esta pesquisa objetivou compreender como se do as prticas de cuidado dirigidas ao sujeito adoecido de cncer no cotidiano dos servios de sade. Para tanto, partimos do entendimento que o processo de adoecer traz repercusses nos modos de andar a vida dos sujeitos, especialmente no que diz respeito ao cncer, patologia que traz consigo metforas ligadas morte, sofrimento e dor. Ao dar incio busca pelos servios de sade, os sujeitos se deparam com uma srie de entraves que podem no proporcionar alvio, no suprindo as necessidades que essa nova condio impe. Encontramos, em muitos momentos, prticas que negam o carter subjetivo da experincia da doena, no valorizando a narrativa dos sujeitos. Como trajetria metodolgica, escolhemos desenvolver um estudo de natureza qualitativa, utilizando como instrumento privilegiado a entrevista semi aberta. Iniciamos as entrevistas com a consigna: conte como se deu o tratamento de sua doena desde a descoberta at o momento em que se encontra. Os dados coletados a partir do encontro com os sujeitos adoecidos foram complementados por informaes contidas nos pronturios mdicos, bem como por observaes obtidas no momento da interao. O local de realizao da pesquisa foi um hospital estadual de grande porte localizado na cidade de Fortaleza, estado do Cear. As entrevistas foram realizadas no servio de oncologia clnica do referido hospital. Ao todo foram entrevistados doze sujeitos que estavam em tratamento ambulatorial no servio. Dos doze sujeitos, cinco eram mulheres e sete eram homens. As idades variaram de 29 a 65 anos. A anlise dos dados se deu aps imerso no material emprico, posteriormente materializado nas transcries das entrevistas. Procuramos deixar que os sentidos aflorassem, confrontando com o material que j tnhamos disponvel, surgindo da as categorias empricas. Dividimos as categorias em duas dimenses, a do sujeito e a da rede de servios de sade. Ao final da anlise, constatamos alguns pontos que consideramos importantes no sentido de se tornarem dispositivos de mudana. Foi possvel confirmar que os sujeitos sabem de si, e realizam um processo de construo do sentido sobre sua doena e das prticas teraputicas. A doena produz mudanas no sujeito, e os fora a ressignificarem sua rotina e hbitos de vida. Foi possvel observar que o encontro com os servios de sade tem se dado de forma truncada. A luta pelo direito a sade rdua: pela demora na confirmao do diagnstico, pela demora em conseguir marcar exames e receber seus resultados, pela falta de especialistas que saibam o que esto fazendo. Os sujeitos tm descoberto a doena quando esta se encontra avanada. A importncia do dilogo, da escuta, da percepo do que o outro necessita importante, por isso, valorizar os relatos dos sujeitos adoecidos de cncer se faz urgente.

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Na organizao do trabalho hospitalar h vrios determinantes que acarretam no desgaste psicofsico do trabalhador de enfermagem, mesmo com o discurso de que gostam da profisso e se sentem realizados em cuidar de pessoas enfermas, especialmente, no cuidado de clientes adoecidos com o HIV/Aids. A Psicodinmica do Trabalho uma cincia que possibilita analisar a configurao da organizao laboral, a qual comprovadamente incide na dimenso subjetiva do trabalhador, identificando o sofrimento psquico, o que potencializa o desenvolvimento de doenas mentais, entre elas a Sndrome de Burnout. Nesta perspectiva, o objeto deste estudo trata da organizao do trabalho na Unidade de Doena Infecto-Contagiosa, espao de cuidado de clientes com HIV/Aids e a ocorrncia de Burnout entre os trabalhadores de enfermagem que atuam neste espao laboral. A fim de apreender o objeto traaram-se trs objetivos: a) identificar a percepo dos trabalhadores acerca das caractersticas do trabalho de enfermagem no contexto da Unidade de Doena Infecto-Contagiosa, local de assistncia ao cliente portador do HIV/Aids; b) descrever as repercusses no processo sade-doena dos trabalhadores de enfermagem decorrente da assistncia ao cliente com HIV/AIDS; e c) analisar as repercusses do processo sade-doena dos trabalhadores de enfermagem com vistas identificao de situaes do aparecimento da Sndrome de Burnout. Para a realizao desta pesquisa, optou-se pela abordagem qualitativa, de carter descritivo e exploratrio. Os dados foram obtidos nos meses de maio a agosto de 2010, utilizando as seguintes fontes de coleta de informaes: a entrevista semi-estruturada e o formulrio Maslach Burnout Inventory. Optou-se por analisar as informaes atravs do Mtodo de Anlise Temtica de Contedo. Os resultados indicaram que o perfil do profissional de enfermagem era composto por trabalhadores do sexo feminino, que estavam na faixa etria entre 44 e 54 anos de idade, na grande maioria tcnicos de enfermagem com tempo mdio de 2 a 10 anos de trabalho com clientes HIV/Aids. Verificou-se tambm que havia discrepncias marcantes entre o trabalho prescrito e o real, o que acarretava sofrimento para o profissional de enfermagem. Constatou-se tambm que o sofrimento psquico resultava da vivncia cotidiana do processo de morte/morrer do cliente com HIV/Aids, pelo profissional de enfermagem. Alm disso, este sofrimento era determinado tambm pela precarizao das relaes e das condies de trabalho. Concluiu-se que havia vrios trabalhadores com fortes indcios de ocorrncia de Burnout, tanto porque a organizao do trabalho se configurava como incoerente e pouco racional como pelas caractersticas do processo de cuidar do cliente com HIV/Aids. Recomendam-se medidas que promovam a sade dos trabalhadores de enfermagem e previnam os agravos em seus processos sade-doena, tais como: a diminuio da carga emocional de trabalho, grupos de reflexo, ginstica laboral, entre outras. preciso haver conscientizao dos gestores, vontade poltica e estmulo da organizao laboral para que os trabalhadores participem.

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Esta dissertao tem como objetivo apresentar uma articulao da psicanlise com a literatura. A pesquisa enfoca o entrelaamento do amor e da dor na poesia de Florbela Espanca e na psicanlise. A partir do referencial terico da psicanlise percorremos os textos de Freud e Lacan relacionando os conceitos de amor e dor vida e obra de Florbela. Mais especificamente, priorizamos a modalidade do amor paixo que a que comparece mais frequentemente em suas poesias. A questo da dor ser examinada como outra face do amor. Apresentamos tambm a ntima relao entre a escrita e a vida, destacando o ato de escrever e de viver como algo contnuo. Desta forma, buscamos mapear a vida ou as motivaes inconscientes da poetisa a partir de sua obra, flagrando nos versos insinuaes de um sujeito que demonstra uma inquietude de estar no mundo

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Este trabalho explora a produo do artista Farnese de Andrade, mais especificamente as suas assemblages. Na busca pela singularidade destas, a pesquisa mergulha nas possveis relaes existentes entre elas e o conceito freudiano denominado unheimlich. Tais relaes podem ser encontradas em distintos objetos, especialmente nas recorrentes peas nas quais o corpo fragmentado elemento constituinte, seja por meio de esculturas de divindades, de pedaos de bonecas ou de ex-votos. Questes como a morte, a literatura fantstica e a memria colonial brasileira, cada uma a seu modo, contribuem de maneira fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

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Nesta tese, considerando as crticas e as queixas ao distanciamento entre as polticas pblicas, a formao docente e a prtica profissional, problematizamos a produo / circulao de expectativas sobre o trabalho do professor. Investimos numa dupla perspectiva terica: a da psicologia social e a da lingustica. A partir de uma compreenso da subjetividade como produo, recorremos a noes como as de governamentalizao neoliberal (FOUCAULT, 2008a; FOUCAULT, 2008b) para encaminhar uma anlise das formas de controle (DELEUZE, 2006a) e o desafio de constituir a experincia (BENJAMIN, 1996) como um plano (DELEUZE; GUATTARI, 2005). Do ponto de vista dos estudos da linguagem, priorizam-se os debates em torno interdiscurso (BAKHTIN, 2004; MAINGUENEAU, 2005), conceito que responsvel por descartar aportes baseados estritamente no conteudismo e ressignifica os planos da enunciao e da pragmtica. Em nossas anlises, colocamos em confronto textos de prescrio atividade docente e discusso de professores e estagirios apontando o que ganha consistncia ou no em seu cotidiano profissional. As anlises desdobram-se em trs momentos. No primeiro deles, discutimos o Decreto do PDE como gnero do discurso (BAKHTIN, 2000), analisando as tarefas atribudas ao professor nas metas e as estratgias de poder instauradas pelo IDEB. No segundo momento, observamos as dicas ao professor divulgadas no portal eletrnico Todos pela Educao, considerando como marca lingustica os pressupostos (DUCROT, 1987; MAINGUENEAU, 2005). A anlise dos pressupostos nos conduziu a ocorrncias de enunciados em afirmao polmica. No terceiro momento, constitumos uma discusso em grupo com professores e com estagirios, colocando em anlise temas como trabalho, formao, prticas de si e relao com a pesquisa. Os resultados das anlises apontam para uma desqualificao da anlise coletiva das demandas do cotidiano, gerando a reduo do trabalho do professor como execuo de tarefas e transmisso de saberes. As polticas pblicas agem por mecanismos de competio e recompensa, colocando a nfase sobre a performance. Fortalece-se a figura de um professor empreendedor, como algum que pretende apenas atingir as metas, sem discutir sua eficcia e seus efeitos. Ao lado disso, o vetor precarizao indica lutas por melhores condies e reconhecimento de trabalho. Para alm das metas propostas, o percurso com o conhecimento surge como possibilidade de experincia singular, compartilhada entre professores e alunos.

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O ser humano que no consegue pr outra finalidade na vida, alm de viver, e no encontra os meios para realizar este fim ou tem dificuldade de encontrar vivo o cenrio limite do transtorno. Como na sociedade capitalista, trabalho sinnimo de garantia de subsistncia, seja da vida do trabalhador, seja do sistema capitalista em si, entendemos que, no capitalismo, encontrar os meios materiais para garantir a continuidade da vida est diretamente relacionado ao trabalho e, assim sendo, as transformaes recentes no mundo do trabalho afetam a qualidade de vida dos trabalhadores sendo causa de transtornos mentais comuns. Tudo mais pode ser instvel, menos a garantia da vida. Por isso elencamos a instabilidade social como chave de leitura, comparando o padro produtivo fordista, pseudoestvel e o processo de transformao era flexvel, de plena instabilidade. A instabilidade social no nova no capitalismo, contudo, informalidade, terceirizao e intensificao do trabalho num cenrio onde a fora de trabalho igualada a uma mercadoria como qualquer outra, por um processo de laissezferizao, so as caractersticas marcantes da instabilidade social contempornea. Por fim, uma anlise documental realizada para balizar a preocupao acadmica com os organismos internacionais, o poder pblico e as organizaes trabalhadoras sobre o tema dos transtornos mentais comuns, identificando disparidade entre os eixos investigados.

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A proposta deste estudo foi construir uma cartografia dos modos de fazer psicologia em centros de treinamento (CTs) de categorias de base, bem como das relaes da psicologia do esporte com outros saberes/poderes e de seus possveis efeitos na formao do jogador de futebol, tendo por campo emprico o cotidiano de alguns clubes de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro. Em aliana com os pensamentos de Flix Guattari e Gilles Deleuze, apropriamo-nos dos escritos destes e de outros pesquisadores da Anlise Institucional como interlocutores nesta cartografia; igualmente, das contribuies de Michel Foucault sobre sociedade disciplinar e biopoder. Estudos antropolgicos e scio-histricos tambm nos ajudaram a compreender como se constri a noo/prtica de formao no futebol brasileiro contemporneo. Colaboraram ainda nessa composio os debates metodolgico-epistemolgicos sobre Histria Oral, procedimento que funcionou como um dispositivo tico-poltico durante todo o processo de investigao. Neste sentido, mediante entrevistas de histria oral temtica, buscou-se conhecer o trabalho de quatro psiclogos do esporte atuantes em categorias de base na atualidade. Complementarmente, observaes em centros de treinamento foram realizadas. Nesse percurso, apreendemos nuances da instrumentalizao do corpo-atleta que remetem ao processo histrico de construo dos atuais modos de formao do jogador de futebol no Brasil. Pistas sobre os primeiros trabalhos de Psicologia do Esporte de que se tem notcia integram tal processo, e apontam a uma psicologia que tambm se instrumentalizava, tendo os testes psicomtricos como principal recurso. Em uma trajetria na qual foras mais, e menos flexveis produzem efeitos polticos, v-se o aspirante a jogador de futebol transformar-se em um atleta que funciona como jogador-pea, jogador-produto, ou mesmo jogador-empresa, a fim de realizar o almejado e muitas vezes inquestionvel sonho de ser mundialmente conhecido e aclamado. No espao dos CTs, disciplina e biopoder se articulam em dispositivos em prol da manuteno de uma produo em moldes capitalsticos. Das modulaes das prticas neoliberais surge ainda a figura do empresrio para gerenciar a vida dos jogadores e garantir que sejam produtos valorizados no mercado global de boleiros. Embora ainda hoje os testes e os perfis psicológicos sejam instrumentos hegemnicos na psicologia esportiva, as prticas desta ltima so to diversas quanto os modos de subjetivao existentes e implicam efeitos s vezes mais, s vezes menos adaptados promoo do rendimento esportivo e constituio do atleta empreendedor-de-si mesmo.

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Com um dos objetivos de conceituar e descrever as estratgias emocionais de persuaso publicitrias, levantei bibliografia da rea e publicidades contidas no meio revista brasileiro. Depois, busquei analisar se os temas mais abordados e os meios de persuaso adotados so reflexos dos valores, crenas e comportamentos da cultura hipermoderna, segundo descrio dos autores escolhidos na fundamentao terica. Fiz um levantamento dos anncios que remetiam a um cuidado de si veiculados nas revistas Veja, Playboy e Marie Claire em 2005 e identifiquei dois tipos de estratgias emocionais. O que foi mais utilizado fomenta o hedonismo imaginativo e busca persuadir com diferentes apelos regressivos de gratificao do consumidor. A outra estratgia, tambm bem utilizada, com mensagens sutis, foi a repressiva. Neste caso, busca-se motivar a compra a partir da iluso de incluso social, com discursos que indicam como se deve ser, sentir e agir, em sua maior parte, tambm infantis. Outros objetivos desta pesquisa foram analisar os possveis efeitos s subjetividades contemporneas do contedo das mensagens dos anncios divulgados nas revistas de maior circulao no Brasil. Por ltimo, apresento algumas sugestes de criao publicitria em que se fomente o lao social, e o respeito alteridade e ao ecossistema.

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A presente tese de doutorado prope-se a investigar o ldico como um ingrediente das situaes de trabalho. Tem-se como referncia terica os materiais oriundos da Ergologia e das abordagens clinicas sobre trabalho: Psicodinmica do Trabalho e Clinica da Atividade. Os autores pesquisados concordam que independentemente de poca histrica, cultura e classe social, jogar e brincar fazem parte da vida da criana, onde real e imaginrio se confundem. O jogo constitui uma funo to fundamental para a humanidade quanto a razo e a fabricao de objetos. A cultura possui um carter essencialmente ldico; no jogo e pelo jogo que a civilizao surge e se desenvolve. O brincar uma atividade humana universal, prpria da sade, fundamento de todo o viver criativo, assim como da arte e da cultura. O prprio homem medieval muito sensvel ao ldico e convive a cada instante com o riso e com a brincadeira. O foco desta pesquisa foi uma aproximao realidade do trabalho de alguns integrantes de um Programa Adolescente Trabalhador, com idade entre 14 e 18 anos. O campo emprico foi a Gerncia Regional de Logstica do Banco do Brasil, situada no bairro do Andara, no municpio do Rio de Janeiro. Sete adolescentes participaram da Comunidade Ampliada de Pesquisa. O trabalho de campo foi norteado pela preocupao em evitar a supremacia do saber cientfico em relao a saberes advindos da prtica. Este trabalho de pesquisa no se props a pesquisar a realidade de trabalho dos menores, mas investigar os movimentos discursivos produzidos nos Encontros desta Comunidade de Pesquisa. Conforme a abordagem da Clnica da Atividade chama-se ateno para vrios impedimentos da emergncia da dimenso ldica em funo dos constrangimentos da organizao do trabalho. Por fim, questiona-se que modos de gesto olham para a realidade e o real do trabalho e da atividade, aceitando o ldico como foco analtico, incorporando essa reserva de alternativa, investigando toda uma riqueza a potencialmente presente e desconhecida.

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H cerca de 20 anos, inicia-se no Brasil uma atividade de trabalho nas reas urbanas: o servio de motoboys, que vem se tornando comum na distribuio de produtos aos clientes. Em paralelo ao crescimento dessa atividade ocupacional, a quantidade de motociclistas que se acidentam grave ou fatalmente nas vias brasileiras est em pleno crescimento, razo pela qual os motoboys vm chamando ateno das autoridades de Sade Pblica. Tentando compreender as questes que esto na base e em torno desse fenmeno, inicia-se no pas um pequeno, mas consistente, conjunto de produes acadmicas sobre a profisso. Porm, ainda so poucos os estudos que procuram compreender a atividade de trabalho dos motoboys. Menos ainda, so os que investigam dimenses do coletivo produzidas pelos profissionais (tais como o coletivo de trabalho ou o gnero profissional), bem como seus efeitos na constituio de saberes, discursos, valores e estratgias de enfrentamentos aos diversos contraintes da atividade, em particular as dimenses do risco de acidentes de trabalho. Visando responder especificamente a essa questo, que se prope esse trabalho. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa exploratria em duas perspectivas metodolgicas: por um lado um levantamento quantitativo sobre diversos aspectos do trabalho dos motoboys, tais como o perfil do trabalhador, a organizao do trabalho e alguns efeitos no trabalhador; essa etapa se deu por meio da aplicao de 189 questionrios aplicados em uma amostra proporcional populao identificada de trabalhadores nos principais corredores virios do municpio de Vitria. Por outro lado, se empreendeu um estudo, baseado nos princpios da Ergologia e em diferentes abordagens clnicas do trabalho, especialmente a Clnica da Atividade e a Psicodinmica do Trabalho, por meio do qual se pretendeu realizar uma anlise da atividade de trabalho em parceria com os trabalhadores, procurando identificar as dimenses do coletivo que so produzidas por meio do trabalho, bem como os saberes e estratgias individuais e coletivas para lidar com as exigncias, as presses, as contradies e as eventualidades do cotidiano. Destaca-se, nessa etapa qualitativa, a realizao de uma aproximao etnogrfica dos trabalhadores e a utilizao das tcnicas da autoconfrontao e das instrues ao ssia, essas duas obtidas via Clnica da Atividade. Como resultado, observou-se a existncia de inmeros saberes produzidos e/ou partilhados pelo coletivo, tais como a avaliao dos servios, a gesto do tempo, o planejamento da rota, a mobilizao da rede solidria, a gesto das transgresses, os modos de conduzir, bem como as estratgias coletivas para lidar com o risco, dentre os quais se destacam a explorao positiva do risco e as estratgias baseadas na potncia da virilidade, a capacidade de antecipao, ou o cuidado na proteo de si por meio da sinalizao da presena do trabalhador em trnsito nas vias. Conclui-se, dessa anlise, a existncia de um coletivo de trabalho e, mais particularmente, de um gnero profissional em franca constituio. Este, em contrapartida, est eivado de inmeras contradies e embates que, potencialmente, podem estar atuando para o impedimento da manifestao desse coletivo de trabalho em toda a sua potncia