1000 resultados para Objeto-do-discurso
Resumo:
Este estudo tem sua gênese em nossas indagações e insatisfações profissionais frente a um ensino tradicionalmente normativo de língua materna que, em confronto com os recentes estudos sobre a linguagem, tem contribuído para a cristalização de uma imagem mitificada e reduzida da docência. Partimos do pressuposto de que há mais à sombra do trabalho do professor do que tem sido visto pelos estudos que se limitam aos procedimentos da denúncia e da receita e chegamos à conclusão de que o diálogo entre a escola e a academia muito pode contribuir para o avanço da profissionalização e para a redução da proletarização do ensino na educação básica, em nosso país. Para constituir nossos dados, implementamos uma pesquisa de cunho colaborativo-etnográfico junto a uma turma de alunos de primeiro ano de ensino médio de uma escola pública da periferia de Belém. Gravamos, em áudio e vídeo uma seqüência de ensino sobre o gênero discursivo seminário escolar, cujas aulas, após gravadas, foram transcritas grafematicamente e resumidas pelo instrumento da sinopse. As transcrições e a sinopse são os dados em que analisaremos o trabalho docente e os instrumentos didáticos utilizados pelo professor para instituir o gênero seminário escolar em objeto de ensino e transformá-lo em objeto ensinado. Organizamos nosso estudo em cinco capítulos: no primeiro, aportamos, do campo da Didática, as vozes teóricas de: Chervel (1998), Chevallard (1991), Geraldi (2003), Soares (2002) e Tardif e Lessard (2005); no segundo capítulo, também de caráter teórico, buscamos fundamentar nossas concepções a respeito das relações entre linguagem e ensino a partir de Bakhtin (1997; 2003), Vigotski (2005) e Schneuwly, Dolz e colaboradores; no terceiro capítulo, convocamos André (1991; 1995) e Moita Lopes (1994; 1998; 2003), entre outros, para discutir conosco o procedimento etnográfico-colaborativo; no quarto capítulo, emprestamos os modos como Schneuwly (2000; 2001; 2004; 2005; 2006 etc) e seus colaboradores têm tomado os gêneros do discurso enquanto objetos de ensino e apresentamos o modelo didático, a seqüência didática e a sinopse da seqüência didática do gênero seminário escolar, nosso objeto de ensino/ensinado; no quinto capítulo, apresentamos nossa análise dos dados. Do confronto entre as vozes teóricas, advindas da academia, e as vozes da prática docente, advindas da sala de aula, resultou o estudo que ora se inicia.
Resumo:
Esta dissertação tem por objetivo investigar o ensino de produção oral de língua inglesa nos cursos de graduação em Letras de Belém-PA sob a perspectiva dos gêneros do discurso (Bakhtin, 1992; Bazerman, 2005). Para esse fim, foram realizadas observações de aula em turmas de duas instituições de ensino superior de Belém-Pará e foram coletados os livros didáticos utilizados nestas. Eles foram analisados focalizando-se as atividades de produção oral, verificando se elas incorporam, explícita ou implicitamente, a noção de gênero do discurso em sua formulação e o tratamento dado a linguagem oral presente nos mesmos a fim de comparar as propostas metodológicas desses manuais e o que efetivamente é realizado em sala de aula. Também foram aplicados questionários a professores e alunos das turmas observadas. A análise dos dados revela que a presença de uma concepção de língua como gênero ainda é incipiente na elaboração de atividades de oral e que há carência de uma variedade de gêneros orais como objeto de estudo durante a graduação, já que praticamente o único estudado é o diálogo didático.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
A presente dissertação tem o objetivo de discutir a relação entre um dos novos serviços de intervenção e cuidados sobre a loucura, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), e o olhar psiquiátrico que se construiu ao longo do século XIX. O CAPS, amparado pelos preceitos da Reforma Psiquiátrica Brasileira, visa, tal como outros dispositivos, combater o modelo asilar de assistência à loucura que se deu ao longo dos séculos, sobretudo sustentado, a partir do período moderno, no discurso psiquiátrico que tomou a loucura como objeto de seu saber, transformando-a em doença mental. O método utilizado para investigação foi a observação participante que se deu através da presença direta da pesquisadora no campo de estudo, descrevendo os elementos que circunscreveram o objeto de pesquisa, tais como: oficinas terapêuticas, grupos de psicologia e de família, acolhimento, assembleias e demais atividades, coletivas ou individuais, que fazem parte da dinâmica própria do serviço investigado. Inicia com a descrição do objeto, CAPS II: Santa Izabel, desde sua implantação no município de Santa Izabel do Pará, em 2001, até suas configurações atuais. Em seguida fundamenta os preceitos da Reforma Psiquiátrica que regulamentam ideologicamente este serviço, situando as referências históricas que culminaram neste movimento reformista, a partir das contribuições teóricas foucaultianas sobre o poder psiquiátrico e transformação da loucura em doença, bem como referencia demais autores que se apropriaram desta temática no contexto europeu, brasileiro e paraense. A Psicanálise é tomada, nesta dissertação, como uma possibilidade de apostar no sujeito possível de advir e existir, destacando as contribuições de Freud e Lacan sobre a teoria psicanalítica da psicose. Finaliza com análise dos dados coletados, aproximados ao referencial bibliográfico, demonstrando que, apesar do CAPS propor a ruptura com o modelo asilar instituído pelo saber psiquiátrico, naquele século, várias ações que se sustentam nesse objetivo, atualizam práticas asilares que, ao invés de darem um novo lugar à loucura, reeditam o enclausuramento imposto aos sujeitos que vivenciavam tal experiência subjetiva. Conclui que o CAPS precisa problematizar e relativizar as exigências regulamentadas pela Reforma e por sua lei, para conseguir resistir ao saber medicalizante que se faz tanto presente quanto antes, e assim conseguir reinventar práticas, conceitos, e modos de existência à loucura.
Resumo:
A presente dissertação de mestrado tem por objetivo central analisar a concepção de inclusão produtiva, caracterizada por ações de qualificação da força de trabalho vigoradas com maior frequência a partir da Presidência de Lula da Silva, em 2003, e orientada pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) como tentativa contraditória de promoção do desenvolvimento econômico e enfrentamento à pobreza no Brasil. Os objetivos específicos visam identificar em que momento a inclusão produtiva passou a ser disseminada pelo Governo Federal Brasileiro; investigar os documentos oficiais do Governo Brasileiro, bem como de organismos internacionais que se referem à noção de inclusão produtiva; e analisar os documentos oficiais apreendendo as categorias que explicam a concepção de inclusão produtiva para o MDS. Para tanto, o percurso metodológico de análise do objeto de estudo, dar-se pela pesquisa qualitativa, norteada pelas pesquisas bibliográfica e documental. Assim, busca-se apreender a concepção de inclusão produtiva a partir da análise de 13 (treze) documentos e informações das paginas eletrônicas das instituições como o MTE, a CEPAL e o MDS. Os resultados da pesquisa permitem inferir que a inclusão produtiva incorporada pelo governo petista (Lula da Silva e Dilma Rousseff) é sustentada pelo discurso ideológico de cidadania, inclusão social, crescimento econômico, protagonismo, desenvolvimento de capacidades que integram a noção de qualificação/educação profissional como mediação da inserção laborativa da população pobre no mundo do trabalho. Portanto, essas categorias têm tendência em escamotear o desemprego estrutural, a exploração do trabalho, as desigualdades sociais e promover por meio do ajustamento da população às demandas do capital e, ainda, para que aceite sua posição dentro da sociedade: a de superpopulação necessária à acumulação capitalista.
Resumo:
Esta pesquisa privilegia os discursos das crianças e dos adolescentes sobre o trabalho infantil na Grande Região Metropolitana de Belém-PA. O Trabalho Infantil constitui o nosso objeto de pesquisa. Assumimos como referência o conceito marxiano de trabalho como princípio educativo que, no contexto do capitalismo, encontra-se marcado pelo fetichismo da mercadoria. O lócus da pesquisa tem como base as escolas públicas estaduais situadas nos bairros da Terra Firme e de Canudos, que têm crianças e adolescentes com famílias assistidas pelo Programa Bolsa Família. 16 crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos participaram da pesquisa. Temos como referência o materialismo histórico e a metodologia tem enfoque qualitativo, do tipo da análise do discurso. Utilizamos como instrumentos para a coleta dos dados um conjunto de técnicas; as atividades de painéis divididas em seções (musical, mural do trabalho e cine prosa), a observação e o grupo focal. Os dados foram organizados em categorias empíricas explicativas do trabalho infantil. Os fundamentos teóricos sobre o trabalho como princípio educativo vieram de Gramsci e de outros pensadores do campo marxista. Na revisão bibliográfica realizada verificamos raros estudos sobre o discurso das crianças e dos adolescentes sobre o trabalho infantil. Os discursos das crianças e dos adolescentes da Amazônia paraense revelam que o trabalho infantil manifesta-se como fonte de sofrimento, como prática social que produz o estranhamento e tendo uma pedagogia própria. Conclui-se que o trabalho infantil forma as crianças e os adolescentes da Amazônia paraense para a lógica capitalista, promovendo a aceitação da sociedade capitalista e como suposto obstáculo aos conflitos e livramento da bandidagem, além de reforçar o discurso do empreendedorismo.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Pós-graduação em Música - IA
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa - FCLAR
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Pós-graduação em Educação - FFC
Resumo:
Pós-graduação em Geografia - FCT
Resumo:
Norbert Elias y Eric Dunning sostienen que la mayoría de las investigaciones y textos que analizan las cuestiones referidas al deporte, no contemplan a éste como un campo de luchas políticas, ni sociales. Por otra parte, Pierre Bourdieu, afirma que la lucha "(...) entre los profesionales de la pedagogía corporal (los profesores de gimnasia) y los médicos, es decir, entre dos formas de autoridad específica ("pedagógica"/"científica") vinculados a dos especies de capital específico (...)", presenta invariantes transhistóricas que han terminado "(...) reduciendo la cultura del cuerpo, la educación física a una especie de 'naturalidad' o de vuelta a la 'naturalidad'." El período investigado, abarca los últimos treinta años, localizándose sus alcances fundamentalmente en nuestro país y teniendo como objeto de investigación el discurso de la corriente denominada Iniciación deportiva. Este estudio requirió del análisis las tendencias que gobernaron la enseñanza deportiva antecediéndola, como de aquellas teorías que le sirvieron para construir sus conceptos, estableciéndose por lo tanto, una especie de estudio arqueológico sobre esta corriente
Resumo:
En esta presentación, examinaremos los primeros resultados de una investigación UBACYT que tiene dos objetivos: indagar los procesos cognitivos de alumnos de escuela primaria en la lectura crítica de noticias provistas por los medios y diseñar situaciones didácticas que propicien el avance en la construcción de los conocimientos que posibilitan leer críticamente los mensajes noticiosos. Analizaremos aquí las producciones de los alumnos que nos permiten acercarnos al primer objetivo: detectar cómo conciben el proceso de construcción de noticias, esto es, cómo conceptualizan la elaboración de la información en el marco del sistema social de comunicación mediática. Aproximarse a los procesos cognitivos involucrados en la práctica social de lectura crítica de noticias supone apelar a distintos campos disciplinares. La Lingüística del Discurso permite una caracterización del objeto de conocimiento: los mecanismos de construcción del sentido social del sistema informativo mediático. La Historia de la Lectura dimensiona las transformaciones de estas prácticas sociales en nuestra cultura. Mientras que los estudios efectuados por la Psicología Genética en su versión crítica dan cuenta de la especificidad del desarrollo de los conocimientos referidos a objetos sociales, en este caso, la producción informativa en el sistema mediático. Se trata de un estudio de naturaleza exploratoria y su diseño consiste en un estudio cualitativo de casos. La población estudiada hasta el momento está conformada por alumnos de 4o a 7o grado de escuela primaria que pertenecen a dos sectores culturales diferentes, 50 asisten a escuelas públicas que participan del programa Medios en la Escuela del Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires y 50 a escuelas privadas del Gobierno de la Ciudad. Para abordar la perspectiva de los sujetos sobre el proceso de elaboración mediática de las noticias se utilizaron dos instrumentos de recolección de datos. Por un lado, la observación de clases en el marco de los talleres del programa mencionado, con el objetivo de introducirnos en los universos de sentido de los alumnos, en sus consumos habituales y en su modo de interpretar los mensajes mediáticos. Y, por otro lado, el método clínico-crítico propio de las investigaciones psicogenéticas, que permite una aproximación a la originalidad del pensamiento infantil y a los sistemas conceptuales subyacentes, atendiendo al modo en que cada sujeto expone su manera de pensar, sin reducirlo al significado que el adulto le atribuye. En esta etapa, se pidió a los niños que grafiquen cómo se imaginan que se producen las noticias y luego se les propuso que expliquen por escrito lo que dibujaron. Algunos de los resultados encontrados en los dibujos de los niños de ambos sectores socio-culturales podrían sintetizarse en tres dimensiones que resultan sumamente significativas: 1. La distinción entre acontecimiento y noticia: las noticias constituyen para los niños una materialidad simbólica que transmite acontecimientos que ocurren en la realidad. 2. La función del periodista: el proceso de producción noticiosa gira alrededor de la figura del periodista, quien personalmente o acompañado por otros, se dedica a hacer posible el pasaje del hecho al producto mediático. 3. La noticia como espejo de la realidad: para los niños la noticia transparenta el acontecimiento, traspone el hecho sin modificaciones. La homogeneidad en la producción gráfica que se evidencia en la población estudiada permite reflexionar acerca de la complejidad del proceso de lectura crítica. El discurso que circula desde los medios y que se sostiene en el cuerpo social parece condicionar la construcción conceptual que los niños van desarrollando acerca del objeto. Pensar el sistema subyacente a la dinámica productiva de las noticias mediáticas requiere así de un distanciamiento de una creencia transmitida socialmente. No se trata entonces de un camino unívoco, sino que precisamos apelar al concepto de 'polifasia cognitiva' acuñado inicialmente por Moscovici (1961) desde la psicología social y que ha sido ampliado por los investigadores que estudian los conocimientos sociales desde la perspectiva de la psicología genética crítica (Castorina, 2010). Será necesario avanzar en el análisis de los datos obtenidos así como construir otros instrumentos para comprender más profundamente los procesos de conceptualización de los niños y su convivencia polifacética con la enseñanza escolar y con las creencias sociales que le dan identidad, para luego dilucidar cómo se ponen en marcha en las situaciones de lectura de las noticias mediáticas