999 resultados para Necessidades em Saúde
Resumo:
Este estudo teve o objetivo de discutir a situação atual da atenção em saúde bucal ofertada aos indivíduos com 60 anos ou mais pelas Equipes de Saúde Bucal (ESB) implantadas na Estratégia Saúde da Família no município de Conselheiro Lafaiete e elaborar uma proposta de reorganização do atual modelo, com a finalidade de promover melhorias na saúde e o bem-estar dos idosos. O levantamento de necessidades em saúde bucal dos idosos nas ESB implantadas, em relação ao Índice CPOD, Índice Periodontal Comunitário, lesões de mucosa e necessidades de próteses dentárias, proposto numa das atividades do Módulo de Saúde Bucal - Atenção ao Idoso do Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, teve como objetivo não só conhecer as necessidades da atenção odontológica dos pacientes idosos, como proporcionar subsídios às equipes para a construção de um planejamento visando à melhoria da qualidade de vida destes pacientes cadastrados. Os resultados mostraram que a média de idade da amostra pesquisada foi de 69 anos num grupo de 60 idosos. Os valores do índice CPOD encontrados, foram considerados muito altos com a média de 30,17, sendo o componente P - perdido (dente perdido devido à cárie), o que mais contribuiu para este resultado. Apenas 103 elementos dentários estavam presentes na cavidade bucal dos 60 pacientes examinados, o que corresponde uma média de 1,7 dentes por indivíduo. Destaca-se também que a média de dentes perdidos é de 94,6% no grupo examinado. Dos elementos dentários presentes foram encontrados 04 dentes com lesões de cárie e 39 dentes com indicação para exodontia devido à doença periodontal. Quanto à necessidade do uso de próteses dentárias, 29 idosos edêntulos necessitam de prótese total superior e 23 de prótese total inferior. Em 20 pacientes foi registrada a presença de 22 lesões nas mucosas, sendo o palato a região mais freqüente e a mácula a lesão mais encontrada. Pode-se concluir que a condição de saúde bucal dos idosos cadastrados nas respectivas áreas de abrangências das ESB implantadas é insatisfatória sendo, portanto necessária a implantação de uma política de saúde que reorganize a atual atenção prestada.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi definir e informar o papel do trabalho integrado de uma equipe multiprofissional, fornecendo subsidio teórico para intervenções coerentes e eficientes na atuação da equipe de saúde da família, com o intuito de melhorar o processo de trabalho em função dos melhores resultados para a população. A proposta do trabalho em equipe tem sido veiculada como estratégia para enfrentar o intenso processo de especialização na área da saúde. Esse processo tende a aprofundar verticalmente o conhecimento e a intervenção em aspectos individualizados das necessidades de saúde, sem contemplar simultaneamente a articulação das ações e dos saberes. Além do campo da responsabilidade e do saber específico de cada profissão ou ocupação, há um campo de competências e de responsabilidade compartilhado. É nesse campo, na reorganização dos serviços de saúde, que este estudo enfatiza a importância de desenvolver práticas educativas que contribua com a qualidade do fazer cotidiano do profissional e com a troca do conhecimento entre os membros da equipe e entre os profissionais e os usuários, na atenção individual e coletiva, ou seja, ser capaz de planejar juntos, profissionais, usuários e grupos representativos da comunidade, ações que transformem a realidade do território adscrito, não só do ponto de vista sanitário, mas, principalmente os aspectos cultural, econômico e social.
Resumo:
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é fundamental para a reordenação do Sistema Único de Saúde (SUS). Tem como desafio ultrapassar a fragmentação do processo assistencial o distanciamento das reais necessidades de saúde das populações. Nesse cenário, inserem-se as necessidades relacionadas à Saúde da Mulher. A vivência da autora, Enfermeira da ESF na zona rural, em Minas Gerais, atentou-se para emergência de mulheres de meia idade com demandas diferenciadas em saúde, que vivenciavam o Climatério. Perante essa realidade, renovações da atenção prestada pela equipe se fizeram necessárias. Esse estudo objetiva analisar a produção de conhecimento em Enfermagem sobre a mulher no climatério e suas contribuições para a atuação da equipe de ESF. Utilizou-se a revisão integrativa da literatura, através da biblioteca virtual eletrônica BDENF, por meio de publicações periódicas de enfermagem, pelo descritor Climatério. Como critério de inclusão, analisar publicações desenvolvidas na atenção primária à saúde e/ou ESF. Buscando ampliar a sensibilidade da busca pelo período de início da produção científica dessa temática, utilizou-se apenas o limite final, ano 2009. Os resultados apresentaram total de 25 artigos, sendo três repetidos e 63,6% não correspondiam aos critérios de inclusão. Observou-se escassez sobre a produção dessa temática na Enfermagem. A maior concentração das publicações foi entre 2000 a 2005, demonstrando a recente discussão desse tema. As publicações caracterizavam-se: pela busca dos serviços de saúde dessa população, pela descrição dos aspectos biomédicos e psicoafetivos desse ciclo vital feminino e a atuação do Enfermeiro. O método qualitativo foi o mais utilizado nas pesquisas. Índice de KAPPA considerável (k=0,4). A análise das publicações apontou para a necessidade da compreensão do climatério em uma dimensão ampliada e enquanto estado natural do ciclo vital feminino. Há urgência na reorganização dos serviços de saúde para atenção a essa clientela, e há a necessidade de implementação de estratégias diferenciadas, como ações educativas, grupos operativos que incluam as mulheres e suas famílias. O Enfermeiro foi apontado como um ator potencial dentro da equipe, para implementar as ações inovadoras, orientar sobre os mitos e tabus que permeiam essa etapa da vida feminina e, de forma compreensiva e acolhedora, auxiliar essas mulheres na reformulação dos projetos subjetivos de suas vidas
Resumo:
O presente estudo objetiva descrever as principais alterações bucais que acometem as mulheres no ciclo gravídico-puerperal e apresentar propostas de intervenções a serem realizadas pela equipe de saúde bucal na Estratégia Saúde da Família (ESF), por meio de revisão narrativa. O atendimento preconizado pela ESF conta com atividades de prevenção e promoção de saúde, além de ações curativas e de reabilitação dirigidas à população adscrita. Diante das necessidades em saúde da população, destaca-se o ciclo gravídico-puerperal, composto por características peculiares que resultam em vulnerabilidades para as condições de saúde da mulher. O acompanhamento a gestantes e puérperas é considerado prioritário para as equipes de saúde na ESF, através da assistência Pré-Natal. O cuidado Pré-Natal é habitualmente realizado por médicos e enfermeiros, na rotina de trabalho da ESF, com importante atuação dos agentes comunitários de saúde (ACS) na captação e no acompanhamento domiciliar das gestantes. Por outro lado, o acompanhamento de gestantes por cirurgiões-dentistas é reduzido e não padronizado na ESF. Essa realidade converge ao problema identificado pelo Diagnóstico Situacional de Saúde da ESF Nova Holanda de Divinópolis/MG, em 2009. Além de pautar-se em características da formação profissional do cirurgião dentista, com pouca ênfase na saúde pública, bem como no processo de trabalho da saúde bucal ainda focado no aspecto curativo; há ainda, a não procura de gestantes por atendimento odontológico relacionada a mitos e tabus quanto a possíveis prejuízos para a gestação ao se tratar os dentes. O trabalho mostrou a importância da atuação da equipe de saúde bucal no acompanhamento às gestantes e puérperas na ESF confrontando com tímida atuação nesse sentido. Sendo descritas as repercussões bucais mais comuns na gravidez/puerpério, propostas foram apresentadas para condução do cuidado odontológico da gestante e puérpera.
Resumo:
A rede de atenção a saúde deve ser organizada visando atender a todas as demandas de uma população. Devem ser ofertadas ações de promoção, prevenção, recuperação e de reabilitação. Muitas destas ações são desenvolvidas voltadas a grupos específicos, como as crianças, os adolescentes, as gestantes, os portadores de necessidades especiais e os idosos, mas a população adulta tende a não ser envolvida nestes programas. O objetivo deste estudo foi analisar a atenção em saúde bucal à população adulta do município de Couto Magalhães de Minas/MG. É um estudo exploratório e documental, onde foram observados os aspectos demográficos, socioeconômicos e epidemiológicos. Os dados foram coletados em fontes como IBGE, SIAB, DATASUS no período de março de 2010 a maio de 2011, quando também foi feita a busca pelo referencial teórico na página eletrônica do Scielo com as seguintes palavras-chave: odontologia, saúde bucal, políticas públicas, prevenção e adulto. Os resultados mostraram que o público adulto não é atendido em suas necessidades de saúde bucal. O adulto apresenta uma complexidade crescente de assistência odontológica, necessitando que funcione o sistema de referência e contra-referência. Frente aos dados, observou-se a inexistência de ações regulares direcionada ao atendimento integral da população adulta e, por isso, é importante identificar estratégias que possam contribuir para a inserção desta população na organização e planejamento de ações de saúde bucal que visam a promoção de saúde e a qualidade de vida.
Resumo:
A Atenção Básica tem a Estratégia Saúde da Família (ESF) como peça fundamental para a consolidação da reorientação de um novo modelo de atenção em saúde no Brasil. Assim, a ESF deve acolher e estabelecer vínculo com os usuários dos serviços, e proporcionar resolutividade para os problemas e necessidades de saúde apresentados pela comunidade. A ESF Dr. Ulisses Ferreira, localizada em Visconde do Rio Branco-MG, buscou conhecer os principais problemas da população de seu território de atuação. No ano de 2009, foi realizado um diagnóstico situacional do território, identificando como problema comum na comunidade, o risco cardíaco aumentado com enfoque na Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Este estudo relata a experiência da unidade de ESF na implantação da atividade física como fator contribuinte para a prevenção e controle da HAS. Ainda como parte do estudo, foi realizada revisão da literatura técnico- científica, nas bases de dados eletrônicas LILACS; ScieLo e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a fim de embasar a justificativa do trabalho e estabelecer a relação entre a bibliografia existente e a realidade estudada. Observou-se que a implantação da atividade física tem trazido benefícios para os participantes, tais como melhor qualidade de vida e adesão ao tratamento, estreitamento de vínculos entre usuários e equipe, e manutenção de valores de aferições pressóricas em níveis desejáveis.
Resumo:
Este estudo tem como objetivo discutir a importância da Estratégia de Saúde da Família e a contribuição do Agente Comunitário de Saúde na efetivação dessa estratégia no município de Campos Gerais/MG. Buscou-se descrever a origem do SUS, diretrizes da política de saúde pública e das ações inseridas na Estratégia de Saúde da Família (ESF), além de destacar a importância da gestão na qualidade de trabalho na ESF, principalmente dos agentes comunitários. O Agente Comunitário de Saúde é um profissional que mantém relações diretas com a comunidade, coleta dados sobre a composição familiar, as condições onde vivem as famílias e necessidades de saúde da população da área de abrangência. Propor boas condições de trabalho, praticar políticas de remuneração, capacitar e desenvolver ações de educação permanente podem ser ações fundamentais para a otimização do trabalho do Agente Comunitário de Saúde e, consequentemente, da Estratégia de Saúde da Família.
Resumo:
O cuidado a gestante apresenta-se como prioridade na Estratégia Saúde da Família (ESF), haja vista que durante a gestação a assistência pré-natal é garantia para prevenção de complicações e manutenção da saúde da mulher e de seu filho. Com intuito de fortalecer a assistência, o presente estudo objetivou analisar o perfil das gestantes acompanhadas por uma equipe de saúde da família do interior paulista - ESF Jardim Itapema, Guará/SP, em 2010. Essa equipe apresentou número de gestantes cadastradas (n=24) mais elevado do que número esperado de gestantes (n=18), conforme parâmetros para programação local. Foi realizado estudo quantitativo, epidemiológico, transversal referente às características clínicas, sociodemográfica e familiares dessas gestantes, através de registros secundários do Sistema de Informação sobre Pré-Natal (SISPRENATAL) e Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Os resultados mostram que as gestantes estão na faixa etária entre 15 e 29 anos (79,15%), de cor da pele branca (50%) e parda (33,34%), ensino fundamental incompleto (50%), casado ou em união estável (79,16%), com ocupação do lar (83,33%). Metade delas deu início ao pré-natal no 1º trimestre, apenas 4,54% eram Primíparas. O tipo de parto predominante em gestações anteriores foi cesariana (62,50%), e a maior parte não possui agravos associados à gestação atual (95,83%). Suas famílias são chefiadas por homens (91,66%), adultos jovens, entre 20 a 29 anos (58,29%), com ensino médio incompleto ou menos (75%). Os demais habitantes de seus domicílios apresentam menos de 14 anos e são homens, em sua maioria. Os domicílios são de tijolo, casas próprias (62,5%) ou alugadas (29,16%), com 3 a 5 cômodos (62,5%), energia elétrica, água tratada e coleta regular do lixo. Os meios de comunicação que as gestantes mais utilizam são televisão, rádio e telefone (91,65%). Participam de grupos comunitários apenas religiosos (45,83%). Maioria das gestantes e seus familiares (83,33%) não possuem plano de saúde, em caso de doença procuram em primeiro lugar a Unidade de Saúde (58,33%). As intervenções propostas pela equipe da ESF na abordagem dessas gestantes devem considerar seus aspectos clínicos e subjetivos, portanto devem ser ampliadas, no sentido de incorporarem o trabalho interdisciplinar e a ação intersetorial. Com isso, é importante que a atuação da ESF - para garantia da assistência à saúde resolutiva e de qualidade - abrace dimensões acolhedoras, no apoio às gestantes e suas famílias, para o enfrentamento positivo de suas necessidades de saúde, considerando seus contextos de vida.
Resumo:
Com o objetivo de refletir sobre os desafios atuais que envolvem a Educação Popular e Saúde e relacioná-los ao contexto de trabalho de uma Equipe de Saúde da Família de Belo Horizonte, realizou-se este estudo, baseado em revisão bibliográfica e em dados produzidos no cotidiano de trabalho da autora. A educação popular e saúde, entendida como uma proposta de ação que visa mobilizar os sujeitos em torno de seu direito à saúde, enfrenta desafios como a necessidade de expansão, o distanciamento da formação profissional em relação a esta concepção, a pouca influência na gestão, a medicalização das necessidades de saúde e a mercantilização da saúde. Percebe-se que o contexto de trabalho da equipe está permeado por muita sobrecarga de trabalho e é orientado por uma proposta educativa focada nos indivíduos e não na coletividade, o que dificulta a utilização da metodologia da educação popular no cotidiano dos serviços de atenção básica em saúde. Entretanto, é possível enfrentar tais desafios e avançar em ações que busquem a mobilização dos sujeitos e o enfrentamento de problemas complexos de seu cotidiano, como observado através da experiência vivenciada com as mulheres no enfrentamento à violência doméstica. Conclui-se que os desafios enfrentados pela educação popular e saúde são muito grandes, considerando-se o sistema capitalista e toda a sua lógica de mercantilização da saúde e da vida humana, o que faz com que seja necessária uma aliança entre os trabalhadores e usuários para que avanços mais de longo prazo sejam alcançados no campo da saúde e na sociedade como um todo.
Resumo:
O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um dos nossos grandes desafios. A Estratégia Saúde da Família apresenta-se no cenário nacional como uma ferramenta de ação diante desta realidade, pois fortalece os princípios e diretrizes do SUS. Na atenção básica, a atividade física é considerada como comportamentos determinantes de saúde e o Profissional de Educação Física inserido em uma equipe multiprofissional pode contribuir para as necessidades em saúde das comunidades assistidas. O presente trabalho teve como objetivo estabelecer ações de fortalecimentos por meio de um programa de caminhada orientada e estabelecer as contribuições para a saúde da população adulta e idosa. Os métodos utilizados foram descrição e elaboração de um plano de ação para beneficiar a população adulta e idosa da comunidade dos bairros Costa Telles I e II do município de Uberaba/MG, assistida por uma Equipe de Saúde da Família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família com a prática regular da caminhada orientada. Para a organização e implantação, adotou-se como estratégia descrever as características da população local. Além disso, foram geradas informações através do diagnóstico situacional do território, com o mapeando detalhado da situação local, principalmente, referente à prática regular de atividade física "caminhada". O desenvolvimento da presente proposta se baseia na execução do exercício físico "caminhada" na comunidade, com o direcionamento desta prática realizada por um profissional de educação física. As atividades acontecerão semanalmente, com a frequência de três vezes e duração de 60 minutos cada sessão, com alongamento antes e depois da caminhada orientada. Os profissionais da Equipe Saúde da Família e do Núcleo de Apoio da Saúde da Família desenvolverão oficinas de educação em saúde para o grupo. O incentivo e apoio a esta proposta "Caminhada Orientada" pode ser uma boa opção para a população e esta iniciativa contempla as diretrizes da Política Nacional de Promoção à Saúde e fortalece as ações das Equipes Saúde da Família e Núcleo de Apoio a Saúde da Família no âmbito do atendimento em saúde à população.
Resumo:
As parasitoses intestinais ou enteroparasitoses representam um grave problema de Saúde Pública particularmente nos países subdesenvolvidos, com alta prevalência nas camadas populacionais mais carentes. Ocorrendo em diferentes faixas etárias, constata-se, a partir do primeiro ano de vida, um aumento progressivo na sua frequência. A prevenção à parasitose é de ordem primária e se caracteriza por medidas que procuram impedir que o indivíduo adoeça por meio do controle dos fatores de risco. O propósito deste trabalho foi analisar como vem ocorrendo a atuação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) frente às principais Parasitoses Intestinais, com base na literatura. O presente trabalho é uma revisão bibliográfica narrativa do conhecimento disponível na literatura nacional e internacional sobre a temática abordada, com consulta nas principais bases de dados em saúde. As principais estratégias e atividades que os profissionais das equipes de ESF desenvolvem para a prevenção e controle das parasitoses intestinais são: Promoção da Saúde; Educação em Saúde / Grupos; Visita Domiciliar (V.D); Vigilância Epidemiológica (V.E) e o Trabalho em Equipe. A educação em saúde tem se mostrado uma estratégia com baixo custo e tão eficaz quanto o saneamento básico. A Estratégia Saúde da Família (ESF) assume um papel fundamental na execução das ações relacionadas à prevenção, controle, vigilância e tratamento das parasitoses intestinais. Propõe-se, então, com essas intervenções, que as equipes de ESF ampliem sua atuação, tomando como ponto de partida os problemas e as necessidades de saúde da população e seus determinantes e condicionantes. O enfermeiro destaca-se na prevenção e controle das parasitoses intestinais através do desenvolvimento de práticas interativas e integradoras de cuidado. Assim, é necessário identificar, prevenir e tratar as infecções parasitárias, a fim de evitar prováveis epidemias e formação de novas áreas endêmicas.
Resumo:
A organização da demanda através da classificação de risco permite ao profissional conhecer melhor sua área de abrangência e traçar um perfil epidemiológico dos seus pacientes. Permite também planejar seu atendimento, priorizando grupos de risco e pacientes com maior necessidade de tratamento. A classificação de risco pode permitir ainda a identificação e intervenção precoce de cáries, permitindo tratamento conservador e minimizando o número de perdas dentárias por cáries, e também a identificação e tratamento da queixa principal do paciente, trazendo maior satisfação ao usuário e reduzindo, a longo prazo, o aparecimento de casos de demanda espontânea. O objetivo deste estudo é elaborar um plano de ação para organizar a demanda e o acesso ao tratamento odontológico da UBS Cecília Rodrigues Miranda (Jaboticatubas/MG). O presente trabalho foi realizado através uma revisão narrativa sobre classificação de risco e organização de demanda odontológica. Para a busca na literatura foram utilizados os unitermos: "Levantamento de necessidades em saúde bucal", "Índice de cárie", "Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde", "Programa Saúde da Família" e "Classificação de risco". Foram avaliadas as publicações dos últimos 12 anos, em português, disponíveis no portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), na base de dados do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), na biblioteca virtual Scientific Electronic Library Online (SciELO), e na biblioteca virtual da plataforma do programa AGORA do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (NESCON). Após a revisão, elaborou-se um protocolo baseado na classificação de risco odontológico dos usuários para organizar o acesso ao tratamento odontológico.Foi apresentado ainda um modelo de agenda baseado na classificação de risco odontológico dos usuários, priorização de grupos de maior vulnerabilidade e considerando a divisão por microáreas, para organizar a demanda programada.
Resumo:
No Brasil, a principal causa de óbitos é representada pelo conjunto das doenças do aparelho circulatório, com três vezes mais mortes do que a segunda causa de óbitos. Além disso, essas doenças são responsáveis por 10% do total de internações, primeiro lugar em gastos com saúde e primeira causa de aposentadorias por doença ou invalidez. Identificamos na área de abrangência da equipe renascer no município de Tiros-Minas Gerais um grande número de pacientes com risco cardiovascular aumentado, decorrente de suas comorbidades crônicas, como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) e Dislipidemia; muitas vezes associadas à obesidade, tabagismo e sedentarismo. Entretanto, a assistência a esses doentes ocorre de forma desorganizada e sem planejamento adequado voltado para as reais necessidades de saúde desse grupo. Assim, este estudo objetivou elaborar uma proposta de intervenção para prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares, utilizando o grupo operativo HIPERDIA como ferramenta central do projeto. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na base de dados do SciELO e manuais do Ministério da Saúde sobre o tema. Os descritores utilizados para busca foram: hipertensão, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, planejamento de assistência ao paciente. Para a ocorrência de mudanças no processo de trabalho da equipe, propomos ações para um bom manejo das condições crônicas, que se mal controladas gerarão novos sintomas e complicações com o passar do tempo, agravando o quadro clínico do paciente e produzindo agudizações que sobrecarregarão os sistemas de saúde.
Resumo:
O Programa de Saúde da Família, criado no Brasil pelo Ministério da Saúde em 1994 - passado posteriormente à designação Estratégia Saúde da Família -, tem como principal propósito reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo focado na doença por um novo modelo centrado na pessoa. Para isso, prioriza ações de prevenção das doenças e promoção e assistência à saúde, de maneira integrada e em um território definido. Esse Trabalho de conclusão de curso teve como foco o Programa Saúde da Família na cidade de Glaucilândia/ Minas Gerais, propondo um plano de intervenção sobre um problema considerado prioritário, o baixo entendimento dos profissionais atuantes na Estratégia de saúde, principalmente os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), bem como a população, sobre o que é o Programa Saúde da Família, objetivando um melhor plano de cuidados e assistência à saúde. No trabalho é aplicado o Plano Estratégico Situacional, tendo como nós críticos: (1) pouco conhecimento sobre o papel da Estratégia Saúde da Família, pelos profissionais que atuam na Estratégia Saúde da Família; (2) ausência de estratégias que aumentem a relação do Agente Comunitário de Saúde com a população, nas discussões sobre as necessidades de saúde e o papel facilitador da Estratégia Saúde da Família e dos profissionais; (3) falta de ações para orientar a população sobre o papel da Estratégia Saúde da Família. Para esses três nós críticos, três projetos são propostos, respectivamente, (1) "Oficinas de capacitação para a Equipe de Saúde da Família", (2) "ACS: construindo um saber com a comunidade" e, (3) Saúde para Todos.
Organização da agenda na Unidade Básica de Saúde Jardim dos Pescadores em Três Marias - Minas Gerais
Resumo:
O acolhimento deve funcionar para organizar a demanda espontânea e programada, isso se faz através de um bom entendimento do que vem a ser condições agudas e crônicas. Para cada condição haverá uma necessidade específica e cabe à equipe identificá-las, buscar alternativas eficazes para abordá-las e organizar adequadamente as agendas. Este trabalho consiste em um projeto de intervenção visando à organização da agenda do Programa Saúde da Família Jardim dos Pescadores em Três Marias, Minas Gerais. O objetivo foi propor uma agenda de atendimento para Unidade Básica de Saúde Jardim dos Pescadores para melhor organização da demanda espontânea e programada. Para o desenvolvimento do plano de intervenção foi utilizado o método de planejamento estratégico situacional e uma revisão narrativa da literatura sore o tema. O atendimento à saúde da Unidade Básica de Saúde Jardim dos pescadores baseia-se no modelo curativo, há poucas ações de promoção e prevenção, cuidado continuado por meio das visitas domiciliares e programação da agenda, com este projeto de intervenção espera-se reduzir a demanda espontânea e estruturar a demanda programada, bem como introduzir grupos operativos, ações educativas nas escolas e educação continuada com a equipe, visando a melhor atender às necessidades de saúde da população e os princípios do Sistema Único de Saúde. São muitos os desafios a serem enfrentados, pois esse processo envolve mudança de paradigma, mas é necessário investir neste novo modelo para que a população perceba a importância do autocuidado e prevenção de agravos à saúde.