972 resultados para Marked Silence
Resumo:
Falar do silêncio na literatura parece paradoxal, o próprio da literatura sendo a representação através do verbal. No entanto, o silêncio e a palavra são indissociáveis. Filósofos e críticos pós-modernos parecem cada vez mais interessados no silêncio eloquente que se manifesta pelos textos de um grande número de escritores contemporâneos. Marguerite Duras faz parte destes últimos. O objectivo do nosso artigo é analisar algumas das formas sintácticas do silêncio nos seus textos narrativos.
Resumo:
Deaf people are perceived by hearing people as living in a silent world. Yet, silence cannot exist without sound, so if sound is not heard, can there be silence? From a linguistic point of view silence is the absence of, or intermission in, communication. Silence can be communicative or noncommunicative. Thus, silence must exist in sign languages as well. Sign languages are based on visual perception and production through movement and sight. Silence must, therefore, be visually perceptible; and, if there is such a thing as visual silence, how does it look? The paper will analyse the topic of silence from a Deaf perspective. The main aspects to be explored are the perception and evaluation of acoustic noise and silence by Deaf people; the conceptualisation of silence in visual languages, such as sign languages; the qualities of visual silence; the meaning of silence as absence of communication (particularly between hearing and Deaf people); social rules for silence; and silencing strategies.
Resumo:
A escritora mexicana Rosario Castellanos incorpora silêncios em suas obras de uma forma que permite ao leitor a questionar o próprio significado da agência e da natureza da subjetividade de uma protagonista feminina. Silêncios tendem a criar brechas no texto, iluminando as diferenças sociais e raciais que a narração em primeira pessoa foge. Além disso, é revelado que o sujeito se imagina em oposição ao silêncio de mulheres menos privilegiadas, e que realmente não existe um local em que o subalterno pode falar. Este projecto se centra em seu romance Balún Canan (1957), em que a babá Indígena de uma menina complica o desejo de ascender dentro da estrutura patriarcal da sua família mais privilegiada, como a menina descobre que o que faria sua vida confortável é a causa da subjugação de sua “outra mãe.” O texto é desenvolvido em torno de um desejo de falar a partir das margens, e há um esforço claro para dar voz aos subalternos. No entanto, a relação entre a menina e sua babá não é nem romântica nem idealizada; a presença da mulher colonizada resiste a marginalização e ressalta que está sendo coberto no processo de desenvolvimento individual. Ansiedadesurge dentro da narração da menina como ela percebe seu privilégio como membro da classe latifundiária, e a escrita navega entre diferentes manifestações de silêncio: o silenciamento da babá em uma replicação de violência colonial, e a manutenção do silêncio como uma barreira respeitosa.
Resumo:
Neste ensaio, procuro explorar como Ghosh traça a trajetória do silêncio do subalterno, principalmente através do personagem Fokir, enquanto movimento que ocorre desde o ato de ser silenciado até ao primeiro ato de resistência a esse silêncio, em seguida, até ao ato de se apropriar desse silêncio e, finalmente, até uma derradeira jornada que consiste em tornar esse silêncio seu, transformando- o de tal modo que acaba por caracterizar o seu, o nosso, modo de saber e ser. O silêncio não se opõe, então, à linguagem, mas é algo complementar: acrescenta significado à linguagem. O silêncio funciona aqui enquanto retórica e, como se verá, não é tratado em termo dos binários ocidentais como algo que se opõe ao discurso e que é caracterizado pela ausência. O meu argumento neste ensaio é semelhante ao do escritor Phulboni em The Calcutta Chromosome - o silêncio é caracterizado pela presença e possui vida própria; o silêncio é, aqui, uma força criativa. Em ambos os casos, será uma questão de escolha o facto de se ter em consideração as personagens subalternas ou marginais. Os grupos de subalternos usam frequentemente o silêncio como retórica, uma vez que muitas vezes lhes é negado o privilégio de representação nas narrativas principais. O silêncio seria, muitas vezes, uma ferramenta melhor do que a linguagem, porque a linguagem é o discurso dos poderosos. O silêncio não resistiria à equação do poder, mas também corromperia as mesmas ferramentas responsáveis pela criação da discriminação. Neste ensaio, gostaria de salientar como em The Hungry Tide, de Ghosh, nos deparamos com uma viagem que parte de um silêncio forçado para um silêncio criativo e colaborativo.
Resumo:
O poeta americano Bob Kaufman fez um voto de silêncio nas décadas de sessenta e setenta do século passado. Durante quase dez anos, não falou nem escreveu. “The Audible and the Inaudible: Bob Kaufman and the Politics of Silence” (“O Audível e o Inaudível: Bob Kaufman e a Política do Silêncio”) é uma tentativa de ver o silêncio de Kaufman como uma espécie de discurso político em nome das massas anónimas, dos marginais, dos que não conseguem fazer-se ouvir. O ensaio baseia-se, em parte, na obra recente de Jacques Rancière sobre discurso e política. Para Rancière, a política só pode ser exercida através do discurso, através da participação dos que não são vistos como parte activa. No entanto, o silêncio de Kaufman é uma recusa do discurso e da participação; assim sendo, o ensaio procura explorar o silêncio como um discurso político que se mantém socialmente isolado e inaudível, mas procura, ainda assim, reconhecer todos aqueles que continuam a não ter voz nas nossas instituições democráticas.
Resumo:
Bonding, photochemical and electrochemical properties of the clusters [Ru-3(CO)(8)(mu-CO)(2)(alpha-diimine)] (alpha-diimine=2,2'-bipyridine (1), 4,4'-dimethyl-2,2'-bipyridine (2) and 2,2'-bipyrimidine (3)) are strongly influenced by the presence of bridging carbonyl ligands. Irradiation at 471 nm initially results in the population of a sigma(Ru-3)pi*(alpha-diimine) excited state. From this state, fast decay takes place to the optically hardly directly accessible pi(Ru/mu-CO) pi*(alpha-diimine) lowest excited state. These assignments agree with theoretical (TD-DFT) results, resonance Raman and picosecond time-resolved infrared spectra. The involvement of the bridging carbonyl ligands in the electron transfer increases the energetic barrier for the formation of open-structure photoproducts such as biradicals and zwitterions. Zwitterions were therefore only obtained in strongly coordinating media such as pyridine at 250 K. The bridging carbonyl ligands also stabilize the radical anions produced upon one-electron reduction of the clusters [Ru-3(CO)(8)(mu-CO)(2)(alpha-diimine)] and observed with cyclic voltammetry, EPR and IR spectroelectrochemistry (for alpha-diimine=2,2'-bipyrimidine). In contrast, open-triangle intermediates formed along the reduction path to [Ru(CO)(2)(alpha-diimine)](n) and [Ru-2(CO)(8)](2-) are more reactive than their triosmium analogues.
Resumo:
Cette étude comparative de la Suite Vulgate et du Roman de Silence, focalisée sur le guet-apens qui attire Merlin dans les mailles du filet de Grisandole / Silence, explore la façon dont l’apparition de Merlin en homme sauvage et son comportement face à la nourriture éclairent son mode d’action, son identité et ses intentions. La capture spectaculaire de Merlin et sa transformation permettent de creuser la question centrale du rapport entre Nature et Noreture et du travestissement de Grisandole / Silence.