358 resultados para Marginalized
Resumo:
A Ilha Anchieta está localizada no litoral norte do Estado de São Paulo, no município de Ubatuba. Um importante sítio que apresenta em seu passado a presença de uma prisão, que perpassou múltiplas formas de encarceramento entre 1908-1955. O escopo da presente dissertação restringe-se ao período entre 1942-1955, quando era denominada Instituto Correcional da Ilha Anchieta (ICIA), tendo como momento de inflexão e reflexão uma grande rebelião prisional ocorrida em 20 de junho de 1952. A partir das pesquisas etnográfica, documental e bibliográfica realizadas, procurei entender, principalmente, como eram organizadas as redes de sociabilidade entre militares, funcionários civis, mulheres, crianças e os indivíduos privados da liberdade, que lá se encontravam encarcerados e ilhados. Durante o percurso historiográfico e micro sociológico, as relações foram sendo reveladas no plano das práticas cotidianas em escalas e perspectivas distintas, mas congruentes, que passaram a ser descritas, revelando uma intrincada malha de sociabilidade que misturava interesses e agentes variados, uma minuciosa trama de conflitos e dinâmicas sociais. O que está em voga são as fronteiras que operam nos momentos de interação social, subdivididas em cotidiano e rebelião, de como as dinâmicas sociais de um sujeito denominado Ilha Anchieta operam com a população residente e observar, principalmente, a dicotomia entre margens e Estado. A pesquisa permitiu ver como os indivíduos e as categorias operavam tanto no cotidiano, quanto no momento de evento crítico, de rebelião, levando-me a afirmar que, em momentos de ruptura, há um deslaçamento das dinâmicas previamente construídas para, no momento da ruptura, os indivíduos retornarem discursiva e praticamente às suas esferas categóricas de pertencimento, levando-me a crer que é no cotidiano e nas dinâmicas do dia a dia que as formas de nomeação e conceitualização, usualmente marginalizadas, entrelaçam-se tanto para dentro, como para fora do Estado. Desse choque surgem possibilidades de análise dos conflitos, contextos políticos e seus desdobramentos na história do sistema prisional paulista.
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Como as ciências sociais contribuíram para produzir teoricamente o movimento de pobladores chileno e de favelados no Brasil durante o século XX? Mediante a revisão crítica das principais teorias e perspectivas que tentaram compreender a ação política dos pobres urbanos de Santiago do Chile e do Rio de Janeiro, se espera mostrar a relação de proximidade entre estes movimentos e a produção das ciências sociais, onde operaria uma dupla hermenêutica, ou seja, um processo de reflexividade mutuamente influente que terminaria por incidir na constituição e reconhecimento dos movimentos enquanto tais. Esta tese tem o intuito de analisar como as ciências sociais performam as lutas sociais que buscam descrever, em outras palavras, como determinadas conjunturas acadêmicas interatuam positiva ou negativamente com as disputas políticas e sociais produzidas a partir dos movimentos em questão. Para tanto, se revisaram as principais perspectivas que estudaram a questão social urbana: a teoria da marginalidade, a urbanização dependente, a teoria dos movimentos sociais urbanos, as leituras utilitárias e a teoria dos novos movimentos sociais; mostrando como estas interpretações flutuaram entre o réquiem, o redescobrimento e a negação de favelados e pobladores como movimentos sociais.
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Over the years, aquaculture has developed as one of the fastest growing food production sectors in Nepal. However, local fish supplies have been extremely inadequate to meet the ever increasing demand in the country. Nepal imports substantial quantities of fish and fish products from India, Bangladesh, Thailand, and elsewhere. Integration of pond aquaculture in existing crop-livestock-based farming system is believed to be effective in increasing local fish supply and diversifying livelihood options of a large number of small-holder farmers in southern plains (terai) and mid-hill valleys, thereby also increasing resilience of rural livelihoods. There is growing appreciation of the role of small-scale aquaculture in household food and nutrition security, income generation, and empowerment of women and marginalized communities. This book includes a total of 25 papers presented at the ‘Symposium on Small-scale Aquaculture for Increasing Resilience of Rural Livelihoods in Nepal’, held in Kathmandu on 5-6 February 2009. The papers cover technological, social, economic and environmental aspects of small-scale aquaculture development emerged from research and development initiatives of governmental, non-governmental and international research organizations in recent decad
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Aquatic agricultural systems (AAS) are systems in which the annual production dynamics of freshwater and/or coastal ecosystems contribute significantly to total household income. Improving the livelihood security and wellbeing of the estimated 250 million poor people dependent on AAS in Bangladesh, Cambodia, the Philippines, the Solomon Islands and Zambia is the goal of the Worldfish Center-led Consortium Research Program (CRP), “Harnessing the development potential of aquatic agricultural systems for development.” One component expected to contribute to sustainably achieving this goal is enhancing the gender and wider social equity of the social, economic and political systems within which the AAS function. The CRP’s focus on social equity, and particularly gender equity, responds to the limited progress to date in enhancing the inclusiveness of development outcomes through interventions that offer improved availability of resources and technologies without addressing the wider social constraints that marginalized populations face in making use of them. The CRP aims to both offer improved availability and address the wider social constraints in order to determine whether a multi-level approach that engages with individuals, households and communities, as well as the wider social, economic and political contexts in which they function, is more successful in extending development’s benefits to women and other excluded groups. Designing the research in development initiatives to test this hypothesis requires a solid understanding of each CRP country’s social, cultural and economic contexts and of the variations across them. This paper provides an initial input into developing this knowledge, based on a review of literature on agriculture, aquaculture and gender relations within the five focal countries. Before delving into the findings of the literature review, the paper first justifies the expectation that successfully achieving lasting wellbeing improvements for poor women and men dependent on AAS rests in part on advances in gender equity, and in light of this justification, presents the AAS CRP’s conceptual framew
Nem anjos nem demônios: o crime como uma esfera da vida de jovens e adultos da periferia de Salvador
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Este trabalho de dissertação tem por objetivo refleti sobre a inserção e a permanência de jovens da periferia da cidade de Salvador em atividades criminosas. Para a maioria dos entrevistados, a inserção no crime aconteceu ainda nos primeiros anos da adolescência. Hoje eles são jovens-adultos que consideram a atividade criminal um trabalho que possibilita a construção da autonomia de um sujeito-homem. A maioria dos informantes está envolvida especificamente no crime contra o patrimônio, o furto, e a especificidade da ação permite excluí-lo do âmbito do crime violento. A ação criminal elege como locus de atuação lojas de departamento de diferentes shoppings centers da cidade e também festas populares como o carnaval, micaretas, São João e shows de grande porte ao redor do Brasil. Nesta atividade eles se auto intitulam de descuidistas. As teorias acionadas na compreensão do problema em questão foram: teoria do curso de vida, acumulação de desvantagem, controle social e rotulação, além do conceito de construção de um sujeitohomem através do crime. A pesquisa foi realizada em um bairro considerado um dos mais violentos da cidade de Salvador: Fazenda Coutos.
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Patrick Bateman, o protagonista narrador do romance American Psycho (1991), de Bret Easton Ellis, confunde por ser rico, bonito e educado e, ao mesmo tempo, torturador, assassino e canibal. Mas esta personalidade antagônica não o torna singular. O que o particulariza são as quatro faces que ele apresenta ao longo de sua narrativa: (1) ele consome mercadorias e humanos, (2) compete para ter reconhecimento, (3) provoca horror por suas ações, e (4) não é um narrador confiável. Sendo um yuppie (termo popular usado nos Estados Unidos na década de 1980 para denominar jovens e bem sucedidos profissionais urbanos), Bateman é materialista e hedonista. Ele está imerso em uma sociedade de consumo, fato que o impossibilita de perceber diferenças entre produtos e pessoas. Sendo um narcisista, ele se torna um competidor em busca de admiração. No entanto, Bateman também é um serial killer e suas descrições detalhadas de torturas e assassinatos horrorizam. Por fim, nós leitores duvidamos de sua narrativa ao notarmos inconsistências e ambiguidades. Zygmunt Bauman (2009) afirma que uma sociedade extremamente capitalista transforma tudo que nela existe em algo consumível. Christopher Lasch (1991) afirma que o lendário Narciso deu lugar a um novo, controverso, dependente e menos confiante. A maioria das vítimas de Bateman são membros de grupos socialmente marginalizados, como mendigos, homossexuais, imigrantes e prostitutas, o que o torna uma identidade predatória, segundo Arjun Appadurai (2006). A voz autodiegética e a narrativa incongruente do protagonista, contudo, impedem que confiemos em suas palavras. Estas são as quatro faces que pretendo apresentar deste serial killer
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A presente tese desenvolveu um olhar sobre o indivíduo que consome crack abusivamente nas cidades do Rio de Janeiro e Nova Iorque, especialmente os que se encontravam em situação de vulnerabilidade social. Neste sentido, buscou-se conhecer de que forma o processo de vulnerabilidade social corroborou para o uso abusivo da droga, concentrando, principalmente, o foco sobre os que se encontravam em condição marginal, especialmente aqueles que viviam em situação de rua, residindo nas cenas de uso. Rio de Janeiro e Nova Iorque foram escolhidas por apresentarem população usuária abusiva de crack em número considerável. Por isso, pretendeu-se analisar se os perfis socioculturais desses sujeitos se assemelhariam. Foram analisados significados complexos e conotações socioculturais que exerciam influências significativas nas motivações ao consumo abusivo da droga. Sendo assim, nas páginas que seguem, objetiva-se aprofundar a compreensão sobre os fenômenos sociais que interagem com ou sobre o uso abusivo de crack e com seus usuários, tendo como base o respeito aos indivíduos investigados. O processo de elaboração da pesquisa desenvolveu-se por meio da técnica de observação participante, história de vida e aplicação de entrevistas semi-estruturadas a usuários desta droga em ambas as cidades. Tanto no Rio de Janeiro, quanto em Nova Iorque, o perfil sociocultural dos participantes apresentou-se de forma semelhante: indivíduos socialmente marginalizados, excluídos, vítimas de racismo, preconceito, miséria, pobreza, conflitos familiares e rodeados pelos efeitos de políticas proibicionistas, assim como repressão policial e encarceramento. Pode-se afirmar que o processo de vulnerabilidade sofrido por esses indivíduos tornou-se evidente na vivência de problemas sociais anteriores ao consumo de crack. Estes problemas ampliaram-se na medida em que esses sujeitos se tornaram usuários abusivos, principalmente, frente ao estigma e à exclusão consequentes do fardo de serem drogados, cracudos ou crackheads, o que salientou ainda mais o rompimento dos vínculos sociais, na maioria dos casos, já enfraquecidos. Os resultados demonstraram que, embora sejam de cidades de diferentes países, com realidades econômicas, culturais e sociais distintas, a população usuária abusiva de crack se assemelha no que se refere aos aspectos especialmente as falhas - sociais, culturais e econômicas no processo de organização de vida, fortalecendo os argumentos em torno das dimensões socioculturais do uso.
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Small-scale and artisanal fisheries contribute about two-thirds of the global fish production destined for direct human consumption. They also accommodate over 90 per cent of those who make their living from fisheries. Women comprise at least half the workforce in small-scale fisheries. Despite the important contributions made by small-scale fisheries to poverty eradication and food security, small-scale fishers and fishworkers continue to be marginalized at different levels. It is in this context that the Committee on Fisheries (COFI) of the Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) has developed the Voluntary Guidelines for Securing Sustainable Small-scale Fisheries in the Context of Food Security and Poverty Eradication (SSF Guidelines).
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PROCESS (Participatory Research, Organization of Communities, and Education Towards Struggle for Self-reliance) is the offshoot of an experiment encouraged by the International Labor Organization to stimulate self-help initiatives among rural communities in Antique and Batangas. Its operations today extend to 10 provinces in the Philippines, touching the lives of thousands of farmers, fisherfolk, women and other marginalized sectors.
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We consider the smoothing problem for a class of conditionally linear Gaussian state-space (CLGSS) models, referred to as mixed linear/nonlinear models. In contrast to the better studied hierarchical CLGSS models, these allow for an intricate cross dependence between the linear and the nonlinear parts of the state vector. We derive a Rao-Blackwellized particle smoother (RBPS) for this model class by exploiting its tractable substructure. The smoother is of the forward filtering/backward simulation type. A key feature of the proposed method is that, unlike existing RBPS for this model class, the linear part of the state vector is marginalized out in both the forward direction and in the backward direction. © 2013 IEEE.
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Wydział Historyczny: Instytut Etnologii i Antropologii Kulturowej
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Wydział Historyczny: Etnologii i Antropologii Kulturowej UAM
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The aim of this article is to analyse the novel "Na die geliefde land" (1972) by Karel Schoeman, by interpreting the function of 'hulle' ('they') as a category of alienation/distancing. Schoeman presented a future vision of South Africa controlled by an unidentified group of 'them' and showed Afrikaners as a marginalized group, forced to live on farms. A narrow political interpretation dominated in the reception of this book, which was treated as a simulation of the development of the political situation in South Africa. The key argument of this article is that the indeterminate representation of the situation after the revolution is not a weakness of this novel, but a conscious strategy of the author. The article argues that problems concerning political revolution ('Who', 'Why', 'When') are not that relevant in a reading of the novel because "Na die geliefde land" deals mainly with an Afrikaner community’s reactions to a changed situation.
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Wśród niematerialnych potrzeb ludzkich do najważniejszych, z punktu widzenia polityki społecznej, należy potrzeba bezpieczeństwa. Stąd takim istotnym problemem jest gwarantowanie obywatelom poczucia bezpieczeństwa socjalnego. Choć z jednej strony, rozwój gospodarczy przynosi za sobą wzrost zamożności społeczeństwa, a co za tym idzie, wzrost poczucia bezpieczeństwa socjalnego, z drugiej strony w społeczeństwie nadal występują osoby i grupy, które, z różnych powodów, nie korzystają z owoców owego postępu. Dotyczy to zwłaszcza tych, którzy maja ograniczony dostęp do podstawowych dóbr i usług powszechnie przysługujących. Ta kategoria osób – to osoby wykluczone, czy też marginalizowane społecznie. Dla wykluczenia społecznego najbardziej charakterystyczne są trzy cechy: niski poziom uczestnictwa w życiu społecznym, długotrwałość i niedobrowolność takiej sytuacji, ograniczenie możliwości korzystania z podstawowych praw obywatelskich. Kwestia wykluczenia społecznego od niedawna została uznana przez Unię Europejską za jeden z podstawowych problemów społecznych. Stąd ogłoszenie roku 2010 Europejskim Rokiem Walki z Ubóstwem i Wykluczeniem Społecznym i podjęcie konkretnych działań w celu ograniczenia tych zjawisk. Daje to nadzieję, że tak w Unii Europejskiej, jak i w Polsce uda się zmniejszyć ilościowe rozmiary wykluczenia społecznego.
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Ecological concern prompts poor and indigenous people of India to consider how a society can ensure both protection of nature and their rightful claim for a just and sustainable future. Previous discussions defended the environment while ignoring the struggles of the poor for sustenance and their religious traditions and ethical values. Mohandas Karamchand Gandhi addressed similar socio-ecological concerns by adopting and adapting traditional religious and ethical notions to develop strategies for constructive, engaged resistance. The dissertation research and analysis verifies the continued relevance of the Gandhian understanding of dharma (ethics) in contemporary India as a basis for developing eco-dharma (eco-ethics) to link closely development, ecology, and religious values. The method of this study is interpretive, analytical, and critical. Françoise Houtart’s social analytical method is used to make visible and to suggest how to overcome social tensions from the perspective of marginalized and exploited peoples in India. The Indian government's development initiatives create a nexus between the eco-crisis and economic injustice, and communities’ responses. The Chipko movement seeks to protect the Himalayan forests from commercial logging. The Narmada Bachao Andolan strives to preserve the Narmada River and its forests and communities, where dam construction causes displacement. The use of Gandhian approaches by these movements provides a framework for integrating ecological concerns with people's struggles for survival. For Gandhi, dharma is a harmony of satya (truth), ahimsa (nonviolence), and sarvodaya (welfare of all). Eco-dharma is an integral, communitarian, and ecologically sensitive ethical paradigm. The study demonstrates that the Gandhian notion of dharma, implemented through nonviolent satyagraha (firmness in promoting truth), can direct community action that promotes responsible economic structures and the well-being of the biotic community and the environment. Eco-dharma calls for solidarity, constructive resistance, and ecologically and economically viable communities. The dissertation recommends that for a sustainable future, India must combine indigenous, appropriate, and small- or medium-scale industries as an alternative model of development in order to help reduce systemic poverty while enhancing ecological well-being.