1000 resultados para Litoral continental português
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Extension of overthickened continental crust is commonly characterized by an early core complex stage of extension followed by a later stage of crustal-scale rigid block faulting. These two stages are clearly recognized during the extensional destruction of the Alpine orogen in northeast Corsica, where rigid block faulting overprinting core complex formation eventually led to crustal separation and the formation of a new oceanic backarc basin (the Ligurian Sea). Here we investigate the geodynamic evolution of continental extension by using a novel, fully coupled thermomechanical numerical model of the continental crust. We consider that the dynamic evolution is governed by fault weakening, which is generated by the evolution of the natural-state variables (i.e., pressure, deviatoric stress, temperature, and strain rate) and their associated energy fluxes. Our results show the appearance of a detachment layer that controls the initial separation of the brittle crust on characteristic listric faults, and a core complex formation that is exhuming strongly deformed rocks of the detachment zone and relatively undeformed crustal cores. This process is followed by a transitional period, characterized by an apparent tectonic quiescence, in which deformation is not localized and energy stored in the upper crust is transferred downward and causes self-organized mobilization of the lower crust. Eventually, the entire crust ruptures on major crosscutting faults, shifting the tectonic regime from core complex formation to wholesale rigid block faulting.
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Incremental laser-heating analyses of supergene cryptomelane clusters extracted from three distinct weathering profiles from the Mary Valley region, southeast Queensland, Australia, yield reproducible and well-defined plateau ages ranging from 346 +/- 15 to 291 +/- 14 ka (2 a). Precipitation of supergene cryptomelane in this period implies that relative humid climate prevailed in southeast Queensland from 340 to 290 ha, a result consistent with oxygen isotope analyses of marine sediments from Ocean Drilling Program Site 820 and with regional pollen and spore records. These results, the first report on the precise Ar-40/Ar-39 dating of Quaternary supergene cryptomelane, indicate that Ar-40/Ar-39 analysis of pedogenic minerals provides a reliable geochronometer for the study of Quaternary surficial processes useful in the study of soil formation rates, continental paleoclimates, and archaeological sites devoid of datable volcanic minerals.
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Trace element concentrations and combined Sr- and Nd-isotope compositions were determined on stromatolitic carbonates (microbialites) from the 2.52 Ga Campbellrand carbonate platform (South Africa). Shale-normalised rare earth element and yttrium patterns of the ancient samples are similar to those of modern seawater in having positive La and Y anomalies and in being depleted in light rare earth elements. In contrast to modem seawater (and microbialite proxies), the 2.52 Ga samples lack a negative Ce anomaly but possess a positive Eu anomaly. These latter trace element characteristics are interpreted to reflect anoxic deep ocean waters where, unlike today, hydrothermal Fe input was not oxidised, and scavenged and rare earth elements were not coprecipitated with Fe-oxyhydroxides. The persistence of a positive Eu anomaly in relatively shallow Campbellrand platform waters indicates a dramatic reversal from hydrothermally dominated (Archaean) to continental erosion-dominated (Phanerozoic) rare earth element flux ratio. The dominant hydrothermal input is also expressed in the initial Sr- and Nd-isotope ratios. There is collinear variation in Sr-Nd systematics, which range from primitive values (Sr-87/Sr-86 of 0.702386 and epsilon (Nd) of +2.1) to more evolved crustal ratios. Mixing calculations show that the range in trace element ratios (e.g., Y/Ho) and initial isotope ratios is not a result of contamination by trapped sediment, but that the chemical band isotopic variation reflects carbonate deposition in an environment where different water masses mixed. Calculated Nd flux ratios yield a hydrothermal input into the 2.52 Ga oceans one order of magnitude larger than continental input. Such a change in flux ratio most likely required substantially reduced continental inputs, which could, in turn, reflect a plate tectonic causation (e.g., reduced topography or expansion of epicontinental seas). Copyright (C) 2001 Elsevier Science Ltd.
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One hundred and twenty-five mineral grains from 45 visually pure K-bearing Mn oxide (hollandite group) samples collected from weathering profiles in the Mt Tabor region of central Queensland, Australia, were analysed by the Ar-40/Ar-39 laser probe technique. These K-Mn oxides precipitated mainly through a process of cavity filling (direct precipitation from weathering solution), with botryoidal texture formed by micrometric mineral bands. Well-defined and reproducible plateau ages have been obtained for most samples, ranging from 27.2 +/- 0.8 to 6.8 +/- 0.5 Ma (2 sigma). Statistical analysis of the geochronological results by mixture modelling suggests an episodic mineral precipitation history, with two major peaks at 20.2 +/- 0.22 Ma and 16.5 +/- 0.17 Ma. The geochronological results, when combined with information on paragenetic relationships and mineralogical textures obtained from petrographic, scanning electron microscopy, and electron microprobe investigations, indicate that warm and humid palaeoclimatic conditions favourable to intense chemical weathering prevailed in central Queensland from late Oligocene to middle Miocene, particularly in the early Miocene. These results, in conjunction with previous and ongoing investigations in NW and eastern Queensland, suggest that most of Queensland was dominated by humid climates during the Miocene. (C) 2002 Elsevier Science BN. All rights reserved.
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Levantamentos sonográficos desenvolvidos em duas áreas da plataforma interna adjacente ao estado do Espírito Santo revelam formas de fundo cuja origem é fortemente relacionada a eventos de tempestades. Estas são caracterizadas por alternâncias de bandas de areias finas sobrepostas, de forma alternada, a um fundo de areias grossas, gerando manchas de areias grossas intercaladas abruptamente com faixas de areias finas a profundidades de 25-30 m para GUA e de 05-08 m para BES. Em ambas as áreas as faixas de areias grossas apresentam marcas de ondulação geradas por ondas com orientação levemente paralela a linha de costa. A sedimentologia de GUA é composta por areias finas a muito finas lamosas carbonáticas com cascalhos siliciclásticos e a de BES por areias grossas e médias com cascalhos biodetríticos. Desta forma, é clara a ação de correntes/ondas de tempestade no fundo marinho de GUA e de BES; porém, a classificação quanto ao comportamento hidrodinâmico e ao transporte de sedimento é necessária para as estimativas sobre a formação, transporte e manutenção das feições encontradas.
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O artigo versa sobre o debate travado entre Say e Sismondi a respeito da possibilidade de saturação geral dos mercados. Na primeira seção, descreve-se o contexto histórico da Europa continental nas primeiras décadas do século 19, destacando-se as particularidades da experiência francesa de industrialização ante a liderança britânica nesse campo. A seguir, traça-se breve perfil da formação intelectual de Say a fim de apresentar sua visão sobre o funcionamento dos mercados. Na continuação, examina-se a perspectiva histórica de Sismondi em sua crítica da ortodoxia clássica, bem como sua versão para a tendência do sistema capitalista à superprodução. Nas duas últimas partes, recuperam-se os comentários recíprocos de Say e Sismondi a respeito de suas divergências teóricas sobre os limites da acumulação de capital.
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Organizadores: João Fragoso; Manolo Florentino; Antonio Carlos Jucá de Sampaio; Adriana Pereira Campos
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Todas as línguas possuem algum recurso para expressar a negação verbal, porém cada uma apresenta estratégias próprias para sua realização. No português brasileiro (PB), há três estratégias de negação: 1) pré-verbal (Não+SV); 2) dupla negação (Não+SV+Não) e 3) pós-verbal (SV+Não). À luz da Sociolinguística Variacionista e com base na amostra PortVix (Português Falado na Cidade de Vitória), que tem por parâmetros sociais o gênero/sexo do falante, sua faixa etária e seu nível de escolaridade, o presente trabalho analisa a variação no uso das estruturas de negação no português falado na cidade de Vitória/ES, a fim de situar, a partir desse fenômeno, a variedade capixaba no cenário do PB. Também toma por base a proposta de Schwenter (2005) de que as três variantes se alternam apenas quando o conteúdo negado é ativado no discurso. Sendo assim, se a proposição negada apresentar um estatuto de uma informação nova, apenas a negação pré-verbal pode ser empregada. Desse modo, em nossa pesquisa, buscamos entender quais fatores influenciam a alternância das formas de negação e verificar os contextos linguístico-discursivos que comportam essa variação. Ao confrontarmos nossos resultados com os de outras pesquisas, observamos que a dupla negação é bastante produtiva na fala capixaba, representando 21,1% de um total de 2263 dados. Ao realizarmos rodadas em que foram amalgamadas duas variantes e contrapostas a uma outra, foram selecionados pelo programa Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005) e, portanto, considerados estatisticamente relevantes para a dupla negação, os seguintes fatores: as sequências dialogais, a ausência de reforço negativo, a ausência de marcadores conversacionais e as orações absolutas. Para a negação pós-verbal, foram selecionadas as seguintes variáveis: as proposições negadas diretamente ativadas e as sequências dialogais. Para a negação pré-verbal, os fatores estatisticamente relevantes foram: as sequências narrativas e as argumentativas, a presença de reforço negativo, a presença de marcadores conversacionais, as orações principais e o gênero masculino. Os resultados revelaram que a variação no uso das estruturas negativas é um fenômeno marcadamente discursivo, mas também com atuação de alguns fatores sintáticos.
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Esta pesquisa dedica-se a analisar o processo de concordância nominal no português falado na zona rural de Santa Leopoldina/ES. Para isso, utilizaremos, como base para nossas ponderações, os pressupostos da Sociolinguística Variacionista. Nossa análise foi constituída a partir de entrevistas, tipicamente labovianas, com duração de 50 a 60 minutos. Sabendo que a Teoria da Variação considera preponderante o estudo da língua associado ao meio em que essa se encontra inserida, nos termos de Labov (2008 [1972], p. 291), estratificamos nossos informantes da seguinte maneira: faixa etária – 7-14 anos; 15-25 anos; 26-49 anos; e maiores de 49 anos; sexo/gênero – feminino e masculino; escolaridade – um a cinco anos (antigo primário, atual fundamental 1); seis a nove anos (antigo ginasial, atual fundamental 2). Para um controle do ambiente linguístico em que nossas variantes operam, selecionamos cinco variáveis linguísticas: saliência fônica, posição linear e relativa aliada à classe gramatical, marcas precedentes, animacidade dos substantivos, grau e formalidade dos substantivos e dos adjetivos. Além disso, elaboramos um estudo comparativo entre rural vs urbano, haja vista que comparamos nossos resultados aos obtidos por: Scherre (1988) – com o português falado no Rio de Janeiro (RJ), na década de 1980; Scherre e Naro (2006) – com o português falado no Rio de Janeiro (RJ), na década de 2000; e, por fim, Silva (2011) – com o português falado em Vitória (ES), na década de 2000. Esperamos, dessa forma, colaborar para o mapeamento da fala capixaba.
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A presente dissertação investiga o atual estágio de manutenção das variedades dialetais da Itália setentrional no município de Santa Teresa, localizado na região serrana do Espírito Santo. Este trabalho se justifica porque, após 141 anos da chegada dos primeiros italianos a esse município, ainda não existem estudos que abordem questões relacionadas aos dialetos italianos da localidade. Considerando esse cenário, o objetivo deste estudo é oferecer um panorama da situação bilíngue português-dialeto italiano no município, com a identificação das áreas de maior ou menor uso do dialeto e ainda os fatores determinantes para a escolha linguística, os domínios de uso e as atitudes linguísticas dos falantes. Um segundo objetivo do estudo foi documentar algumas tradições orais italianas ainda presentes em Santa Teresa. Os dados foram coletados por meio de observação participante, questionário sociolinguístico e 146 entrevistas semiestruturadas, nas quais os informantes foram divididos por local de residência (zona rural e urbana) e em três faixas etárias (entre 08-30 anos, 31-60 e acima de 60 anos de idade). Os resultados encontrados revelam que o termo taliàn, que significa italiano nos dialetos da Itália setentrional (cf. BOERIO, 1856; RICCI, 1906 etc.), é usado pela maior parte dos falantes da faixa etária acima de 60 anos das zonas rural e urbana. Analisando diacronicamente o processo de uso do dialeto italiano através dos diferentes domínios, no período da infância dos informantes e na atualidade, é possível verificar a perda do dialeto no trajeto de vida dos falantes das faixas etárias de 31-60 anos e dos acima de 60 anos. Entre os informantes da faixa etária de 08-30 anos, verifica-se um quase completo monolinguismo português. Entre os informantes da faixa etária de 31-60 anos, o uso do dialeto italiano é fortemente influenciado pela idade do interlocutor: usam-no mais com seus avós do que com seus pais, e com seus pais mais do que com seus irmãos. Entretanto, nenhum informante desta faixa etária relatou usar o dialeto italiano com os filhos. Em resumo, o uso do dialeto italiano somente entre os membros mais idosos indica o processo de sua substituição pelo português e aponta que sua transmissão às gerações mais jovens está seriamente ameaçada. A análise das atitudes linguísticas dos informantes acima de 60 anos permitiu constatar o desprestígio e o preconceito em relação ao uso do dialeto no período da infância dos informantes. Por outro lado, os relatos em relação ao uso do dialeto na atualidade referem-se à associação da língua e da cultura de origem italiana com elementos positivos; à vontade explícita de manutenção do dialeto pelos adultos e idosos, à recuperação da língua de imigração pelos informantes de 08-30 anos. Aliás, entre os mais jovens, percebe-se uma tentativa de retorno às origens, de valorização da cultura e da língua dos antepassados.
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This research aims to diagnose the environmental impacts caused by the growth of urban occupations over the mangrove in the continental area of Vitória. It is justified by the gradual degradation of mangroves in Vitória that has inestimable importance to the landscape, to the environment and to the economy. With the growth of urban population in Brazil and around the world, researches like this, about environmental management, are essential to allow cities to grow more sustainably and well planned. The thesis was initially based on the study of occupations of Permanent Preservation Areas in general, with the presentation of the basic concepts and reflections, and later on territorial analysis of some protected areas and their surroundings, and the study of the empirical object, a polygon that covers urban areas and mangroves on the continental part of Vitória. The study hopes to promote a reflection and a discussion about the importance of maintenance of protected natural areas inside the cities, generating knowledge about the importance of mangrove and diagnose how it has been urbanized, protected or degraded over the years
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No artigo aborda-se a questão de em que medida as mudanças ocorridas no cenário nacional e internacional justificam que o Brasil leve adiante uma política externa de potência emergente, no nosso continente e no mundo. Para fundamentar suas conclusões, o artigo considera alguns aspectos relevantes da política mundial desde o fim da Segunda Guerra Mundial, bem como a importância de uma base regional para o exercício de uma política internacional mais assertiva e os desafios que isso nos coloca, particularmente na América do Sul.
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O presente estudo analisa a submissão do Brasil a uma plataforma continental estendida formulada à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC). Primeiramente, o trabalho apresenta a evolução dos limites marítimos brasileiros ao longo de sua formação histórica até o momento atual. Posteriormente, examina o conceito jurídico de plataforma continental elaborado pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) e a atuação da CLPC na fixação dos limites exteriores desse espaço do mar. Na parte final, destaca as implicações das recomendações "definitivas e obrigatórias" dessa instituição internacional sobre os interesses brasileiros na plataforma continental estendida.
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In 2004, Brazil submitted to the Commission on the Limits of the Continental Shelf (CLCS) a Submission for the outer limit of the Brazilian continental shelf for its extension beyond the limits of 200 nautical miles. In 2007, the CLCS presented its recommendations, however it did not recommend four areas proposed by Brazil, the Amazon Fan among them. The objective of this study is to present the main legal and technical aspects of the controversy about the Amazon Fan, in order to evaluate some alternatives for a future submission, new or revised.