978 resultados para Geographic Variation.
Resumo:
O gênero Ptychoglossus está incluído na família Gymnophthalmidae e abriga atualmente 15 espécies distribuídas principalmente na Amazônia ocidental. Ptychoglossus brevifrontalis, inicialmente considerada como tendo uma distribuição peri-amazônica, nos últimos anos foi registrada em diversos pontos do interior da Amazônia, indicando ampla distribuição na região. Contudo, há poucas informações acerca da variação morfológica ao longo da distribuição da espécie. Neste trabalho foi estudada a variação intra- e interpopulacional na morfologia externa de Ptychoglossus brevifrontalis, analisando-se também a ocorrência de dimorfismo sexual e variação ontogenética. Ptychoglossus nicefori foi incluída no estudo, tendo em vista sua grande semelhança com P. brevifrontalis e o histórico de sinonímia entre as duas espécies. Observou-se variação geográfica em alguns caracteres, sem contudo justificar o reconhecimento de mais de um taxon. A validade de P. nicefori é questionada, porém estudos adicionais são necessários antes da proposição de novas alterações na taxonomia.
Resumo:
Osteocephalus taurinus é uma espécie nominal de ampla distribuição na Amazônia e nos llanos do Orinoco. Sua grande variação morfológica indica que se trata de um complexo de espécies. O presente estudo examina a variação geográfica de vários caracteres morfológicos e morfométricos da espécie nominal, avalia a hipótese de tratar-se de fato um complexo de espécies; e testa a teoria da atual distribuição das formas, através de padrões biogeográficos, ecológicos e de regímen de precipitação já definidos. A partir de 431 espécimes estudados foram selecionadas 16 populações, nas quais foram analisados 20 caracteres anatômicos internos, 14 caracteres morfométricos e seis caracteres morfológicos externos. Através de análises estatística e mapas de isolinhas evidenciou-se que O. taurinus não se trata de um complexo de espécies e sim possui uma grande variação intra e interpopulacional das caraterísticas morfométricas e morfológicas. Simultaneamente, foram observados caracteres anatômicos internos polimórficos. O primeiro componente obtido através de uma análise de componentes principais mostra uma variação clinal do tamanho corporal ao longo da distribuição geográfica total, mais evidente nos machos. Em outros caracteres analisados, a variação fico independente do cline. O padrão espacial do tamanho indicou que as formas maiores ocorrem nas terras baixas da Amazônia, onde a vegetação de floresta ombrofila divide as áreas de cerrado ao norte e ao sul do continente sul americano. Nestas últimas áreas, ocorrem com maior intensidade as formas menores. Esta distribuição espacial não se explicou através das divisões propostas por outros autores para Amazônia, o que pode ser devido a um mascaramento gerado pela grande variação intrapopulacional. O modelo espacial do tamanho corporal de O. taurinus não corresponde a um padrão de isolamento por distância, o que pode sugerir que a colonização da espécie em algumas áreas seja recente. Este estudo confirma a hipótese da origem do gênero no início do Plioceno, o que indica que O. taurinus teria tido tempo suficiente para se dispersar antes do surgimento dos Andes como barreira geográfica.
Resumo:
O complexo Icterus cayanensis-chtysocephalus apresenta um intrincado padrão de variação em plumagem e tamanho corpóreo. São reconhecidos, tradicionalmente, para o grupo seis táxons: Icterus chtysocephalus, I. cayanensis cayanensís. I. cayanensis tibialis, I. cayanensis tibialis, I. cayanensis valenciobuenoi, I. cayanensis periporphyrus e I. cayanensis pyrrhopterus, que se substituem geograficamente ao longo de grande parte da América do Sul. Neste estudo foi feita a descrição dos padrões de variação geográfica. Foram diagnosticadas quatro espécies, à luz do conceito filogenético de espécie: Icterus cayanensis (Amazônia Meridional), Icterus chrysocephalus (Amazônia Setentrional), Icterus tibialis (Caatinga) e Icterus pyrrhopterus (Chaco); os táxons I. cayanensis valenciobuenoi e I. cayanensis periporphyrus foram sinonimizados. Entre as formas amazonicas (chrysocephalus e cayanensis) foi detectada a presença de uma zona híbrida mais extensa do que aquela reportada na literatura. No Brasil Central foi diagnosticada a maior zona de intergradação conhecida para aves, com aproximadamente 2.300 km de extensão, produto do intercruzamento entre Icterus tibialis e Icterus pyrrhopterus, formas distribuídas pela Caatinga e Chaco, respectivamente. Postula-se que as zonas de intergradação diagnosticadas neste estudo são produto do intercruzamento de populações previamente diferenciadas em isolamento geográfico.
Resumo:
A subfamília Dipsadinae engloba 22 gêneros da fauna de colubrídeos neotropicais e 24 outros considerados incertae sedis, mas com caracteres comuns aos dipsadíneos. Os gêneros Dipsas, Sibon, Sibynomorphus e Tropidodipsas formalmente compõem a tribo Dipsadini a qual é considerado um grupo monofilético bem fundamentado. A tribo é caracterizada por serpentes que apresentam um alto grau de especialização morfológica, relacionado ao modo de alimentação e adaptações ao hábitat em que vivem. O gênero Dipsas inclui aproximadamente 32 espécies, distribuídas do México até a América do Sul, é constituído por serpentes de corpo delgado e alongado, com cabeça curta e proeminente, olhos grandes, pupilas verticais e ausência de sulco mentoniano. As espécies são notavelmente variáveis na coloração, número de escamas e outros caracteres morfológicos. Essa extrema variação tem dificultado a definição dos limites entre as espécies e a interpretação de padrões de variação geográfica. A grande variação morfológica dos caracteres presentes nas espécies D. catesbyi e D. pavonina, associada à dificuldade de identificação dos táxons e à escassez de informações sobre as suas distribuições geográficas, justificam a necessidade de uma análise mais detalhada destas espécies. Para tal, o presente estudo foi dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo corresponde à análise da variação individual, sexual e geográfica de D. catesbyi e D. pavonina, e a comparação dos caracteres morfológicos entre as duas espécies. O segundo corresponde à análise da macroestrutura das glândulas cefálicas nestas duas espécies, relacionando-as com outros táxons de Dipsadinae.
Resumo:
A última revisão do gênero Campylorhamphus (realizada por Zimmer em 1934), definiu a espécie politípica C. procurvoides como constituída pelos seguintes táxons de diagnose tradicionalmente difícil, feita principalmente com base em caracteres de plumagem: C. p. procurvoides, C. p multostriatus, C. p. probatus, C. p. sanus e C. p. successor. O objetivo do presente estudo foi revisar a sistemática desta espécie politípica através da descrição da variação geográfica e análise crítica da validade dos táxons atualmente reconhecidos, utilizando-se caracteres morfológicos e moleculares. A análise molecular indicou com forte apoio estatístico que a espécie politípica de C. procurvoides é polifilética, uma vez que os táxons nela agrupados se encontram distribuídos em três clados distintos e não proximamente relacionado dentro do gênero Campylorhamphus. Uma análise combinada dos caracteres morfológicos e genéticos possibilitou a diagnose objetiva dos táxons procurvoides, ultostriatus, probatus e sanus, mas não de successor, que foi sinonimizada com um táxon agrupado numa outra espécie politípica (C. t. notabilis); esta mesma análise indicou a existência de dois táxons distintos previamente não reconhecidos e que aqui são diagnosticados e referidos como taxon novum 1 e táxon novum 2. Com base nas suas relações fologenéticas e diagnose consistente, os táxons considerados válidos nesta revisão e tradicionalmente tratados como subespécies de C. procurvoides, são aqui elevados ao nível de espécie com base no Conceito Filético Geral de Espécie.
Resumo:
São conhecidas 89 espécies de Gymnophiona para a região Neotropical sendo para a maioria dessas a taxonomia ainda mal definida. Alguns gêneros são claramente parafiléticos e em nível de espécies a falta de novas coletas e a dificuldade aí implícita, pela natureza fossorial desses anfíbios impedem o conhecimento sobre a variação nos caracteres utilizados para as definições taxonômicas. Este trabalho foi implementado para fornecer conhecimento sobre a variação não geográfica e geográfica em caracteres morfológicos externos das espécies da Amazônia brasileira, além de atualizar as informações sobre a distribuição delas. Foram analisados 623 espécimes provenientes de dez coleções zoológicas nacionais e duas do exterior. Foram reconhecidas 16 espécies de Gymnophiona para a Amazônia brasileira, sendo duas formas incertae sedis. Caecilia marcusi Wake, 1984 é sinonimizada com C. mertensi Taylor, 1973 em base na análise de material recentemente coletado em diferentes localidades no Brasil, além de um dos parátipos de C. marcusi (ZSM 82/1982) e fotos detalhadas do holótipo de C. mertensi. Uma espécie nova do gênero, até então monoespecífico, Rhinatrema Duméril & Bibron 1841 e outra do gênero Microcaecilia são descritas. É constatada baixa variação geográfica nos caracteres examinados. A análise multivariada apontou baixa variação quanto à morfometria entre as populações estudadas de Caecilia gracilis e C. tentaculata. São apresentados alguns problemas na diagnose de espécies a partir de comentários sobre espécimes que permanecem como incertae sedis. São apresentadas a distribuição das espécies em mapas e discussões sobre o seu status de conservação.
Resumo:
Pós-graduação em Ciências Biológicas (Botânica) - IBB
Resumo:
Pós-graduação em Biologia Animal - IBILCE
Resumo:
A taxonomic study on the South American dwarf boas of the genus Tropidophis revealed the existence of two new species in the Atlantic Forest bionic. As a result, we recognize five mainland species, three in the Atlantic Forest and two in northwestern South America. Based on general distribution and morphological orientation, the type locality of T. paucisquamis is restricted to Estacao Biologica de Boraceia (EBB), municipality of Salesopolis, state of Sao Paulo, Brazil; furthermore, a lectotype for T. taczanowskyi is designated. We provide data on the hemipenial morphology of two South American Tropidophis, showing that the quadrifurcate condition described for West Indian taxa also occurs in mainland congeners. The distributions of the three Atlantic Forest species are congruent with patterns of diversification of other vertebrate taxa associated with cold climates prevalent at high elevations. Refugial isolation and riverine barriers may account for such speciation events.
Resumo:
Historical climatic refugia predict genetic diversity in lowland endemics of the Brazilian Atlantic rainforest. Yet, available data reveal distinct biological responses to the Last Glacial Maximum (LGM) conditions across species of different altitudinal ranges. We show that species occupying Brazil's montane forests were significantly less affected by LGM conditions relative to lowland specialists, but that pre-Pleistocene tectonics greatly influenced their geographic variation. Our conclusions are based on palaeoclimatic distribution models, molecular sequences of the cytochrome b, 16S, and RAG-1 genes, and karyotype data for the endemic frog Proceratophrys boiei. DNA and chromosomal data identify in P. boiei at least two broadly divergent phylogroups, which have not been distinguished morphologically. Cytogenetic results also indicate an area of hybridization in southern Sao Paulo. The location of the phylogeographic break broadly matches the location of a NW-SE fault, which underwent reactivation in the Neogene and led to remarkable landscape changes in southeastern Brazil. Our results point to different mechanisms underpinning diversity patterns in lowland versus montane tropical taxa, and help us to understand the processes responsible for the large number of narrow endemics currently observed in montane areas of the southern Atlantic forest hotspot. (C) 2011 Elsevier Inc. All rights reserved.
Resumo:
The thermal limits of individual animals were originally proposed as a link between animal physiology and thermal ecology. Although this link is valid in theory, the evaluation of physiological tolerances involves some problems that are the focus of this study. One rationale was that heating rates shall influence upper critical limits, so that ecological thermal limits need to consider experimental heating rates. In addition, if thermal limits are not surpassed in experiments, subsequent tests of the same individual should yield similar results or produce evidence of hardening. Finally, several non-controlled variables such as time under experimental conditions and procedures may affect results. To analyze these issues we conducted an integrative study of upper critical temperatures in a single species, the ant Atta sexdens rubropiosa, an animal model providing large numbers of individuals of diverse sizes but similar genetic makeup. Our specific aims were to test the 1) influence of heating rates in the experimental evaluation of upper critical temperature, 2) assumptions of absence of physical damage and reproducibility, and 3) sources of variance often overlooked in the thermal-limits literature; and 4) to introduce some experimental approaches that may help researchers to separate physiological and methodological issues. The upper thermal limits were influenced by both heating rates and body mass. In the latter case, the effect was physiological rather than methodological. The critical temperature decreased during subsequent tests performed on the same individual ants, even one week after the initial test. Accordingly, upper thermal limits may have been overestimated by our (and typical) protocols. Heating rates, body mass, procedures independent of temperature and other variables may affect the estimation of upper critical temperatures. Therefore, based on our data, we offer suggestions to enhance the quality of measurements, and offer recommendations to authors aiming to compile and analyze databases from the literature.
Resumo:
Hemiklonale Vererbung im hybridogenetische Rana grafi-Komplex (Anura: Ranidae)Im Rahmen der vorliegenden Studie wurde eine großflächige Untersuchung an südfranzösischen Wasserfröschen durchgeführt. Es wurden 31 Populationen mit 918 Tieren beprobt und mit Referenzproben genetisch verglichen. Die Genotypen der Tiere wurden mittels Allozymelektrophorese an sieben diagnostischen Loci bestimmt. Für Teilproben wurde das Alter, die Fläche der Erythrocyten und der DNA-Gehalt bestimmt. Die wichtigsten Ergebnisse der unterschiedlichen methodischen Ansätze lassen sich wie folgt zusammenfassen:(1) Es wurden neben einem großen Anteil von R. grafi (452 Tiere), R. perezi (200 Tiere) und R. ridibunda (254 Tiere) auch ein R. esculenta und zwei R. lessonae in der Camargue nachgewiesen.(2) Die Geschlechterverhältnisse der einzelnen Taxa waren stark gestört. Dies gilt besonders für den Hybriden R. grafi mit einem Männchenanteil von nur 7,3%. Das Geschlechterverhältnis von R. ridibunda ist besonders in PGR-Population zu Gunsten von Weibchen verschoben. Eine Modellierung von Populationen zeigt, daß wahrscheinlich R. grafi-Männchen durch eine gestörte Gametogenese für die gestörten Geschlechtsverhältnisse seiner Parentalformen verantwortlich ist.(3) Die genetische Analyse zeigt eine unerwartet hohe genetische Variabilität von R. ridibunda im Vergleich zu R. perezi und eine geographische Varianz der genetischen Variabilität in allen untersuchten Taxa. Die genetische Variabilität zeigte bei allen Wasserfroschformen in der Camargue ein Maximum.(4) Die hohe genetische Variabilität geht hauptsächlich, neben Einführung von verschiedenen genetischen R. ridibunda-Linien, auf Introgression zurück.
Resumo:
The surveillance of pneumococcal antibiotic resistance and serotype distribution is hampered by the relatively low numbers of invasive pneumococcal infections. In Switzerland, a nationwide sentinel surveillance network was used to assess antibiotic resistance and serotype distribution among 1179 pneumococcal isolates cultured from 2769 nasopharyngeal swabs obtained from outpatients with acute otitis media or pneumonia during 1998 and 1999. The proportion of penicillin-susceptible pneumococcal isolates overall (87%) and among infants <2 years old (81%) was comparable to that of invasive isolates (90% and 81%, respectively). The high number of nasopharyngeal isolates allowed for the detection of a rapid increase in the number of penicillin-nonsusceptible pneumococcal (PNSP) strains in the West region of Switzerland, partly because of an epidemic caused by the 19F clone of Streptococcus pneumoniae. Clustering of risk factors for the carriage of PNSP isolates further explained the geographic variation in resistance rates. The nationwide sentinel surveillance of nasopharyngeal pneumococcus proved to be valuable for the monitoring of antibiotic resistance, risk factors for carriage of PNSP isolates, and serotype distribution and for the detection of the emergence of a new epidemic clone.
Resumo:
La diversidad genética poblacional de maíz en México es muy dinámica y depende de factores biológicos, agroecológicos y socio-económicos, y necesidades familiares. En este trabajo se describió y clasificó la variabilidad morfológica de una colección de 60 muestras poblacionales de maíz, colectadas en 44 municipios de la Mixteca Baja Oaxaqueña (846 msnm a 1842 msnm). Las muestras se sembraron y cultivaron durante el ciclo primavera-verano de 2010, en Santo Domingo Tonala, Oaxaca, bajo un diseño de bloques completos al azar con cuatro repeticiones. Se evaluaron 19 caracteres morfológicos de planta, mazorca, grano y espiga (panoja), y se determinaron diferencias significativas entre poblacionales en estos caracteres. Los caracteres altura de planta y mazorca, días a floración masculina y femenina, y número de granos por hilera en la mazorca fueron determinantes para describir la variabilidad morfológica total. La variación morfológica y fenológica de las poblaciones de maíz se asocia con los patrones altitudinales y geográficos de donde proceden. Se determinaron seis grupos fenotípicos significativamente diferentes con características de mazorca, grano y planta semejantes a las descritas para las razas Celaya, Bolita, Pepitilla, Ancho, y ciertos complejos raciales entre Ancho, Mixteco, Celaya y Bolita.
Resumo:
We document differences in shell damage and shell thickness in a bivalve mollusc (Laternula elliptica) from seven sites around Antarctica with differing exposures to ice movement. These range from 60% of the sea bed impacted by ice per year (Hangar Cove, Antarctic Peninsula) to those protected by virtually permanent sea ice cover (McMurdo Sound). Patterns of shell damage consistent with blunt force trauma were observed in populations where ice scour frequently occurs; damage repair frequencies and the thickness of shells correlated positively with the frequency of iceberg scour at the different sites with the highest repair rates and thicker shells at Hangar Cove (74.2% of animals damaged) compared to the other less impacted sites (less than 10% at McMurdo Sound). Genetic analysis of population structure using Amplified Fragment Length Polymorphisms (AFLPs) revealed no genetic differences between the two sites showing the greatest difference in shell morphology and repair rates. Taken together, our results suggest that L. elliptica exhibits considerable phenotypic plasticity in response to geographic variation in physical disturbance.