407 resultados para Formiga
Resumo:
Parasitóides do gênero Neodohrniphora Malloch, 1914 geralmente atacam operárias de Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 em baixa freqüência, mas os ataques alteram o ritmo de forrageamento das colônias, reduzindo o número e tamanho das operárias e aumentando o abandono de fragmentos vegetais ao longo das trilhas. O forrageamento de A. sexdens rubropilosa pode ser diurno ou noturno, mas existem dúvidas se Neodohrniphora spp. atacam as operárias dessa formiga também durante a noite. Os objetivos deste estudo foram verificar a ocorrência de ataques e avaliar o grau de parasitismo de forídeos do gênero Neodohrniphora em operárias de A. sexdens rubropilosa sob três níveis de luminosidade em laboratório, incluindo a ausência de luz. Os níveis de luminosidade foram: alta (0,65 µmol/m³/s); baixa (0,05 µmol/m³/s) e ausência de luz (0,0 µmol/m³/s). Fêmeas de Neodohrniphora tonhascai Brown, 2001 e Neodohrniphora elongata Brown, 2001 coletadas no campo e liberadas em laboratório somente efetuaram ataques e foram obtidas operárias parasitadas sob alta luminosidade, sugerindo que essas espécies não são ativas no campo durante o período noturno (ausência de luz). Os resultados sugerem também que o estímulo visual em Neodohrniphora spp. pode ser um componente essencial para a localização e reconhecimento do hospedeiro.
Resumo:
A influência de características do habitat na abundância dos parasitóides Pseudacteon Coquillett (Diptera, Phoridae) de Solenopsis invicta Buren (Hymenoptera, Formicidae) foi estudada em um agroecossistema orgânico diversificado no sudeste do Brasil. Os parasitóides foram coletados durante 30 minutos após a perturbação de ninhos da formiga lava-pé em áreas com culturas anuais ou perenes. Foram coletados no total 228 parasitóides de quatro espécies diferentes em 61,90% dos 84 ninhos da formiga lava-pé perturbados. Pseudacteon obtusus Borgmeier foi a espécie mais abundante (70 fêmeas), seguida por Pseudacteon litoralis Borgmeier (37 fêmeas), Pseudacteon tricuspis Borgmeier (23 fêmeas) e Pseudacteon solenopsidis Schmitz (1 fêmea). Pseudacteon litoralis foi mais freqüente em ninhos presentes nas culturas perenes que anuais enquanto que P. obtusus e P. tricuspis tiveram um padrão oposto. Correlações significativamente negativas foram encontradas para as abundâncias de P. litoralis e P. obtusus com a temperatura do ar. Houve correlação significativamente positiva entre a abundância dos parasitóides e o tamanho dos ninhos da formiga lava-pé. Considerando que os forídeos são importantes inimigos naturais de S. invicta, esse estudo fornece informações para o manejo de S. invicta em agroecossistemas tropicais diversificados.
Resumo:
No presente estudo, verificou-se a interferência da macrofauna edáfica sobre os atributos físicos e químicos e sua relação com a reflectância espectral de um Latossolo Vermelho-Amarelo (LV), Terra Roxa Estruturada latossólica (TR) e Vertissolo (V). Esses solos localizam-se em três pontos ao longo de uma toposseqüência da região de Piracicaba (SP). As amostras foram direcionadas para os agregados formados pelas formigas cortadeiras (Atta sp.), cupins (Cornitermes cumulans) e minhocas (Pontoscolex corethrurus), os quais foram comparados com o solo-controle sem atividade visível e recente dos animais (testemunha). Foram avaliadas a granulometria e a composição química das amostras de solo. O comportamento espectral do solo foi obtido em laboratório, utilizando espectroradiômetro entre 400 e 2.500 nm. Os coprólitos de minhoca apresentaram 2 a 3 vezes mais fósforo e um incremento de 30 a 50% na matéria orgânica em relação ao horizonte superficial do solo. Os agregados de cupins e formigas apresentaram composição química semelhante à dos horizontes subsuperficiais dos solos. O comportamento espectral dos agregados biológicos variou conforme sua composição química e profundidade de ação dos animais. No caso da minhoca, as curvas de reflectância foram semelhantes às do horizonte superficial para os três solos. Para as estruturas de cupim e formiga, tanto a composição química como o comportamento espectral corresponderam ao horizonte subsuperficial no LV e TR.
Resumo:
Em solos de restinga de constituição areno-quartzosa aumenta a influência da fração orgânica e da atividade biológica em funções-chave dos solos, como a capacidade de reciclar e armazenar nutrientes. A análise de atributos do solo e da fauna edáfica em sítios sob diferentes coberturas vegetais é importante para entender o comportamento desses ambientes. Neste estudo, avaliaram-se atributos químicos, físicos e microbiológicos do solo e suas relações com a população de formigas de sítios de restinga sob diferentes coberturas vegetais no Estado de Sergipe. Foram coletadas amostras em seis coberturas vegetais (três sítios por cobertura), sendo quatro na área Caju (mata, capim-gengibre, coqueiral e capoeira) e duas na área Pirambu (mata de topo de duna e mata de sopé de duna). As análises químicas foram feitas em amostras coletadas nas camadas de 0-5 e 5-20 cm, e a atividade microbiana, avaliada por meio da hidrólise do diacetato de fluoresceína, foi determinada em amostras coletadas a 0-10 cm. A massa de fragmentos orgânicos foi avaliada em diferentes profundidades. Na avaliação das comunidades de formigas foram consideradas aquelas com atividade na superfície do solo. Na comparação entre os sítios foi utilizada a análise de componentes principais. Os atributos de compartimentos orgânicos (C orgânico, C orgânico dissolvido e fragmentos orgânicos) foram muito sensíveis à modificação da cobertura vegetal nos sítios do Caju, isolando os sítios sob mata dos alterados e os sítios sob capim-gengibre daqueles sob capoeira e coqueiral. Atributos da solução do solo influenciáveis pelo spray marinho (condutividade elétrica e concentração de K, Na e Mg) isolaram os sítios de Pirambu dos sítios do Caju. Os grupos de formiga mostraram elevado nível de especialização. A análise de correspondência canônica apontou baixa percentagem da variância da distribuição desses grupos e isolou os sítios de mata dos outros usos, indicando que existem outros atributos a serem considerados na distribuição.
Resumo:
A influência do manejo ou a adição de contaminante ao solo, normalmente, induz uma resposta mais rápida sobre a mesofauna do solo do que em outros atributos pedológicos, o que torna esses organismos bons indicadores de qualidade ambiental. Os objetivos deste trabalho foram identificar e quantificar os grupos de organismos da mesofauna dos solos e determinar os teores de Pb e Zn de plantas da área de mineração e metalurgia de Pb, no município de Adrianópolis (PR), de modo que fossem gerados indicadores biológicos da qualidade desses solos. Os solos selecionados apresentaram as seguintes características em relação às formas de contaminação: solo 1 - referência (mata nativa); solo 2 - resíduos incorporados ao perfil; solos 3 e 6 - próximos às chaminés da fábrica, com potencial de aporte de material particulado; e solo 5 - grande volume de rejeitos sobre o solo. Foram utilizados funis de Berlese, coletando-se amostras na profundidade de 0 a 5 cm (20 funis x 5 solos x 1 profundidade x 4 épocas = 400 amostras). Após separação da mesofauna, procedeu-se à triagem e identificação dos organismos com o auxílio de lupa. Amostras de formiga foram digeridas com HNO3 concentrado em sistema fechado de micro-ondas, e os teores de Pb e Zn foram determinados por espectroscopia de emissão atômica com plasma indutivamente acoplado (ICP-AES). Plantas da família Poaceae foram coletadas em todos os solos e, após digestão das amostras da parte aérea e da raiz pelo método nítrico-perclórico, determinaram-se os teores de Pb e Zn por ICP-AES. O número total de organismos dos 21 grupos identificados e o Índice de Qualidade Ambiental da Mesofauna não foram bons indicadores do nível de contaminação dos solos por metais pesados. A ocorrência e distribuição de espécies isoladas mostraram-se mais eficientes nesse propósito. A melhor qualidade ambiental do solo 1 (teores naturais de Pb - solo de referência) foi atestada pela maior riqueza de grupos de organismos e ocorrência de representantes dos grupos Pseudoscorpiones, Mollusca e Isopoda apenas nesse solo. Os grupos Aracnídeos e Psocoptera também foram considerados bons indicadores ambientais, com incremento de suas populações nos solos com maiores teores de metais pesados (solos 2, 3 e 5), possivelmente devido à menor ocorrência de organismos competidores/predadores desses grupos. Os teores de metais pesados nos indivíduos do grupo Formicidae tiveram relação direta com os teores de Pb extraídos com HNO3 0,5 mol L-1 no solo. Quanto ao acúmulo de metais pesados nas plantas coletadas na área, com exceção do solo 1, todas as espécies encontravam-se sob efeito fitotóxico para Pb e Zn, o que sugere a proibição de pastejo na área.
Resumo:
O sistema de defesa induzido das plantas é ativado após a ocorrência do dano provocado por um herbívoro. O objetivo deste trabalho foi avaliar se plantas de eucalipto (Eucalyptus grandis) atacadas previamente por lagartas de Thyrinteina arnobia tornam-se resistentes ao corte de operárias de Atta sexdens rubropilosa. Não houve diferença significativa no tempo gasto por operárias dessa formiga em iniciar o corte em plantas atacadas ou não. Porém, houve diferença significativa no tamanho de fragmentos cortados. Concluiu-se que plantas previamente atacadas tornam-se menos atrativas para A. sexdens rubropilosa devido à ativação do seu sistema de defesa induzido.
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Data concerning the effect of temperature on different physiological parameters of an invasive species can be a useful tool to predict its potential distribution range through the use of modelling approaches. In the case of the Argentine ant these data are too scarce and incomplete. The aim of the present study is to compile new data regarding the effect of temperature on the oviposition rate of the Argentine ant queens. We analysed the oviposition rate of queens at twelve controlled temperatures, ranging from 10ºC to 34ºC under different monogynous and polygynous conditions. The oviposition rate of the Argentine ant queens is affected by temperature in the same manner, independently of the number of queens in the nest. The optimal temperature for egg laying was 28ºC, and its upper and lower limits depended on the degree of polygyny
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Modeling ecological niches of species is a promising approach for predicting the geographic potential of invasive species in new environments. Argentine ants (Linepithema humile) rank among the most successful invasive species: native to South America, they have invaded broad areas worldwide. Despite their widespread success, little is known about what makes an area susceptible - or not - to invasion. Here, we use a genetic algorithm approach to ecological niche modeling based on high-resolution remote-sensing data to examine the roles of niche similarity and difference in predicting invasions by this species. Our comparisons support a picture of general conservatism of the species' ecological characteristics, in spite of distinct geographic and community contexts
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The Argentine ant, Linepithema humile, is a world-wide invasive ant species. Its presence has a strong negative impact on ant diversity. The present study attempts to highlight the reasons for the coexistence of this highly dominant species with Plagiolepis pygmaea, the only native ant species that has proved able to resist the invasion in a natural ecosystem in the north-east of the Iberian Peninsula. To quantify the aggressiveness level of both species we performed aggressiveness tests on workers in different areas: a) Argentine ant workers from areas with P. pygmaea, b) Argentine ant workers from areas without P. pygmaea, c) P. pygmaea from a non-invaded area and d) P. pygmaea from an invaded area. We also confronted Argentine ant workers with P. pallidula and T. nigerrimum. These aggressiveness tests showed that the coexistence of these two species of ants was not due to a habituation process, since the aggressiveness level observed between the four kinds of confrontations were fairly similar. We also found a lack of aggressiveness between Argentine ant workers and P. pygmaea, and highly submissive behavior in the latter when confronted with the invader. The peaceful character of P. pygmaea together with its markedly submissive behavior may be the main factors behind the coexistence of these species in the study area
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The annual elimination of large numbers of Argentine ant queens near the advance front of an invasion could be a useful tool for weakening the species’ dispersion and, therefore, limiting its establishment in non-invaded areas. However, before carrying out trials to test the effectiveness of this method it would be essential to have sufficient knowledge of the effect of seasonal dynamics acting on the queens’ densities of the species in order to determine the most favourable period of the year to act. We analyzed the seasonal densities and nest dynamics of Argentine ant queens in an invaded Mediterranean natural ecosystem. We observed that the queens’ density varied depending on the season of the year and that this variation was mainly due to the seasonal dynamics of nest aggregations in winter and ant dispersions in summer. The greatest densities per litre of nest soil were observed in winter (December to March, approximately) and the lowest densities were observed in summer ( June to July). This information is essential for improving current knowledge of the Argentine ant’s biology and developing control methods based on the elimination of queens in invaded natural areas
Resumo:
Two methods of trapping Argentine ants in natural habitats are compared. both methods are used on the boundaries of an invaded area with the goal of assessing the spread of the invasion front. Pitfall surveys take longer to obtain results than bait surveys, but bait surveys are only a “snapshot” of the moment, with less chance of detecting Argentine ant workers. significant differences are found between the methods in terms of the number of traps occupied by Argentine ants, native ants or a combination of both. Differences in the richness of native ant species are found as well, showing that pitfall surveys are necessary to assess such richness. Despite this, no differences in the assessment of spread are found between the methods. bait surveys are an easier and faster method to assess the spread of Argentine ants, spread being one of the most important characteristics of biological invasions
Resumo:
This study is focused on the dominance exerted by the invasive Argentine ant over native ants in a coastal Mediterranean area. Theimpact of this invasive ant on native ant assemblages and its consequences on total ant biomass and on the intensity of habitat explorationwere evaluated. Foraging ants were observed and their trajectories recorded during 5-minute periods in two study zones, one invaded andthe other non-invaded. Ant species detected, ant worker abundance, ant biomass and the intensity of soil surface searching done by antswere compared between the two zones. The Argentine ant invasion provoked a drastic reduction of the ant species richness. Apparentlyonly one native ant species is able to coexist with the Argentine ant, the cryptic Plagiolepis pygmaea. Ant worker abundance was also modified after the invasion: the number of Argentine ant workers detected, which represented 92% of the invaded zone, was two times higher than the number of native ant workers detected in the non-invaded zone. The total ant biomass was inversely affected, becoming four times lower in the invaded zone highly dominated by Linepithema humile. The higher number of Argentine ant workers and their fast tempo of activity implied an alteration of the intensity of soil surface searching: scanning by the Argentine ants in the invaded zone was higher than that done by the native ants in the non-invaded zone, and the estimated time for a complete soil surface scan was 64 minutes in the invaded zone and 108 minutes in the non-invaded zone. Consequently, resources will be discovered faster by ants in the invaded zone than in the non-invaded zone. The increase of the mean temperature and the decrease of the relative humidity from May to August reduced the ant activity in the two study zones but this reduction was greater in the invaded zone