998 resultados para Fígado Doenças Teses


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As raes comerciais devem ser um alimento balanceado que supra todas as exigncias nutricionais nas diferentes fases da vida do animal. Sua formulao deve conter ingredientes de qualidade, em propores adequadas. de fundamental importncia o conhecimento do valor nutricional das raes, para assegurar que o co esteja ingerindo diariamente quantidades corretas dos nutrientes. O desbalano de elementos essenciais e a presena de elementos txicos podem causar desequilbrios nutricionais, doenças e, at mesmo, consequncias fatais aos ces. O cobre um dos vrios elementos de importncia a ser estudado quanto aos defeitos metablicos nos ces. O acmulo de cobre no fígado pode ocasionar leses progressivas nas organelas dos hepatcitos, resultando em hepatite crnica e cirrose. Diante disso, este trabalho teve como objetivos (I) quantificao dos elementos qumicos com funo nutricional e com potencial txico presentes nas raes para ces adultos e filhotes, (II) avaliao da composio centesimal das raes amostradas, (III) avaliao da variao dos elementos qumicos entre as amostras de rao de um mesmo lote de produo (IV), estudo da representatividade de pequenas pores-teste, (V) avaliao da bioacessibilidade de cobre em raes, com experimento in vitro. Os elementos qumicos Al, As, Br, Ca, Cl, Co, Cr, Cs, Cu, Fe, I, K, La, Mg, Mn, Na, P, Rb, Sb, Sc, Se, Ti, U e Zn foram determinados pela anlise por ativao neutrnica instrumental (INAA). A composio centesimal foi avaliada de acordo com os mtodos recomendados da AOAC. A homogeneidade de distribuio dos elementos qumicos nas raes foi avaliada pela anlise de amostras grandes (LS-NAA). A bioacessibilidade de cobre nas raes foi estimada por meio da simulao da digesto gastrointestinal in vitro. Foi possvel determinar por INAA todos os nutrientes minerais, isto , Ca, P, K, Na, Cl, Mg, Fe, Cu, Mn, Zn, I e Se, com limites estabelecidos pela Association of American Feed Control Officials. Foram notadas em algumas raes altas concentraes de Al, Sb e U, elementos com grande potencial txico. Cerca de 16 % das amostras de rao apresentaram, pelo menos, um parmetro no conforme quanto composio centesimal. Os resultados obtidos por LS-NAA e NAA convencional mostraram variao na composio entre os sacos de rao para Br, Ca, Na e Zn, com boa concordncia entre ambos os mtodos. O emprego da LS-NAA combinada com NAA convencional permitiu observar que pequenas pores-teste (350 mg) de rao so representativas comparadas com aquelas de 1 kg para Br, Ca, K, Na e Zn. Em todas as raes para ces, 50 % do cobre presente estava sob a forma bioacessvel

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A presente pesquisa tem o objetivo de avaliar a incidncia e evoluo das principais pragas e doenças do cafeeiro em agroecossistemas sob manejo convencional, organo-mineral, orgnico e agroflorestal nos municpios sul mineiros de Machado e Poo-Fundo. Foram realizados monitoramentos mensais do bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), broca-do-caf (Hypothenemus hampei), ferrugem (Hemileia vastatrix) e da cercosporiose (Cercospora coffeicola) por um perodo de um ano (dez/2007 a nov/2008) em lavouras da variedade Mundo Novo sob diferentes manejos. O monitoramento do bichomineiro e das doenças do cafeeiro foi realizado atravs da coleta de dez folhas do terceiro ou quarto par em todos os lados do cafeeiro, sendo amostradas vinte plantas por agroecossistema, totalizando duzentas folhas coletadas para avaliao dessas molstias em cada sistema. Para o monitoramento da brocado- caf selecionou-se 32 plantas, seis pontos diferentes em cada planta (10 frutos agrupados por ponto estabelecido) e realizou-se avaliao nodestrutiva. Em todos os agroecossistemas monitorados, ambos manejados pela agricultura familiar, a infestao da broca-do-caf e do bicho-mineiro no atingiram nvel de dano econmico em nenhuma avaliao. Com relao s doenças avaliadas, observou-se que tanto a ferrugem como a cercosporiose atingiram nvel de dano econmico em todos os sistemas de manejo. No entanto, nos sistemas organo-mineral, orgnico (monocultivo) e agroflorestal (diversificado) a ocorrncia da ferrugem foi crtica, atingindo ndices elevados nos meses de abril a outubro de 2008, registrando-se valores acima de 60% de incidncia em quatro meses de avaliao. A incidncia da cercosporiose foi relativamente menor no sistema convencional e orgnico (monocultivo), cujos picos no ultrapassaram 41% e 55%, consecutivamente. J no sistema organomineral e agroflorestal (orgnico) a ocorrncia da cercosporiose atingiu nveis muito elevados, chegando a 76% e 67%, respectivamente, no ms de julho. Apesar dos elevados nveis de incidncia da ferrugem e cercosporiose encontrados nos agroecossistemas cafeeiros organo-mineral e orgnico, a produtividade mdia alcanada por esses sistemas nos ltimos trs anos foi superior ao convencional, mesmo esse ltimo sistema investindo pesado em agrotxicos e fertilizantes qumicos.

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"Aborda dois Projetos de Lei na rea de sade pblica em tramitao no Congresso Nacional. As proposies referidas so: o Projeto de Lei n 5522, de 2005, que dispe sobre a obrigatoriedade da implementao de protocolo teraputico para a preveno da transmisso vertical do HIV, e o Projeto de Lei n. 2.745, de 2003, que dispe sobre as regras para elaborao da lista nacional de receptores de fígado do Sistema Nacional de Transplante."

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Consultoria Legislativa - rea IX - Poltica e Planejamento Econmicos, Desenvolvimento Econmico, Economia Internacional.

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Consultoria Legislativa - rea XVI - Sade Pblica, Sanitarismo.

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No momento em que h a agresso tecidual e a defesa inata deflagrada, mediadores qumicos so liberados no local afetado. Esses mediadores podem ser de origem celular tais como CGRP, VEGF e TGF. Os objetivos desta pesquisa foram avaliar a expresso e distribuio de CGRP, TGF e VEGF na gengiva do primeiro molar inferior esquerdo de rato no 7 e 14 dias aps a induo por ligadura; a expresso e distribuio de CGRP, TGF e VEGF na gengiva do dente contralateral correspondente sem ligadura, no 7 e 14 dias, e se a induo da periodontite por ligadura no dente experimental provoca uma inflamao na gengiva do dente contralateral correspondente no 7 e 14 dias aps a ligadura. Para o desenvolvimento deste trabalho foram selecionados 15 ratos Rattus Novergicus, Albinus, Wistar. O grupo experimental de 12 ratos foi dividido em 2 subgrupos compostos por 6 ratos cada um deles distribudos da seguinte maneira: os do subgrupo A1 permaneceram com a ligadura no primeiro molar inferior esquerdo por 7 dias e foram sacrificados; os do subgrupo A-2 -permaneceram com a ligadura no primeiro molar inferior esquerdo por 14 dias e foram sacrificados. Outros trs animais constituram o grupo controle. Aps o sacrifcio dos 12 animais dos grupos experimentais e controle suas mandbulas foram colocadas em cido etilenodiaminotetractico (EDTA) neutro para sofrerem descalcificao. Ento foram processadas para incluso em parafina e os cortes histolgicos foram corados pela hematoxilina-eosina e submetidos tcnica imunohistoqumica para imunomarcao de CGRP, VEGF e TGF. Aos 7 dias de ligadura observou-se na lmina prpria gengival, epitlio juncional e epitlio oral, expressiva marcao para CGRP. A expresso de VEGF foi intensa na lamina prpria e com pouca ou nenhuma marcao no epitlio oral e juncional. O TGF apresentou pouca marcao na lmina prpria ou nenhuma marcao no epitlio oral e juncional. Aos 14 dias de ligadura houve expressiva marcao de CGRP na lmina prpria, epitlios oral e juncional. O VEGF e o TGF apresentaram muita marcao na lmina prpria e pouca ou nenhuma marcao no epitlio oral e juncional. Na gengiva dos dentes contralaterais nos 7 e 14 dias houve pouca marcao do CGRP do TGF na lmina prpria e muita marcao do VEGF. Na gengiva dos dentes controle observou-se muita marcao do CGRP no epitlio juncional e oral e na lmina prpria. O TGF e o VEGF se expressaram muito pouco ou no se expressaram. Devido marcao expressiva do VEGF na lmina prpria dos dentes contralaterais, permanece inconclusiva a adequao do uso dos dentes contralaterais nos estudos experimentais das doenças periodontais, embora a expresso de TGF e CGRP tenham sido menores nestes dentes. A maior marcao do CGRP, VEGF e TGF nos animais com 14 dias de ligadura do que aos 7 dias demonstra a progresso do processo inflamatrio crnico, no se observando processo de reparao cicatricial.

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A compulso alimentar est associada a diversas doenças, entre elas, a obesidade.Com o intuito de pesquisar a diferena hormonal ligada ao controle da fome e da saciedade associada ao episdio de compulso alimentar (ECA), avaliou-se a concentrao srica dos hormnios que regulam este processo em mulheres adultas. Mtodos: O estudo experimental foi composto de 3 grupos (n=23), sendo: grupo Eutrfico (GE;n=8), grupo obeso sem ECA (GO;n=7) e obesas com ECA (ECA;n=8). Todas as mulheres que participaram do estudo freqentavam os servios de sade da Policlnica Piquet Carneiro. Foram dosados os hormnios: Grelina Total, Glucagon, Adiponectina, Amilina, Peptdeo C, GLP-1, Insulina e Leptina sricos nos tempos: jejum, 15 e 60 minutos aps a ingesto da refeio fornecida. As refeies ingeridas foram controladas em energia, 55% carboidratos, 15% protenas, 30% lipdios. Os dados foram analisados como valores mdios por grupo em software SAS, considerando p<0,05. Resultados: A idade das mulheres estudadas variou de 32 a 50 anos. A concentrao de adiponectina encontrada, que inversamente proporcional a adiposidade, foi significativamente menor no grupo ECA em relao aos demais grupos (p=0,01). Em relao leptina, o grupo GO apresentou concentrao maior em relao aos demais grupos (p<0,0001). J, a concentrao de grelina encontrada foi significativamente menor no grupo ECA em relao aos demais grupos (p=0,02). Foram encontradas concentraes significativamente maiores de insulina no grupo GO em relao aos demais grupos (p=0,04). A concentrao de amilina encontrada foi significativamente maior no grupo GO em relao aos outros grupos (p=0,01). A concentrao de GLP-1 encontrada no grupo GO foi maior em mdia, porm esta diferena no foi estatisticamente significativa entre os grupos (p=0,25). A concentrao de Peptdeo C encontrada no grupo GO foi maior em relao aos outros grupos (p=0,003). Apesar da concentrao de Glucagon no grupo ECA ser maior em relao aos demais grupos, estes valores no eram diferentes estatisticamente (p=0,13). Nossos achados mostraram que obesas ECA tem perfil hormonal diferente de obesas sem ECA. A baixa concentrao de grelina do grupo de obesas ECA e a alta concentrao de insulina, peptdeo C e amilina nas obesas com e sem ECA pode estar relacionado com o aumento da ingesto alimentar e com o desequilbrio energtico.

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A associao entre o dficit nutricional em perodos recentes da vida com as doenças crnico-degenerativas e o excesso de peso, tem sido investigada principalmente em pases desenvolvidos. No Brasil a associao tem se mostrado significativa apenas no sexo feminino. A realizao de um estudo com a populao feminina em idade reprodutiva contribuiria para explicar as diferenas de gnero observadas nas altas prevalncias de sobrepeso em mulheres no pas. Avaliar a associao entre baixa estatura, sobrepeso e ganho excessivo de peso. Este estudo foi baseado na Pesquisa Nacional de Demografia e Sade (DHS-96). Trata-se de um estudo seccional de representatividade nacional. Todas as anlises foram realizadas agrupando as regies em Rural; Norte e Nordeste; Sul; Sudeste e Centro-Oeste. A populao elegvel para esta anlise foi de 2.292 mes com idade entre 20 e 45 anos. Foram excludas da anlise: mulheres grvidas no momento do inqurito; com ltimo parto anterior a seis meses ou menos da entrevista; no pesadas e no medidas. Os resultados mostraram associao entre a baixa estatura e sobrepeso anterior a primeira gravidez e indicam que a baixa estatura pode estar associada com ganho excessivo de peso no perodo reprodutivo. Entretanto, os diferenciais observados em relao a regio Centro-Sul, consideram a possibilidade da baixa estatura ser um marcador de diferentes contextos scio-econmicos associados a evoluo dos problemas nutricionais no pas.

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O objetivo deste trabalho determinar o tempo decorrido e fatores relacionados a sobrevida, a partir do diagnstico da AIDS dos pacientes atendidos no Centro de Pesquisa Hospital Evandro Chagas (CPqHEC). Comparar a sobrevida segundo os critrios definio de caso de AIDS estabelecidos pelo Centro de controle de doenças e preveno dos EUA (CDC) em 1987 e 1993 e pelo Ministrio da Sade Brasil em 1998. De um total de 1591 indivduos com sorologia positiva para HIV, cadastrados entre 1986 a 1999, foi selecionada uma amostra aleatria sistemtica com 392 indivduos, sendo identificados 193 casos de AIDS pelo critrio CDC 1993. A sobrevida foi considerada como o tempo decorrido da data do diagnstico da AIDS ao bito (falha), sendo a censura definida para os pacientes com perda de seguimento ou que permaneceram vivos at dezembro de 2000, com a data da censura igual a data do ltimo atendimento. A durao da sobrevida foi descrita atravs do mtodo de Kaplan-Meier, sendo comparadas as funes de sobrevida das categorias das variveis pelo teste log-rank. Um modelo com os co-fatores de maior relevncia na sobrevida foi ajustado, utilizando-se o modelo dos riscos proporcionais de Cox. Dos 193 pacientes com AIDS, 92 (47,7%) morreram, 21 (10,9%) abandonaram o tratamento, e 80 (41,7%) permaneceram vivos at o fim do estudo. Encontramos sobrevida relativamente alta nos trs critrios de definio de caso avaliados, em parte explicada pelos casos serem procedentes de um nico hospital de pesquisa, com alto grau de conhecimento na conduo da doena. A profilaxia primria para PPC foi preditor de melhor sobrevida. Casos com AIDS definida por herpes zoster apresentaram melhor prognstico e os definidos por duas doenças o pior prognstico.

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O presente trabalho constitui-se em um estudo de natureza terico conceitual que pretende contribuir para a anlise da questo da cura na cultura ocidental contempornea. Partimos de uma hiptese inicial que preconiza a existncia de uma crise, em termos scio-culturais, na sociedade, envolvendo as relaes da sociedade com a Biomedicina. Procuramos mostrar que a medicina ocidental vem, nos ltimos sculos, direcionando seu olhar para a cincia das doenças, devido ao seu grau de determinao e objetividade; e deixando de lado, em contrapartida, a arte de curar, que implica uma certa criatividade, pois exige do terapeuta mais do que assimilao de conhecimento, exige sensibilidade e intuio para lidar com o novo, o contingente e o desconhecido. Visamos, com isto, apresentar a teraputica como elemento fundamental da Medicina e pilar da prtica mdica; que conjuga, em seu saber, uma instncia voltada para a cincia e para a tcnica, com seus conhecimentos descritos e classificados, e outra que compartilha a experincia do viver com a arte de curar. Ao mesmo tempo, problematizamos o modelo mdico dominante em nossa cultura, revalorizando a relao mdico-paciente, e recolocando o indivduo doente como um todo, com sua singularidade, no centro das investigaes. Nosso objetivo especfico visou trabalhar com a categoria da intuio como elemento bsico do conhecimento da prtica teraputica, atravs da anlise do processo que se manifesta em terapeutas e pacientes ao longo do tratamento. Servimo-nos, para tanto, do mtodo intuitivo proposto pelo filsofo Henri Bergson (1859-1941), visando colocar os limites de um pensamento estritamente racional e propondo a transposio deste mtodo para a instncia da clnica mdica. A intuio foi tratada neste estudo como uma forma sinttica de percepo/pensamento, na qual a realidade apreendida por meio de uma conscincia imediata, pautada nos sentidos e na sensibilidade. Esta tese constituiu-se em um estudo interdisciplinar, com dois eixos de narrativa: um no campo da filosofia, de onde importamos determinadas categorias para o campo da sade coletiva, e outro no plano da na anlise da sociologia do conhecimento ou da cultura, que se deu, neste caso, na instncia do discurso da clnica.

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Este trabalho parte da constatao da crise da racionalidade moderna e, mais especificamente, da crise da sade como um todo e, particularmente, nos servios pblicos. Encontramos um panorama onde os valores predominantes so o individualismo, o consumismo, a busca de poder sobre o outro e do prazer imediato a qualquer preo; onde percebemos mudanas bruscas de valores scio-culturais, que norteavam as pessoas. Diante deste quadro, foi constatado na populao um sentimento de desnimo, de ausncia de cuidados, de insegurana e incerteza. O indivduo que encontrava apoio numa rede de solidariedade composta pela famlia, pelos amigos; calcada em valores culturais mais estveis ve-se isolado. Esta situao vivida, principalmente, nos grandes centros urbanos acarreta uma srie de transtornos biopsquicos, que no so resolvidos pelo sistema de sade. Ao que tudo indica, essa crise generalizada faz com que a populao se volte para formas alternativas de solucionar seus problemas de sade; buscando, sobretudo, algum que esteja interessado em ouvir suas queixas, que esteja preocupado em cuidar de seu sofrimento, de tratar sua dor. A partir dessa constatao, a autora realizou a anlise qualitativa de entrevistas semi-estruturadas de mdicos homeopatas e pacientes da homeopatia de trs unidades pblicas de sade: um centro municipal de sade, um hospital estadual e uma instituio filantrpica. Alm disso, realizou algumas observaes de condutas. Este material foi extrado do projeto Racionalidades Mdicas, coordenado pela professora Madel T. Luz, do qual a autora participou, desde 1995 - na elaborao e execuo das referidas entrevistas. No presente trabalho, a autora enfoca a peculiaridade da relao mdico-paciente da homeopatia, percebida como situao privilegiada, que sintetiza algumas caractersticas da racionalidade mdica homeoptica. Nessa relao o mdico se mostra atencioso e interessado. Ele adota esta postura pelas necessidades da prpria racionalidade, para que diagnose e teraputica ocorram. Esta forma de atendimento mais humanizada um dos principais motivos de satisfao com o tratamento homeoptico. No tocante as categorias sade, doena, adoecimento, corpo - indivduo, tratamento e cura, constata-se uma progressiva convergncia das representaes sociais dos pacientes e das concepes dos homeopatas acerca destas categorias. Apesar de se observar uma prvia identificao da clientela com estas categorias, percebido um processo gradual, que vai estreitando essa identificao, e que se d ao longo do tratamento. Trs fatores concorrem neste sentido: as caractersticas da clientela, quanto ao tipo de afeco (que se desenvolve ao longo do tempo); os resultados teraputicos (que acarretam mudanas em vrios aspectos - fsicos, emocionais) e a relao mdico-paciente (atravs da qual o paciente redimensiona aspectos relativos ao seu processo de adoecimento e de recuperao da sade). Esta interlocuo homeopata-cliente tambm adquire um carter pedaggico, a partir do qual ocorre urna re-interpretao, uma decodificao do discurso do mdico, de acordo com o universo cultural dos pacientes. Por fim, observa-se que os pacientes da homeopatia readquirem a esperana de cura, atravs das caractersticas de seu tratamento individualizado. E mais, readquirem um tempo de vida, em que os aspectos subjetivos de sua vida so levados em conta; isto poderia ser chamado de re-subjetivao, por oposio a objetivao que ocorre com os pacientes da Biomedicina.

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A discusso sobre a atuao do Estado nas polticas pblicas de Sade remonta a constituio alem de Weimar, em 1919 at os dias de hoje. No Brasil, esta discusso avana em dois momentos da dcada de 80: o primeiro o registro dos casos de AIDS inicialmente detectados em 1980, enfermidade vista como problema de determinados grupos sociais de comportamentos desviantes e no da sociedade como um todo, acarretando movimento por parte da sociedade civil atingida pela doena, atravs de organizaes no-governamentais que se especializaram na luta contra a discriminao do portador do vrus HIV e do doente de AIDS. O segundo momento a promulgao da Constituio da Repblica de 1988, texto normativo que estabeleceu diretrizes referentes ao fornecimento de servios de sade por parte do Estado, elevando a sade a categoria de direito fundamental social. Estes movimentos liderados pelas organizaes no-governamentais, pressionaram o Estado, atravs do Poder Judicirio para garantir o cumprimento de seus direitos de cidados previstos na Constituio, uma vez que o desrespeito aos direitos das pessoas que vivem com HIV/AIDS era crescente no Brasil. Para desenvolvimento da presente tese foi utilizada a pesquisa documental das decises em todas as instncias do Poder Judicirio, passando pelo Tribunal Estadual do Rio de Janeiro at chegar a cpula do Poder Judicirio, o Supremo Tribunal Federal, aprofundando o estudo nas decises que deferiram os pedidos referentes ao fornecimento de medicamentos para os doentes de AIDS. Foram utilizados documentos doutrinrios para fundamentar a necessidade da aplicabilidade das normas constitucionais de forma imediata e no como meros programas para o poder pblico. Ao levantar estes documentos, observou-se que a previso constitucional, e as decises dos rgos do Poder Judicirio, caminhavam no s para garantir os direitos das pessoas que vivem com HIV/AIDS, mas tambm para estender esta poltica pblica a outras doenças degenerativas do organismo humano de forma a possibilitar a aplicao da previso normativa no somente quela doena.

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Esta tese discute cura e cuidado a partir da doena crnica infantil. Partimos da constatao de que a Biomedicina prioriza o diagnstico, o conhecimento da doena e sua cura; a teraputica fica habitualmente relegada segundo plano. O impacto dos avanos tecnolgicos nesta Medicina se faz notar nos atuais questionamentos sobre os limites da vida, da morte e da monstruosidade. Diante da doena grave, progressiva e incurvel na infncia a discusso destes limites se torna urgente. Ressaltamos o potencial, pouco explorado, de prticas e relaes mdico-sociais no tratamento de crianas com estas enfermidades bem como no cuidado de suas famlias. Valorizamos a busca de sentido, a percepo da doena pelo paciente, sua famlia e a equipe de sade do hospital, a qualidade da relao mdico-cliente (paciente-pais), a f na cura e os grupos de ajuda mtua. Acreditamos na importncia da construo contnua de um projeto possvel para lidarmos com estas adversidades. Levantamos a perspectiva dos cuidados paliativos, num enfoque mais amplo para tratamento de qualquer paciente que no busque unicamente a cura da doena, mas tambm o acolhimento, o cuidado e a qualidade de vida daquele que sofre. A partir da pesquisa de campo visamos observar aproximaes e distanciamentos entre a demanda da famlia e as possibilidades de oferta do servio de sade. Estas reflexes se baseiam na experincia profissional no Instituto Fernandes Figueira, hospital materno-infantil, pblico, tercirio, da FIOCRUZ/Ministrio da Sade. Este trabalho se insere na linha de pesquisa desenvolvida no Instituto de Medicina Social que investiga prticas de sade e racionalidades mdicas, coordenada pela professora Madel T. Luz.

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A questo nutricional tem sido objeto de interesse da sade pblica, no s em nosso pas, como tambm em outros, independentemente dos diferentes nveis de desenvolvimento. O sobrepeso e a obesidade so considerados agravos nutricionais importantes, cuja frequncia vem aumentando entre adolescentes, acarretando consequncias negativas, imediatas ou futuras, para a sade. Este estudo pretende descrever a prevalncia de sobrepeso e obesidade em adolescentes, segundo o sexo, nas regies Nordeste e Sudeste do Brasil, e investigar a sua reao com fatores socioeconmicos e com a prtica de atividade fsica. A investigao tem como base os dados da Pesquisa sobre Padres de Vida (PPV) do IBGE, realizada entre maro de 1995 e maro de 1997, nas duas regies. Dadas as peculiaridades de crescimento e desenvolvimento durante essa fase da vida, somados a ausncia de dados sobre maturao sexual, optou-se por incluir os dados de adolescentes de 15 a 19 anos de idade. A amostra contou com os dados de 1027 adolescentes da Regio Nordeste e 854 da Regio Sudeste com amplo predomnio numrico nas reas urbanas em ambas regies.O termo sobrepeso/obesidade foi utilizada para caracterizar os adolescentes que se encontravam com valores de ndice de Massa Corporal (IMC) iguais ou acima do percentil 85, de acordo com o sexo e a idade, da distribuio de IMC da populao norte americana (WHO, 1995). A anlise estatstica considerou os fatores de expanso e o desenho da amostra. A prevalncia de sobrepeso/obesidade foi de 8,45% IC 95% 6,51-10,90) na Regio Nordeste, contra 11,53% (IC 95% 8,90- 14,81) na Regio Sudeste. No Nordeste, observou-se maior risco de sobrepeso/obesidade para adolescentes do sexo feminino (razo de prevalncia: RP meninas/meninos=3,00; IC 95% 1,73-5,22), situao que se manteve entre os residentes da rea urbana (RPr3,21; IC 95% 1,72-5,99) e os da rea rural (RP=2,27; IC 95% 0,68-7,60). Na Regio Sudeste, o risco de sobrepeso/obesidade foi maior entre os meninos (RP meninas/meninos=0,58; IC 95% 0,37-0,92). Ao se estratificarem os dados por situao de moradia, os residentes da rea urbana desta regio mantiveram essa diminuio entre meninas (RPO,51; IC 95% 0,31-0,85), porm na rea rural houve aumento de risco entre as meninas (RP=1 86; IC 95% 0,83-4,16). A renda per capita domiciliar mensal s associou ao risco de sobrepeso/obesidade, em ambas as regies, apenas entre as meninos de maior renda per capita domiciliar mensal, quando comparados aos de renda inferior (Regio Nordeste: OR bruto=9,64; IC 95% 3,17-29,35 e CR ajustado=10,13; IC 95% 2,83-36,27 e, na Regio Sudeste: OR bruto13; IC 95% 1,50-17,48 e OR ajustado=8,70; IC 95% 1,17-32,34). Embora tenha sido observada grande frequncia de sedentarismo entre as meninas, a realizao de atividade fsica no se associou a prevalncia do sobrepeso/obesidade em nenhuma das regies estudadas. Os resultados apontam para a necessidade de medidas do controle dessas condies, visando a preveno de doenças crnicas, bem como da conduo de estudos que aprofundem as questes associadas ao risco de sobrepeso/obesidade entre os adolescentes de diferentes regies do pas.

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Esta dissertao consiste em um estudo sobre as relaes construdas entre o profissional mdico e o servio pblico de sade, tendo como pano de fundo o Programa de Sade da Famlia do Ministrio da Sade. A eleio do PSF se deu em funo dele representar um modelo preconizado e induzido pelo MS que pretende ter a sade como mote, visando tambm mudar o modelo assistencial. Sabendo se que a prtica mdica alicerada na cura de doena, dentro do modelo biomdico, o estudo apresenta algumas tenses advindas desta alteridade. Inicia-se com uma reviso histrica e bibliogrfica do PSF no Brasil, apresentando a trajetria do programa e suas vrias e variadas diretrizes. Em seguida, feita uma abordagem sobre o cotidiano das prticas mdicas baseadas no saber sobre as doenças, buscando explicar o processo histrico e cultural da apreenso desta prtica por parte dos mdicos e suas repercusses na sociedade. Utilizou-se, no trabalho de campo, a entrevista com alguns profissionais mdicos que trabalham em programas de sade da famlia premiados pelo Ministrio da Sade. A partir do olhar e das reflexes dos mdicos entrevistados foram focalizadas categorias que simbolizam dificuldades, adaptaes e construes advindas deste cotidiano. Identificou se focos de tenso cristalizados em situaes inerentes ao trabalho, aos sujeitos, as relaes de poder, as polticas de sade. Finalizando o estudo reafirma a importncia do profissional mdico dentro das diretrizes do Sistema nico de Sde e apresenta uma discusso sobre a insero do mdico dentro do servio pblico de sade.