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Resumo:
Herbicidas que inviabilizam tubérculos de tiririca (Cyperus rotundus) quando absorvidos nas folhas ou na solução do solo, garantem melhor desempenho para a desinfestação gradativa da área. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os estádios de crescimento mais adequados para a aplicação de herbicidas em pós-emergência, além da possibilidade de ação dos principais herbicidas na parte subterrânea da tiririca após aplicação localizada na parte aérea, no solo e sobre ambos os meios. Foram conduzidos dois experimentos em casa de vegetação do Departamento de Fitossanidade da Universidade Estadual Paulista, campus de Jaboticabal-SP. Os resultados do primeiro experimento mostraram que todos os herbicidas estudados (trifloxysulfuron-sodium + ametrine, halosulfuron, sulfentrazone e imazapic) proporcionaram reduções significativas no número de tubérculos viáveis, de forma coerente com suas características de atuação e pela via em que são recomendados. No segundo experimento, as maiores porcentagens de tubérculos afetados na seqüência das "cadeias", a partir das manifestações epígeas originais e derivadas, foram obtidas nas aplicações de trifloxysulfuron-sodium + ametrine nos estádios "jovem" e de pré-florescimento das plantas de tiririca, de halosulfuron no estádio "jovem" e de glyphosate no de pré-florescimento.
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A seletividade de oito formulações comerciais de glyphosate registradas no Brasil (Roundup®, Roundup® WG, Roundup® Transorb, Polaris®, Gliz® 480 CS, Glifosato Nortox®, Glifosato 480 Agripec® e Zapp® Qi) foi avaliada sobre os estádios imaturos do parasitóide de ovos Trichogramma pretiosum, bem como seus efeitos sobre os adultos emergidos, em condições de laboratório (temperatura de 25±1 ºC, umidade relativa de 70±10%, fotofase de 14h e luminosidade de 500 lux). Os bioensaios consistiram na pulverização da calda herbicida, na concentração de 14,4 mg L-1 de equivalente ácido de glyphosate, sobre ovos de Anagasta kuehniella contendo em seu interior o parasitóide nos estádios imaturos de ovo-larva, pré-pupa e pupa. Reduções na emergência de adultos em relação à testemunha foram utilizadas para mensurar os efeitos dos tratamentos. Aos adultos do parasitóide emergidos de pupas pulverizadas foram ofertados ovos do hospedeiro A. kuehniella, sendo avaliado o parasitismo de T. pretiosum de cada tratamento em relação à testemunha. Não houve efeito deletério significativo para nenhum dos herbicidas avaliados quando pulverizados sobre os diferentes estádios imaturos de desenvolvimento de T. pretiosum, de acordo com a IOBC. De forma similar, o parasitismo de adultos emergidos de ovos pulverizados na fase de pupa também não foi afetado.
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Em razão de estudos e especulações envolvendo a questão da soja RR sob aplicação de glyphosate, são necessárias investigações que permitam esclarecer melhor essa situação. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho agronômico e os teores de óleo e proteínas sob aplicação do herbicida glyphosate na cultura da soja transgênica. Para isso, foi desenvolvido um ensaio em delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, em que os tratamentos avaliados consistiram da pulverização foliar contendo glyphosate, em doses crescentes, aplicadas nos estádios V6 e R 2 . As variáveis avaliadas foram: altura média das plantas, número de vagens por planta, massa de mil grãos e produtividade, assim como os teores de óleo e proteínas. Verificou-se que o glyphosate, especialmente quando usado em R 2, pode comprometer o desempenho agronômico e os teores de proteínas.
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O controle químico tem sido um dos métodos mais utilizados para o manejo de plantas daninhas na cultura do milho, no entanto o uso de herbicidas pode ocasionar efeitos adversos aos insetos benéficos, como os parasitoides de ovos. Nesse sentido, foi avaliada a seletividade de 12 herbicidas registrados para a cultura do milho para as fases imaturas de Trichogramma pretiosum em condições de laboratório (temperatura de 25±1 ºC, umidade relativa de 70±10% e fotofase de 14 horas). Os herbicidas foram diluídos em um volume proporcional a 200 L de água por hectare e pulverizados sobre ovos de lepidóptero contendo formas imaturas do parasitoide em seu interior, nas fases de ovo-larva, pré-pupa e pupa. Avaliou-se, então, a porcentagem de emergência dos parasitoides e, em função da comparação com a testemunha, classificaram-se os herbicidas em inócuo (classe 1, <30% na redução da emergência), levemente nocivo (classe 2, 30-79%), moderadamente nocivo (classe 3, 80-99%) e nocivo (classe 4, >99%). Os herbicidas Agrisato 480 SL, Finale, Glifos, Glifosato Nortox, Gliz 480 SL, Polaris, Roundup Original, Roundup Transorb, Roundup WG, Trop e Zapp Qi foram inócuos (classe 1) às diferentes fases imaturas de T. pretiosum e são considerados seletivos ao parasitoide. Gramoxone 200, embora tenha sido inócuo para as fases de ovo-larva e pré-pupa, foi considerado levemente nocivo (classe 2) para a fase de pupa. Nesse sentido, para melhor compatibilização do manejo químico das plantas daninhas e controle biológico de insetos, sugere-se que sejam utilizados, sempre que possível, aqueles herbicidas que permitem maior sobrevivência de T. pretiosum.
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Objetivou-se com este trabalho avaliar a seletividade do herbicida nicosulfuron em três estádios fenológicos de milho-pipoca (híbrido White A 448). O experimento foi conduzido em campo, seguindo o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos obedeceram a um esquema fatorial 5 x 3, referente a cinco dosagens de nicosulfuron (0; 17,5; 35; 70; e 140 g ha-1) e três estádios fenológicos (V3, V5 e V7), totalizando 15 tratamentos. A resposta do milho-pipoca ao nicosulfuron foi verificada por meio de avaliações visuais de intoxicação e efeitos sobre a altura das plantas aos 7, 14 e 28 dias após a aplicação, componentes de produção (plantas m-2, espigas m-2, comprimento de espigas, massa de 100 grãos e número de grãos por espiga) e produtividade de grãos. De modo geral, o híbrido A 448 White evidenciou maior nível de tolerância aos tratamentos aplicados no estádio V3. A produtividade de grãos não sofreu interferência significativa do nicosulfuron nos estádios V3 e V5, mesmo na dosagem mais alta. Assim, dentro do intervalo de dosagens avaliado, o herbicida nicosulfuron pode ser aplicado em plantas de milho-pipoca nos estádios V3 e V5, sem riscos de redução de produtividade.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a melhor época de aplicação de dessecantes, de forma a permitir antecipação da colheita sem prejudicar a produtividade e qualidade de sementes de soja. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em esquema fatorial (3x3) + 1, com quatro repetições. Um dos fatores foi constituído pelos herbicidas dessecantes paraquat, glufosinato de amônio e glyphosate, nas doses de 400, 400 e 960 g i.a. ha-1, respectivamente. Outro fator constituiu-se de três estádios de aplicação dos herbicidas, via pulverização (R6, R7.2 e R8.1). Avaliaram-se a antecipação da colheita, massa de 100 sementes, produtividade, germinação e vigor das sementes. A utilização de herbicidas, aliada aos estádios fenológicos de aplicação, permitiu antecipar a colheita de um a seis dias. A dessecação de plantas de soja em pré-colheita com os herbicidas nos diferentes estádios fenológicos não afetou a produtividade. O herbicida glufosinato de amônio reduziu a germinação de sementes de soja quando aplicado no estádio R6. O herbicida glyphosate reduziu o vigor das sementes de soja quando aplicado nos estádios R6 e R7.2. O herbicida paraquat promoveu os melhores índices de germinação e vigor de sementes de soja quando utilizado nos estádios R6 e R7.2.
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Alterações na qualidade da radiação luminosa causadas pela presença de "plantas vizinhas" podem desencadear uma série de respostas morfológicas das espécies de interesse. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do crescimento de plântulas de trigo, azevém (Lolium multiflorum) e nabo (Raphanus sativus), em competição nos estádios iniciais de desenvolvimento. Foram realizados três experimentos em casa de vegetação, em delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. No primeiro experimento, avaliou-se o crescimento do trigo (cv. Fundacep Cristalino) em competição com azevém, nabo ou trigo (cv. BRS Guamirim). No segundo, a espécie estudada foi o azevém sob competição com plantas de trigo (cv. Fundacep Cristalino) e nabo e, no terceiro, o nabo em competição inicial com plantas de trigo (cv. Fundacep Cristalino) e azevém. Em todos os experimentos, foi adicionado tratamento em que a planta principal cresceu livre da interferência inicial. Aos 15 dias após a semeadura, as plantas foram submetidas às avaliações de estatura de planta, comprimento do sistema radicular, diâmetro de caule e contagem do número de raízes emitidas. A estatura de planta do trigo foi 36% maior quando cultivado em competição com o azevém. O azevém apresentou incremento de 172% na MSPA quando competindo com o nabo, em comparação à testemunha sem competidores. Conclui-se que a competição inicial com base na radiação luminosa, uma vez que não houve limitação de água e nutrientes, altera as características morfofisiológicas de plântulas de trigo cv. Fundacep Cristalino, azevém e nabo, independentemente da espécie competidora em questão.
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Gracilaria sp. é uma das principais macroalgas marinhas atualmente coletadas para produção de ágar no Brasil. Este trabalho objetivou comparar o crescimento in vitro de diferentes estádios reprodutivos tanto de linhagens selvagens (vermelhas), quanto de uma variante cromática (verde clara) de Gracilaria sp., em dois meios de cultura: Von Stosch e Provasoli. Seis linhagens foram selecionadas: gametófitos femininos (F) e masculinos (M), vermelhos (vm) e verde claros (vc); tetrasporófitos vermelhos, porém derivados de cruzamentos distintos, Fvm x Mvm e Fvc x Mvm. As taxas de crescimento avaliadas por 28 dias, foram calculadas a partir de medidas de massa fresca (TCm) e comprimento (TCc). A variante cromática apresentou TCm e TCc inferiores às verificadas para espécimes selvagens. Os dois tipos de meio de cultura resultaram em crescimento satisfatório para as linhagens selvagens. Gametófitos masculinos vermelhos e verde claros e tetrasporófitos vermelhos apresentaram TCm e TCc superiores quando cultivados em Provasoli. Gametófitos femininos verde claros apresentaram TCm semelhantes nos dois meios de cultura, mas as TCs foram superiores em Von Stosch. As TCs de tetrasporófitos derivados de cruzamentos Fvm x Mvm foram superiores às verificadas para tetrasporófitos derivados de cruzamentos Fvc x Mvm.
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A morfologia foliar de espécies arbóreas foi investigada em três estádios sucessionais distintos (inicial, intermediário e avançado) de uma floresta ombrófila densa das terras baixas, no litoral do Estado do Paraná, crescendo sobre solo arenoso e oligotrófico. As espécies do estádio inicial apresentaram maior grau de escleromorfismo, com folhas mais espessas, menores em área, maior densidade estomática, maior espessura do parênquima paliçádico e maior incidência de espécies com tecido esclerenquimático em comparação com as espécies dos demais estádios sucessionais (intermediário e avançado). As variações na morfologia foliar ao longo do gradiente sucessional são relacionadas às mudanças microclimáticas e aos processos de interação planta-horizontes orgânicos do solo que se intensificam nos estádios mais avançados.
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O presente estudo teve como objetivo caracterizar as alturas preferenciais de distribuição das bromélias em quatro estádios sucessionais (capoeirinha, capoeira, capoeirão e floresta secundária) em encostas da Ilha de Santa Catarina, relacionando-as com o desenvolvimento da floresta, com características individuais e dos forófitos. Foram calculados valores de importância das bromélias em cada estádio, relacionando-os aos tipos de diásporos e estratégias para obtenção de nutrientes. Cada um dos 60 forófitos determinados por estádio sucessional através de pontos quadrantes foi considerado uma unidade amostral e dividido em intervalos de altura de dois metros a partir do solo. As espécies do gênero Tillandsia com metabolismo CAM apresentaram os maiores valores de importância nos dois estádios mais avançados, onde houve ocorrência de bromélias. Em todos os estádios, na estratificação vertical, foi detectada uma tendência de maior riqueza e maior freqüência de bromélias em alturas próximas às médias dos pontos de inversão morfológica relacionado ao aumento de substrato disponível para fixação e crescimento. No capoeirão e na floresta secundária as plântulas cresceram em todos os intervalos de altura dos forófitos, indicando taxas de mortalidade diferentes quando considerada a distribuição dos indivíduos adultos. As mudanças nas condições microclimáticas dos progressivos estádios sucessionais provocaram deslocamentos de distribuição e trocas de espécies, com o aumento de indivíduos e de espécies formadoras de tanque.
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O objetivo desse estudo foi identificar, classificar e descrever os indivíduos de três espécies de palmeiras (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret, Euterpe edulis Mart. e Geonoma schottiana Mart.) em estádios ontogenéticos e/ou classes. As populações foram amostradas em 2005 em cinco fragmentos florestais. Todos os indivíduos das três espécies dentro de nove parcelas de 30 × 30 m em cada fragmento foram medidos: diâmetro à altura do solo, altura até a inserção da última folha, número de folhas e partição do limbo foliar. Esses dados serviram para classificar os indivíduos de cada espécie em cinco classes. Astrocaryum aculeatissimum e E. edulis apresentaram marcada mudança no tipo de folha ao longo da ontogenia. Já G. schottiana apresentou ampla variação no tipo de folha e apenas as plântulas apresentaram um único tipo de folha. O aparecimento do estipe também marcou mudança de classe, assim como o evento reprodutivo. Tipo de folha, aparecimento do estipe e eventos reprodutivos foram as principais características usadas para identificação dos estágios ontogenéticos. Porém, para E. edulis e G. schottiana características quantitativas também foram utilizadas, pois alguns estádios apresentaram ampla variação no tamanho. Estudos que busquem a identificação e descrição de estádios ontogenéticos são muito importantes para possibilitar a padronização e comparação entre estudos populacionais.
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Foi estudada a viabilidade de consumo da cultivar de soja IAC PL-1 enlatada como grão verde e sua melhor época de colheita para enlatamento. Para tanto procederam-se cinco colheitas a partir do 48º dia após a floração (DAF) até a extinção da coloração verde. O processamento iniciou-se pelo branqueamento das vagens, debulha e enlatamento. Aos cinco lotes obtidos adicionou-se um sexto lote para estudar o efeito do armazenamento. Para qualificar os seis lotes de grãos enlatados foram efetuadas medidas de peso, cor, textura e características do líquido de enlatamento. Foram realizados estudos das propriedades sensoriais dos grãos enlatados para dimensionar a aceitação pela degustação e aparência. O enlatamento foi otimizado para 121ºC com tempo de esterilização em torno de 4 minutos. A maturidade fisiológica dos grãos ocorreu entre o 61º ao 64º DAF. O processo térmico conservou a cor verde dos grãos enlatados e não induziu perda expressiva da massa dos grãos; a textura firme dos grãos aumentou com a maturação. Os provadores demonstraram boa aceitação dos produtos e não ocorreu preferência em relação aos estádios de maturação. O trabalho conclui que grãos verdes de soja IAC PL-1 proporcionam enlatados com boas características técnicas e gustativas. Foi observado que grãos colhidos no ponto convencional de maturação, armazenados e enlatados obtiveram boa aceitação gustativa, concluindo-se que a cultivar IAC PL-1 é também adequada para o consumo e enlatada após o armazenamento.
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Este trabalho teve como objetivo estudar a composição química e aspectos bioquímicos dos grãos de soja cultivar IAC PL-1 e de guandu cultivar IAC Fava Larga, crus e pós-enlatamento em diferentes estádios de maturação avaliando os efeitos do processamento sobre os grãos dos dois cultivares. A composição química dos grãos crus , principalmente no último estádio verde, e na maturação de colheita foi de modo geral semelhante. O enlatamento conservou 95% e 98% do total das proteínas dos grãos de soja e guandu, respectivamente. Nos enlatados de soja obteve-se a inativação da atividade de lectinas. Os processamentos térmicos utilizados para os enlatamentos, 121ºC por 6 a 7 minutos para a soja e 5 a 6 minutos para o guandu foram suficientes para eliminar 83% da atividade dos inibidores de tripsina da soja e do guandu. A digestibilidade da proteína do guandu enlatado (62%) foi inferior em relação à soja enlatada (78%). Com exceção do ácido glutâmico, prolina, lisina e histidina, os demais aminoácidos do grão de soja enlatado colhido no 64º DAF tiveram seus conteúdos iguais aos enlatados do 85º DAF pós-armazenados e pós-macerados. Os teores de aminoácidos dos grãos de guandu enlatados no 62º DAF, com exceção do ácido glutâmico e fenilalanina, foram iguais àqueles presentes na última colheita (92º DAF). A metionina disponível no grão de soja não se modificou com a evolução da maturação, porém a do guandu se elevou no 92º DAF e o processo de enlatamento reduziu a metionina disponível da soja apenas no 55º e 64º DAF e do guandu no 57º e 92º DAF. Rafinose e estaquiose nos grãos de soja estão mais elevadas no estádio verde, e nos grãos de guandu, apenas a estaquiose está mais elevada no estádio verde. O processo de enlatamento provocou um pequeno decréscimo nestes dois açúcares da soja e guandu nos dois últimos estádios de maturação estudados.
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O objetivo deste trabalho é viabilizar a introdução do guandu verde enlatado no mercado brasileiro. Foram realizadas três colheitas de grãos ainda verdes da cultivar IAC Fava Larga obtidos no 44º, 57º e 62º dia após a floração (DAF) e finalmente no 92º DAF, quando os grãos já possuíam cor pardo-amarelada. Para todos os lotes, após otimização das condições de enlatamento, 121ºC durante 5 a 6 minutos, efetuaram-se estudos quanto ao acúmulo de matéria seca, composição dos grãos, cor, textura e aceitação sensorial. Conclui-se, através do acúmulo de matéria seca do grão, que a maturidade fisiológica ocorreu em torno do 62º DAF, quando também apresentou as melhores características para o enlatamento. As cores dos grãos pós-enlatamento, vermelha e amarela (unidades Lab Hunter) apresentaram estáveis até o 62º DAF. A textura foi gradativamente mais firme com o avanço do amadurecimento tendo verificado correlação positiva (r = 0,96) entre medidas de texturas sensorial e instrumental. A aceitação do guandu enlatado cultivar IAC Fava Larga foi apenas regular.
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Com o objetivo de avaliar a caracterização física, físico-química, enzimática e de parede celular, durante os diferentes estádios de desenvolvimento dos frutos da figueira sob irrigação, no norte de Minas Gerais, o presente trabalho foi desenvolvido durante o ciclo de produção 2001/2002, na Unidade de Produção Frutícola da Escola Agrotécnica Federal de Salinas (Eafsal), município de Salinas. Utilizaram-se, neste experimento, plantas com dois anos e meio de idade após o transplantio e com 12 ramos primários (pernadas), bem desenvolvidos e espaçamento de 2,5x1,5 m. O delineamento aplicado foi inteiramente casualizado, com duas repetições e um total de 40 plantas marcadas. Os dados coletados foram referentes ao ciclo de produção 2001/2002, para as plantas podadas em junho. Avaliou-se, durante os diferentes estádios de desenvolvimento dos frutos da figueira, a atividade enzimática, composição química, avaliações físicas, açúcares neutros e compostos de parede celular. À medida que a atividade de polifenoloxidase e peroxidase foi diminuindo, a atividade da poligalacturonase aumentou, no decorrer do desenvolvimento dos frutos. Os frutos atingiram ponto de colheita para a indústria e consumo in natura aos 30 e 75 dias da diferenciação das gemas em sicônio, respectivamente. Ocorreu um aumento significativo nos teores de sólidos solúveis totais, açúcares solúveis totais e redutores durante o desenvolvimento do fruto. O valor de pH e o conteúdo de acidez total titulável variaram muito pouco durante o desenvolvimento do fruto. O diâmetro médio dos frutos foi sempre inferior ao comprimento médio, atingindo 51,99 mm e 59,18 mm, respectivamente, aos 75 dias. Quanto ao peso médio, os frutos atingiram 53,23 g aos 75 dias. Os açúcares neutros predominantes foram a galactose, a arabinose e a xilose, enquanto fucose, manose, glucose e ramnose apresentaram-se em menor quantidade na parede celular durante os diferentes estádios de desenvolvimento dos frutos. Com a maturação dos frutos, houve redução dos principais componentes dos polissacarídeos pécticos (galactose, arabinose e ramnose), enquanto os componentes da fração hemicelulósica (xilose, glucose e manose) tenderam a aumentar. A solubilização da celulose e queda nos teores de hemicelulose se deu a partir dos 60 dias, quando o fruto, já na maturidade fisiológica, inicia o processo de amaciamento, em função da solubilização de pectinas, pela maior atividade das enzimas pectinametilesterase e poligalacturonase.