985 resultados para Doppler
Resumo:
FUNDAMENTO: A predição de dados de hemodinâmica pulmonar, a partir de avaliação não invasiva, poderia isentar alguns portadores de defeitos septais cardÃacos congênitos da avaliação invasiva pré-operatória (cateterismo). OBJETIVO: Verificar, em avaliação simultânea, se dados obtidos pela ecocardiografia-Doppler poderiam predizer aspectos da condição hemodinâmica pulmonar em tais pacientes. MÉTODOS: Parâmetros ecocardiográficos relacionados ao fluxo sistólico pulmonar e sistêmico e ao fluxo em veia pulmonar foram relacionados a dados hemodinâmicos em 30 pacientes consecutivos com defeitos septais cardÃacos (idade entre 4 meses e 58 anos, mediana 2,2 anos; pressão arterial pulmonar média entre 16 e 93 mmHg). RESULTADOS: As variáveis integral velocidade-tempo do fluxo sistólico em via de saÃda de ventrÃculo direito (VTI VSVD > 22 cm) e do fluxo em veia pulmonar (VTI VP > 20 cm) foram preditivos de nÃveis RVP/RVS <; 0,1 (relação entre resistências vasculares pulmonar e sistêmica), com especificidade de 0,81 e razão de chances acima de 1,0. Para valores VTI VSVD > 27 cm e VTI VP > 24 cm, a especificidade foi superior a 0,90 e a razão de chances 2,29 e 4,47 respectivamente. A razão entre os fluxos pulmonar e sistêmico (Qp/Qs > 2,89 e > 4,0, estimativas ecocardiográficas) foi útil na predição de valores Qp/Qs > 3,0 pelo cateterismo (especificidade de 0,78 e 0,91, razão de chances 1,14 e 2,97, respectivamente). CONCLUSÃO: Em portadores de defeitos septais cardÃacos, a ecocardiografia-Doppler é capaz de identificar aqueles em situação de aumento de fluxo e baixos nÃveis de resistência vascular pulmonar.
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FUNDAMENTO: A biópsia endomiocárdica (BEM) é o método padrão-ouro para o diagnóstico de rejeição celular (RC) após transplante cardÃaco (TC). OBJETIVO: Testar a hipótese de que o exame de imagem por Doppler tecidual (IDT) pode detectar RC > 3A e agregar informação diagnóstica, comparado ao Doppler convencional. MÉTODOS: Cinquenta e quatro pacientes com TC foram submetidos à BEM e estudo ecocardiográfico através de IDT em até 24 horas. Comparamos os pacientes com TC e RC > 3A com pacientes com TC e RC < 3A, com um grupo controle normal (13 pacientes). Foram medidas através da IDT, as velocidades sistólica (S), diastólica precoce (e'), diastólica tardia (a') relação das velocidades e'/a' no anel ventricular esquerdo, nos segmentos basal e médio das paredes septal (SEP), lateral (LAT), inferior (INF) e no anel ventricular direito. RESULTADOS: Os pacientes com TC mostraram RC > 3A em 39/129 (30,2%) das BEM. O melhor preditor isolado para o diagnóstico de RC foi a a'LAT, com sensibilidade de 76,3%, especificidade de 73,8% (p = 0,001). Na análise multivariada, a a'LAT (p = 0,001), a'SEP (p = 0,002), relação e'/a' LAT (p = 0,006), relação e'Mitral/ e'LAT (p = 0,014), SINF (p = 0,009) foram preditores de RC > 3A. Obtivemos um escore com sensibilidade de 88,2%, acurácia de 79,6%, e valor preditivo negativo de 92,9% para diagnosticar RC > 3A. O Doppler convencional (fluxo mitral e pulmonar venoso) não foi relevante para predizer a RC > 3A. CONCLUSÃO: O estudo de IDT agregou informação diagnóstica para predizer RC > 3A quando comparado ao Doppler convencional. O modelo baseado em IDT pode ser tornar um método em potencial para detectar RC > 3A após TC.
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FUNDAMENTO: O aparecimento de Fibrilação Atrial (FA) em pacientes com Insuficiência CardÃaca (IC) está em geral associado a uma alta ocorrência de complicações cardiovasculares. Constatou-se que a relação E/(E' × S') (E = velocidade transmitral diastólica inicial, E' = velocidade diastólica inicial no anel mitral e S = velocidade sistólica no anel mitral) reflete a pressão de enchimento do ventrÃculo esquerdo. Objetivo: Investigamos se E/(E' × S') poderia ser um preditor de FA de inÃcio recente em pacientes com IC. MÉTODOS: Foram analisados 113 pacientes consecutivos hospitalizados com IC, em ritmo sinusal, após o tratamento médico adequado. Os pacientes com histórico de FA, imagens ecocardiográficas inadequadas, cardiopatia congênita, ritmo acelerado, doença valvar primária significativa, sÃndrome coronariana aguda, revascularização coronária durante o seguimento, doença pulmonar ou insuficiência renal grave não foram incluÃdos. E/(E' × S') foi determinado utilizando a média das velocidades das bordas septal e lateral do anel mitral. A meta principal do estudo foi a FA de inÃcio recente. RESULTADOS: Durante o perÃodo de seguimento (35,7 ± 11,2 meses), 33 pacientes (29,2%) desenvolveram FA. A média de E/(E' × S') foi de 3,09 ± 1,12 nesses pacientes, ao passo que foi de 1,72 ± 1,34 no restante (p < 0,001). O corte de relação E/(E' × S') ótima para predizer FA de inÃcio recente foi de 2,2 (88% de sensibilidade, 77% de especificidade). Havia 64 pacientes (56,6%) com E/(E' × S') < 2,2 e 49 (43,4%) com E/(E '× S') > 2,2. A FA de inÃcio recente foi maior em pacientes com E/(E' × S') > 2,2 que em pacientes com E/(E' × S') < 2,2 [29 (59,1%) versus 4 (6,2%), p < 0,001]. Na análise multivariada de Cox incluindo as variáveis que previram FA em análise univariada, a relação E/(E' × S') foi o único preditor independente de FA de inÃcio recente (relação de risco = 2,26, 95% de intervalo de confiança = 1,25 - 4,09, p = 0,007). CONCLUSÃO: Em pacientes com IC, a relação E/(E' × S') parece ser um bom preditor de FA de inÃcio recente.
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FUNDAMENTO: A avaliação da função Ventricular Direita (VD) pelo ecocardiograma em pacientes com Tromboembolismo Pulmonar (TEP) é complexa, frequentemente qualitativa; o Doppler tecidual tem sido utilizado para avaliação semiquantitativa dessa câmara, com algumas limitações. OBJETIVO: Avaliar a função do VD no TEP pelo ecocardiograma com Doppler tecidual, complementando com o peptÃdeo atrial natriurético (BNP). MÉTODOS: Foram estudados pacientes com TEP pelo ecocardiograma com Doppler tecidual e BNP até 24 horas do diagnóstico, obtendo-se as velocidades miocárdicas (s'), strain, strain rate e Ãndice de performance miocárdica do VD; disfunção do VD foi iagnosticada por hipocinesia da câmara, movimento anormal septal e relação VD/VE >1. De acordo com o BNP os pacientes foram divididos em Grupo I, BNP < 50 pg/mL e Grupo II, BNP > 50 pg/mL. RESULTADOS: De 118 pacientes, 100 (60 homens, idade = 55 ± 17 anos) foram analisados; observou-se disfunção do VD em 28%, mais frequentemente no grupo II (19 vs. 9 pacientes, p < 0,001). O grupo II era mais idoso (64 ± 19 vs. 50 ± 15 anos), apresentava menor velocidade de s' (10,5 ± 3,5 vs. 13,2 ± 3,1 cm/s) e maior pressão pulmonar (48 ± 11 vs. 35 ± 11 mmHg), p < 0,001 para todos. O ponto de corte de s' para disfunção do VD foi de 10,8 cm/s (especificidade = 85%, sensibilidade = 54%), com moderada correlação entre o BNP e a onda s'(r = -0,39). CONCLUSÃO: No TEP, a disfunção do VD pelo ecocardiograma se acompanha de elevação do BNP; apesar confirmar adequadamente a presença de disfunção do VD, o Doppler tecidual apresenta sensibilidade limitada para este diagnóstico.
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Fundamento: Foi demonstrado que um novo índice de Doppler Tecidual, E/(E'×S'), incluindo a proporção entre a velocidade diastólica precoce transmitral e a do anel mitral (E/E'), e a velocidade sistólica do anel mitral (S'), tem uma boa precisão como preditor da pressão de enchimento do ventrículo esquerdo. Objetivo: Investigar o valor de E/(E'×S') para prever a morte cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca. Métodos: Foi realizado sucessivamente o ecocardiograma em 339 pacientes hospitalizados com insuficiência cardíaca, em ritmo sinusal, após tratamento médico adequado, no momento e um mês depois da alta. O agravamento de E/(E'×S') foi definido como um aumento do valor padrão. O ponto final foi a morte cardíaca. Resultados: Durante o período de acompanhamento (35,2 ± 8,8 meses), ocorreu a morte cardíaca em 51 pacientes (15%). O melhor valor mínimo para E/(E'× S') inicial na previsão da morte cardíaca foi de 2,83 (76% de sensibilidade, 85% de especificidade). No momento da alta, 252 pacientes (74,3%) apresentaram E/(E'×S') ≤ 2,83 (grupo I), e 87 (25,7%) apresentaram E/(E'×S') > 2,83 (grupo II), respectivamente. A morte cardíaca foi significativamente maior no grupo II em relação ao grupo I (38 mortes, 43,7% contra 13 mortes, 5,15%, p < 0,001). Através da análise de regressão multivariada de Cox, incluindo as variáveis que afetaram os resultados na análise univariada, a relação E/(E'×S') no momento da alta mostrou-se o melhor preditor independente da morte cardíaca (taxa de risco = 3,09, 95% intervalo de confiança = 1,81-5,31, p = 0,001). Pacientes com E/(E'×S') > 2,83 no momento da alta e com um agravamento após um mês apresentaram o pior prognóstico (todos p < 0,05). Conclusão: Em pacientes com insuficiência cardíaca a relação E/(E'×S') é um poderoso preditor da morte cardíaca, especialmente quando esta estiver associada com o seu agravamento.
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Background: Patients with indeterminate form of Chagas disease/cardiac normality (ICD/CN) exhibited normal electrocardiograms and chest X-rays; however, more sophisticated tests detected some degree of morphological and functional changes in the heart. Objective: To assess the prevalence of systolic and diastolic dysfunction of the right ventricle (RV) in patients with ICD/CN. Methods: This was a case–control and prevalence study. Using Doppler two-dimensional echocardiography (2D), 92 patients were assessed and divided into two groups: group I (normal, n = 31) and group II (ICD/CN, n = 61). Results: The prevalence of RV systolic dysfunction in patients in groups I and II was as follows: fractional area change (0.0% versus 0.6%), mobility of the tricuspid annulus (0.0% versus 0.0%), and S-wave tissue Doppler (6.4% versus 26.0%, p = 0.016). The prevalence of global disorders such as the right myocardial performance index using tissue Doppler (16.1% versus 27.8%, p = 0.099) and pulsed Doppler (61.3% versus 68%, p = 0.141) and diastolic disorders such as abnormal relaxation (0.0% versus 6.0%), pseudonormal pattern (0.0% versus 0.0%), and restrictive pattern (0.0% versus 0.0%) was not statistically different between groups. Conclusion: The prevalence of RV systolic dysfunction was estimated to be 26% (S wave velocity compared with other variables), suggesting incipient changes in RV systolic function in the ICD/CN group.
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La rigidez arterial es un parámetro establecido dentro de la valoración del riesgo cardio-vascular. Actualmente disponemos de múltiples métodos para determinar la velocidad de onda de pulso (VOP) y entre ellos los más utilizados son los métodos mecánicos, como el Complior o el Sphigmocor, que precisan de dispositivos especÃficos y una inversión importante en aprendizaje y tiempo de exploración. La utilización del doppler guiado por ecografÃa 2D es una buena alternativa a estos métodos. Realizamos un estudio comparativo para evaluar la fiabilidad del eco-doppler en la medida de la VOP carótida-femoral respecto al método Complior. Se estudió la VOP carótida-femoral utilizando los dos sistemas en 40 pacientes, mostrando ambos métodos muy buena concordancia (R=0’91). En el análisis de reproducibilidad de la VOP por doppler no se hallaron diferencias intra e interobservador. En base a los resultados, el estudio demuestra que la ecografÃa doppler puede ser usada para medir la VOP aórtica de manera fiable y reproducible, similar otros métodos más establecidos.
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BACKGROUND AND PURPOSE: A right-to-left shunt can be identified by contrast transcranial Doppler ultrasonography (c-TCD) at rest and/or after a Valsalva maneuver (VM) or by arterial blood gas (ABG) measurement. We assessed the influence of controlled strain pressures and durations during VM on the right-to-left passage of microbubbles, on which depends the shunt classification by c-TCD, and correlated it with the right-to-left shunt evaluation by ABG measurements in stroke patients with patent foramen ovale (PFO). METHODS: We evaluated 40 stroke patients with transesophageal echocardiography-documented PFO. The microbubbles were recorded with TCD at rest and after 4 different VM conditions with controlled duration and target strain pressures (duration in seconds and pressure in cm H2O, respectively): V5-20, V10-20, V5-40, and V10-40. The ABG analysis was performed after pure oxygen breathing in 34 patients, and the shunt was calculated as percentage of cardiac output. RESULTS: Among all VM conditions, V5-40 and V10-40 yielded the greatest median number of microbubbles (84 and 95, respectively; P&lt;0.01). A significantly larger number of microbubbles were detected in V5-40 than in V5-20 (P&lt;0.001) and in V10-40 than in V10-20 (P&lt;0.01). ABG was not sensitive enough to detect a shunt in 31 patients. CONCLUSIONS: The increase of VM expiratory pressure magnifies the number of microbubbles irrespective of the strain duration. Because the right-to-left shunt classification in PFO is based on the number of microbubbles, a controlled VM pressure is advised for a reproducible shunt assessment. The ABG measurement is not sensitive enough for shunt assessment in stroke patients with PFO.
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BACKGROUND: Early detection is a major goal in the management of malignant melanoma. Besides clinical assessment many noninvasive technologies such as dermoscopy, digital dermoscopy and in vivo laser scanner microscopy are used as additional methods. Herein we tested a system to assess lesional perfusion as a tool for early melanoma detection.¦METHODS: Laser Doppler flow (FluxExplorer) and mole analyser (MA) score (FotoFinder) were applied to histologically verified melanocytic nevi (33) and malignant melanomas (12).¦RESULTS: Mean perfusion and MA scores were significantly increased in melanoma compared to nevi. However, applying an empirically determined threshold of 16% perfusion increase only 42% of the melanomas fulfilled the criterion of malignancy, whereas with the mole analyzer score 82% of the melanomas fulfilled the criterion of malignancy.¦CONCLUSION: Laser Doppler imaging is a highly sensitive technology to assess skin and skin tumor perfusion in vivo. Although mean perfusion is higher in melanomas compared to nevi the high numbers of false negative results hamper the use of this technology for early melanoma detection.
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Aortic stiffness is an independent predictor factor for cardiovascular risk. Different methods for determining pulse wave velocity (PWV) are used, among which the most common are mechanical methods such as SphygmoCor or Complior, which require specific devices and are limited by technical difficulty in obtaining measurements. Doppler guided by 2D ultrasound is a good alternative to these methods. We studied 40 patients (29 male, aged 21 to 82 years) comparing the Complior method with Doppler. Agreement of both devices was high (R = 0.91, 0.84-0.95, 95% CI). The reproducibility analysis revealed no intra-nor interobserver differences. Based on these results, we conclude that Doppler ultrasound is a reliable and reproducible alternative to other established methods for themeasurement of aortic PWV
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Expressions relating spectral efficiency, power, and Doppler spectrum, are derived for Rayleigh-faded wireless channels with Gaussian signal transmission. No side information on the state of the channel is assumed at the receiver. Rather, periodic reference signals are postulated in accordance with the functioning of most wireless systems. The analysis relies on a well-established lower bound, generally tight and asymptotically exact at low SNR. In contrast with most previous studies, which relied on block-fading channel models, a continuous-fading model is adopted. This embeds the Doppler spectrum directly in the derived expressions, imbuing them with practical significance. Closed-form relationships are obtained for the popular Clarke-Jakes spectrum and informative expansions, valid for arbitrary spectra, are found for the low- and high-power regimes. While the paper focuses on scalar channels, the extension to multiantenna settings is also discussed.
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Human arteries affected by atherosclerosis are characterized by altered wall viscoelastic properties. The possibility of noninvasively assessing arterial viscoelasticity in vivo would significantly contribute to the early diagnosis and prevention of this disease. This paper presents a noniterative technique to estimate the viscoelastic parameters of a vascular wall Zener model. The approach requires the simultaneous measurement of flow variations and wall displacements, which can be provided by suitable ultrasound Doppler instruments. Viscoelastic parameters are estimated by fitting the theoretical constitutive equations to the experimental measurements using an ARMA parameter approach. The accuracy and sensitivity of the proposed method are tested using reference data generated by numerical simulations of arterial pulsation in which the physiological conditions and the viscoelastic parameters of the model can be suitably varied. The estimated values quantitatively agree with the reference values, showing that the only parameter affected by changing the physiological conditions is viscosity, whose relative error was about 27% even when a poor signal-to-noise ratio is simulated. Finally, the feasibility of the method is illustrated through three measurements made at different flow regimes on a cylindrical vessel phantom, yielding a parameter mean estimation error of 25%.