Avaliação da relação entre diabetes mellitus e doença periodontal: um estudo em pacientes pertencentes à Casa do Diabético no município de Belém-PA

O diabetes mellitus é uma doença caracterizada por anormalidades endócrinas e matabólicas, que resulta em alterações em muitos setores do organismo. Ao passo que a doença periodontal é uma lesão infecto-inflamatória que envolve os tecidos de sustentação dos dentes. Convém, esclarecer a relação entre o diabetes mellitus e a doença periodontal por uma associação biológica, na qual diabéticos apresentam deficiência na resposta orgânica e aumento da suscetibilidade para muitos tipos de infecção, incluindo a infecção perioodntal. Este trabalho tem como objetivo comparar indivíduos com adequado controle metabólico do diabetes mellitus e indivíduos com pobre controle glicêmico da doença, em diferentes tempos de duração do diabetes. Foram avaliados periodontalmente 31 indivíduos com controle glicêmico adequado e 29 sujeitos com pobre controle metabólico. Os resultados revelaram que a condições de higiene bucal e de inflamação gengival são similares entre os indivíduos com diferentes anos de diabetes, independente da qualidade do controle metabólico do diabetes mellitus. A profundidade de sondagem revelou maior severidade em indivíduos com mais de cinco anos de doença, principalmente no grupo com pobre controle glicêmico. Em conclusão, indivíduos diabéticos com mais de cinco anos de duração da doença e com pobre controle metabólico do nível de glicemia apresentam maiores perdas de estrutura periodontal.

Influência do Diabetes mellitus e da insulinoterapia sobre a osseointegração: avaliação histométrica em coelhos

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Efeito do Diabetes mellitus e da insulinoterapia na osseointegração estabelecida ao redor de implantes instalados em tíbia de ratos

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Parâmetros Neuropáticos no Diabetes Mellitus

Pós-graduação em Fisioterapia - FCT

Influência da diabetes mellitus na resposta tecidual e na capacidade de mineralização dos cimentos Sealapex, MTA Angelus e MTA Fillapex

Pós-graduação em Ciência Odontólogica - FOA

Influência da Diabetes Mellitus na movimentação ortodôntica associada a doença periodontal: avaliação histomorfométrica em ratos

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Influência da Diabetes Mellitus na movimentação ortodôntica associada a doença periodontal: avaliação histomorfométrica em ratos

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

CYBA C242T polymorphism is associated with obesity and diabetes mellitus in Brazilian hypertensive patients

Diabet. Med. 29, e55e61 (2012) Abstract Aims The CYBA C242T polymorphism has been associated with cardiovascular phenotypes such as hypertension and atherosclerosis, but available data are conflicting. This report investigated the impact of this variant on hypertension and metabolic determinants of cardiovascular risk in a large Brazilian sample. Methods We cross-sectionally evaluated 1856 subjects (826 normotensive subjects and 1030 hypertensive patients) by clinical history, anthropometry, laboratory analysis and genotyping of the CYBA C242T polymorphism. Results Genotype frequencies in the whole population were consistent with the HardyWeinberg equilibrium and genotype distributions were not different between hypertensive and normotensive subjects. Hypertensive patients with the CC genotype presented lower fasting plasma glucose levels (5.9 +/- 0.1 vs. 6.2 +/- 0.1 mmol/l, P = 0.020) and waist circumference (94.5 +/- 0.6 vs. 96.3 +/- 0.6 cm, P = 0.028) than CT + TT ones. Similarly, the prevalence of diabetes mellitus and obesity was also lower in hypertensive patients carrying the CC genotype (16% vs. 21%, P = 0.041; 36% vs. 43%, P = 0.029, respectively). In addition, multiple and logistic regression analysis demonstrated that the CYBA C242T polymorphism was associated with glucose levels, waist circumference, obesity and diabetes mellitus in hypertensive patients independently of potential confounders. Conversely, in normotensive subjects, no significant difference in studied variables was detected between the genotype groups. Conclusions These data suggest that the T allele of the CYBA C242T polymorphism may be used as a marker for adverse metabolic features in Brazilian subjects with systemic hypertension.

BDKRB2+9/-9 Polymorphism Is Associated with Higher Risk for Diabetes Mellitus in the Brazilian General Population

Some mechanisms have been proposed to explain the role of bradykinin on glucose homeostasis and some studies reported that the BDKRB2 +9/-9 polymorphism was associated to the transcriptional activity of the receptor. In this scenario, the main aim of this study was to evaluate the association of the BDKRB2 +9/-9 polymorphism with diabetes mellitus risk in the Brazilian general population. This study included 1,032 subjects of the general urban population. Anthropometrical, blood pressure, biochemical, and genotype analyses for the BDKRB2 +9/-9 bp insertion/deletion polymorphism were performed. Individuals carrying +9/+9 or +9/-9 genotypes had higher glucose values (84.5 mg/dL versus 80.6 mg/dL, resp.) and higher frequency of diabetes mellitus (7.6% versus 3.6%, resp.) compared to individuals carrying -9/-9, adjusting for age and gender. In addition, higher diabetes mellitus risk was associated to presence of the +9/+9 or +9/-9 genotypes (OR = 1.91; 95% CI = 1.09-4.19; P = 0.03). Our data suggest that the BDKRB2 +9/-9 polymorphism may act as a genetic modulator of glucose homeostasis. It was previously associated to insulin sensitivity, glucose uptake, and insulin secretion, and, in this study, data suggest that the polymorphism may increase susceptibility to chronic metabolic conditions such as diabetes in the Brazilian population.

Fibronectin glycation increases IGF-I induced proliferation of human aortic smooth muscle cells

The advanced glycation end products, namely AGEs, contribute to long-termed complications of diabetes mellitus, including macroangiopathy, where smooth muscle cells (SMC) proliferation stimulated by platelet-derived growth factor (PDGF) isoforms and insulin-like growth factor-I (IGF-I) plays an important role. The objective of the present study was to investigate the effect of an AGE-modified extracellular matrix protein on IGF-I induced SMC proliferation and on the IGF-I-IGF binding protein 4 (IGFBP-4) axis under basal conditions and after stimulation with PDGF-BB. IGF-I resulted in significantly higher thymidine incorporation in SMC seeded on AGE-modified fibronectin (AGE-FN) in comparison to cells seeded on fibronectin (FN). This augmented proliferation could not be accounted for by increased expression of IGF-IR, by decreased secretion of IGFBP-4, a binding protein that inhibits IGF-I mitogenic effects or by increased IGF-IR autophosphorylation. PDGF-BB did not modulate IGF-IR and IGFBP-4 mRNA expression in any of the substrata, however, this growth factor elicited opposite effects on the IGFBP-4 content in the conditioned media, increasing it in cells plated on FN and diminishing it in cells plated on AGE-FN. These findings suggest that one mechanism by which AGE-modified proteins is involved in the pathogenesis of diabetes-associated atherosclerosis might be by increasing SMC susceptibility to IGF-I mitogenic effects.

Custo-efetividade e impacto orçamentário da saxagliptina como terapia adicional à metformina para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2 no sistema de saúde suplementar do Brasil

OBJETIVOS: Comparar custos e benefícios clínicos de três terapias adicionais à metformina (MF) para pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DMT2). MÉTODOS: Um modelo de simulação de eventos discretos foi construído para estimar a relação custo-utilidade (custo por QALY) da saxagliptina como uma terapia adicional à MF comparada à rosiglitazona ou pioglitazona. Um modelo de impacto orçamentário (BIM - Budget Impact Model) foi construído para simular o impacto econômico da adoção de saxagliptina no contexto do Sistema Suplementar de Saúde brasileiro. RESULTADOS: O custo de aquisição da medicação para o grupo de pacientes hipotéticos analisados, para o horizonte temporal de três anos, foi de R$ 10.850.185,00, R$ 14.836.265,00 e R$ 14.679.099,00 para saxagliptina, pioglitazona e rosiglitazona, respectivamente. Saxagliptina exibiu menores custos e maior efetividade em ambas as comparações, com economias projetadas para os três primeiros anos de -R$ 3.874,00 e -R$ 3.996,00, respectivamente. O BIM estimou uma economia cumulativa de R$ 417.958,00 com o reembolso da saxagliptina em três anos a partir da perspectiva de uma operadora de plano de saúde com 1 milhão de vidas cobertas. CONCLUSÃO: Da perspectiva da fonte pagadora privada, a projeção é de que o acréscimo de saxagliptina à MF poupe custos quando comparado ao acréscimo de rosiglitazona ou pioglitazona em pacientes com DMT2 que não atingiram a meta de hemoglobina glicada (HbA1c) com metformina em monoterapia. O BIM, para a inclusão de saxagliptina nas listas de reembolso das operadoras de planos de saúde, indicou uma economia significativa para o horizonte de 3 anos.

Endothelin A-receptor blockade in experimental diabetes improves glucose balance and gastrointestinal function

Secondary complications of diabetes mellitus often involve gastrointestinal dysfunction. In the experimental Goto Kakizaki rat, a model of Type II diabetes, hyperglycaemia and reduced glucose clearance is associated with elevated plasma endothelin (ET)-1 levels and selective decreases in nitric oxide synthase in circular muscle, longitudinal muscle and neuronal elements of the gastrointestinal tract. Functionally, this is accompanied by decreased nitrergic relaxatory responses of jejunal longitudinal muscle to tetrodotoxin-sensitive electrical field stimulation. Long-term treatment with a selective ET A-type receptor antagonist, markedly reduced hyperglycaemia and restored plasma glucose clearance rates towards normal. This was associated with a restoration of N(G)-nitro-L-arginine methyl ester-sensitive relaxatory responses of jejunal longitudinal muscle to electrical field stimulation. The results indicate that beneficial effects of ETA receptor blockade on gastrointestinal function may result from an improvement in insulin sensitivity with concomitant reduction of the severity of hyperglycaemia. ETA receptor blockade may represent a new therapeutic principle for improving glucose tolerance in Type II diabetes and could be beneficial in alleviating or preventing hyperglycaemia-related secondary complications in this condition.

Identification of a renal-specific oxido-reductase in newborn diabetic mice

Aldose reductase (ALR2), a NADPH-dependent aldo-keto reductase (AKR), is widely distributed in mammalian tissues and has been implicated in complications of diabetes, including diabetic nephropathy. To identify a renal-specific reductase belonging to the AKR family, representational difference analyses of cDNA from diabetic mouse kidney were performed. A full-length cDNA with an ORF of 855 nt and yielding a ≈1.5-kb mRNA transcript was isolated from a mouse kidney library. Human and rat homologues also were isolated, and they had ≈91% and ≈97% amino acid identity with mouse protein. In vitro translation of the cDNA yielded a protein product of ≈33 kDa. Northern and Western blot analyses, using the cDNA and antirecombinant protein antibody, revealed its expression exclusively confined to the kidney. Like ALR2, the expression was up-regulated in diabetic kidneys. Its mRNA and protein expression was restricted to renal proximal tubules. The gene neither codistributed with Tamm–Horsfall protein nor aquaporin-2. The deduced protein sequence revealed an AKR-3 motif located near the N terminus, unlike the other AKR family members where it is confined to the C terminus. Fluorescence quenching and reactive blue agarose chromatography studies revealed that it binds to NADPH with high affinity (KdNADPH = 66.9 ± 2.3 nM). This binding domain is a tetrapeptide (Met-Ala-Lys-Ser) located within the AKR-3 motif that is similar to the other AKR members. The identified protein is designated as RSOR because it is renal-specific with properties of an oxido-reductase, and like ALR2 it may be relevant in the renal complications of diabetes mellitus.

Spontaneous diabetes mellitus in transgenic mice expressing human islet amyloid polypeptide.

The islet in non-insulin-dependent diabetes mellitus (NIDDM) is characterized by loss of beta cells and large local deposits of amyloid derived from the 37-amino acid protein, islet amyloid polypeptide (IAPP). We have hypothesized that IAPP amyloid forms intracellularly causing beta-cell destruction under conditions of high rates of expression. To test this we developed a homozygous transgenic mouse model with high rates of expression of human IAPP. Male transgenic mice spontaneously developed diabetes mellitus by 8 weeks of age, which was associated with selective beta-cell death and impaired insulin secretion. Small intra- and extracellular amorphous IAPP aggregates were present in islets of transgenic mice during the development of diabetes mellitus. However, IAPP derived amyloid deposits were found in only a minority of islets at approximately 20 weeks of age, notably after development of diabetes mellitus in male transgenic mice. Approximately 20% of female transgenic mice spontaneously developed diabetes mellitus at 30+ weeks of age, when beta-cell degeneration and both amorphous and amyloid deposits of IAPP were present. We conclude that overexpression of human IAPP causes beta-cell death, impaired insulin secretion, and diabetes mellitus. Large deposits of IAPP derived amyloid do not appear to be important in this cytotoxicity, but early, small amorphous intra- and extracellular aggregates of human IAPP were consistently present at the time of beta-cell death and therefore may be the most cytotoxic form of IAPP.

Efeitos da diabetes mellitus e hipertensão arterial sobre a audição de idosos

Introdução: Estudos têm demonstrado que doenças crônicas e alterações metabólicas podem atuar como fator de aceleração na degeneração do sistema auditivo decorrente da idade. Todavia, os estudos sobre a associação entre a perda auditiva com o diabetes mellitus (DM) e com a hipertensão arterial (HA) em idosos mostraram conclusões controversas. Sendo assim, novos estudos sobre este assunto são necessários, a fim de esclarecer o efeito destas doenças crônicas sobre o sistema auditivo. Objetivos: Comparar uma audiometria inicial (A1) com uma audiometria sequencial (A2) realizada com um intervalo de 3 a 4 anos em uma população de idosos portadores de DM e/ou HA; realizar um estudo comparativo entre quatro grupos de idosos: grupo controle (GC), formado por idosos sem alterações crônicas, grupo de idosos portadores de DM; grupo de idosos portadores de HA, grupo de idosos portadores de DM e HA. Métodos: Foi realizado um levantamento em 901 prontuários do Estudo Longitudinal de Saúde Auditiva do Adulto (ELSAA), de indivíduos atendidos no Hospital Universitário (HU) da Universidade de São Paulo, no período de 2009 a 2015. De acordo com os critérios de inclusão, foram selecionados 100 indivíduos para participarem da presente pesquisa. A avaliação inicial (A1), constando de anamnese, audiometria tonal e imitânciometria foram utilizadas e foi feita uma nova avaliação audiológica (A2) após o período de 3 a 4 anos. Os participantes foram distribuídos em quatro grupos: 20 indivíduos portadores de DM (grupo DM), 20 indivíduos portadores de HA (grupo HA), 20 indivíduos portadores de DM e HA (grupo DMHA) e 40 indivíduos não portadores de DM nem de HA (GC). Para cada grupo estudo (HA, DM e DMHA), foram selecionados indivíduos (entre os 40 do GC) de forma a parear as características referentes a idade e sexo. Foram utilizados os testes estatísticos ANOVA, teste exato de Fisher e Kruskal-Wallis, com nível de significância de 0,05. Foi também calculada a odds ratio, com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante entre as orelhas para nenhum dos grupos; sendo assim, as orelhas direita e esquerda foram agrupadas para as outras comparações. Na comparação da média de aumento anual dos limiares auditivos da primeira avaliação A1 com a segunda avaliação A2 entre os grupos, pode-se observar que para o grupo DM, não houve diferença estatisticamente significante para nenhuma das frequências avaliadas, quando comparado ao seu respectivo controle; para o grupo HA foram observadas diferenças significantes a partir de 4kHz, bem como tendência à diferença estatisticamente significante em 3 kHz, quando comparado a seu respectivo controle. Já para o grupo DMHA, quando comparado a seu grupo controle, foram observadas diferenças significantes nas frequências de 500, 2k, 3k e 8kHz, além de tendência à diferença estatisticamente significante em 4k e 6kHz. Considerando-se os casos novos de perda auditiva, pode-se observar que houve diferença estatisticamente significante apenas para o grupo HA, para as frequências altas. Verificou-se também que, para as frequências altas (3k a 8kHz), os números de casos novos de perda auditiva foram sempre maiores nos grupos estudo quando comparados aos seus respectivos controles. Na comparação das médias dos limiares auditivos, tanto na avaliação A1 quanto na avaliação A2, observou-se que os grupos estudo (DM, HA e DMHA) apresentaram limiares auditivos mais prejudicados, quando comparados a seus respectivos grupos controle. Na comparação entre os grupos apenas para a avaliação A2, pode-se observar que para as frequências altas, houve associação estatisticamente significante entre apresentar as condições clínicas (DM, HA e DMHA) e a presença de perda auditiva. A OR para DM foi de 5,57 (2,9-14,65), para HA foi de 4,2 (1,35-13,06) e para DMHA foi de 5,72 (1,85-17,64). Conclusão: Verificou-se que os idosos portadores de DM, HA ou ambos apresentaram limiares auditivos mais rebaixados quando comparados a seus respectivos grupos controle, principalmente nas altas frequências, o que sugere que estas patologias podem ter um efeito deletério sobre a audição. Além disso, nota-se que o grupo HA apresentou limiares auditivos piores para a maioria das frequências e foi o que apresentou maior queda dos limiares auditivos no segmento de 3 a 4 anos, quando comparado aos outros dois grupos estudo (DMHA e DM), sugerindo que dentre as três condições estudadas, a hipertensão parece ser a que teve maior influência sobre a audição