998 resultados para Carcinoma de células fusiformes
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os resultados do tratamento de resgate das recidivas locais nos pacientes com carcinoma epidermóide das vias aerodigestivas superiores submetidos a tratamento cirúrgico. MÉTODO: Foram revisados os prontuários de 943 pacientes submetidos à ressecção do tumor primário e esvaziamento cervical entre 1977 e 1996, e selecionados 107 pacientes com recidiva no sítio primário. Foram avaliados os resultados do tratamento de resgate, bem como os motivos para a não realização do mesmo. RESULTADOS: A principal queixa no diagnóstico da recidiva foi dor. O tratamento de resgate foi realizado em 45% dos pacientes e o principal motivo para a não realização do mesmo foi a extensão da recidiva. Foram resgatados 54% dos pacientes com recidiva no estádio rT1T2 em comparação com 31% dos pacientes rT3T4 (p = 0,04). Apenas quatro (8%) dos pacientes resgatados estavam assintomáticos por período superior a 12 meses após o re-tratamento, todos resgatados com cirurgia. O intervalo de tempo entre o tratamento inicial e a recidiva apresentou mediana de oito meses e as novas recidivas ocorreram na mediana de cinco meses. CONCLUSÃO: As recidivas locais após tratamento cirúrgico extenso apresentam prognóstico reservado.
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OBJETIVO: Avaliar a sobrevida em pacientes com câncer de cabeça e pescoço recidivado e sem possibilidade de tratamento curativo. MÉTODO: Foram revisados os prontuários dos pacientes com carcinoma epidermóide de boca, orofaringe, hipofaringe e laringe tratados cirurgicamente (tumor primário e esvaziamento cervical) entre 1978 e 2001, e selecionados 140 com recidiva da doença acompanhados até o óbito pelo câncer. Após 1999, 30 pacientes receberam cuidados paliativos de uma equipe multidisciplinar. Foi avaliado o intervalo de tempo entre a recidiva não resgatável e o óbito, considerando o sítio primário, estadiamento inicial, sobrevida livre de doença e cuidados paliativos. Os resultados foram expressos em medianas e médias, com os respectivos quartis e percentis. RESULTADOS: A sobrevida livre de doença apresentou média de 30 semanas. A sobrevida média após a recidiva foi de 17 semanas (Q25-75% = 8 a 34 semanas). Dezessete pacientes (12%) sobreviveram por mais de 12 meses após a recidiva. O sítio primário, estadiamento inicial, local da recidiva, sobrevida livre de doença e os cuidados paliativos não influenciaram a sobrevida após a recidiva. CONCLUSÃO: A sobrevida após uma recidiva não resgatável é similar ao relatado para os pacientes não tratados. Os cuidados paliativos não aumentaram a sobrevida destes pacientes.
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OBJETIVO: O esvaziamento cervical seletivo, removendo apenas os linfonodos com maior probabilidade de metástases, pode ser adequado para o tratamento do pescoço nos carcinomas epidermóides do andar inferior da boca. O objetivo deste estudo é avaliar os níveis linfonodais acometidos por metástases em uma série de pacientes tratados em uma única instituição. MÉTODO: Foram avaliados os registros de 416 pacientes com câncer de lábio, língua oral, soalho de boca, gengiva inferior, região jugal e trígono retromolar, submetidos à 519 esvaziamentos cervicais entre 1977 e 2001, quanto ao níveis linfonodais acometidos por metástases. RESULTADOS: O nível I estava acometido em 107/519 (20%) esvaziamentos, o nível II em 147/519 (28%), o nível III em 75/519 (14%), o nível IV em 32/419 (7%) e o nível V em 22/419 (5%). A taxa de falso-negativos e de falso-positivos foi de 36% e 30%, respectivamente. Os pacientes com metástases nos níveis I e/ou II, III, IV ou V tiveram uma média 2,2; 4,8; 6,5 e 7,5 linfonodos comprometidos, respectivamente (p < 0.0001). As metástases no nível IIb foram diagnosticadas em 21 (5%) pacientes, sendo que 11 (52%) deles tinham metástases no nível V (p < 0,0001). CONCLUSÃO: O esvaziamento cervical dos níveis I a IV remove quase todos os linfonodos com risco de metástases no carcinoma epidermóide do andar inferior da boca. O esvaziamento seletivo com esta extensão é adequado para o tratamento eletivo do pescoço (N0), onde ocorrem aproximadamente 30% de casos falso-negativos, e também pode ser suficiente no esvaziamento terapêutico (N+). Quando ocorrem metástases no nível IIb, aumenta significativamente o risco de metástases no nível V.
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OBJETIVO: O carcinoma espinocelular CEC da base da língua tem um comportamento agressivo, disseminando-se precocemente para o pescoço uni ou bilateralmente. O objetivo deste trabalho é estabelecer critérios de tratamento eletivo ou terapêutico dos linfonodos cervicais metastáticos ou não para o CEC da base de língua. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 290 pacientes com CEC de base de língua atendidos no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital Heliópolis, Hosphel, São Paulo, de 1997 a 2000. Após análise loco-regional, foram classificados segundo os níveis I, II, III, IV e V do estadiamento TNM da UICC (1998). Os resultados foram analisados segundo o teste do Qui-quadrado para o estudo da associação de sítios, tamanho do tumor, presença de metástases e invasão da linha média. RESULTADOS: Houve um predomínio do sexo masculino em relação ao feminino (9:1), da 6ª década, dos fumantes e etilistas (83,8%). Quanto à disseminação linfonodal, diagnosticamos N0 (21,0%), N1 (13,4%), N2 (43,1%), N3 (22,5%) e níveis I(11,6%), II(69,0%), III (13,5%), IV (2,8%) e V (3,1%). Quanto à invasão da linha média, não houve relação significante com o nível comprometido. CONCLUSÃO: O tratamento do CEC da base da língua deve envolver o sítio primário e os níveis de disseminação linfonodal, uni e bilateral.
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OBJETIVO: Determinar a real extensão das neoplasias do seio piriforme através da tomografia computadorizada após estadiamento clínico/endoscópico (seio piriforme, prega ariepiglótica, espaço paraglótico, glote, subglote, orofaringe, cartilagem tireóide, cartilagem cricóide, cartilagem aritenóide, esôfago cervical, extensão para tecidos moles extralaríngeos e musculatura pré-vertebral) e sua repercussão no planejamento cirúrgico. MÉTODO: O estudo incluiu pacientes portadores de carcinoma epidermóide de seio piriforme, atendidos no Departamento de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital Heliópolis, Hosphel, São Paulo de 1988 e 2003. Foram avaliados os prontuários de 31 pacientes, sendo 29 (93,5%) do sexo masculino e dois (6,5%) do sexo feminino. A análise das tomografias foi realizada por três radiologistas individualmente e para o estudo da concordância interobservadores, foi utilizado o índice Kappa. RESULTADOS: A TC apresentou: forte concordância na avaliação de seio piriforme, prega ariepiglótica, espaço paraglótico e subglote; boa concordância para a orofaringe, glote, cartilagem cricóide, esôfago cervical e tecidos moles extralaríngeos; moderada para as cartilagens tireóide e aritenóide; fraca no estudo da musculatura pré-vertebral. CONCLUSÃO: A avaliação interobservadores das imagens do CEC do seio priforme determina o re-estadiamento TNM e conseqüente mudanças do paradigma cirúrgico.
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OBJETIVO: Verificar o valor da expressão do p53 no carcinoma epidermóide (CEC) de lábio. MÉTODO: O estudo imunohistoquímico foi feito em material fixo em formol e mantido em bloco de parafina, corado com anticorpos anti-p53, segundo técnica da Streptavidina-Biotina-Peroxidase. Para análise estatística, foi empregado o teste de Fisher para a diferenciação de grupos em relação às variáveis do estudo. RESULTADOS: A expressão do p53 foi positiva em 87,5% do CEC bem diferenciado, 60% no moderadamente diferenciado e 91,67% no pouco diferenciado. Nas margens de ressecção cirúrgica foi negativa em 94,23% e positiva em 5,77%, havendo associação entre o grau de diferenciação e a expressão do p53 (p=0,05). CONCLUSÃO: A expressão do p53 foi positiva na lesão primária e negativa na margem de ressecção cirúrgica, mas não é determinante de mudanças no paradigma cirúrgico.
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OBJETIVO: Determinar a importância da tomografia computadorizada na mudança do paradigma cirúrgico no carcinoma espinocelular (CEC) da boca e orofaringe. MÉTODO: De 1991 e 2004, nos Departamentos de Cirurgia de Cabeça e Pescoço/ORL e Radiologia do Hospital Heliópolis, foram analisados, retrospectivamente, tomografias computadorizadas de 30 pacientes, 25 homens e cinco mulheres, com idades variando de 25 a 77 anos, todos com diagnóstico de carcinoma epidermóide do soalho da boca e/ou da língua oral e orofaringe. Todos os exames foram avaliados por dois radiologistas, separadamente, sem o conhecimento prévio do estadiamento clínico, sendo analisada a disseminação local-regional para os diferentes sítios. Para análise interobservadores, o índice Kappa foi calculado para estimar a concordância entre os mesmos, sendo o nível de significância adotado o valor de 0,05. RESULTADO: A análise da concordância entre os observadores foi considerada excelente (Kappa: 0,81 - 1,00) para três subsítios (linha média, espaço mastigador e cadeia linfonodal jugulo-carotídea alta); boa (Kappa: 0,61 - 0,80) para 10 subsítios (soalho da boca e língua oral, ramo da mandíbula, trígono retromolar, espaço submandibular, loja amigdalina e cadeias linfonodais submentoniana, submandibular, jugulo-carotídea média, jugulo-carotídea baixa e espinal); moderada (Kappa: 0,41 - 0,60) para dois subsítios (corpo da mandíbula e base da língua) e não foi possível calcular o Kappa para um subsítio (cadeia linfonodal retrofaríngea). CONCLUSÃO: A concordância interobservadores predominou de boa a excelente, sendo os valores estatisticamente significantes.
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OBJETIVO: neoplasias de células de Hurthle são tumores da glândula tireóide de baixa incidência que apresentam muitas controvérsias quanto à distinção entre carcinomas e adenomas. O objetivo deste estudo foi identificar fatores preditores de malignidade neste tipo específico de neoplasia. MÉTODOS: entre janeiro de 1999 e junho de 2006, 56 casos de neoplasia de células de Hurthle foram diagnosticados em nossa instituição e foram estudados retrospectivamente. RESULTADOS: trinta e sete pacientes apresentaram diagnóstico patológico de adenoma de células de Hurthle (ACH), enquanto 19 casos foram diagnosticados como carcinoma de células de Hurthle (CCH). No grupo de pacientes com adenomas a idade média foi de 47,8 anos, sendo que trinta e cinco (94%) eram do sexo feminino e apenas dois (5,5%) casos do sexo masculino. O tamanho médio dos adenomas foi de 2,1 cm variando de 0,3 a 6,0 cm. Entre os 19 casos de carcinomas a média de idade foi de 51,1 anos, sendo quatorze casos em mulheres (73%) e cinco em homens (26,4%). O tamanho médio dos nódulos neste grupo foi de 3,8 cm, variando de 2,0 cm a 7,5 cm. CONCLUSÃO: Pacientes com neoplasias de células de Hurthle apresentando nódulos maiores que três centímetros, principalmente em homens, apresentam maior risco de malignidade.
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OBJETIVO: Analisar citofotometricamente a expressão do marcador de densidade microvascular CD-34 e de apoptose caspase-3 no carcinoma epidermóide de esôfago, e correlacionar os marcadores entre si. MÉTODOS: Análise imunoistoquímica de 29 peças cirúrgicas de carcinomas epidermóides de esôfago, baseada nos índices de marcagem dos anticorpos CD-34 e caspase-3, utilizando-se sistema de citofotometria computadorizada. Comparou-se a expressão quantitativa destes marcadores, a relação entre eles, a relação com a idade dos pacientes, tamanho das lesões e classificação TNM. RESULTADOS: O valor da mediana do índice de marcagem do CD-34 foi de 72,6% e o da caspase-3 de 96,5%. Não se obteve significância estatística na correlação destes marcadores com o tamanho tumoral ou com a idade dos pacientes. Houve discreta tendência à correlação positiva entre o CD-34 e a classificação TNM. O marcador caspase-3, apesar de apresentar maior índice de marcagem que o CD-34 nestes tumores, não revelou nenhuma correlação com as variáveis estudadas. A correlação entre o CD-34 e a caspase-3 apresentou tênue tendência positiva. CONCLUSÃO: Ambos os marcadores têm boa expressão no carcinoma epidermóide de esôfago, onde o CD-34 tem menor expressividade que a caspase-3 e os mesmos não apresentam correlação entre si.
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OBJETIVO: avaliar por meio de um estudo retrospectivo não randomizado as respostas tumorais à terapêutica neoadjuvante, conforme os achados histopatológicos das peças cirúrgicas dos pacientes operados e tratados por carcinoma espinocelular do terço médio e distal do esôfago. MÉTODOS: Foram incluídos no estudo 97 pacientes assim distribuídos: grupo I 81 (83,5%) submetidos à radioterapia neoadjuvante; e grupo II 16 (16,5%) submetidos à radioterapia e quimioterapia neoadjuvantes. Um terceiro grupo de 26 pacientes submetidos à esofagectomia exclusiva foi utilizado na comparação das complicações pós-operatórias. As características de cada paciente (idade, sexo e raça), o local do tumor, o estadiamento, e a avaliação histológica das modalidades de tratamento foram revisadas e analisadas. A resposta tumoral à terapêutica neoadjuvante foi avaliada com estudos histopatológicos da peça cirúrgica. RESULTADOS: Não houve diferenças estatisticas significativas quanto à cor, sexo, idade, estadiamento e complicações pós-operatórias nos pacientes dos três grupos analisados. Os pacientes submetidos à radioterapia e quimioterapia neoadjuvante apresentaram redução tumoral mais satisfatória, com melhor eficácia local, quando comparado ao grupo submetido apenas a radioterapia neoadjuvante. CONCLUSÃO: o estudo sugere que a radioterapia associada à quimioterapia apresentou maior eficácia local na redução tumoral em comparação com o grupo tratado com radioterapia; além disso, a terapêutica neoadjuvante não elevou as complicações pós-operatórias em comparação aos pacientes submetidos à cirurgia exclusiva.
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Nos países ocidentais, o carcinoma de células escamosas de esôfago (CCE) geralmente é detectado em estágio avançado, quando as possibilidades de cura são remotas e o prognóstico reservado. Entretanto, nos anos recentes, ocorreu uma série de avanços na abordagem do CCE de esôfago, tais como a identificação dos grupos de risco para o surgimento desta neoplasia; o uso da endoscopia de alta resolução e cromoendoscopia com lugol favorecendo o diagnóstico do CCE em estágios iniciais; e o desenvolvimento de técnicas endoscópicas de ressecção tumoral endoluminal em monobloco denominada dissecção endoscópica de submucosa. Este progresso tem possibilitado a aplicação do tratamento endoscópico minimamente invasivo com potencial curativo em pacientes selecionados com CCE superficial de esôfago. O presente artigo de revisão, elaborado por um grupo multicêntrico internacional, tem como objetivo primário contribuir para o entendimento dos principais avanços recentes ocorridos no manejo do CCE precoce de esôfago. Como objetivo secundário, pretende propiciar uma revisão detalhada e minuciosa da estratégia técnica de DES desenvolvida pelos experts japoneses, de forma a colaborar para a difusão deste conceito e a incorporação destas tecnologias na Medicina Brasileira e Latino-americana.
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OBJETIVO: Avaliar e comparar a qualidade de vida de pacientes esofagectomizados para tratamento de adenocarcinoma da junção esofagogástrica e de carcinoma epidermoide. MÉTODOS: estudo transversal no pós-operatório de doentes esofagectomizados por adenocarcinoma da junção esofagogástrica (Adenoca) e carcinoma epidermóide (CEC), empregando o questionário SF-36 aplicado em 24 pacientes (10 por Adenoca e 14 por CEC), a partir do 5º mês de pós-operatório, incluindo os sintomas clínicos e a variação de peso. RESULTADOS: A avaliação da QV mostrou melhor resultado de capacidade funcional (p=0,018) para o grupo Adenoca. Houve correlação entre os domínios "saúde mental" e "limitação por aspectos emocionais" (p=0,003) e entre "dor" e "limitação por aspectos físicos" (p=0,003) nos dois tipos histológicos. A perda de peso foi maior nos esofagectomizados por Adenoca (45,9Kg), sem diferença significativa entre o IMC atual (p>0,66). A disfagia foi relatada por 83,3% dos pacientes, a anorexia por 58,3%, a dificuldade de mastigação por 42%, a náuseas e os vômitos por 41,7% e a diarréia por 29,2%, sem correlação com a QV relatada (p>0,05). CONCLUSÃO: O escore mais alto para capacidade funcional indica que o paciente com Adenoca foi capaz de realizar todo tipo de atividade física, incluindo as mais vigorosas em um nível maior que o paciente com CEC. Alguns sintomas persistiram no pós-operatório, porém não interferiram na qualidade de vida dos pacientes.
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OBJETIVO: Comparar as características clinicopatológicas de mulheres com carcinoma seroso e não seroso de ovário e identificar os fatores associados à sobrevida. MÉTODOS: Foram incluídas, neste estudo de coorte reconstituída, 152 mulheres com carcinoma de ovário, atendidas entre 1993 e 2008 e seguidas até 2010, nas quais o tipo histológico foi claramente estabelecido: 81 pacientes com carcinoma seroso e 71 pacientes com tumores não serosos (17 com carcinoma endometrioide, 44 com carcinoma mucinoso e 10 com carcinoma de células claras). Foram calculados os odds ratios (OR) brutos e os OR ajustados com os respectivos intervalos de confiança (IC95%) para as características clínicas e patológicas, comparando tumores serosos e não serosos. Foram calculados os Hazard Ratios (HR) com os respectivos IC95% em relação à sobrevida geral, para as variáveis clínicas e patológicas. RESULTADOS: Comparando os tipos seroso e não seroso, na análise univariada, os tumores serosos foram mais frequentes na pós-menopausa e eram preponderantemente carcinomas de alto grau histológico (G2 e G3), em estádios avançados, com CA125>250 U/mL e citologia peritoneal positiva. Após regressão múltipla, apenas o alto grau histológico se manteve associado com tumores serosos (OR ajustado 15,1; IC95% 2,9-77,9). Observamos 58 óbitos pela doença. O tipo histológico (seroso ou não seroso) não esteve associado com a sobrevida (HR 0,4; IC95% 0,1-1,1). Mulheres com idade de 50 anos ou menos (HR 0,4; IC95% 0,1-0,9) e aquelas que estavam em menacme (HR 0,3; IC95% 0,1-0,9) tiveram maior sobrevida quando comparadas, respectivamente, àquelas com idade acima de 50 anos e na menopausa. Carcinomas de alto grau histológico (G2 e G3) (p<0,01), estádio II a IV (p<0,008) e citologia peritoneal positiva (p<0,001) estiveram significativamente relacionados com pior prognóstico. O nível sérico de CA125 e a presença de ascite não se relacionaram com a sobrevida. A sobrevida foi menor quando a doença foi diagnosticada em estágios II a IV em comparação àquela das mulheres diagnosticadas no estádio I (log-rank p<0,01) independentemente do tipo histológico (seroso ou não seroso). CONCLUSÕES: A proporção de carcinomas de alto grau histológico (G2 ou G3) foi significativamente maior entre os carcinomas serosos comparados com não serosos. O tipo histológico seroso ou não seroso não esteve associado à sobrevida total.
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Carcinomas de células escamosas vulvares (CCEVs) em bovinos foram estudados retrospectivamente quanto à prevalência, epidemiologia, quadro clinicopatológico e aspectos imuno-histoquímicos. O grau de pigmentação da pele vulvar foi também avaliado. Nos 48 anos analisados retrospectivamente, foram computados materiais de necropsias e biópsias de 7.483 bovinos recebidos no Laboratório de Patologia Veterinária da UFSM. Desses, em 664 (8,87%) casos de neoplasmas foram identificados, sendo 33 (4,97%) casos de CCEVs. Dezenove eram vacas da raça Holandesa, três da Charolesa, uma era Jersey e 10 eram sem raça definida. A principal alteração macroscópica foi aumento de volume vulvar, sangrante e com miíase concomitante. As massas tumorais eram firmes, ulceradas e com áreas amarelas. Foi possível reavaliar microscopicamente 30 dos 33 casos. Desses, oito eram CCEVs bem diferenciados, 17 eram moderadamente diferenciados e cinco eram pobremente diferenciados. A avaliação de lesões intraepiteliais escamosas (LIEs) foi realizada em tecidos de 21 casos que tinham epitélio de revestimento. Hiperplasia epitelial foi observada em 10 casos; displasia leve em dois, moderada em um e acentuada em cinco casos; em três casos não havia LIEs. A técnica de Fontana-Masson para melanina foi realizada em 21 casos. Desses, em 17 a pigmentação do epitélio da epiderme vulvar era ausente, em dois era leve e em outros dois era moderada. Independentemente do grau de diferenciação dos CCEVs, houve imunomarcação acentuada da maioria dos ceratinócitos neoplásicos para pancitoceratina bovina pela técnica de imuno-histoquímica (IHQ). Papilomavírus bovino não foi detectado pela IHQ neste estudo.
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Introducción: El tratamiento estándar para los tumores renales localizados es la nefrectomía radical, sin embargo debido a la variación el tamaño del tumor renal en el momento del diagnóstico, se ha reemplazado en algunos casos por la nefrectomía parcial. Objetivo: Este estudio busca comparar el resultado oncológico de la nefrectomía parcial en términos de supervivencia cáncer específica, respecto a la nefrectomía radical, en pacientes mayores de 50 años con carcinoma renal estadio II (T2N0M0) Métodos: Se realizó una revisión sistemática de la literatura, con inclusión de estudios de casos y controles, cohortes y experimentos clínicos aleatorizados incluidos en las bases de datos de MEDLINE , EMBASE y CENTRAL Resultados: La búsqueda inicial emitió un total de 101 resultados, 11 artículos fueron preseleccionados y sólo un artículo cumplió con los criterios de selección; éste se clasificó como nivel de evidencia II. Conclusión: No fue posible concluir su equivalencia oncológica de la nefrectomía radical con la nefrectomía parcial, dado que no hay diseños de estudios que permitan llegar a esta conclusión.