883 resultados para ARTERIAL-HYPERTENSION
Resumo:
FUNDAMENTO: A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é comum em pacientes com hipertensão arterial sistêmica (HAS) e estenose aórtica (EAo) e, com certa frequência, encontramos associação entre estas patologias. Mas, em tal situação, não está clara a importância de cada uma na HVE. OBJETIVO: 1 - Avaliar em pacientes portadores de EAo, submetidos previamente a estudo ecocardiográfico, a magnitude da HVE, nos casos de EAo isolada e associada à HAS; 2 - Avaliar o padrão de remodelamento geométrico nas duas situações. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional e transversal, incluindo 298 pacientes consecutivos, com EAo ao ecocardiograma. HVE foi considerada para massa miocárdica > 224g em homens e > 162g em mulheres. Os pacientes foram classificados como portadores de EAo leve (gradiente máximo < 30,0 mmHg), moderada (entre 30 e 50,0 mmHg) e grave (> 50,0 mmHg), além disso, foram separados em dois subgrupos: com e sem HAS. RESULTADOS: Nos três níveis de lesão aórtica, a massa ventricular esquerda foi maior na EAo associada à HAS do que na EAo isolada (EAo leve: 172 ± 45 vs 223 ± 73g, p < 0,0001; EAo moderada: 189 ± 77 vs 245 ± 81g, p = 0,0313; EAo grave: 200 ± 62 vs 252 ± 88g, p = 0,0372). Presença de HAS esteve associada a maior risco de HVE (OR = 2,1,IC95%:1,2-3,6; p = 0,012). Pacientes com EAo grave e HAS apresentaram predomínio de hipertrofia concêntrica, quando comparados com aqueles normotensos (p = 0,013). CONCLUSÃO: em pacientes com EAo, a presença de HAS foi um fator adicional de aumento da massa ventricular esquerda, interferindo também na geometria ventricular.
Resumo:
O estudo teve como objetivo avaliar a produção científica publicada entre 1991 e 1995, para identificar como o assunto adesão ao tratamento anti-hipertensivo vem sendo abordado. Foram analisados 107 artigos científicos. Os resultados mostraram que a adesão foi abordada da seguinte maneira: 68% relacionaram ao paciente, 63% ao tratamento farmacológico, 62% a aspectos gerais, 39% ao tratamento não farmacológico, 34% a fatores institucionais, e 8% relativos à, doença. A adesão ao tratamento anti-hipertensivo tem sido um desafio no controle da hipertensão arterial e conhecer como este assunto está sendo enfocado na literatura pode contribuir para aumentar adesão ao tratamento na hipertensão arterial.
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A hipertensão arterial é um expressivo problema de saúde pública enquanto fator de risco para as doenças cardiovasculares e principal grupo de causas de mortalidade no Brasil. A baixa adesão e o abandono do tratamento estão entre os principais obstáculos às estratégias individuais de controle. Estudam-se os motivos do abandono do seguimento médico em uma coorte de pacientes em tratamento de hipertensão arterial, em serviço de atenção primária à saúde, acompanhados por um período de quatro anos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinquenta pessoas com hipertensão que abandonaram o seguimento médico. As respostas foram analisadas mediante a técnica de análise temática de conteúdo. Os motivos relatados para o abandono do seguimento mostraram predomínio de razões ligadas ao próprio serviço de saúde - sua organização, estrutura e a relação médico-paciente - e, ainda, tratamento em outro serviço de saúde. Razões de natureza psicossocial, como a ausência de sintomas, a melhora e/ou a normalização da pressão arterial e o consumo de álcool também contribuíram para o abandono do cuidado. Estudar os motivos do abandono na perspectiva do próprio sujeito permitiu verificar a riqueza e diversidade de problemas envolvidos no cuidado requerido.
Resumo:
Objetivo: estudar as repercussões da hipertensão arterial sobre o peso e comprimento corpóreo e sobre o peso do fígado e do cérebro de recém-nascidos (RN). Métodos: foram utilizadas 82 ratas virgens da raça Wistar em idade de reprodução. Após a indução da hipertensão arterial experimental (modelo Goldblatt I: 1 rim - 1 clipe) as ratas foram sorteadas para compor os quatro grandes grupos experimentais (controle (C), manipulação (M), nefrectomia (N) e hipertensão (H). A seguir, as ratas foram distribuídas por sorteio em 8 subgrupos, sendo quatro grupos prenhes e quatro grupos não-prenhes. Após acasalamento dos quatro grupos prenhes, obtivemos com o nascimento dos recém-nascidos os seguintes grupos: RN-C, RN-M, RN-N e RN-H, respectivamente controle, manipulação, nefrectomia e hipertensão. Resultados: quanto ao peso e comprimento corpóreo dos recém-nascidos observamos que os grupos RN-N e RN-H apresentaram os menores pesos e comprimentos em relação ao seus controles. Quanto ao peso do fígado os RN-H apresentaram os menores pesos em relação aos seus controles. Conclusão: a hipertensão arterial determinou redução no peso corpóreo, no comprimento, no peso do fígado e no peso do encéfalo dos recém-nascidos.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Os objetivos do estudo foram descrever a prevalência de hipertensão arterial (HA) e verificar os efeitos que a idade e indicadores de obesidade provocam na pressão arterial (PA) de trabalhadores de uma indústria de balas e gomas. Para tanto a PA sistólica (PAS), PA diastólica (PAD), as medidas de massa corporal (MC), estatura e circunferência de cintura (CC) foram obtidas de 348 trabalhadores voluntários (243 homens e 105 mulheres). A prevalência de HA na amostra foi 8,9% (31 casos) e mais comum nos homens do que nas mulheres (7,2% vs 1,7%). Entre os hipertensos a idade (PAS r=0,43) e a MC (PAD r=0,39) demonstraram correlação (r) positiva e significativa, apesar de baixa. Por sua vez entre os normotensos (317) e o grupo total (348), a idade e todos os indicadores de obesidade (MC, IMC, CC) apresentaram correlação baixa, porém significativa e positiva com os valores de PAS, PAD e PA média (PAM) (r=0,23 a r=0,47). Adicionalmente a análise estatística revelou que homens e mulheres com HA são mais velhos e obesos do que seus pares normotensos. Exceto para a idade e o sexo, que são fatores de risco não modificáveis, os indicadores de obesidade possuem forte associação com hábitos e comportamentos de risco e, portanto, passíveis de prevenção.
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Essa pesquisa teve por objetivos: a) identificar as concepções da população idosa do município de Araraquara, SP, quanto à etiologia da hipertensão arterial e a relevância dos diferentes sinais e sintomas que acompanham a doença; b) identificar as concepções dos idosos relativas à relevância e à utilização das diferentes categorias de tratamento para HA. Foram realizadas entrevistas estruturadas com 29 indivíduos, a maioria com 60 anos ou mais, em tratamento de hipertensão em ambulatório de gerontologia da Prefeitura do Município de Araraquara, em agosto de 1996. Os pacientes encontram-se bem informados pela equipe de saúde sobre os problemas relacionados à hipertensão arterial. Concepções de etiologia tipicamente populares também apareceram, tratando-se de aspectos que devem ser considerados quando da realização de ações de educação em saúde. O atendimento por uma equipe multidisciplinar é valorizado pelos idosos, e a reclamação mais freqüente refere-se à falta dos medicamentos prescritos para entrega gratuita no ambulatório. Para melhorar a comunicação entre equipe de saúde e pacientes é importante a inclusão de profissionais do campo das ciências humanas nas equipes gerontológicas.
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Foi estudada a relação entre a ingestão dietética de cálcio e os demais parâmetros alimentares e antropométricos em 60 indivíduos adultos, portadores de hipertensão arterial idiopática (10 homens e 50 mulheres), com média etária de 48,6 anos, seguidos no Centro de Hipertensão Arterial do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (SP), Brasil. Foram utilizados três métodos diferentes de inquérito aumentar em três diferentes ocasiões: recordatório de 24h, questionário de freqüência alimentar, dirigido para ingestão de cálcio, e registro alimentar de 3 dias. As médias de ingestão de cálcio, extraídas desses inquéritos, foram semelhantes, mostrando que, em relação á ingestão de cálcio, esses métodos de inquérito alimentar podem ser utilizados indistintamente com o objetivo de se mensurar à ingestão de cálcio de um grupo de indivíduos. Além da ingestão de cálcio, foi avaliada a ingestão protéico-calórica e de diversos outros nutrientes, assim como realizada a antropometria desse grupo de hipertensos em três ocasiões diferentes, com intervalos variando de duas semanas a 15 meses. Quando comparado a um grupo de referência local, constituído de indivíduos sadios, com média etária semelhante, o grupo de hipertensos mostrou ter menor ingestão média de cálcio. Comparados por sexo, os homens dos dois grupos exibiram perfis nutricional e antropométrico semelhantes. em relação às mulheres, houve diferenças quanto à ingestão protéico-calórica, o que se supõe ser devido à ingestão menor do leite e derivados entre as hipertensas. Estas estavam mais pesadas que as mulheres do grupo de referências, à custa de maior massa muscular, provavelmente devido a maior atividade física. Concluiu-se que o cálcio dietético foi o principal item alimentar que distinguiu hipertensos de normotensos. Como existem estudos clínicos comprovando o efeito benéfico da suplementação de cálcio na redução dos níveis pressóricos de indivíduos hipertensos, sugere-se a repetição deste tipo de trabalho, em outros locais, visando ao embasamento de programa nacional de suplementação de cálcio dietético entre indivíduos hipertensos idiopáticos.
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Este trabalho teve o objetivo de verificar os hábitos relacionados aos fatores de risco em uma população de portadores de hipertensão arterial. A amostra foi composta por 70 indivíduos, constatando-se que a maioria não faz exercício, não tem atividade de lazer, havendo necessidade de programas educativos para aquisição destes hábitos .Há lacunas de informação, pois os clientes têm como ponto de referência, em sua maioria, a própria experiência, ao invés das orientações que recebem de vários profissionais.
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OBJETIVO: Avaliar a estrutura e função do ventrículo esquerdo (VE) e a rigidez arterial em portadores de diabetes mellitus tipo II. MÉTODOS: Foram estudados 13 doentes diabéticos de ambos os sexos (55±8 anos) sem outras doenças. A estrutura e função do VE foram avaliadas por meio de ecodopplercardiografia associada à monitorização não invasiva da pressão arterial (PA). Os resultados foram comparados aos obtidos em grupo de indivíduos normais de mesma idade (n=12). RESULTADOS: Não houve diferenças entre os grupos quanto a PA diastólica, dimensões das câmaras esquerdas e índices de função sistólica e diastólica. Os pacientes diabéticos apresentaram índice de massa do VE (101±10 vs 80±14g/m²; p<0,001) e índice de rigidez arterial sistêmica (0,86±0,26 vs 0,69±0,19mmHg/mL; p<0,05) significantemente maiores que os controles. CONCLUSÃO: O diabetes mellitus está associado a aumento da rigidez arterial sistêmica e esse fator poderia contribuir para seus efeitos adversos sobre o VE.
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The objective of this report was to summarily review the concept and the prevalence of arterial hypertension in children, its peculiarities and the difficulties in measuring of blood pressure at this age. Considerations of clinical picture, diagnosis, laboratory and drug-induced test (Captopril) were discussed. The authors presented various therapies utilized in hypertension and hypertensive crisis.
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PURPOSE--To analyze the influence of transient and sustained elevations of arterial pressure (AP) on the rate of rise of the left ventricular pressure (dp/dt). METHODS--Thirteen anesthetized, thoracotomized and mechanically ventilated dogs, submitted to pharmacological autonomic block (oxprenolol-3 mg/kg plus atropine-0.5 mg/kg). The AP elevation was obtained by mechanical constriction of the descending thoracic aorta. Two protocols were applied to all animals: Transient Arterial Hypertension (TAH) and Sustained Arterial Hypertension (SAH) and the following variables were evaluated: heart rate (HR), systolic (LVSP) and end diastolic (LVEDP) left ventricular pressure and dp/dt. In TAH the variables were analyzed in the basal condition (To) and at the maximal value of AP attained during the transient pressure elevation (TM). In the protocol SAH the variables were evaluated in the conditions: Control (Ho), hypertension 1 (H1) and hypertension 2 (H2). RESULTS--Considering all conditions, there were no significant differences among the values of HR. In the protocol TAH, the LVSP varied from 133 +/- 22 mmHg to 180 +/- 27 mmHg, whereas in SAH the values of LVSP were as follow: HO = 129 +/- 25 mmHg; H1 = 152 = 23 mmHg; H2 = 182 +/- 24 mmHg. LVEDP changed in both protocols: To = 7 +/- 2 mmHg; TM = 13 +/- 2 mmHg (p < 0.05); Ho = 7 +/- 2 mmHg; H1 = 10 +/- 2 mmHg; H2 = 14 +/- 3 mmHg (p < 0.05). During TAH there was no difference between the values of dp/dt (To = 3.303 +/- 598 mmHg/s; TM = 3.350 +/- 653 mmHg/s; p > 0.05), however, there were increases of the dp/dt during SAH (Ho = 3.233 +/- 576 mmHg/s; H1 = 3.831 +/- 667 mmHg/s; H1 = 4.594 +/- 833 mmHg/2; p < 0.05). CONCLUSION--The values of dp/dt are not influenced by transient elevation of AP. Sustained increase of AP activates cardiac adjustments, which results in elevation of dp/dt, by stimulation of contractile state. Probably, the inotropic intervention mechanism is the length dependent activation due to the Frank-Starling mechanism.
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In renovascular hypertensive rats, low doses of angiotensin converting enzyme (ACE) inhibitors have been found to prevent myocardial hypertrophy independent of blood pressure level. This finding would suggest humoral rather than mechanical control of myocyte growth. The aim of this study was to examine the effect of nonantihypertensive doses of ACE inhibitor on myocardial hypertrophy and necrosis in hypertensive rats. Renovascular hypertension (RHT) was induced in four-week-old Wistar rats. Twenty-eight animals were treated for four weeks with three doses of ramipril (0.01, 0.1 or 1.0 mg/kg/day, which are unable to lower blood pressure. Fourteen animals were not treated (RHT group). A sham operated, age/sex-matched group was used as control (n=10). Myocardial histology was analysed in 3 μm thick sections of the ventricle stained with either haematoxylin-eosin, reticulin silver stain or Masson's trichrome. There was a significant correlation between systolic blood pressure and left ventricular to body weight ratio in both sets of animals: untreated plus controls and ramipril-treated rats. ACE inhibition prevented myocyte and perivascular necrosis and fibrosis in a dose-dependent manner. We conclude that myocardial hypertrophy in rats with renovascular hypertension is directly related to arterial pressure, and that this relationship is not affected by nonantihypertensive doses of ACE inhibitor. Myocardial necrosis/fibrosis and coronary artery damage induced by angiotensin II are prevented by ACE inhibitor in a dose-dependent manner, despite the presence of arterial hypertension.
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Although systemic hypertension is very common in patients with glomerulonephritis there is a dispute if this alteration is consequence of the glomerulonephritis per se or is a consequence of the renal failure secondary to the glomerular lesion. With the aim to analyze the factors associated with systemic hypertension, 196 patients with different forms of nephritis were studied. The systemic arterial pressure was measured by standard sphygmomanometer, renal function was evaluated by the determination of the serum creatinine concentration or creatinine clearance. The diagnosis of the type of glomerulonephritis was made on the basis of an examination of kidney biopsy specimens. The prevalence of arterial hypertension among patients with glomerulonephritis was 62.7%. The hypertensive patients were older (hypertensive = 30.6 ± 12.8; normotensive = 25.4 ± 1.6 years; P = 0.03). The prevalence of arterial hypertension was lower in patients with minimal glomerular lesion (12.5%), though their ages were also lower (18.1 ± 3.6 and 29.1 ± 1.03 years; P = 0.03). Arterial hypertension did not correlate with the serum levels of creatinine and albumin; creatinine clearance and 24-h proteinuria. In conclusion: In the patients with glomerulonephritis, the presence of arterial hypertension was associated with a higher mean age whereas the intensity of proteinuria, the level of renal function or the type of glomerulonephritis was not different between the two groups.
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The vegetal species, Allium cepa, known as onion, is widely used in the folk medicine as diuretic, besides it has been used on the bronchitis, cough, cardiovascular diseases and hypertension treatment. In this study we evaluate the onion aqueous extract (AE) effect on water flow and electrolytes in anesthetized Wistar rats, besides we also evaluate arterial pressure alterations. Two groups were studied: Group 1 (control) - oral tratment with 1.0 mL of distilled water, and Group 2 (experimental) - oral treatment with 1.0 mL of AE 20%. The rats were anesthetized and we canulate the trachea, left carotide artery (for arterial pressure measurement and blood collecting), jugular vein (to execute inulin perfusion - to register glomerular filtration), and urinary bladder (to collect urine). The Group 1 results had shown that the animals had not presented significant alterations (p>0.05) in the analyzed parameters. The animals of Group 2 had a significant reduction (p<0.05) in the arterial pressure (22.0%). However, there were not significant alterations in renal parameters (p>0.05). These results show that the treatment with the AE lead a hypotensor effect in anesthetized Wistar rats, but not followed by renal parameters alterations.