1000 resultados para fatores de transformação dos conceitos


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FUNDAMENTO: No Brasil, a prevalência de hipertensão arterial (HA) e seus fatores de risco são pouco conhecidos nas regiões menos desenvolvidas. OBJETIVO: Estimar a prevalência da hipertensão arterial na população > 18 anos em São Luís - MA e fatores associados, de acordo com os critérios do Seventh Report of the Joint National Committee (JNC 7). MÉTODOS: Realizou-se estudo transversal em São Luís - MA, de fevereiro a março de 2003, em 835 pessoas com idade > 18 anos que responderam a um questionário estruturado em domicílio. Foram medidos pressão arterial (PA), peso, altura e circunferência abdominal. Avaliaram-se outros fatores de risco para doença cardiovascular. Na identificação dos fatores associados à HA foi utilizado o modelo de regressão de Poisson, com estimativa da razão de prevalências (RP) e seu respectivo intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: A idade variou entre 18 e 94 anos (média de 39,4 anos), sendo 293 (35,1%) pessoas normotensas e 313 (37,5%) pré-hipertensas. A prevalência de HA foi de 27,4% (IC95% 24,4% a 30,6%), maior no sexo masculino (32,1%) que no feminino (24,2%). Na análise ajustada permaneceram independentemente associados à HA: sexo masculino (RP 1,52 IC95% 1,25-1,84), idade > 30 anos, sendo RP=6,65, IC95% 4,40-10,05 para idade > 60 anos, sobrepeso (RP 2,09 IC95% 1,64-2,68), obesidade (RP 2,68 IC95% 2,03-3,53) e diabete (RP 1,56 IC95% 1,24-1,97). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem a necessidade de controle do sobrepeso, obesidade e diabete, sobretudo em mulheres e pessoas com idade maior ou igual a 30 anos para a redução da prevalência da hipertensão arterial.

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FUNDAMENTO: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) está associada ao maior índice de risco cardiovascular. No Brasil, faltam dados sobre sua prevalência e fatores de risco. OBJETIVO: Avaliar prevalência e fatores de risco associados à DAOP nas cidades brasileiras com > cem mil habitantes. MÉTODOS: Estudo transversal, multicêntrico, que avaliou 1.170 indivíduos (>18 anos), em 72 centros urbanos, participantes do Projeto Corações do Brasil. O diagnóstico de DAOP baseou-se na medida do índice tornozelo-braquial (ITB) < 0,90. A análise estatística utilizou teste Qui-quadrado (Pearson) corrigido para amostras complexas e intervalos de confiança. P < 0,05 foi considerado significativo. RESULTADOS: A prevalência de DAOP foi de 10,5% e apenas 9% dos portadores da doença apresentaram claudicação. A DAOP esteve associada à presença de diabetes, obesidade total e abdominal, acidente vascular cerebral (AVC) e doença isquêmica do coração (DIC). Houve tendência a maior prevalência de DAOP na presença de hipertensão, insuficiência cardíaca, insuficiência renal dialítica e tabagismo >20 anos/maço. Mulheres coronariopatas apresentaram risco 4,9 vezes maior de ter DAOP, do que aquelas sem coronariopatia e, entre homens diabéticos, o risco de DAOP foi 6,6 maior em comparação aos não diabéticos. CONCLUSÃO: A prevalência de DAOP foi elevada, considerando-se a baixa média de idade da população avaliada (44±14,7 anos). A minoria dos portadores apresentava claudicação, o que denota o grande contingente de indivíduos assintomáticos. Os fatores mais fortemente associados à doença foram diabetes, obesidade, AVC e DIC. Os autores concluíram que a medida do ITB deve ser considerada na avaliação de pacientes de moderado e alto risco cardiovascular.

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FUNDAMENTO: Determinar os fatores de risco cardiovascular é essencial para a prevenção primária e secundária das doenças do aparelho circulatório. OBJETIVO: Obter a prevalência de fatores de risco cardiovascular em uma população de industriários no Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal em uma coorte com entrevista sociodemográfica para identificação de fatores de risco cardiovascular, medidas antropométricas e de pressão arterial e coleta de sangue capilar para dosagem de glicose, colesterol e triglicérides em funcionários de ambos os sexos de indústria alimentícia. RESULTADOS: Avaliaram-se 1.047 funcionários, sendo 913 (87%) do sexo masculino, com idade média de 36 ± 8 anos. A freqüência de sedentarismo foi de 83% e de sobrepeso de 63%. Hipertensão arterial foi identificada em 28% dos indivíduos e 45% estavam na faixa de pré-hipertensão. Alteração de glicose capilar foi detectada em 49% dos participantes, colesterol elevado em 7% e triglicérides em 11% da população. Os valores de índice de massa corpórea não se associaram à renda, mas houve relação inversa com nível de escolaridade. CONCLUSÃO: Sobrepeso e sedentarismo são os principais fatores de risco cardiovascular em população de industriários.

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FUNDAMENTO: Apesar da elevada prevalência de hipertensão arterial em Portugal, a importância relativa que os genes possam exercer na manifestação final dos valores da pressão arterial (PA) parece pouco estudada. OBJETIVOS: Verificar a presença, indireta, de transmissão vertical de fatores genéticos entre progenitores e descendentes nos valores da PA, e estimar a contribuição dos fatores genéticos responsáveis pela variação dos valores de PA em termos populacionais. MÉTODOS: A amostra foi constituída por 367 indivíduos (164 progenitores e 203 descendentes) pertencentes a 107 famílias nucleares provenientes de diferentes regiões do norte de Portugal, participantes do projeto "Famílias Activas". A PA foi medida com um aparelho digital da marca Omron®, modelo M6 (HEM-7001-E). Foram utilizados os softwares estatísticos SPSS 15.0 para a análise exploratória de dados e o cálculo das estatísticas descritivas, e o PEDSTATS para analisar o comportamento genérico das variáveis entre os diferentes membros da família. O cálculo das correlações entre familiares e as estimativas de heritabilidade foram realizados nos módulos FCOR e ASSOC do software de epidemiologia genética S.A.G.E., versão 5.3. RESULTADOS: Para a PA sistólica (PAS), os valores das correlações entre os graus de parentesco foram de baixos a moderados (0,21< r <0,35). Para a PA diastólica (PAD), os valores encontrados foram moderados (0,24< r <0,50). Os fatores genéticos explicaram cerca de 43 e 49% da variação total da PAS e da PAD, respectivamente. CONCLUSÃO: Os resultados evidenciaram que uma quantidade moderada da PAS e da PAD é imputada a fatores genéticos.

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FUNDAMENTO: A síndrome metabólica (SM) é um agregado de fatores predisponentes para doenças cardiovasculares e diabete melito, cujas características epidemiológicas são insuficientemente conhecidas nos níveis regional e nacional. OBJETIVO: Estimar a prevalência de SM e fatores associados em uma amostra de hipertensos da área urbana de Cuiabá - MT. MÉTODOS: Estudo de corte transversal (maio a novembro de 2007) em amostra de 120 hipertensos (com 20 anos ou mais), pareados por gênero e selecionados por amostragem sistemática de uma população fonte de 567 hipertensos de Cuiabá. Todos os selecionados responderam a um inquérito em domicílio para obtenção de dados sócio-demográficos e hábitos de vida. Foram medidos: pressão arterial; índice de massa corpórea (IMC); circunferências da cintura e quadril; glicemia; insulinemia; lípides séricos; cálculo do índice de homeostase da resistência insulínica (HOMA); proteína C-reativa; ácido úrico e fibrinogênio. O critério para hipertensão adotado foi: média da PAS > 140mmHg e/ou PAD > 90mmHg, para síndrome metabólica segundo a I Diretriz Brasileira de Síndrome Metabólica e NCEP-ATP III. RESULTADOS: Foram analisados 120 hipertensos (60 mulheres), com média de idade de 58,3 ± 12,6 anos. Observou-se prevalência de SM de 70,8% (IC95% 61,8-78,8), com predomínio entre as mulheres (81,7% vs. 60,0%; p=0,009), sem diferenças entre adultos (71,4%) e idosos (70,2%). A análise de regressão múltipla revelou uma associação positiva entre a SM e o IMC > 25 kg/m², a resistência insulínica e algum antecedente familiar de hipertensão. CONCLUSÃO: Observou-se uma elevada prevalência de SM entre hipertensos de Cuiabá, associada significativamente ao IMC >25 kg/m², à resistência insulínica (Índice HOMA) e, em especial, a uma história familiar de hipertensão. Estes resultados sugerem o aprofundamento deste assunto através de novos estudos.

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FUNDAMENTO: Desde o advento da AIDS, a terapia antiretroviral desenvolveu-se significantemente, incluindo a terapia antiretroviral altamente ativa (HAART) e a doença adquiriu uma característica crônica. Entretanto, após a introdução da HAART, várias alterações metabólicas foram observadas, principalmente relacionadas ao perfil lipídico. OBJETIVO: Avaliar e comparar os perfis lipídicos, analisar o risco cardiovascular, e descrever a prevalência da síndrome metabólica em pacientes com AIDS tratados ou não com HAART. MÉTODOS: Durante um período de 18 meses, 319 pacientes tratados em ambulatórios na cidade de São Paulo, Brasil, foram selecionados. RESULTADOS: A amostra final incluiu 215 pacientes tratados com HAART e 69 pacientes virgens de tratamento com HAART. A idade média era 39,5 anos, e 60,9% eram do sexo masculino. Os principais fatores de risco cardiovascular eram o fumo (27%), hipertensão (18%) e histórico familiar de aterosclerose (40%). Os valores médios de colesterol total, HDL-colesterol, triglicérides e glicose foram mais altos no grupo HAART do que no grupo não-HAART (205 vs 180 mg/dl, 51 vs 43 mg/dl, 219 vs 164 mg/dl e 101 vs 93 mg/dl respectivamente; p < 0,001 para todos). De acordo com o escore de risco de Framingham, o risco cardiovascular era moderado a alto em 11% dos pacientes tratados com HAART e 4% dos pacientes não-HAART. De acordo com a definição do Adult Treatment Panel III, a síndrome metabólica foi observada em 13% e 12% dos pacientes, respectivamente, com e sem HAART. CONCLUSÃO: Embora os valores médios do colesterol total, HDL-c e triglicérides tenham sido mais altos no grupo HAART, um maior risco cardiovascular não foi identificado no primeiro grupo. A prevalência de síndrome metabólica foi comparável em ambos os grupos.

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FUNDAMENTO: A escassez de dados sobre a obesidade infantil e o risco cardiovascular no Brasil. OBJETIVO: Determinar a prevalência de hipertensão, dislipidemia, obesidade e suas correlações em uma amostra de escolares de Itapetininga-SP. MÉTODOS: Corte transversal com coleta sistematizada de dados antropométricos (peso, altura, cintura, índice de massa corporal e níveis pressóricos) e dosagens de glicose, colesterol (total e frações), ácido úrico e apolipoproteina A e B, em uma amostra aleatória, representativa de escolares da rede pública de Itapetininga-SP. Análise dos dados utilizando parâmetros populacionais das curvas do NCHS(2000), categorias de pressão arterial do NHBPEP(2004) e categorias dos níveis séricos de colesterol propostos pela AHA para crianças e adolescentes(2003). RESULTADOS: Um total de 494 crianças e adolescentes participaram do estudo. Dos participantes, 11,7% apresentaram HAS, 51% apresentaram aumento do colesterol total, 40,5% apresentaram aumento do LDL-colesterol, 8,5% apresentaram aumento dos triglicérides e 6,1% tiveram valores baixos de HDL-colesterol. As médias (±desvio padrão) do CT, HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicérides foram respectivamente 172,1(27,9), 48,1(10,0), 105,7(23,1) e 90,9(43,8). A obesidade e o sobrepeso foram detectados em 12,8% e 9,7% da amostra, sendo que a obesidade determinou uma maior chance de se detectar a dislipidemia e a hipertensão quando comparada com os demais grupos. CONCLUSÃO: Este estudo fornece subsídios para a hipótese de uma distinta prevalência de excesso de peso entre escolares da rede pública das regiões nordeste e sudeste, maior nesta última. Adicionalmente, demonstra uma associação da obesidade com a dislipidemia e a hipertensão naquele grupo. Diante da incipiência de dados no Brasil sobre a questão estudada, o nosso trabalho fornece dados importantes para futuras comparações.

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FUNDAMENTO: Poucos estudos de base populacional foram realizados em cidades de médio porte para estimar a prevalência de níveis pressóricos elevados e fatores associados. OBJETIVO: Estimar a prevalência dos níveis pressóricos elevados e fatores associados em adultos de Lages, SC. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional em adultos de 20 a 59 anos da zona urbana (n=2.022). A variável dependente foi nível pressórico elevado com valores > 140/90 mmHg. Variáveis independentes: sexo, idade, escolaridade, renda familiar per capita, cor da pele auto-referida, índice de massa corporal, tabagismo, problemas com álcool, atividade física, e diabete melito auto-referida. Para verificar as associações foi usado o teste de qui-quadrado e de tendência linear. A análise múltipla foi realizada por meio da regressão de Poisson RESULTADOS: A taxa de resposta foi de 98,6%. A prevalência de níveis pressóricos elevados foi de 33,7% (IC95% 31,7-36,1) para a população em geral variando de 31,1% nos homens a 38,1% nas mulheres. Após o ajuste por possíveis variáveis de confusão foram associados com nível pressórico elevado: indivíduos do sexo masculino (RP = 1,4 IC 95% 1,2-1,7), aqueles com idades mais avançadas (p<0,001), os com sobrepeso (RP= 1,4 IC95% 1,1-1,6) e obesidade (RP = 1,9 IC95% 1,6-2,3), os asiáticos (RP=1,8 IC95% 1,3-2,5) e os que auto referiram serem diabéticos [RP = 1,29 IC95% 1,12-1,48). CONCLUSÕES: Um terço dos adultos apresentou níveis pressóricos elevados, resultado semelhante ao encontrado na população brasileira. Fatores passíveis de intervenção como sobrepeso e obesidade e diabetes foram associados a níveis elevados de pressão arterial.

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FUNDAMENTO: A ocorrência de fibrilação atrial (FA) após a ablação com sucesso do flutter atrial istmo cavo-tricuspídeo (FLA-ICT) dependente consiste em um evento de importância clínica. Os fatores preditores dessa ocorrência ainda são controversos. OBJETIVO: Determinar a incidência de FA e os fatores preditores para a sua ocorrência nos pacientes submetidos a ablação do flutter atrial istmo cavo-tricuspídeo (FLA-ICT) dependente. MÉTODOS: Cinquenta e dois pacientes portadores de FLA-ICT foram submetidos à ablação no período de janeiro de 2003 a março de 2004, no InCor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. RESULTADOS: Durante o seguimento médio de 26,2 (± 9,2) meses, 16 (30,8%) pacientes apresentaram FA. A análise univariada revelou duas variáveis clínicas como preditoras de ocorrência de FA após a ablação do FLA-ICT maior ou igual a três anos (RR: 3,00; P = 0,020). Na análise multivariada, esses fatores foram variáveis independentes associadas à ocorrência de FA após ablação do FLA-ICT. CONCLUSÃO: A FA é frequentemente observada durante o seguimento dos pacientes após ablação de FLA-ICT dependente. O FLA-ICT persistente e a história de arritmia maior que três anos são fatores preditores para a ocorrência de FA durante o seguimento clínico.

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FUNDAMENTO: Exercícios resistidos e aeróbicos são recomendados para reduzir o peso e melhorar a saúde, mas ainda não foi definido qual dos dois tipos é o melhor. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi comparar o exercício resistido e jogging (JOGG) na doença cardiovascular múltipla (DCV), nos fatores de risco metabólicos e aptidão física de mulheres obesas ou com sobrepeso [composição corporal, perfil lipídico, acido úrico, glicose, equivalente metabólico (MET), frequência cardíaca, pressão arterial, flexibilidade, gasto de energia em repouso (GER) e balanço de nitrogênio (BN)]. MÉTODOS: Cinquenta mulheres foram aleatoriamente divididas em dois grupos, mas apenas 26 terminaram o estudo: exercício resistido (ER) (n=14; 36±12 anos; índice de massa corporal, IMC=32±7 kg/m²) e JOGG (n=12; 37±9 anos; IMC=29±2). O primeiro mês de treinamento consistiu em 60 min x 03 dias/semana e o segundo mês de treinamento consistiu em 04 dias/semana para ambos os protocolos, mais reeducação alimentar. RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram diminuição da massa corporal total, IMC, acido úrico plasmático e aumento do MET (p<0,05); não houve alteração na massa corporal magra, GER, e frequência cardíaca de repouso. O treinamento com ER reduziu o colesterol total, triglicérides plasmáticos, BN e aumentou a flexibilidade; o treinamento com JOGG reduziu a razão cintura/quadril, níveis de glicose, pressão arterial sistólica, lipoproteína de alta densidade e aumentou a razão colesterol total/ lipoproteína de alta densidade (p<0,05). CONCLUSÃO: Ambos os protocolos melhoram a DCV e os fatores de risco metabólicos. Os ER apresentaram mudanças favoráveis no perfil lipídico e na flexibilidade, enquanto o JOGG apresentou mudanças favoráveis sobre a glicose, razão cintura/quadril e pressão arterial. Esses resultados sugerem que treinamento de pesos em circuito combinados com exercícios aeróbicos devem ser considerados para indivíduos obesos. Entretanto, em relação à algumas diferenças entre os grupos na avaliação basal, não é possível concluir que as alterações sejam devidas ao tipo de exercício ouà variabilidade intra-grupo.

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FUNDAMENTO: No Brasil, a prevalência de síndrome metabólica (SM) é pouco conhecida em várias regiões. OBJETIVO: Analisar a prevalência da SM, seus componentes e a concordância entre dois critérios diagnósticos numa população com idade > 13 anos. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado de junho a outubro de 2007, em 719 pacientes, em ambulatórios cardiológicos de São Luís, MA. Mediu-se a pressão arterial (PA), peso, altura, circunferência abdominal e perfil lipídico. Avaliaram-se os fatores de risco para a SM segundo o critério da International Diabetes Federation (IDF). Razões de prevalência e intervalos de confiança de 95% foram estimados pela regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência da SM foi maior em ambos os sexos pelo conceito da IDF (62,3% em homens e 64,6% em mulheres), em relação ao do National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Prevention (NCEP ATPIII) (48,9% em homens e 59% em mulheres). Os componentes da SM mais prevalentes foram: hipertensão arterial sistêmica HAS (87,2% e 86%); hipertrigliceridemia (84,4% e 82,5%); circunferência abdominal alterada (77,8% e 100%); HDL-c baixo (58,1% e 49,9%); e glicemia alterada (59,9% e 51,9%), pelos conceitos NCEP ATPIII e IDF, respectivamente. Após análise ajustada, idade > 60 anos e índice de massa corporal (IMC) > 30 foram associados a um maior risco de SM (p < 0,001). CONCLUSÃO: A prevalência da SM foi bem maior que a população geral; a (HAS) foi o componente mais prevalente. Houve boa concordância entre os dois critérios, sendo ótima no sexo feminino e regular no masculino.

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FUNDAMENTO: Mortalidade global e cardiovascular (CV) elevada de pacientes em hemodiálise. OBJETIVO: Avaliação da mortalidade global e CV e identificação do risco de pacientes em hemodiálise. MÉTODOS: Estudo observacional, prospectivo. Estudados 334 pacientes em três anos. Desfechos primários: mortalidade global e CV. Sobrevida avaliada pelo método de Kaplan-Meier. Identificação de variáveis de risco pela Regressão de Cox, bi e multivariada. RESULTADOS: Foram estudados 189 (56,6%) homens, idade 48,8 ± 14,2 anos, maioria de não brancos (295[88,3%]) e com escolaridade de 0 a menor que 8 anos (211[63,2%]). Mortalidade total de 21,6% (72/334), 50% sobrevivendo 146 meses, e mortalidade CV de 41,7%(30/72), 75% sobrevivendo 141 meses. Na análise bivariada, o RR de óbito não cardiovascular (ONCV) e CV aumentou com Idade >60 anos, Hb < 9,0 g/dl e glicemia de jejum >126 mg/dl; de ONCV apenas, com baixa escolaridade, viuvez, Hb<11,0 g/dl, Ht<33,0%, glicemia de jejum >100 mg/dl, produto Ca x P <42 e creatinina >9,2 mg/dl; diminuiu com PA>140/90 mmHg (antes da sessão de HD) e Ht>36%; de óbito CV apenas, aumentou com creatinina >9,4 mg/dl. Na análise multivariada, o RR de ONCV e CV aumentou com idade >60 anos e Hb<9 g/dl; o RR de óbito CV aumentou com glicemia>126 mg/dl e o de ONCV com taxa de remoção de ureia na hemodiálise (Kt/V) <1,2. CONCLUSÃO: A mortalidade global e CV de pacientes em hemodiálise é elevada. Os fatores de risco independentes para ONCV e CV foram idade >60 anos e Hb<9 g/dl, para óbito CV apenas glicemia >126 mg/dl e ONCV Kt/V<1,2. Vale assinalar a importância do monitoramento na correção e prevenção desses três últimos fatores.

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FUNDAMENTO: Estudos têm sido realizados para identificar o melhor preditor antropométrico de doenças crônicas em diferentes populações. OBJETIVO: Verificar a relação entre medidas antropométricas e fatores de risco (perfil lipídico e pressão arterial) para doenças cardiovasculares. MÉTODOS: Estudo transversal com 180 homens e 120 mulheres, idade média de 39,6±10,6 anos. Avaliou-se: índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), percentual de gordura corporal (%GC), relação cintura quadril (RCQ), perfil lipídico, glicemia e pressão arterial. RESULTADOS: IMC, CC e RCQ foram maiores nos homens e %GC nas mulheres (p<0,001). A proporção de casos alterados de RCQ e %GC em relação a LDL-c e CT foi maior no sexo masculino. Indivíduos normais para CC tiveram alteração para LDL-c, CT e HDL-c. Houve correlação entre IMC e CC (homens: r=0,97 e mulheres: r=0,95; p<0,001). Nos homens a melhor correlação (p<0,001) foi entre CC e RCQ (r=0,82) e nas mulheres %GC e CC (r=0,80). Triglicerídeos (TG) teve correlação com RCQ (masculino: r=0,992; feminino: r= 0,95; p<0,001), e com CC (masculino: r=0,82; feminino: r=0,79; p<0,001). Na análise múltipla (Razão de prevalência - RP, Intervalo de Confiança - IC), o IMC esteve associado ao colesterol total (RP=1,9; IC95% 1,01-3,69; p=0,051) no sexo masculino e fracamente associado com TG/HDL-colesterol (RP= 1,8; IC95% 1,01-3,45; p=0,062) no sexo feminino. CONCLUSÃO: O IMC e a RCQ foram os indicadores antropométricos com maior correlação com o perfil lipídico em ambos os sexos. Esses dados suportam a hipótese de que o IMC e a RCQ podem ser considerados como fatores de risco para a doença cardiovascular.