1000 resultados para Variações anatômicas


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Padrões na diversidade de peixes ao longo de quatro unidades geográficas (superior, médio-superior, médio-inferior e inferior) no rio Paraíba do Sul foram estudados com a finalidade de avaliar tendências de variações espaciais (unidades geográficas) e temporais (períodos de cheia e seca). Vinte e cinco locais foram amostrados entre Dezembro de 2002 e Março de 2003 (verão/cheia) e, entre Agosto e Novembro de 2003 (inverno/seca). Os peixes foram capturados com um esforço padronizado, utilizando redes de espera, tarrafas e peneiras. Um total de 81 espécies foram registradas compreendendo 9 ordens, 29 famílias e 55 gêneros. Characiformes apresentaram maior número de espécies (28) seguido de Siluriformes (23). Perciformes, principalmente Tilapia rendalli e Geophagus brasiliensis, e Cyprinodontiformes com destaque para Poecilia vivipara e Poecilia reticulata, foram os grupos numericamente mais abundantes, enquanto Siluriformes, principalmente Hypostomus luetkeni, e Perciformes com Geophagus brasiliensis apresentaram maior contribuição em biomassa. Poecilia vivipara foi encontrada apenas no período de seca. Espacialmente, Hoplosternum littorale predominou no trecho médio-superior, Pimelodus fur, Hypostomus luetkeni, Glanidium albescens no trecho médio-inferior, e Loricariichtys spixii e Prochilodus lineatus no trecho inferior. O número de espécies e a riqueza de Margalef apresentaram um aumento do trecho superior para o inferior, principalmente durante o período de cheia. Espécies que apresentaram ampla distribuição ao longo do rio (G. brasiliensis, Oligosarcus hepsetus e P. reticulata) são consideradas oportunistas por se aproveitarem dos recursos disponíveis em ambientes pobres, refletindo o estado de alterações do rio. Diferenciações na fisiografia ao longo da extensão longitudinal da bacia não coincidiram com mudanças nas assembléias de peixes, sugerindo que fatores associados a alterações de hábitats poderiam estar estruturando a comunidade de peixes a nível local.

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O objetivo deste estudo foi investigar a biologia alimentar de Knodus moenkhausii (Eigenmann & Kennedy, 1903) em riachos do Alto rio Paraná no Estado de São Paulo. Em oito riachos (R1-R8), K. moenkhausii se alimentou de 18 itens, dos quais algas, ninfas de efemerópteros e larvas de dípteros foram os itens autóctones mais freqüentes e dominantes; fragmentos de insetos terrestres, himenópteros e aranhas foram os itens alóctones mais freqüentes e dominantes. No riacho R2, K. moenkhausii apresentou dieta distinta dos demais riachos, principalmente em função da profundidade, tipo de substrato e da presença de vegetação ripária. No riacho R9, amostrado mensalmente durante um ano, foram identificados 15 itens, dos quais insetos terrestres predominaram ao longo do ano; larvas de dípteros e algas foram pouco expressivas nos períodos de dezembro-janeiro (período mais quente e chuvoso) e junho-julho (período mais frio e seco). No riacho R9 foram realizadas observações subaquáticas durante mergulho livre, onde observamos a cata de itens na coluna d'água junto do substrato, da vegetação submersa e na superfície da água. A elevada variedade de itens consumidos - condicionada às variações do hábitat e sazonais - e a prática de diversas táticas nos permitem considerar K. moenkhausii uma espécie oportunista quanto ao uso dos recursos alimentares. Este oportunismo aparentemente se reflete na abundância da espécie, demonstrando boa capacidade em alocar parte significativa de sua energia à reprodução, mesmo em ambientes fisicamente impactados por ação antrópica.

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A influência da luz da lua no padrão de atividade de morcegos já foi documentada em algumas espécies. Geralmente os morcegos reagem ao aumento da iluminação reduzindo o uso de espaços abertos e restringindo a atividade de forrageio ou a duração do período de atividade. Para estabelecer a influência do ciclo lunar na eficiência de captura de morcegos, foi realizada uma análise com 28 noites de capturas no sudeste do Brasil. A taxa de captura e a riqueza de espécies apresentaram relação linear inversa com a porção iluminada pela lua. Das espécies mais freqüentemente capturadas, apenas duas apresentaram relação significativa e negativa com o aumento da iluminação pela lua. Maiores variações na riqueza de espécies foram observadas em morcegos catadores e nectarívoros. Os dias após a lua nova são os mais produtivos em relação a capturas e riqueza. A riqueza local não pode ser totalmente amostrada se a amostragem for restrita a qualquer período do ciclo lunar. Para estudar a comunidade de morcegos é mais apropriado realizar amostragem durante todo o ciclo lunar.

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Foi investigada a dieta de Pachyurus bonariensis Steindachner, 1879 associando-a à variações espaciais, temporais e ontogenéticas. Os peixes foram coletados mensalmente de março/2000 a fevereiro/2001 e de agosto/2002 a fevereiro/2003 em duas baías do Pantanal, Chacororé e Sinhá Mariana. Conteúdos estomacais de 359 exemplares foram analisados através dos métodos de freqüência de ocorrência e volumétrico. A dieta foi composta essencialmente por larvas bentônicas de Chironomidae e Ephemeroptera, independente do local e período (seca e cheia) analisados. Entretanto, nota-se marcante diferença na composição alimentar de acordo com o tamanho do peixe. Os menores exemplares (comprimento padrão = 1,6 a 7,2 cm) consumiram preferencialmente Chironomidae e os maiores (comprimento padrão = 13,0 a 18,6 cm) Ephemeroptera. Conclui-se que P. bonariensis tem hábito alimentar bentívoro e especializado, devido principalmente ao restrito espectro alimentar aliado à posição e forma da boca adaptada a explorar o substrato.

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Um inventário da fauna de aranhas foi realizado na Serra do Cachimbo, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, município de Novo Progresso, Pará. As coletas ocorreram em duas expedições, uma na estação seca (agosto e setembro de 2003) e outra na chuvosa (março e abril de 2004). Cada expedição contou com a participação de três coletores. O esforço de amostragem foi de 240 amostras, sendo 96 através de guarda-chuva entomológico e rede de varredura, 96 através de coleta manual noturna e 48 por triagem manual e extratores de Winkler. Foi comparada a diversidade de aranhas de quatro tipos de vegetação, Floresta Ombrófila Aberta, mata de galeria, áreas de Cerrado (Savana Arbórea) e de Campina. As coletas resultaram em um total de 4.990 indivíduos, dos quais 2.750 adultos. Foram identificadas 427 morfoespécies em 37 famílias, sendo as mais abundantes Theridiidae, Salticidae e Araneidae e as mais ricas em espécies Araneidae, Salticidae e Theridiidae. As espécies representadas por apenas um indivíduo somaram 40% do total e apenas duas ultrapassaram cem indivíduos. A curva de riqueza específica estimada (ACE) atingiu 614 espécies. A maior diversidade alfa (índice de Shannon-Wiener) foi encontrada em Floresta Ombrófila, seguida pela mata de galeria, Campina e Cerrado. Tais diferenças entre as vegetações podem ser explicadas devido a variações na complexidade da vegetação e na disponibilidade de microhábitats em cada fitofisionomia.

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A ictiofauna de uma praia arenosa da Ilha do Frade, Vitória, ES, foi amostrada mensalmente entre maio/2004 e abril/2005. Foram coletados 2.689 indivíduos de 26 famílias e 45 espécies de Teleostei, a maioria em estágio juvenil. A família Sciaenidae apresentou o maior número de espécies. As capturas mensais evidenciaram que as espécies numericamente mais importantes foram: Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758), Archosargus rhomboidalis (Linnaeus, 1758), Eucinostomus lefroyi (Goode, 1874) e Paralonchurus brasiliensis (Steindachner, 1875); com relação ao peso, Cyclichthys spinosus (Linnaeus, 1758), A. rhomboidalis, E. lefroyi e L. synagris dominaram. O número de indivíduos e a biomassa variaram significativamente (p<0,01) entre os meses. O índice de Shannon-Wiener (H') apresentou pequenas variações mensais, não evidenciando uma tendência sazonal.

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As respostas das comunidades de formigas às mudanças ambientais de fragmentos florestais para agroecossistemas (café ou pastagem) foram avaliadas na região sul do Estado de Minas Gerais, Brasil. Neste trabalho, avaliaram-se as interações entre fragmentos florestais e os dois agroecossistemas mais típicos do sudeste do Brasil: monocultivo de café a pleno sol e pastagem introduzida. A comunidade de formigas foi amostrada em cinco áreas de cada agroecossistema, dentro de fragmentos florestais adjacentes a estes e nas bordas entre os dois sistemas. Em cada área, foram retiradas 15 amostras de 1m² de serapilheira, das quais foram extraídas as formigas, utilizando-se o extrator de Winkler. Registrou-se um total de 165 espécies de formigas distribuídas em 48 gêneros e 10 subfamílias. O cafezal apresentou o menor número de espécies observado e menor riqueza estimada. As razões das variações observadas entre as áreas são discutidas.

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No presente estudo foi analisado a dieta de Enyalius perditus Jackson, 1978 e suas variações de acordo com disponibilidade de alimento no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil. Três áreas de matas foram amostradas, utilizando-se armadilhas de queda e adesivas para captura dos lagartos e itens-presa disponíveis. Os lagartos (n= 55) foram dissecados e o conteúdo estomacal analisado. O Índice de eletividade mostrou que larvas foram importantes volumetricamente na dieta de E. perditus, enquanto que formigas e isópodos foram importantes numericamente. A quantidade de itens nas dietas de machos e fêmeas diferiram estatisticamente, talvez como uma conseqüência da maior quantidade de formigas ingeridas pelas fêmeas e isópodos e larvas pelos machos. Baseado no comportamento alimentar, os machos são mais semelhantes aos forrageadores ativos e as fêmeas, aos predadores senta-e-espera.

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O objetivo deste estudo foi analisar possíveis influências do local da desova no sucesso da eclosão e na duração da incubação de Caretta caretta (Linnaeus, 1758) no sul do estado do Espírito Santo. Geomorfologicamente a área da desova na praia da Guanabara, em Anchieta (ES), pode ser dividida em praia aberta e berma. Durante quatro estações reprodutivas foram coletados dados sobre o tamanho dos sedimentos, a altura dos ninhos em relação ao nível do mar, a compartimentação geomorfológica da praia, a data da desova, o número de filhotes vivos e o tamanho da ninhada. Os resultados mostraram variações dos principais parâmetros sedimentológicos entre os anos, indicando que as temporadas reprodutivas devem ser analisadas individualmente. O sucesso da eclosão não foi afetado pelas características geológicas do local da desova. A duração da incubação não variou entre a praia e a berma, apesar das diferenças significativas no tamanho do sedimento, na profundidade dos ninhos e na altura em relação ao nível do mar. A duração da incubação se correlacionou positivamente ao tamanho dos sedimentos, com ninhos em sedimentos mais grossos eclodindo mais cedo que os ninhos localizados em sedimentos mais finos. Como as características dos ninhos influenciam a duração da incubação, recomenda-se que a transferência de ninhos, quando inevitável, respeite as diferenças entre os locais de desova, principalmente, quanto à profundidade da câmara de ovos.

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Com o objetivo de analisar a diversidade da ictiofauna na praia de Jaguaribe, localizada na ilha de Itamaracá - PE, foram realizadas quatro coletas (abril e novembro de 2003 e março e agosto de 2004) com 10 arrastos cada, feitos com redes de arrasto. Um total de 25 espécies e 24 gêneros foram registrados compreendendo 7 ordens e 15 famílias. A ordem Perciformes foi a mais freqüente, representando 82,25% do total de peixes amostrados. Houve predominância dos representantes da família Sciaenidae (49,40%) e a espécie mais abundante foi Ophioscion punctatissimus Meek & Hildebrand, 1925, com aproximadamente 40,77% do total das espécies. Na análise da diversidade de Shannon, o mês de novembro foi o que obteve maior diversidade (0,805) e eqüitabilidade (0,843) e o mês de março, o que obteve a menor diversidade (0,562) e eqüitabilidade (0,540). Uma tendência de maior abundância da ictiofauna foi observada no período chuvoso, sugerindo que as variações pluviométricas afetam a comunidade de peixes local.

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Duas espécies de piranhas ocorrem no rio Ibicuí, um dos principais afluentes do rio Uruguai. Com o objetivo de analisar a distribuição e a alimentação destas espécies, foram realizadas coletas de dezembro de 1999 a janeiro de 2002, utilizando-se diferentes artes de pesca em três pontos do rio, sendo que cada ponto foi amostrado em dois ambientes (lêntico e lótico). Foram capturados 203 indivíduos de Serrasalmus maculatus Kner, 1858 e 86 de Pygocentrus nattereri Kner, 1858, sendo que a maior captura de ambas as espécies ocorreu no ambiente lêntico e próximo ao rio Uruguai, onde P. nattereri parece estar mais concentrada. O número de exemplares capturados por horário não apresentou variações significativas em P. nattereri enquanto que S. maculatus apresentou a maior captura na revisão da meia-noite. Juvenis de S. maculatus (2-4 cm de comprimento padrão) consumiram preferencialmente nadadeiras e insetos. Nas demais classes de tamanho de ambas as espécies, restos de peixes foi o alimento predominante, havendo sobreposição alimentar intra e interespecífica nas maiores classes (8-16 cm e >16 cm de comprimento padrão). Não foram constatadas diferenças no índice de repleção entre os horários e os ambientes para as duas espécies.

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Este trabalho teve como objetivos caracterizar e comparar a estrutura e a dinâmica populacional de Microphrys bicornutus Latreille, 1825 no fital Halimeda opuntia (Halimedaceae) coletado nas formações recifais de Picãozinho (submetida à visitação turística) e São Gonçalo (área controle), na costa de João Pessoa (Nordeste do Brasil), sob influência de fatores ambientais e do número de visitantes. Nas duas áreas de estudo as populações analisadas estiveram compostas por fêmeas e machos maduros e imaturos com significativa predominância de machos e de animais imaturos, freqüência de tamanho e períodos reprodutivos similares. O tamanho máximo dos exemplares, a freqüência de distribuição de tamanho e a razão sexual diferiram dos resultados obtidos para a espécie em outras latitudes e habitats. Dados de razão sexual evidenciam que independentemente do estágio de maturação, os machos apresentam predominância significativa (RS>1,0), e que a proporção de fêmeas diminui com o amadurecimento sexual. Sem sofrer influência da biomassa da alga, e da salinidade e temperatura da água, variações populacionais significativas foram associadas ao aumento de juvenis durante períodos chuvosos. A baixa densidade populacional e a maior desproporção da relação macho: fêmea em subárea de Picãozinho com maior fluxo de pessoas sugerem que estas variações podem ter sido induzidas pelo pisoteio das algas.

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Este trabalho avalia a variabilidade espaço-temporal da meiofauna do médiolitoral na praia de Ajuruteua, Estado do Pará. As coletas foram realizadas a cada dois meses, entre abril de 2003 a fevereiro de 2004 durante as marés de sizígia, em diferentes zonas da praia. As amostras foram retiradas com um amostrador cilíndrico de 3,14 cm² e fixadas em formalina salina a 5%. Em laboratório, as amostras foram passadas em malha de 0,063 mm de abertura e os organismos retidos identificados em nível de grandes grupos taxonômicos, contados e fixados em álcool etílico a 70%. A meiofauna esteve representada por oito grupos: Turbellaria, Nematoda, Tardigrada, Polychaeta, Oligochaeta, Acari, adultos de Copepoda Harpacticoida e juvenis de Copepoda Harpacticoida. Nematoda foi o grupo dominante, representando 74% do total de indivíduos, seguido de Copepoda (19%). Pôde-se observar clara zonação horizontal da fauna, que se distribuiu em três faixas paralelas à linha de praia, com características significativamente distintas quanto à abundância, riqueza e densidade dos principais grupos taxonômicos. No médiolitoral médio foram observados valores significativamente mais elevados de riqueza e abundância, enquanto os valores mais baixos foram registrados no médiolitoral superior e inferior. A comunidade de meiofauna, ainda que não tenha variado significativamente entre períodos climáticos, foi mais rica e abundante nos meses secos. Os principais fatores responsáveis pelas variações espaço-temporais da meiofauna foram a ação das ondas e das marés e as variações na salinidade da água.

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São descritas e ilustradas Apenesia longa sp. nov., A. peccata sp. nov., A. magna sp. nov., A. permaxima sp. nov., A. perconcava sp. nov. e A. recta sp. nov. da região Neotropical. São adicionados dados novos de variações estruturais e distribuição geográfica de A. transversa Evans, 1963, A. spinipes Evans, 1969, A. tlahuicana Evans, 1963, A. triangula Azevedo & Batista, 2002, A. megaventris Azevedo & Batista, 2002, A. venezuelana Evans, 1963, A. acia Lanes & Azevedo, 2004 e A. ventosa Azevedo & Batista, 2002. Duas sinonímias novas são propostas: A. peruana Evans, 1963 como sinônimo junior de A. brasiliensis (Kieffer, 1910); A. subangulata Azevedo & Batista, 2002 como sinônimo junior de A. fulvicollis (Westwood, 1874), esta ultima considerada dentro ao grupo nitida. É fornecida uma chave de identificação para as espécies do grupo, baseada em machos.

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Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do ciclo hidrológico sobre a dieta e estrutura trófica da ictiofauna no Pantanal. Foram realizadas amostragens mensais entre março de 2000 e fevereiro de 2001, no rio Cuiabá e na lagoa Chacororé. A análise dos conteúdos estomacais de 58 espécies permitiu o reconhecimento de oito categorias tróficas. Peixes das categorias piscívora, detritívora e lepidófaga foram os que apresentaram menor variação na composição da dieta em ambos os ambientes, independente do período hidrológico. Os efeitos do pulso de inundação foram pronunciados na abundância numérica e na biomassa das categorias detritívora e omnívora, enquanto variações nestes parâmetros apresentaram-se relacionadas ao tipo de ambiente para as categorias piscívora, invertívora e insetívora. Os resultados sugeriram que tanto a especialização por alguns itens alimentares quanto a provável elevada disponibilidade de recursos alimentares nos ambientes investigados contribuíram para o fraco efeito do ciclo hidrológico na organização trófica da ictiofauna. Através do aumento da conectividade hidrológica, o pulso de inundação do rio Cuiabá possibilita o deslocamento dos organismos pelo sistema, que deve determinar a variabilidade na estrutura das categorias tróficas.