957 resultados para Psicologia clínica da saúde


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Este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento das intervenções que são realizadas pelos psicólogos que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Grande ABC, bem como traçar um perfil destes profissionais. Pretendeu-se fazer na Região do Grande ABC este levantamento, baseando-se na tradição que a Psicologia tem de pesquisar-se como profissão, nos últimos trinta anos. A análise dos dados da pesquisa se deu através de quatro categorias levantadas a partir das mudanças que o exercício da profissão nas UBS requer: 1) do âmbito do atendimento, do individual para o coletivo; 2) do atendimento em consultório para instituição pública; 3) do enfoque do trabalho, do curativo para o preventivo; 4) da área de atuação, da saúde mental para a psicologia da saúde. Os resultados apresentados são oriundos de trinta e oito entrevistas realizadas com psicólogos das UBS s da Região do Grande ABC, no decorrer do ano de 2002, que trazem as dificuldades para o desenvolvimento das atividades. Dentre elas, destaca-se as de ordem política, econômica e social, que independem do desejo dos profissionais. Além destas, constatou-se dificuldades frente à formação profissional e à compreensão do papel e da função do psicólogo nas UBS s.

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O presente estudo visa investigar a sexualidade na adolescência em suas inquietações e necessidades por meio do método de investigação clínica de abordagem psicanalítica de Enrique Pichon-Rivière, para se obter uma compreensão da psicodinâmica do grupo de adolescentes com enfoque operativo. Os objetivos são: 1. Levantamento do que os adolescentes pensam sobre sexualidade; 2. Discutir os principais conflitos vividos pelos adolescentes com relação à sexualidade e; 3. Analisar as formas de manifestações culturais dos adolescentes sobre a sexualidade. O procedimento inicial foi um levantamento bibliográfico sobre os temas: sexualidade, repressão, fantasias inconscientes e grupo com enfoque operativo. Os adolescentes de uma comunidade religiosa da metrópole de São Paulo foram os participantes. Realizaram-se 12 encontros grupais com enfoque operativo, utilizando-se a teoria e técnica dos grupos operativos de Pichon-Rivière. Houve um roteiro temático, que forneceram os conteúdos para cada encontro. Os temas revelaram sentimentos e reações emocionais dos adolescentes sobre sexualidade, dificuldades e facilidades encontradas em relação às manifestações culturais e a existência de conflitos (medos e desejos inconscientes) vividos pelos adolescentes. As análises dos resultados levaram a considerações que direcionam a duas vertentes: a) As inquietações representadas por dúvidas, sentimentos de perda, informações consistentes e medos; b) As necessidades estavam representadas pela lealdade, confiança, interação social, acolhimento (continência) e valores do grupo primário de referência. Conclui-se que o adolescente apresenta forte sentimento de desconfiança, caracterizando uma constelação de fantasias na qual predomina a persecutoriedade; esse adolescente está sempre preocupado com o externo, com o que os outros estão pensando

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Trabalho de natureza monográfica bibliográfica investiga o relaxamento psicofísico na área da saúde, em crianças, por um intervalo de oito anos, entre janeiro de 1997 e novembro de 2004. Inicialmente, com base em literatura neuropsicológica, descreve o papel do relaxamento na busca da homeostase e da consciência corporal saudável, enfocando comportamentos de prazer e dor. A seguir, descreve e analisa diversas técnicas de relaxamento, Relaxamento Progressivo de Jacobson, Autógeno de Schultz e Relaxamento de Michaux. A fim de desenvolver sua pesquisa utiliza-se de 27 bases de dados, devido a pouca produção encontrada sobre o tema, por base. Como resultados, levanta ao todo 500 artigos sobre relaxamento, sendo 200 em crianças. São artigos nacionais e internacionais, com predomínio do idioma inglês. A seguir, classifica esses artigos por ano de produção, constatando um crescimento significativo, porém não sistemático em seu número, de 14 artigos em 1997, para 39, em 2004. Quanto à temática, os dados revelam em primeiro lugar, um interesse em dor, em segundo em problemas respiratórios, e, em terceiro lugar, em ansiedade. Os artigos sobre dor, por serem os mais numerosos levantados, sofrem análise mais detalhada, com discriminação da quantidade de artigos por ano e dos tipos de situação e de patologia caracterizados por quadro álgico. Finalmente é feita uma classificação dos artigos segundo a utilização do relaxamento junto à problemática clínica predominantemente física, a de fundo psíquico afetivo-emocional, sem utilização de fármacos e, a de fundo psíquico, com intervenção psiquiátrica farmacológica. Na discussão dos resultados, vários artigos pesquisados são também comentados. Dada a riqueza dos dados, evidenciando interesse crescente de profissionais da área da Saúde na literatura levantada, sugere-se pesquisa complementar.

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No mundo, um em cada cinco pessoas estão na faixa etária de 10 a 19 anos, sendo que 85% habitam países em desenvolvimento (WHO, 2006). Brasil, 21% do total da população está nesta faixa etária (IBGE, 2002). A adolescência é considerada um dos períodos mais saudáveis da vida humana, porém é reconhecido o aumento dos índices de mortalidade em acidentes, suicídios, violência, complicações na gestação e outras doenças que podem ser prevenidas ou tratadas. O objetivo deste estudo é investigar as situações de risco e de proteção à saúde e à vida, vivenciadas por um grupo de adolescentes de baixa renda. É um estudo descritivo qualitativo, realizado na Comunidade São Remo, município de São Paulo, caracterizada pela pobreza e violência. O método utilizado para a coleta de dados foi o grupo focal. Participaram 20 adolescentes, divididos em dois grupos, um de 12 a 14 anos e outro de 15 a 18 anos, foram realizadas três reuniões com cada grupo. As reuniões foram gravadas, posteriormente transcritas e os conteúdos foram analisado, segundo os propostos de Bardin (1977). Os resultados da pesquisa demonstraram que situações de riscos à saúde estão presentes na fragilidade do suporte familiar, violência física causada por terceiros (com ênfase na violência policial), violência psicológica, situações de exclusão social vivenciadas na escola, uso de drogas e condutas transgressoras. Os fatores de proteção detectados foram: família com ênfase na mãe, religiosidade, professor como referência e projetos futuros. Os resultados demonstram que as situações de risco à saúde são mais evidentes do que de proteção para este grupo de adolescentes de baixa renda.

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O objetivo principal desta pesquisa foi investigar eficácia adaptativa de mulheres que vivenciaram abortamento e freqüentam um Ambulatório de Reprodução Humana. Os objetivos específicos foram: avaliar a eficácia adaptativa; identificar as repercussões psicológicas destes abortamentos. O instrumento utilizado foi a entrevista clínica preventiva- EDAO (Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada). Participaram do estudo 10 mulheres que freqüentavam um Ambulatório especializado em Reprodução Assistida. Os resultados deste trabalho revelaram que o abortamento teve uma repercussão importante no mundo interno e externo das mulheres que participaram desta pesquisa. Os abortamentos provocados e espontâneos são relatados com intensa angústia, tristeza, culpa e sentimentos de inferioridade. No caso do abortamento espontâneo predomina o medo de perder novamente, e no caso de aborto provocado, predominam sentimentos de culpa. As pacientes, de forma geral, apresentam intensa angústia e expectativa em relação ao tratamento; porém a experiência do tratamento para engravidar, somado à experiência anterior de abortamento, intensificou as angústias dessas mulheres. A psicoterapia breve operacionalizada pode auxiliar a paciente a lidar de forma mais adequada com os conflitos vividos no tratamento. E no caso específico deste estudo, auxiliar também a elaboração das perdas anteriores. Este estudo trouxe questionamentos relevantes sobre a vivência emocional de mulheres que buscam tratamento para engravidar e já sofreram abortamento espontâneo ou provocado. A realização de outros estudos é fundamental para maior compreensão do tema.(AU)

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Este estudo teve como objetivos: caracterizar uma amostra de pacientes inseridos num programa de fertilização in vitro; avaliar a eficácia adaptativa de homens e mulheres inseridos neste programa; analisar dois casos clínicos representativos da amostra, quanto aos micro e macro fatores indicadores de adaptação psicológica. Os dados foram coletados num Centro de Reprodução Humana, tendo sido selecionados 65 homens e 65 mulheres, num período de março a outubro de 2002 e caracterizados segundo dados sócio-econômico-culturais. Foram extraídos 57 pares, sendo 57 homens e 57 mulheres diagnosticados pela Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada representando a maior concentração de casos com diagnóstico médico de mulheres inférteis e homens férteis, dos quais foram realizados os diagnósticos adaptativos. Depois, foram selecionados dois casos um homem e uma mulher, representativos deste grupo, que foram estudados em análise qualitativa, clínica, seguindo-se os pressupostos da teoria da adaptação. Os homens encontravam-se em faixa etária de 23 a 56 anos e as mulheres de 23 a 45 anos. Em relação ao diagnóstico, houve as seguintes concentrações: os homens (64,9 %) foram classificados no Grupo 2 Adaptação Ineficaz Leve e as mulheres (52,6 %) no Grupo 4 Adaptação Ineficaz Severa. Durante o diagnóstico, verificou-se que 20,2 % dos sujeitos estavam em crise, sendo 8,8 % dos homens e 31,6 % das mulheres. No estudo de caso representativo sendo H = Grupo 2 em condição adaptativa melhor do que a sua parceira que se encontrava no Grupo 4, verificou-se, que neste homem sua adequação nos setores era: Afetivo-Relacional - resposta pouco adequada; Produtividade - resposta adequada; Sócio-Cultural - resposta adequada, e Orgânico - resposta adequada. Sua parceira, entretanto, com diagnóstico do Grupo 4 Adaptação Ineficaz Severa sem crise, apresentou resposta pouquíssima adequada no setor Afetivo-Relacional, resposta pouco adequada no setor Produtividade, resposta pouco adequada no Sócio-Cultural e resposta pouco adequada no Orgânico. Concluímos que os homens desta amostra possuíam melhor eficácia adaptativa em relação às mulheres durante o processo de fertilização in vitro. Levantamos a necessidade de acompanhamento psicológico preventivo ante possível entrada em crise e de intervenções específicas para o momento de crise.

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Este trabalho teve como objetivo principal investigar o sentimento de solidão e a saúde mental de mulheres casadas, procurando comparar a maneira de compreender e vivenciar este sentimento em mulheres solteiras e casadas, bem como verificar em que medida este sentimento pode ser mitigado pela presença do outro no casamento (coabitação) e em que condições isto ocorria. Partiu-se da hipótese de que esse sentimento é compartilhado por todas as pessoas, já que o ser humano é uno e individual. Logo, a separação eterna do outro, que se inicia quando o bebê percebe que é diferente da mãe e, assim, um indivíduo único, está associado a uma sensação de solidão que acompanha o ser humano por toda a vida. Desta forma, é muito comum ver pessoas se envolver em relacionamentos para diminuir este sentimento, que se vê intensificado a cada dia em função da superficialidade dos vínculos emocionais. A presença de outrem pode ser aproveitada numa relação interpessoal quando se diminui a intensidade da hostilidade, associada ao sentimento de solidão. O antídoto contra tal sentimento vem do fortalecimento do auto-conhecimento, da autonomia, e da amizade por um companheiro que mostra aceitação incondicional pelo verdadeiro self. Para análise deste sentimento em mulheres casadas, foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa com mulheres solteiras e universitárias. A escolha da amostra foi aleatória e por conglomerado, em três estágios. Participaram do estudo 184 mulheres, 38% casadas, 7,6% separadas e 52,7% solteiras. Da pesquisa quantitativa foi possível analisar que a percepção das mulheres sobre a solidão vem, em muitos aspectos, de encontro com a teoria psicanalítica. Pelas respostas encontradas percebeu-se que a grande maioria das participantes tem um baixo sentimento de solidão (58,7%) e 41,3% se classificaram com um escore de alto a médio sentimento de solidão, nestes dois grupos a maioria são de mulheres casadas e separadas, sendo que quanto mais nova a mulher maior a tendência a buscar um relacionamento para fugir da solidão, sendo entre as casadas também que isto ocorre com mais freqüência. A partir destes escores, 18 mulheres foram convidadas a participar de uma entrevista diagnóstica. Destas dezoito, seis mulheres apresentavam alto sentimento de solidão, sendo duas casadas, duas solteiras e duas separadas. Da mesma forma as mulheres com média e baixa solidão. Os resultados encontrados nestas entrevistas foram que todas as mulheres que apresentaram um alto sentimento de solidão demonstram uma adaptação ineficaz perante a vida, enquanto que aquelas que apresentaram médio ou baixo sentimento de solidão dificilmente apresentam adaptação ineficaz. Do grupo de médio sentimento de solidão, três mulheres apresentaram adaptação eficaz, e do grupo de baixo sentimento de solidão apenas uma participante apresentou adaptação ineficaz leve. Com isso concluímos que a solidão, quando em alta medida, além de dolorosa indica uma grande dificuldade do indivíduo em lidar com seus aspectos emocionais e produtivos, necessitando de ajuda psíquica.

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O número de catadores, caminhoneiros e trabalhadores informais que utilizam o trabalho com o lixo como forma de sobrevivência cresce em todo país. Sabe-se que esse tipo de trabalho oferece vários riscos à saúde física: no entanto, há poucos estudos sobre os efeitos que pode ocasionar na saúde mental. Diante disso, o presente estudo, de caráter exploratório, teve como objetivo compreender o sofrimento psíquico decorrente do trabalho de manuseio e triagem de resíduos sólidos recicláveis em trabalhadores de uma corporativa de reciclagem da região metropolitana de São Paulo. O referencial teórico utilizado foi a Psicodinâmica do Trabalho, disciplina clínica e teórica que se sustenta na descrição e no conhecimento das relações entre trabalho e saúde mental. Utilizou-se também o método específico da Psicodinâmica do Trabalho, regido pelos princípios da pesquisa-ação, que liga a intervenção à pesquisa. A coleta de dados se deu através da criação de um grupo de expressão, em que foram abordadas questões ligadas às vivências e experiências dos trabalhadores que manuseiam resíduos sólidos recicláveis. A análise dos dados mostra que a organização do trabalho neste caso torna-se pano de fundo para a problemática do sofrimento psíquico, uma vez que, na cooperativa, os trabalhadores têm certo controle sobre a realização da tarefa, podendo interferir no processo de trabalho. Constatou-se ainda que o sofrimento psíquico decorrente do trabalho assume diversas formas: a negação do risco à saúde física decorrente da precariedade e insalubridade do trabalho, que se concretiza pela não-utilização dos equipamentos de segurança (EPI) e por maus hábitos de higiene: a negação da dificuldade em manusear o lixo, pela busca de vantagens na atividade realizada que ajudem a suportar o contato com o que é sujo e desvalorizado e pela luta para manter-se no trabalho, que proporciona a cooperação entre os sujeitos - sendo a solidariedade e a cooperação as características mais marcantes nas relações entre esses trabalhadores. Entende-se que o trabalho realizado tem grande importância social, mas é preciso atentar para o fato de que o problema da destinação do lixo não pode superar a problemática dos efeitos sobre a saúde dos trabalhadores. Esse quadro só poderá ser alterado com melhores condições de trabalho e, principalmente, com o reconhecimento da atividade como algo fundamental para a sociedade e que, como tal, deve ser valorizado.(AU)

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A situação de violência vivenciada por homens e mulheres pode ser considerada como uma das maiores violação de direitos humanos. Considerando a escassez de estudos sobre o tema, ponderamos à importância de caracterizar uma amostra de homens e mulheres em situação de violência doméstica; avaliação de qualidade de vida e a prevalência de depressão e variáveis sociodemográficas. Foram entrevistados 68 homens e 75 mulheres que responderam ao Whoqol-bref, Inventário Beck de Depressão, o questionário ABIPEME e a um questionário para traçar o perfil desta amostra. Os homens quando comparados às mulheres apresentaram melhor qualidade de vida exceto no domínio físico. Houve diferença significativa dos níveis de depressão entre os grupos, sendo que as mulheres apresentaram maior nível de depressão. Apesar da situação de violência doméstica observou-se que continuam morando juntos por períodos de até mais de 10 anos.(AU)

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O câncer em crianças até cerca de duas décadas, era considerado uma doença crônica, com prognóstico desfavorável, resultando na maioria dos casos, em morte. Atualmente, tem-se apresentado como uma doença com melhores perspectivas, onde 70% das crianças acometidas por essa doença podem ser curadas, quando diagnosticadas precocemente, e tratadas em centros especializados¹. Este estudo teve como objetivo, avaliar a qualidade de vida e o stress de crianças e adolescentes com câncer, em remissão e recidiva. Trata-se de um estudo correlacional, quali-quantitativo, transversal. Foi desenvolvido no ambulatório de oncologia pediátrica da Faculdade de Medicina do ABC, e na enfermaria do Hospital Mário Covas. Contou com a colaboração de 40 sujeitos, com idades entre 06 a 14 anos, de ambos os sexos. Como instrumento para medir a qualidade de vida, foi utilizado o Child Health Questionnaire (CHQ-PF50), que possui 15 conceitos em saúde, abrangendo aspectos físicos e psicossociais e para medir o stress, a Escala de Stress Infantil (ESI), que tem como objetivo, avaliar o stress da criança, através de reações físicas e psicológicas. Os resultados indicaram que no domínio físico (PhS), as crianças em situação clínica de recidiva e remissão não apresentam diferenças significativas em relação às variáveis: qualidade de vida e stress, porém, no domínio psicossocial (PsS), houve diferença estatisticamente significante, indicando que os meninos apresentam melhor qualidade de vida e menor stress, se comparados com as meninas, mostrando que o emocional interfere nesse resultado.(AU)

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O presente trabalho visa estudar a eficácia adaptativa dos herdeiros de empresa familiar, segundo a teoria da adaptação de Ryad Simon. Os objetivos foram: 1. investigar a eficácia adaptativa dos herdeiros de empresa familiar; 2. descrever aspectos da dinâmica adaptativa dos herdeiros; 3. descrever aspectos da dinâmica familiar internalizada pelos herdeiros de cada família; 4. investigar as repercussões obtidas pela análise da eficácia adaptativa de cada herdeiro no contexto da empresa familiar. O método utilizado foi clínico e a técnica, a entrevista clínica preventiva. Foram entrevistados sete herdeiros de duas diferentes empresas familiar, todos os herdeiros atuam profissionalmente nelas. Os dados das entrevistas foram avaliados clinicamente por meio da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (EDAO), e análise dos fatores, segundo Teoria da Evolução da Adaptação, de Ryad Simon. Os resultados encontrados foram: 72% (5 herdeiros) encontraram-se classificados no grupo 4 Adaptação Ineficaz Severa, 14% (1 herdeiro) no grupo 5 Adaptação Ineficaz Grave, e 14% (1herdeiro) no grupo 3 Adaptação Ineficaz Moderada em CRISE. Na análise destes resultados verificou-se a importância central do setor Afetivo-Relacional, 100% dos herdeiros foram classificados com respostas pouquíssimo adequadas, e o que mesclou as diferentes classificações, descritas acima, foi no setor Produtividade. Frente a este diagnóstico percebemos a importância das relações com a figura paterna, presente tanto no lar como na empresa. Na análise dos herdeiros e da dinâmica das duas famílias concluímos que quando a figura paterna comporta-se de forma onipotente e insubstituível, não permite que os filhos cresçam e busquem satisfação no que produzem. Diferente de quando este pai consegue colocar limites, mas gradativamente delega responsabilidades aos filhos, demonstrando confiar neles. Esta postura facilita o encontro da satisfação na área produtiva. Neste estudo ficou evidente que a dinâmica familiar estende-se até a empresarial, desta forma em uma das famílias, cujo pai foi capaz de delegar aos filhos o poder na empresa, a dinâmica na empresa parece ser saudável, permeada por impulsos construtivos. Enquanto a outra, cujo pai mantém o poder na empresa, parece estar muito doente, predominando os impulsos destrutivos na família com repercussão, também, na empresa.

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Este estudo teve como objetivos investigar aspectos da dinâmica intrapsíquica de mães de crianças institucionalizadas em abrigo por ordem judicial, e identificar recursos defensivos utilizados por essas mães. Para atingir estes objetivos, realizou-se uma investigação clínica com estudo de três casos de mães de crianças abrigadas. Foram utilizados dois instrumentos: a) Roteiro de Entrevista roteiro de temas a serem abordados em uma ou mais entrevistas não diretivas de cunho clínico, a fim de auxiliar na investigação da psicodinâmica destas mães. b) Procedimento de Desenho Estória com Tema técnica projetiva que associa o uso de desenhos com estórias, como forma de explorar livre e dinamicamente os conteúdos da personalidade. A técnica permite o estudo das características formais e estruturais da personalidade, pois tem a particularidade de facilitar a expressão de aspectos inconscientes relacionados a pontos de angústias presentes, focos conflituosos e perturbações emergentes. Estes procedimentos foram realizados nas dependências da instituição (abrigo) onde as crianças estavam hospedadas. Os principais resultados comuns aos três casos foram: Ambigüidade e os Impeditivos de Crescimento a primeira mãe entrevistada ao mesmo tempo ataca a mãe que a abandona (mãe biológica e a mãe adotiva), em busca de uma mãe idealizada. Essa ambigüidade a impede de crescer. Nota-se a mesma tentativa de idealização na segunda mãe estudada que demonstra dificuldade em aceitar a atual situação em que vive e não consegue perceber que a aproximação de sua mãe é por causa da doença que ela adquiriu e não por continência. A terceira e última mãe entrevistada demonstra conteúdos persecutórios diante do abrigamento dos filhos e dificuldade de sentir gratidão. Os mecanismos predominantes que aparecem nos três casos são os de: idealização e regressão a estágios primitivos. Nota-se ainda, depressão, dificuldade de elaboração da posição depressiva. Estas mães não conseguem vivenciar continuamente a realidade psíquica, que implicaria na elaboração da posição depressiva, pois não conseguem fazer, ainda que tentem, uma comparação entre os mundos interno e externo, o que as levariam à uma melhor compreensão das semelhanças e diferenças. De modo que, a figura dos pais (principalmente da mãe) fica cindida entre aterrorizante e idealizada, porém os mecanismos predominantes são suas fantasias que propiciam idealização; identificação projetiva maciça. A persecutoriedade e a culpa, ao mesmo tempo parecem indicar a depressão que pode ser tão forte que levam à intensificação destes sentimentos. Há a presença da inveja que também intensifica as angústias persecutórias, requerendo mecanismos de defesa que violentam as funções psíquicas.(AU)

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Essa pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade de vida e a qualidade da eficácia adaptativa em estudantes universitários. O estudo foi realizado com 330 participantes e o delineamento transversal. A amostra foi composta por estudantes das 03 áreas: ciências biológicas, exatas e humanas e sociais do centro universitário de Itajubá-MG. os instrumentos utilizados foram: questionários de qualidade de vida WHOQOL-bref e da Escola Paulista de Medicina (EPM) e a entrevista que foi avaliada através da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (EDAO), elaborada por Simon (1989;1998). Os resultados foram obtidos por meio de análise estatística descritiva. A análise dos dados obtidos da amostra total (n=330), quanto aos domínios e a qualidade de vida global QVG, mostraram que a qualidade de visa geral - QVG (16,37) e o domínio das relações sociais (15,73) apresentaram as médias mais altas. Enquanto a menor média (12,95) foi a do domínio físico. Analisando os resultados representados pelas médias de cada área, nota-se que a QVG tem valores mais altos da Ciências Biológicas (16,72), da Ciências Exatas (16,27) e, da Ciências Humanas e Sociais (15,91). Quanto aos domínios da qualidade de vida, considerando a média de cada área, observou-se que os valores mais altos são do domínio das relações sociais distribuídos da seguinte forma: Exatas (15,86), Biológicas (15,84) Humanas e Sociais (15,29). E os menores valores considerando os domínios da qualidade de vida por área foi o do domínio físico: Humanas e sociais (12,68), Exatas (12,91) e Biológicas (13,14) verificou a relação entre o questionário EPM e os domínios e a QVG e observou-se que há uma associação com os domínios (p=<0,0001), sendo a maior correlação (r=-0,51) no domínio psicológico. Para análise das respostas do questionário de triagem EPM, foi utilizado o critério P (10) e P(50) (percentil) considerando o total de resposta SIM possíveis das 76 que compõem o questionário. Sendo P(50) a soma de SIM igual ou maior do que esse valor (38) e P(10) e igual ou menor que o valor 07. De acordo com os resultados dos 330 estudantes que tendo tendência de serem classificados pela EDAo, como estando com adaptação ineficaz ou em crise, foram 12. Quanto aos falsos negativos o total foi de 73, isto é aqueles que obtiveram a soma de sim igual ou menor que 07. E 245 estão fora do percentil de corte, tendo a possibilidade de eles serem classificados, com estando com adaptação eficaz. Para a avaliação da eficácia adaptativa realizou-se 01 entrevista clínica preventiva em cada estudante sendo 03 dos estudantes que obtiveram P(50) e 03 P(10). os resultados mostraram que um (01) obteve o diagnóstico de adaptação ineficaz leve (Grupo 2), dois foram diagnosticados Adaptação ineficaz moderada (Grupo 3), e os três com diagnóstico de adaptação ineficaz severa. Concluímos que o conhecimento sobre a qualidade de vida e a eficácia adaptativa em estudantes universitários possibilita a sistematização de programas direcionados à saúde mental no campo acadêmico.

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O trabalho desenvolvido com adolescentes, pensando na promoção de sua saúde, bem como em seu desenvolvimento saudável por meio de espaços que atendam suas necessidades, tem sido de responsabilidade também de organizações sociais. Em especial, quando se tem o objetivo de prepará- los para o mundo do trabalho, porém com uma proposta mais ampla, ou seja, como uma preparação para suas relações na vida, pela passagem de um processo de aprendizagem, de amadurecimento, por meio da construção de ações significativas para vida. Esta é a proposta do Centro de Orientação ao Adolescente de Campinas COMEC , organização não governamental, que conta com um Progr ama de Aprendizagem Profissional- PAP . Sendo assim, esse estudo tem como objetivo caracterizar, por meio de prontuários, uma amostra de 280 adolescentes, compreender a percepção deles no processo vivido e identificar as expectativas na admissão, demissão e desligamento do programa - PAP. A pesquisa teve como participantes adolescentes de 14 a 17 anos, do gênero feminino e masculino, do ensino fundamental e médio (7ª série E.F até 3ª série E.M). Os formulários foram preenchidos em três momentos: primeiro quando o adolescente participava da seleção para ingressar no programa, segundo, quando ele iniciava o trabalho na empresa e no término do contrato do adolescente com o programa. Os resultados obtidos por meio dos prontuários dos adolescentes mostraram que a percepção que eles têm a respeito do programa é positiva. Perceberam-se sentimentos de medo, insegurança, alegrias e desejos a respeito das atividades que os preparam para a inserção no mercado formal de trabalho, e o quanto o acompanhamento pelo programa permite outro olhar para esta inclusão. Ainda que o trabalho juvenil não seja a solução para as necessidades econômicas de muitas famílias, o trabalho educativo tem sido visto como uma forma de permitir que o adolescente vivencie sua primeira experiência de trabalho, respeitando sua condição de pessoa em desenvolvimento. Porém, em alguns casos, acabam por contribuir de forma significativa no orçamento familiar.(AU)

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Este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento das intervenções que são realizadas pelos psicólogos que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Grande ABC, bem como traçar um perfil destes profissionais. Pretendeu-se fazer na Região do Grande ABC este levantamento, baseando-se na tradição que a Psicologia tem de pesquisar-se como profissão, nos últimos trinta anos. A análise dos dados da pesquisa se deu através de quatro categorias levantadas a partir das mudanças que o exercício da profissão nas UBS requer: 1) do âmbito do atendimento, do individual para o coletivo; 2) do atendimento em consultório para instituição pública; 3) do enfoque do trabalho, do curativo para o preventivo; 4) da área de atuação, da saúde mental para a psicologia da saúde. Os resultados apresentados são oriundos de trinta e oito entrevistas realizadas com psicólogos das UBS s da Região do Grande ABC, no decorrer do ano de 2002, que trazem as dificuldades para o desenvolvimento das atividades. Dentre elas, destaca-se as de ordem política, econômica e social, que independem do desejo dos profissionais. Além destas, constatou-se dificuldades frente à formação profissional e à compreensão do papel e da função do psicólogo nas UBS s.