994 resultados para Leishmaniose Visceral, diagnóstico
Resumo:
Em 1992, foi obsewada lesão cutânea por Leishmania em um cão do município de Sabará, Minas Gerais, onde já haviam sido registrados casos humanos de leishmaniose tegumentar. O parasita foi caracterizado como pertencente ao subgênero Viannia, ao qual pertence a Leishmania braziliensis, principal espécie encontrada tia região sudeste do Brasil. Com o objetivo de determinar o papel do cão no ciclo de transmissão da doença, foi realizado um inquérito canino na área. Foram examinados 631 cães, sendo a soroprevalência para leishmaniose igual a 3,2%. Foi observada a proximidade ou presença no mesmo domicílio de cães e pessoas doentes. Este aspecto fala a favor da transmissão domiciliar ou peridomiciliar, com o cão infectado podendo atuar como fator de risco nesta área periurbana. Entretanto, a baixa soroprevalência encontrada deve-se provavelmente ao pequeno papel deste animal na transmissão da doença neste foco recente da doença.
Resumo:
Descreve-se caso de um paciente adulto, portador de forma crônica multifocal grave de paracoccidioidomicose, cujo diagnóstico etiológico foi feito pelo achado do fungo em aspirado de medula óssea, a partir da obsemação direta e da mielocultura. Os autores destacam a importância destes exames na propedêutica de pacientes suspeitos de portarem a forma sistêmica da micose.
Resumo:
Relatamos o caso de um paciente do sexo mascidino, dezoito anos de idade, procedente de Xapuri no Estado do Acre (Brasil), com história de episódios repetidos de meningoencefalites (três num ano), acompanhadas no local de origem. Em nosso serviço, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, obsewamos um quadro de poliartralgias, alterações radiológicas e broncoscópicas pulmonares e sinais neurológicos de irritação tneníngea e de comprometimento do tronco-encefãlico (com tomografia axial de crânio e exames liquóricos normais), acompanhando-se de eosinofilia periférica e títulos sorológicos elevados para Toxocara canis (EIISA). Consubstanciada a hipótese diagnostica de toxocaríase (larva migrans visceral - IMV), procedeu-se ao tratamento com tiabendazol, ocorrendo remissão clínica e laboratorial completa. Um mês após, ocorreu novo episódio de cefaléia acompanhada por rigidez de nuca (que remitiu em três dias com dexametasona) e, a partir daí, não mais obsewamos quaisquer alterações clínicas ou laboratoriais em cerca de três anos e meio de acompanhamento ambulatorial.
Resumo:
Com o objetiiro de identificar a espécie de Leishmania envolvida nas afecções cutâneas de indivíduos residentes nos municípios de Cosmópolis e Indaiatuba, região de Campinas, Estado de São Paulo, correlacionamos dados clínicos, histopatológicos e testes de bibridização in situ. Os expressivos índices de incidência de leishmaniose tegumentar americana obsewados nesses municípios nos levaram a iniciar esses estudos. Nesse trabalho, apresentamos os dados relativos a seis indivíduos. As características das lesões, ulceradas, de dificil cicatrização e presentes em locais expostos do corpo sugeriram quadros de leishmaniose tegumentar americana. Os testes de intradermoreação de Montenegro, positivos em cinco dos seis pacientes analisados também reforçaram a suspeita de leishmaniose tegumentar americana. Os padrões histopatológicos, como reação exsudativa celular e granulomatosa e a dificuldade de isolamento dos parasitas obtidos de biópsias de lesões são compatíveis com aqueles descritos para Leishmania (Viannia) braziliensis. Em testes de bibridização in situ do DNA do cinetoplasto de amastigotas das lesões dos seis pacientes, obseivamos que quatro deles apresentavam sinais de bibridização com a sonda de L. (Viannia) braziliensis, confirmando as suspeitas de que a Leishmania responsável pelas afecções cutâneas nos pacientes analisados era do subgenêro Viannia e do complexo braziliensis.
Resumo:
Com o objetivo de comparar a eficácia, a tolerabilidade e a toxicidade do antimoniato de meglumina, do sulfato de aminosidine e do isotianato depentamidine no tratamento de lesões cutâneas primárias causadas por Leishmania (Viannia) braziliensis foi realizado um estudo de campo, aberto, randomizado, na área endêmica de Cone de Pedra-Bahia. De outubro de 1992 a janeiro de 1993, foram tratados 46 pacientes, distribuídos em três grupos dois de 15 e um de 16 pacientes. Todos os pacientes realizaram exames clínico, parasitológico, histopatológico e imunológico, como critério diagnóstico. Todos os pacientes foram tratados pela via intramuscular. O Grupo 1 recebeu pentamidina na dose de 4mg/k.g/dia, em dias alternados, no total de 8 aplicações; o Grupo 2 aminosidine na dose de 20mg/k.g/dia, por 20 dias; o Grupo 3, meglumina na dose de 10mg/kg/dia, por 20 dias. Definiu-se como falha terapêutica a permanência de lesões ulceradas, após quatro meses de tratamento. Ocorreram cinco casos de falha terapêutica assim distribuídos: dois casos no Grupo 1, um caso no Grupo 2 e dois no Grupo 3, ao final do primeiro ano de seguimento. Na avaliação após 3 anos foram revistos 15 pacientes, 5 em cada Grupo; exceto um do Grupo 3, todos continuaram curados. Não houve diferença estatística entre os resultados dos três esquemas utilizados.
Resumo:
Dez pacientes com leishmaniose tegumentar americana, acometidos de lesão em mucosa, foram tratados por meio do isotionato de pentamidina na dose de 4mg/kg, em dias alternados, por via endovenosa. A posologia média correspondeu a 2.140mg. A cicatrização das lesões ocoireu em 9 (90%) dos pacientes que completaram o tratamento. Não houve recidiva no período de acompanhamento de 1 a 24 meses (média de 7, 7 meses). Uma paciente interrompeu o tratamento, antes da cicatrização da lesão, por ter desenvolvido diabetes melito. Em 3 (30%) pacientes, o exame de sangue mostrou aumento da uréia e da creatinina e leucopenia, corrigido pelo espaçamento da administração do medicamento. O isotionato de pentamidina é eficiente na cicatrização das lesões, mas hã necessidade de melhor avaliação de seu valor na prevenção das recidivas.
Resumo:
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Química e Bioquímica
Resumo:
Tratamos com ambisome (2 a 5g totais de dose) seis pacientes com leishmaniose mucosa sem resposta a tratamento com glucantime (20mg SbV/kg/dia). A dose diária usada foi 2 a 3mg/kg/dia, aplicada por um mínimo de 20 dias. Após 26 a 38 meses de acompanhamento, cinco pacientes estão clinicamente curados. Um recidivou aos 6 meses. Não foram observados efeitos colaterais além de cefaléia, após a injeção. O ambisome constitue uma opção terapêutica para os pacientes com leishmaniose mucosa sem resposta aos antimoniais.
Resumo:
Foi avaliada a função renal de 11 pacientes com leishmaniose cutâneo-mucosa tratados com antimonial pentavalente na dose de 40mg SbV/kg/dia aplicada de 12/12 horas, em esquema contínuo, durante trinta dias. No estudo, um paciente apresentou insuficiência renal reversível e dois desenvolveram alterações enzimáticas hepáticas e eletrocardiográficas sendo o esquema terapêutico interrompido. Nos demais pacientes observou-se efeitos nefrotóxicos tais como diminuição da taxa de filtração glomerular, diminuição da capacidade de concentração urinária, avaliada por um jejum hídrico de 16 horas e aumento na fração de excreção de sódio. No exame do sedimento urinário observou-se um aumento no número de leucócitos e cilindros. Os resultados encontrados neste estudo sugerem que o tratamento com antimonial pentavalente na dose de 40mg SbV/kg/dia foi menos tolerado em virtude de seus efeitos tóxicos, não parecendo apresentar índice de cura superior ao esquema atualmente preconizado de 20mg SbV/kg/dia.
Resumo:
No presente trabalho, avalia-se a nova fixação de complemento, comparativamente à imunofluorescência indireta, para o diagnóstico da doença de Chagas crônica, utilizando um extrato aquoso de formas epimastigotas do Trypanosoma cruzi e três extratos etanólicos: um de epimastigotas, um de tripomastigotas e outro de amastigotas obtidas de cultura. Empregaram-se 236 amostras testadas por imunofluorescência indireta: 109 positivas (20 com diagnóstico parasitológico) e 127 amostras negativas (96 de doadores de sangue e 31 de portadores de outras patologias). Os resultados mostraram que é possível obter reação positiva em amostras diluídas até 1:16. Os melhores limiares de reatividade encontrados foram a diluição 1:4 para o extrato etanólico de amastigotas e 1:2 para os demais antígenos. Os índices de correlação entre a nova fixação de complemento e imunofluorescência indireta indicaram o extrato etanólico de epimastigotas como o antígeno mais adequado para fins de diagnóstico entre as preparações testadas, tendo apresentado índice de co-positividade com a imunofluorescência indireta de 0,92207 e índice de co-negatividade de 0,90000. Conclui-se que a nova fixação de complemento mostrou-se ser uma microtécnica semi-quantitativa rápida, sensível, barata e de fácil execução, aplicável ao diagnóstico da doença de Chagas crônica.