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Resumo:
O objetivo deste estudo foi realizar a análise financeira e a simulação de risco de investimento em sistemas agroflorestais (SAFs) implantados em 1987, no Campo Experimental da Embrapa Rondônia, localizado no município de Machadinho d'Oeste, RO. A análise financeira foi realizada mediante os métodos de avaliação de projetos florestais, e para a análise de risco utilizou-se a técnica de simulação de Monte Carlo, mediante o programa @RISK. Entre os arranjos testados, o SAF T1 Castanha-do-brasil-banana-pimenta-do-reino-cupuaçu apresentou o melhor desempenho financeiro em relação aos SAFs T2 Freijó-banana-pimenta-do-reino-cupuaçu e T3 Pupunha-banana-pimenta-do-reino-cupuaçu . Os custos com tratos culturais e colheita representaram mais de 70% da composição dos custos totais, e a participação da mão-de-obra foi superior a 50% nas fases de preparo da área e de manutenção (tratos culturais) dos SAFs. A simulação da análise de risco indicou que as variáveis que afetaram o Valor Presente Líquido no Horizonte Infinito (VPL*), de acordo com a ordem de importância (R), foram: taxa de desconto, preço do fruto de cupuaçu (Theobroma grandiflorum), custo de colheita, preço da madeira de castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) e o custo de tratos culturais. Apesar do alto custo de implantação e manutenção, o SAF T1 apresentou uma probabilidade de 15% de os valores do Valor Presente Líquido (VPL) se concentrarem em torno de R$35.000 ha-1.ano-1.
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Este artigo aborda o estudo da influência do tempo decorrido entre mistura e compactação na resistência mecânica de três solos da Zona da Mata Norte de Minas Gerais, Brasil, quando estabilizados com 4% de RBI Grade 81, em relação ao peso de solo seco. Um solo residual maduro (solo 1) e dois solos residuais jovens (solos 2 e 3) de gnáisse foram utilizados no presente estudo. O programa de ensaios de laboratório englobou: (i) tempos decorridos entre mistura e compactação: 0, 4, 8 e 24 horas; (ii) energia de compactação: Proctor Modificado; (iii) período de cura das misturas: 7 dias; e (iv) determinação da resistência mecânica: média de três determinações da resistência à compressão não-confinada. Os resultados desta pesquisa indicam que: (i) o tempo decorrido entre mistura e compactação dos corpos-de-prova influenciou significativamente o parâmetro resistência à compressão não confinada das misturas; (ii) 4 horas foi o tempo ótimo entre mistura e compactação para as misturas dos solos 1 e 2 com RBI Grade 81; e (iii) no solo 3, foi observado um melhor resultado para a compactação imediatamente após a mistura.
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O objetivo deste estudo foi determinar o regime de manejo mais rentável, dentre as variações de idade e intensidades de desbaste, índice de local, taxas de juros, preços de madeira e idades de corte final. Para tanto, utilizaram-se dados de um experimento de desbaste instalado na Empresa Copener Florestal Ltda., Bahia. O sistema de prognose empregado foi desenvolvido por Clutter (1963). O método de avaliação financeira utilizado foi o Benefício Periódico Equivalente (BPE). Os resultados indicaram que o regime com desbaste foi mais rentável economicamente, comparado ao regime sem desbaste. No entanto, à medida que aumentou a intensidade de desbaste, os valores de BPE tenderam a diminuir. Pôde-se observar, também, que menores taxas de juros e maiores índices de local tenderam a aumentar a rentabilidade dos regimes. O regime que proporcionou maior rentabilidade foi o do desbaste realizado aos 4 anos e o corte final aos 9 anos. Não houve influência significativa das variáveis índice de local, taxa de juros e custo de implantação, na determinação do regime mais rentável, ou seja, o regime mais rentável permaneceu sendo do desbaste aos 4 e corte final aos 9 anos. No entanto, a variável preço da madeira do desbaste influenciou a determinação do regime mais rentável, e o aumento no preço de acordo com a idade de colheita resultou em desbaste aos 6 anos e o corte final aos 9 anos, como o regime mais rentável. Da mesma forma, a elevação no preço da madeira do corte final, de acordo com a idade de corte, resultou em desbaste aos 4 anos e corte final aos 12 anos, como o regime mais rentável. A simulação de elevação no preço da madeira do desbaste e do corte final, simultaneamente ao mesmo tempo, gerou como regime de manejo mais rentável o desbaste aos 6 anos e o corte final aos 12 anos. Concluiu-se que houve influência direta das variáveis preço da madeira do desbaste e do corte final na determinação do regime mais rentável.
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Este trabalho objetivou verificar a concentração do mercado internacional de madeira serrada, por meio dos índices de concentração e desigualdade de mercado e das estruturas de classificações de mercado. Utilizou-se como indicador a exportação de 154 diferentes nações nos anos de 1997 e 1999, sendo constatadas a alta concentração e desigualdade do mercado internacional de madeira serrada e a evolução desses parâmetros no período analisado.
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As atividades de extração de areia são de grande importância para o desenvolvimento social, mas igualmente responsáveis por impactos ambientais negativos, alguns inclusive irreversíveis. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo central avaliar qualitativamente os impactos ambientais decorrentes desse tipo de empreendimento. A identificação e caracterização qualitativa dos impactos ambientais foram feitas, utilizando-se o método do ";check-list";. Os resultados por meio do método do ";check-list"; possibilitaram identificar 49 impactos, sendo 36 negativos (73,47%) e 13 positivos (26,53%). A principal conclusão é a de que este estudo pode ser utilizado como referencial teórico para subsidiar o processo de licenciamento ambiental desse tipo de empreendimento.
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Apesar do considerável número de estudos publicados sobre clareiras em regiões tropicais, nenhum deles foi publicado sobre a regeneração de espécies de plantas em clareiras naturais nas florestas inundadas da Amazônia. Essas florestas apresentam forte flutuação do nível dos rios, que pode variar em até 15 m, entre as estações de seca e cheia, inundando extensas áreas ao longo de rios e igarapés. O objetivo deste estudo foi determinar se diferenças na posição das clareiras no gradiente de inundação e conseqüentemente no tempo de inundação anual poderiam afetar os padrões de tamanho, riqueza e composição específica em clareiras naturais. Também, foram amostradas 10 clareiras naturais situadas em diferentes posições do gradiente de inundação do rio Tarumã-Mirim, um afluente do rio Negro, no Estado do Amazonas, Brasil. Houve aumento significativo na área das clareiras, variando de 101 a 1.001 m², em relação ao aumento do gradiente de inundação. Houve, ainda, incremento significativo no número total de espécies regenerando nas clareiras, variando de 14 a 51 espécies, em relação ao aumento do gradiente de inundação. A composição de espécies regenerando nas clareiras foi bastante relacionada com sua posição no gradiente de inundação, e clareiras situadas em regiões sujeitas a longos períodos de inundação são colonizadas principalmente por espécies com grande tolerância à inundação, enquanto as clareiras situadas em regiões submetidas a períodos curtos de inundação são, sobretudo, colonizadas por espécies pouco tolerantes à inundação. Concluindo, a área total, o número e a composição das espécies nas clareiras da floresta de igapó amostrada neste estudo foram relacionados com o gradiente de inundação, demonstrando que o tempo anual de inundação influiu nos parâmetros analisados.
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Este trabalho estudou a variação da composição química na madeira de Eucalyptus grandis de quatro diferentes idades (10, 14, 20 e 25 anos), proveniente de talhões comerciais. As amostras foram coletadas de três discos, retirados da base e das extremidades das duas primeiras toras, de 3 m cada uma, de 16 árvores (quatro para cada idade), totalizando 48 discos. Os valores médios dos teores de holocelulose, lignina e extrativos foram de 69, 27 e 4%, respectivamente. Verificou-se que os teores de extrativos e lignina aumentaram com a idade, com maiores concentrações nos discos próximos da base; verificou-se, também, que o teor de holocelulose diminuiu com a idade, com maiores concentrações nos discos retirados nas regiões superiores do tronco.
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Neste estudo foram analisados os principais componentes químicos da madeira de Pinus oocarpa, cultivado na região do cerrado. A composição química dessa madeira foi: 59,05% de a-celulose, 21,22% de hemiceluloses A e B, 25,18% de lignina, 2,78% de extrativos em diclorometano, 4,38% de extrativos em etanol:tolueno, 4,31% de extrativos em água quente e 1,26% de cinzas. O conteúdo de celulose foi relativamente elevado, indicando que essa madeira possui grande potencial para produção de pasta de celulose. Investigou-se, também, a composição dos extrativos. Os principais constituintes do extrato diclorometano dessa madeira foram os ácidos diterpênicos, além dos ácidos palmítico e oléico. No óleo essencial, extraído por aparelho de Clevenger, os principais componentes identificados foram aromadendreno, ledano, hexadecanal e ácido oléico.
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Este estudo caracterizou a Lignina de Madeira Moída (LMM) proveniente de Pinus oocarpa cultivado na região do Cerrado brasileiro. A LMM foi isolada e analisada por meio das espectrometrias no infravermelho com transformada de Fourier (IVTF), de ressonância magnética nuclear do próton e carbono-13 e por intermédio de métodos químicos de análise por via úmida. A LMM apresentou uma fórmula mínima igual a C9H9,2O2,6(OCH 3)0,8 e massas molares médias em massa (Mw) e numérica (Mn) de 3.969 e 1.133 Da, respectivamente. A LMM dessa madeira se enquadra dentro das ligninas típicas de coníferas.
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As dificuldades quanto ao uso da madeira do eucalipto, na forma sólida, estão baseadas na falta de conhecimentos de como trabalhar corretamente esse material. É preciso conhecer a estrutura da madeira e os parâmetros de usinagem para entender suas relações, que proporcionam os bons resultados em qualidade. O presente trabalho visou verificar as variações no sentido medula-casca de diferentes operações de usinagem e das dimensões das fibras da madeira de Eucalyptus grandis Hill ex. Maiden. A madeira foi proveniente de plantio comercial da Klabin Fabricadora de Papel e Celulose S.A., com 25 anos de idade. Os dados foram avaliados através de análises de variância e testes de médias. Além disso, realizaram-se as correlações de Pearson entre as operações de usinagem e as dimensões das fibras. Foram obtidos diferentes modelos de variação da medula para a casca. Nas operações de usinagem, pôde-se concluir que as condições de corte foram insuficientes para apresentar melhores qualidades das superfícies, podendo detacar as baixíssimas velocidades de corte, que produziram pré-clivagem. A madeira de Eucalyptus grandis apresentou resultados satisfatórios, mas inferiores aos do mogno e da imbúia. A utilização de operações como a moldura no topo (corte 90º-90º), moldura axial ";parada"; (corte 90º-0º) e perfilagem axial sinuosa com faca plana (corte 90º-0º, contra as fibras) permitem apreciar a usinabilidade da madeira, pois esta é usinada sob drásticas condições, podendo mostrar seu verdadeiro potencial.
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The use of 12-year-old Pinus tecunumanii (Eguiluz e Perry) grown in Colombia was evaluated for bleached kraft pulp production. Kraft pulps of kappa number 30 ± 1 were produced, and oxygen delignified and bleached to 90% ISO with ECF processes. The bleached pulps produced under optimum conditions were evaluated with regard to their strength properties. Pinus tecunumanii wood required low effective alkali charge to reach the desired kappa number and the unbleached pulp showed high oxygen delignification efficiency and bleachability when a OD(EO)DED sequence was used. The bleached pulps presented good physical-mechanical properties, which are comparable to those obtained with more traditional pines such as Pinus taeda and Pinus radiata. The results demonstrate that this tropical pine species is a suitable raw material for bleached kraft pulp production
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O crescimento em diâmetro à altura do peito (DAP), altura e volume foi avaliado em plantas de clone de Eucalyptus grandis, submetidas a diferentes intensidades de desrama artificial (altura de 1,0; 1,5; e 2,0 m a partir do solo) e idades de aplicação da primeira intervenção de desrama (20 e 28 meses de idade), em Abaeté, MG. A segunda intervenção de desrama em todos os tratamentos foi realizada aos 33 meses de idade, até atingir 3 m de altura do fuste da planta. Aos 40 meses de idade, observou-se que a desrama artificial não afetou, significativamente (p>0,05), o crescimento em DAP, altura e volume das plantas submetidas à primeira intervenção de desrama aos 20 meses, porém afetou o DAP e o volume quando a primeira intervenção foi realizada aos 28 meses de idade. Observou-se rápida recuperação da copa das plantas desse clone, independentemente do tratamento de desrama. Considerando não ter havido diferença entre tratamentos para o crescimento das plantas que tiveram a primeira intervenção aos 20 meses de idade e que os galhos vivos ainda apresentavam diâmetro reduzido e praticamente não existiam galhos mortos por ocasião da primeira intervenção nessa idade, recomenda-se a aplicação da desrama nesse clone, na região de cerrado, aproximadamente, aos 20 meses de idade, visando obter madeira de melhor qualidade para serraria.
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A crescente demanda por mudas de espécies florestais nativas tem exigido pesquisas relacionadas com o uso de substratos e recipientes, capazes de proporcionar mudas que apresentem elevadas taxas de crescimento inicial e de sobrevivência após o plantio. Este trabalho objetivou avaliar a produção de mudas de Tabebuia impetiginosa (Mart. ex D.C.) Standl (ipê-roxo), em condições acessíveis aos pequenos e médios produtores rurais. O ensaio foi instalado em área experimental localizada no Departamento de Fitotecnia (CCA/UFPB), em Areia, PB. O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso, com 14 blocos. Os tratamentos consistiram da combinação dos substratos: S1 - terra de subsolo e S2 - terra de subsolo + composto orgânico e de sacos de polietileno preto nas seguintes dimensões: I - 20 x 36,5 cm; II -15 x 32 cm; III - 13 x 25,5 cm; e IV - 13,5 x 19 cm. Para todas as variáveis estudadas, o recipiente I e o substrato S2 sobressaíram em relação aos demais. Entretanto, considerando a diferença entre os resultados e a demanda de substrato e mão-de-obra exigida, no primeiro caso recomenda-se o recipiente II com o substrato S2, para a produção de mudas dessa espécie.
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O presente trabalho teve como objetivo o estabelecimento de um protocolo de regeneração in vitro de mudas de Aspidosperma polyneuron (peroba-rosa), a partir de segmentos nodais de material juvenil. Brotações apicais de mudas de dois anos de idade foram desinfestadas com 0,25% de hipoclorito de sódio ou 0,05% de cloreto de mercúrio, durante 10 min, visando ao estabelecimento de culturas assépticas. A indução de brotações múltiplas foi realizada em meio de cultura WPM, suplementado com BAP, ZEA ou CIN (2,2-8,8 miM), no cultivo inicial e nos dois subcultivos subseqüentes. Para indução de brotações alongadas foram testadas as combinações de fitorreguladores: 2,25 miM de BAP, ZEA ou CIN, associadas com 1,25 miM de AIB. A indução de raízes foi avaliada com tratamentos em soluções de AIB (2,5-10 mM), durante 5 ou 15 min. As mudas enraizadas foram transplantadas para casa de vegetação. A desinfestação das brotações apicais foi eficiente com 0,25% de NaOCl ou 0,05% de HgCl2, durante 10 min, obtendo-se 72,89 e 84,10% de sobrevivência, respectivamente. As maiores taxas médias de regeneração de brotações axilares (4 a 5) foram obtidas em meio de cultura suplementado com ZEA ou BAP (4,4-8,8 miM), após o segundo subcultivo. Concentrações mais reduzidas de BAP ou ZEA (2,25 miM) e 1,25 miM de AIB proporcionaram, em média, três brotações mais alongadas (1,5-2,5 cm de comprimento). Tratamentos com soluções de 10 mM de AIB, durante 15 min, foram eficientes na indução de raízes (80%), e as mudas transplantadas apresentaram taxas de sobrevivência superiores a 90% em casa de vegetação.
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Sementes de Caesalpinia peltophoroides (Leguminosae Caesalpinioideae) - sibipiruna - foram colocadas para embebição por 144 h, sendo retiradas amostras para análise de proteína, quantificações da atividade de alfagalactosidase e de açúcares presentes na micrópila. A germinação iniciou-se com 96 h de embebição, sem que fossem detectadas modificações na parede celular da micrópila. Nesta, observou-se maior proporção de arabinose, que mostrou tendência de aumento com o decorrer da embebição. A atividade específica da alfagalactosidase foi detectada em sementes secas, tanto no eixo embrionário quanto nos cotilédones, aumentando no primeiro a partir de 24 h de embebição. O aumento da atividade nos cotilédones foi mais lento, sendo mais acentuado a partir de 120 h de embebição. O teor de proteína decresceu continuamente no eixo embrionário a partir de 24 horas de embebição, enquanto se manteve estável nos cotilédones. A atividade da alfagalactosidase foi máxima nas temperaturas de 55 e 50 ºC para o eixo embrionário e para os cotilédones, respectivamente. O pH que mais estimulou a atividade da enzima foi na faixa de 5,5 a 6,0 para o eixo embrionário e na de 4,5 a 5,0 para os cotilédones. As alfagalactosidase do eixo embrionário e dos cotilédones foram inibidas por SDS, CuSO4, galactose e melibiose. Não houve efeito estimulante sobre a atividade da alfagalactosidase do eixo embrionário por nenhum dos efetores, enquanto o mercaptoetanol estimulou a atividade da enzima dos cotilédones. Os K M para o substrato ro-NPGal para a alfagalactosidase do eixo embrionário e dos cotilédones foram de 1,74 e 2,64 mM, respectivamente.