1000 resultados para Enfermagem em Saúde
Resumo:
A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, sendo grande a responsabilidade da enfermagem na atenção aos hipertensos. Objetivou-se, portanto, avaliar o conhecimento sobre hipertensão e seu tratamento com a equipe de enfermagem, antes e após onze intervenções educativas. Utilizou-se questionário abordando aspectos teóricos ligados ao conhecimento sobre hipertensão em enfermeiros (5), técnicos (2), auxiliares (11) e agentes comunitários (37), de duas Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo. Para análise estatística utilizou-se o teste T de Student, análise da variância e p<0,05. Verificou-se aumento no conhecimento após as intervenções educativas para o grupo formado por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem (84,6±12,0% vs 92,7±15,0%, p<0,05), enquanto que para agentes comunitários de saúde não houve mudança significante (80,8±12,2% vs 83,5±24,0%). Portanto, conclui-se que as ações educativas foram efetivas e que devem ser implementadas junto à equipe de enfermagem, considerando que elas podem influenciar no aprimoramento da assistência às pessoas hipertensas.
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Este estudo descritivo objetivou: caracterizar unidades de clínica médica-cirúrgica de um hospital filantrópico, e a equipe de enfermagem lotada nestas unidades; identificar o perfil assistencial da clientela e investigar o tempo de assistência dispensado aos pacientes pela equipe de enfermagem. Os dados foram coletados a partir de documentos dos Departamentos de Pessoal e de Enfermagem, e aplicação de instrumento de classificação de pacientes. Para cálculo das horas de assistência, utilizou-se equação proposta pelo Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH). Os achados evidenciaram relação de 1:1 profissional de enfermagem/leito e variação de 0,10 a 0,21 enfermeiros/leito. Os pacientes demandaram, predominantemente, cuidados mínimos (47,1% a 79,6%) e intermediários (17,7% a 38,6%) e o tempo médio dispensado pela equipe de enfermagem variou de 4,1 a 5,1 horas. Os valores mostraram que as horas de assistência dispensadas pela equipe de enfermagem estavam insuficientes para atender à complexidade assistencial dos pacientes.
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O objetivo do estudo foi relatar a experiência da Educação Permanente em Saúde na atualização da equipe de saúde de uma Unidade Básica de Saúde para a atenção integral e humanizada às pessoas com diabetes tipo 2. A metodologia de escolha para a capacitação das equipes de saúde foi a Educação em Permanente em Saúde, por meio de oficinas educativas em diabetes com enfoque na problematização do processo educativo e profissional. Buscou-se, assim, construir um programa de educação em diabetes visando a modificar e a reori-entar a prática da equipe de saúde. A Educação Permanente contribuiu para a integração dos indivíduos, fortificou o comprometimento profissional e desenvolveu a consciência de grupo. A experiência de inserir o ensino no cotidiano das equipes de saúde favoreceu o progresso da integração entre universidade, serviço e comunidade, favorecendo o planejamento e organização do programa educativo, valorizando a interdisciplinaridade.
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Trata-se de um estudo transversal e comparativo, que objetivou descrever as características demográficas, socioeconômicas e de saúde de idosos que realizam trabalho voluntário em uma Organização Não Governamental de Porto Alegre, e investigar a influência do trabalho voluntário e suas características sobre a autopercepção da saúde desse grupo de idosos, comparando-o com um grupo pareado de idosos que não realizam trabalho voluntário. Verificou-se, por meio de entrevistas, que 87,4% dos idosos voluntários eram mulheres, com ensino médio completo, renda própria e adeptos a práticas religiosas e de saúde. Quando comparados os dados dos grupos de idosos voluntários e não-voluntários, foi mais frequente o relato de autopercepção da saúde ótima nos voluntários (30,5% versus 6,1%, p=0,054). Pela análise multivariada, realizar trabalho voluntário e possuir um número menor de doenças influenciaram a autopercepção positiva da saúde (p<0,05). Os resultados fornecem subsídios para a hipótese de que o trabalho voluntário atue como um mecanismo de promoção da saúde desses idosos.
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Este artigo discute as representações sociais de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) acerca do consumo de drogas, como recorte de um estudo qualitativo de cunho etnográfico, cuja produção dos dados ocorreu no período de janeiro/2006 a janeiro/2007. Um conjunto de técnicas foi aplicado para profissionais que atuam numa Unidade Básica de Saúde de Salvador-BA, dentre eles 22 ACS. A Teoria das Representações Sociais foi adotada como eixo teórico, e gênero como categoria de análise. Os ACS reconhecem a proximidade e o envolvimento das mulheres com o fenômeno das drogas na comunidade onde moram e atuam, porém não adotam em seu trabalho nenhuma ação direcionada para tal problemática. As representações sociais apreendidas reproduzem estereótipos e preconceitos em relação às drogas e às pessoas usuárias de drogas, vinculadas, sobretudo, ao sexo e classe social, assinalando a invisibilidade do consumo de drogas como um problema de saúde para o grupo estudado.
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Neste estudo analisamos a gerência das Unidades Básicas de Saúde no controle da Tuberculose em um município do interior de São Paulo. Participaram do estudo 14 gerentes; a coleta dos dados foi realizada por meio de um questionário fechado e uma questão aberta, e também por meio de entrevista com consentimento livre e esclarecido. Para o tratamento dos dados, utilizamos o Programa Statística 8.0 da Statsoft, e para os dados qualitativos, utilizamos a técnica de análise de conteúdo, modalidade temática. Fica explícita uma gerência técnico-burocrática, com debilidades nas dimensões do planejamento e organização das atividades dos serviços de saúde. Assim, os gerentes desta investigação necessitam incorporar aspectos do planejamento e organização como forma de viabilizar a política de controle da TB.
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O objetivo da investigação foi conhecer a prática da enfermeira em auditoria em saúde. A concepção de análise adotada foi a da hermenêutica-dialética, e foi desenvolvida em três lócus: a auditoria interna de uma organização hospitalar; a auditoria externa de um comprador privado de serviços de saúde, e o sistema de auditoria do âmbito estadual do Sistema Único de Saúde (SUS), na Bahia. Foram entrevistadas nove enfermeiras auditoras. Na auditoria do SUS, as enfermeiras expressaram satisfação no exercício desta prática e valorização de seu papel profissional. Na auditoria privada - interna e externa às organizações de saúde - as ações das enfermeiras se direcionam para atender aos interesses de seus contratantes, e pouco se relacionam com a assistência prestada pela equipe de enfermagem e com as necessidades dos usuários dos serviços.
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Os objetivos deste estudo foram: identificar as representações acerca dos fatores desencadeadores do estresse, atribuídos pelos profissionais de enfermagem, na atividade laboral; e discutir a influência destes na sua atividade laboral. Optou-se por um estudo descritivo com abordagem qualitativa, para o qual foram utilizadas as premissas das Representações Sociais, tendo os estudos realizados como referencial de análise. Para coleta utilizou-se como instrumento entrevista semiestruturada e individual. A análise foi através da técnica de análise de conteúdo, a fim de buscar elementos para a compreensão das imagens como representações dos profissionais de enfermagem, o significado dos fatores estressantes, e sua influência na atividade laboral. A população estudada vive e convive com a falta de condições de trabalho, escassez de recursos materiais e humanos, e ainda com pessoal não treinado; o trabalhador sente-se insatisfeito, com fadiga mental e física - situações que podem propiciar o aparecimento do estresse no desempenho das atividades laborais.
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O estudo teve como objetivo investigar a ocorrência do diagnóstico de enfermagem Mobilidade Física Prejudicada em pacientes com AVE. Estudo exploratório, desenvolvido em unidades de reabilitação, de novembro de 2007 a março de 2008, por meio de entrevista e exame físico. A Taxonomia II da NANDA foi utilizada para a identificação do diagnóstico. Foram avaliados 121 indivíduos, com idade média de 62,1 anos, 52,3% homens, com média de 1,5 episódio de AVE em 3,4 anos. O diagnóstico esteve presente em 90%, com média de 5,8 características definidoras. Dificuldade para virar-se foi a característica mais presente, e 3,4 fatores foram relacionados por paciente, com destaque para a Força muscular diminuída, além de Prejuízos neuromusculares (100%). Destaca-se a necessidade de enfocar-se esse diagnóstico no planejamento das intervenções após o AVE, com vistas à promoção da saúde desses pacientes.
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Estudo descritivo-exploratório, visando identificar padrão de utilização de serviços de saúde: duplicação e uso simultâneo em uma Unidade de Referência Distrital (URD)e quatro Unidades de Saúde da Família (USF). Os dados secundários foram coleta-dos em duas etapas: na primeira etapa, foram identificadas as Fichas de Atendimento da Unidade de Referência Distrital, referentes a 15 dias do mês de junho de 2006; na segunda etapa, verificou-se 856 atendimentos, distribuídos entre as USF selecionadas, de usuários que utilizaram a URD. Identificou-se a ocorrência de duplicação na utilização dos serviços de saúde que correspondeu a 0,35% dos usuários atendidos no conjunto dos serviços, e o uso simultâneo, correspondendo a 3,27% dos usuários. A duplicação da utilização de serviços de saúde é considerada indicador indireto para a análise da satisfação do usuário, ou seja, a análise da duplicação da utilização dos serviços pode ser analisada como expressão da insatisfação dos usuários.
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Este estudo objetivou descrever a consulta de enfermagem ao idoso realizada na ESF; identificar possíveis dificuldades na atenção à saúde do idoso, bem como os cursos de qualificação profissional realizados e as necessidades de aprendizagem. Os dados foram coletados por meio da entrevista semiestruturada e submetidos à análise descritiva e temática. Foram entrevistadas 12 enfermeiras, a maioria estando na faixa etária de anos de formada (41%) em instituição particular (75%). Emergiram duas categorias temáticas: consulta de enfermagem ao idoso na ESF e qualificação profissional para a atenção à saúde do idoso. Foi considerado como desafio na realização da consulta de enfermagem a obtenção de dados fidedignos, a resolutividade e o apoio familiar. Os cursos para qualificar a atenção ao idoso ocorreram durante o período de graduação, destacando a falta de oportunidade, a pouca oferta e a necessidade de se aprofundar sobre o processo de envelhecimento.
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Trata-se de um estudo qualitativo cujo objetivo foi identificar o conhecimento que os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) apresentam sobre envelhecimento e demência, com a finalidade de subsidiar a implantação de uma linha de cuidado à demência em um município paulista. Todos os cuidados éticos foram observados. Os sujeitos foram 51 ACS. O instrumento de coleta foi a entrevista semiestruturada. A análise foi fundamentada na técnica de conteúdo. Com relação à questão o que é idoso para você, a maioria dos agentes associam aspectos negativos do envelhecimento à idade cronológica, como dependência física e social. Com relação à concepção de demência, a maioria dos entrevistados a define como um problema biológico que afeta o cérebro, compromete a memória e causa dependência. Os resultados apontam para a necessidade de um programa de capaci-tação dos agentes em gerontologia.
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A Vigilância à Saúde é Modelo Assistencial com potencial para a reorganização dos processos de trabalho. O estudo objetivou identificar e analisar a estruturação das práticas de vigilância na Atenção Básica, em um território do Município de São Paulo. Foram entrevistados 14 sujeitos, de fevereiro a abril de 2006: gerentes e trabalhadores da saúde que atuavam junto à vigilância epidemiológica. Sob o marco da determinação social da saúde-doença, e da concepção materialista de processo de trabalho, verificou-se que o trabalho cotidiano se apresentou fragmentado. Foram identificados como limitantes para a implementação da vigilância à saúde, a precariedade da infra-estrutura, a falta de qualificação profissional apropriada, de incentivo político-gerencial e de participação da população. Conclui-se, mesmo diante de tal situação que, no nível local, há potencial para transformar a organização do trabalho em saúde e atender as necessidades de saúde da população, através da operacionalização Vigilância à Saúde.
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Atualmente, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são dispositivos estratégicos para assistência em saúde mental no Brasil. Os enfermeiros são profissionais exigidos na equipe mínima deste dispositivo, que valoriza as atividades grupais na abordagem dos usuários. Relato de experiência de alunos do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT, na realização de grupo de sala de espera com familiares de usuários de um CAPS de Cuiabá-MT. Justifica-se em virtude das poucas oportunidades que alunos de enfermagem têm para desenvolver habilidades de abordagem grupal na sua formação, voltada prioritariamente para o cuidado clínico individual. O objetivo da experiência foi proporcionar aprendizado teórico-prático de todas as etapas do trabalho com grupos: reconhecimento da necessidade e possibilidade da atividade, planejamento, coordenação e avaliação do grupo. Os resultados confirmam a necessidade e possibilidade da realização de experiências grupais na assistência em saúde mental e no ensino de enfermagem.
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A pesquisa objetivou analisar a relação entre as singularidades do doente com história de abandono do tratamento de tuberculose e a atenção dispensada pela equipe de saúde da família à luz do conceito de vínculo. A construção do material empírico deu-se por meio de entrevistas gravadas, no período de julho a setembro de 2008, utilizando-se a História Oral Temática. Foram entrevistados nove usuários que tiveram o abandono como critério de encerramento para o tratamento da tuberculose em dois municípios da região metropolitana de João Pessoa, Paraíba, Brasil. O estudo foi realizado conforme a técnica da análise do discurso. Identificou-se que uma relação terapêutica, com partilha de compromissos e valorização do usuário, fortalece o vínculo e produz a democratização da gestão do cuidado. Por outro lado, uma relação vertical, com vínculo fragilizado, opõe-se ao propósito de uma prática inter-subjetiva na perspectiva da co-gestão do cuidado.