987 resultados para Democratização Brasil


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Este texto sobre o ensino vocacional das artes em Portugal compe-se de trs partes que se articulam numa sequncia cronolgica cujos limites se situam em 1835 e 2012, embora o nosso foco incida sobretudo nas quatro dcadas mais prximas da atualidade. Importa, desde logo, referir que no trataremos da educao artstica que tem lugar no chamado ensino regular, nem igualmente nos debruaremos sobre o ensino profissional artstico, mas sim no chamado ensino especializado das artes (de nvel bsico e secundrio), dando, ainda, maior enfoque msica, posto que a sua aprendizagem que largamente predomina entre ns. A primeira parte do texto, de carcter acentuadamente histrico-genealgico, incide sobre o perodo que se estende de 1835 a 1970, e parte de uma convico firme de que toda a reflexividade que se pretenda efetivamente sustentada, tendente construo de uma mudana no campo da educao artstica vocacional, necessita de empreender uma discusso em torno do que seja a sua herana e respectivas estruturas. que, mais do que em qualquer outro sector da educao, aqui o passado pesa demasiado sobre o presente e tem amide obstaculizado as tentativas reformadoras. Procuramos, em grandes linhas, traar uma histria, com o objectivo de assinalar e discutir a provenincia de muitas das convices instaladas. Este anlise acabar por mostrar como o que hoje se chama de ensino especializado das artes se foi estruturando, em grande medida, por fora e at contra outras decises tomadas poca pelos governos da educao. O debate pedaggico que, sobretudo ao longo do sculo XX, acompanhou o ensino das artes, mostra com enorme clareza como os discursos se foram acometendo a iluses romnticas, profundamente elitistas, e nunca justificadas em investigao original. O segundo subcaptulo procura trabalhar a realidade do ensino artstico especializado a partir da enorme massa de informao produzida por quase cinco dezenas de Grupos de Trabalho nomeados por iniciativa ministerial, a partir de 1971 at 2007, de Veiga Simo a Maria de Lurdes Rodrigues. Se este subsistema pode, com toda a razo, ser historicamente perspectivado sob o paradigma da especificidade o carcter excecional destas aprendizagens conferir-lhe-iam um lugar parte, inacessvel aos no iniciados, fossem eles quem fossem e por uma forte resistncia mudana, no menos certo que estas evidncias levaram a que a administrao sentisse especialmente necessidade de o conhecer. Certamente por se apresentar como um caso parte, nenhum outro domnio educativo foi, nas ltimas dcadas, to estudado fora da lgica do trabalho universitrio. Havia sempre que sustentar e legitimar em estudos empricos a mudana poltica, a qual, mesmo assim, insistia em tardar. A investigao emprica que este texto expressa teve tambm como ponto de partida uma encomenda do prprio Ministrio da Educao, datada de 2006. Todos os investigadores e tcnicos sucessivamente envolvidos nesta operao de diagnstico e de definio de uma poltica pblica ativa concordam quer com a necessidade de encontrar uma misso para o ensino especializado das artes sobretudo da msica e da dana que objective a sua real insero no sistema educativo, quer com a expanso da oferta, tendente democratização desta formao. A terceira e ltima parte assume-se como de balano e de sntese reflexiva. Sem embargo, foca-se essencialmente entre os anos de 1983 e 2009, conjuntura esta em que os decisores polticos se mobilizaram em encontrar solues ativas para reformar profundamente o ensino artstico especializado. E nela so visveis dois momentos distintos, que denominamos de Tempo da Conceo e Estruturao do Sistema este iniciado pelo Decreto-lei n. 310/83 de 1 de julho, em que o Estado portugus procurou, no fundamental, regular estas aprendizagens, inserindo-as no interior do sistema educativo e promovendo a sua integrao curricular , embora as medidas legislativas tomadas na primeira metade dos anos 80 do sculo passado pouco impacto tivessem nas duas dcadas subsequentes. De facto, mantendo-se a mesma lgica da separao e da fragmentao, prpria de uma administrao que, na prtica, continuou a decidir como sempre havia feito at ento, ou seja, de forma casustica e sem uma estratgia e um rumo definidos. Seguir-se-ia o Tempo da Concretizao, Melhoria e Democratização, que ocorre sensivelmente entre 2006 e 2009. Como a designao indica, este segundo momento caracteriza-se por uma aco poltica que, reassumindo os grandes desgnios da legislao produzida em 1983, conseguiu promover alteraes curriculares estruturantes, profissionalizar os docentes, integrando-os em quadros prprios, alargar a oferta de forma assaz significativa pblica e privada , embora o debate pedaggico necessrio mudana se encontre ainda no incio e o pas esteja tambm hoje longe de poder satisfazer a procura deste tipo de ensino, sobretudo no interior e no sul.

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Tese de doutoramento, Educao (Histria da Educao), Universidade de Lisboa, Instituto de Educao, 2015

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Tese de doutoramento, Educao (Psicologia da Educao), Universidade de Lisboa, Instituto de Educao, 2015

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Tese de mestrado, Cincias da Educao (rea de especialidade em Administrao Educacional), Universidade de Lisboa, Instituto de Educao, 2015

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Tese de doutoramento, Geografia (Planeamento Regional e Urbano), Universidade de Lisboa, Instituto de Geografia e Ordenamento do Territrio, 2016

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Tese de mestrado em Ecologia Marinha, apresentada Universidade de Lisboa, atravs da Faculdade de Cincias, 2016

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O litoral portugus, onde se concentra mais de 80% da populao e da produo de riqueza do pas, um dos mais vulnerveis da Europa no que respeita eroso costeira. Queda de arribas, perda de areia das praias e recuo acentuado da linha de costa tm obrigado a avultados investimentos em infra-estruturas e medidas de proteco. Esta concentrao populacional na zona litoral ocorreu em apenas algumas dcadas, a um ritmo acelerado, perante um sistema institucional e de gesto que se revelou incapaz de restringir a proliferao de construes em reas de risco. Actualmente, as populaes e economias costeiras enfrentam dois enormes desafios: a crise climtica e a crise econmica. Nas prximas dcadas, prev-se que as alteraes climticas venham acentuar a perda de territrio pelo recuo da linha de costa, devido a um conjunto de factores, em particular a subida do nvel mdio do mar. Por outro lado, a crise econmica pode inviabilizar a continuao de dispendiosas intervenes para conter o avano do mar, incluindo a construo de espores e paredes e o enchimento artificial das praias. Cada vez mais se ponderam estratgias alternativas de adaptao, inclusive a eventual deslocao de populaes para reas mais recuadas. A necessidade de tomar medidas mais drsticas, a gnese ilegal de muitas das construes agora em risco na orla costeira, a diversidade de culturas e de modos de vida, assim como de interesses econmicos, que nela convergem, fazem antever conflitualidades e problemas de justia social.O desafio da sustentabilidade das zonas costeiras passa por criar processos de deciso e de gesto com a participao activa das populaes locais e por uma abordagem inovadora face s estratgias de adaptao e ao seu prprio financiamento. Esta procura de modelos de gesto costeira mais sustentveis no dispensa uma abordagem sociolgica das problemticas mencionadas. A partir de trs casos de estudo na costa portuguesa Vagueira, Costa da Caparica e Quarteira nesta comunicao analisam-se os resultados de um inqurito aplicado a uma amostra representativa das populaes a residentes, bem como um conjunto de entrevistas realizadas aos stakeholders locais. Procuramos explorar as avaliaes sobre os riscos costeiros e a disponibilidade dos actores locais para a participao em modelos alternativos de gesto e financiamento.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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O confronto entre certas criaes ficcionais e a dinmica da colonizao nos leva a diversos campos disciplinares. Se a histria registrou o intenso intercmbio de mercadorias e idias que ocorreu entre Portugal e Brasil, a partir da descoberta do Novo Mundo, a literatura revisitou e recriou esse passado. o que se constata na obra do escritor brasileiro Joo Guimares Rosa, em que articulando a realidade e a imaginao, a natureza e o homem, o regional e o universal, o escritor de perfil naturalista ilumina a linguagem da Histria e da Cincia pela Arte. Com relao s expedies cientficas portuguesas pelo Brasil, a histria relata que, na segunda metade do sculo XVIII, Portugal impulsionou a elaborao de um projeto de confeco de uma Histria Natural, tendo como espao de criao cultural a Academia Real das Cincias de Lisboa. Esse empreendimento, no entanto, no teria sido possvel sem as viagens imaginrias do intelectual Domenico Agostino Vandelli, correspondente de Lineu e um dos principais articuladores da poltica portuguesa dirigida s colnias. Assim, instrudos conforme o livro Viagens filosficas ou dissertaes sobre as importantes regras que o filsofo naturalista nas suas peregrinaes deve principalmente observar, alunos da Universidade de Coimbra, onde Vandelli era professor de Histria Natural e Qumica, so preparados para explorar as colnias ultramarinas. Em meio produo literria de Guimares Rosa, destacamos o conto O recado do morro, do livro Corpo de baile, lanado em 1956, para um paralelo com a Histria. Nessa fico, um narrador conta a estria de uma pitoresca expedio, formada por moradores de um vilarejo, contratados por um viajante alemo, que percorre o interior do estado de Minas Gerais. Regio de grutas, minerais, vegetao de cerrado (com diversidade em espcies comestveis e medicinais), de fazendas de gado, animais em perigo de extino e homens sbios do serto, com o uso dessa enigmtica paisagem, que o escritor vai moldar o seu recado. Atravs de um estudo comparado entre os ideais naturalistas de Vandelli (evidentes nas correspondncias trocadas com Lineu e nas Instrues aos viajantes) e do escritor Guimares Rosa (expresso de forma ficcional), destacamos a necessidade de se resgatar, nos dias atuais, seus trabalhos, como forma de se propor uma nova relao do homem com o meio ambiente. Ns, de fato, reconhecemos que Deus todo-poderoso escreveu dois livros, a natureza e a revelao [...] (Lineu, 1765) O confronto entre certas criaes ficcionais e a dinmica da colonizao nos leva a percorrer interessantes caminhos da Histria, da Literatura e das Cincias da Natureza. Se a histria registrou o intenso intercmbio de produtos e idias, que ocorreu entre Portugal e Brasil, via Atlntico, a partir da descoberta do Novo Mundo, alguns escritores do Modernismo brasileiro revisitaram e recriaram esse passado. No que se refere s expedies cientficas portuguesas pelo Brasil, o historiador Oswaldo Munteal Filho lembra que, na segunda metade do sculo XVIII, Portugal impulsionou a elaborao de um projeto de confeco de uma Histria Natural de suas colnias, tendo como espao de criao cultural e reflexiva a Academia Real das Cincias de Lisboa. Esse empreendimento, no entanto, no teria sido possvel sem as viagens imaginrias do intelectual ilustrado Domenico Agostino Vandelli, um dos principais articuladores da poltica portuguesa dirigida s colnias no mbito da Academia. Segundo seu pensamento, era preciso munir os naturalistas com ferramentas capazes de desvendar um Brasil desconhecido do ponto de vista da cincia e ainda intocado quanto s potencialidades de seus elementos naturais. Portanto, o olhar do naturalista deveria passar, primeiro, pelo utilitrio: as virtudes das plantas medicinais, os usos dos gneros exticos, o aproveitamento do reino animal e mineral e a fertilidade das extensas terras. Reordenar a Natureza, no mais de forma alegrica, mas atravs da observao e experincia figurava-lhe como medida necessria e urgente. A par disso e instrudos conforme o livro Viagens filosficas ou dissertaes sobre as importantes regras que o filsofo naturalista, nas suas peregrinaes, deve principalmente observar, alunos da Universidade de Coimbra, onde Vandelli era professor de Histria Natural e Qumica, so preparados para explorar as colnias ultramarinas (p. 483-518).

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Ferreira de Castro (1898-1974) e Miguel Torga (1907-1995) viveram ambos, no incio da adolescncia, a dura experincia de emigrao para o Brasil. O primeiro partiu com apenas doze anos, em 1911, o segundo, com treze, em 1920. Ambos procuraram o Eldorado, cruzaram o Atlntico num vapor, cresceram, amadureceram, regressaram a Portugal, revisitaram novamente o Brasil e escreveram sobre essas vivncias, como corroborado por Emigrantes e A Selva de Ferreira de Castro, o Dirio, A Criao do Mundo, Trao de Unio de Miguel Torga que constituem o nosso corpus de trabalho. No presente artigo, analisaremos luz da imagologia, um dos mtodos da literatura comparada, que visa precisamente o estudo das imagens, as representaes do Brasil que emergem da obra destes dois escritores. Nesta sequncia, analisaremos, numa ptica comparatista, a ficcionalizao das vivncias dos autores, a trajectrias das suas personagens, contemplando, na configurao do espao estrangeiro, as primeiras impresses e sua evoluo, as descries da paisagem, do povo, da vida e da cultura brasileiras. Alm disso, seguiremos os caminhos da alteridade para desvendarmos igualmente o modo como visto o outro, e a forma como se inscreve no discurso. Em suma, analisaremos o impacto da vivncia da emigrao, a importncia desempenhada pelo pas de acolhimento na obra dos dois escritores supramencionados, atendendo s ressonncias da luso-brasilidade, aliceradoras de uma maior abertura e dum dilogo mais prximo com o Brasil.

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Trabalho de projeto apresentado Escola Superior de Comunicao Social como parte dos requisitos para obteno de grau de mestre em Publicidade e Marketing.

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Dissertao apresentada ao Instituto Superior de Contabilidade e Administrao do Porto para obteno do Grau de Mestre em Empreendedorismo e Internacionalizao Orientadora: Professora Doutora Celsa Maria de Carvalho Machado

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A obra de Maria Teresa Horta publicada no ano transacto com o ttu- lo Poemas do Brasil reflecte a maturidade de escrita a que a autora j nos tinha vindo a acostumar, desta feita resultando numa intensa carga potica com que desencadeia motes para o versejar por si oferecido. Maria Teresa tem extensa obra publicada, da qual chegaram ecos,com maior ou menor amplitude, ao pas irmo. Em 1960, Espelho inicialmarca a sua estreia, em edio de autora, e a partir de ento, at hoje, edita perto de 4 dezenas de ttulos. Acerca da autora referido na nota bio-bibliogrfica que fecha a edio: Figura emblemtica do feminismo em Portugal, Maria Teresa Horta foi condecorada com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da Repblica Portuguesa, Jorge Sampaio, no dia 8 de Maro de 2004 (p. 119). Lembramos que Maria Teresa Horta integrou a primeira manifestao feminista emPortugal, contra os smbolos da opresso das mulheres que ainda persistiam no Portugal ps-Abril de 1974. Precisamente h 35 anos atrs saiudo n. 28 da Av. Sidnio Pais, a manifestao do MLM Movimento de Libertao das Mulheres (primeiro ncleo feminista portugus de segunda vaga) at ao Parque Eduardo VII. A UMAR Unio de Mulheres Alternativa e Resposta quis assinalar a data, este ano, marcando encontro no mesmo espao e uma concentrao no Parque. Este ponto em Lisboaser um dos marcos a assinalar na edio de Roteiros Feministas, estudo jem curso, numa parceria que junt

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Dissertao de Mestrado apresentado ao Instituto de Contabilidade e Administrao do Porto para a obteno do grau de Mestre em Contabilidade e Finanas, sob orientao de Professora Doutora Cludia Maria Ferreira Pereira