907 resultados para Aspergillus giganteus
Resumo:
O presente estudo pretende avaliar a exposição ocupacional a contaminação fúngica e bacteriana em quartos de hotel, mais precisamente em dois quartos com características diferentes, nomeadamente, com pavimento em alcatifa e outro sem alcatifa. Doze amostras de ar de 250L foram colhidas pelo método de impacto, em meio agar de extracto de malte (MEA) suplementado com cloranfenicol (0,05%) para fungos e em meio de TSA (agar de soja tríptica) com nistatina (0,2%) para bactérias. Foram também realizadas amostras de superfície nos mesmos locais. Em ambos os quartos apenas uma amostra de ar, no quarto sem alcatifa, apresentou contagens de fungos mais elevadas do que no exterior. No entanto, as concentrações de bactérias no ar interior foram superiores às do ar exterior. Em relação às superfícies, o quarto sem alcatifa apresentou diferenças estatisticamente significativas em relação ao quarto com alcatifa, sendo que o primeiro apresentou concentrações mais elevadas de fungos. Todas as superfícies analisadas apresentaram contaminação bacteriana, mas não houve diferenças estatisticamente significativas entre os quartos. Os géneros de fungos mais prevalentes no ar foram idênticos em ambos os quartos (Penicillium sp. 40,7% - 12,3% e Cladosporium sp. 43,5% - 55,4%). Nas superfícies analisadas, os isolados pertencentes ao complexo Aspergillus fumigatus foram os únicos encontrados no quarto com alcatifa, enquanto no outro quarto os géneros mais prevalentes foram Penicillium sp. (63,6%) e Aspergillus sp. (13,6%).
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The use of inputs containing phosphites have been presenting results in many studies, taking on importance to the control of diseases in some cultures and demonstrating the resistance induction in seedlings, with ability to activate defense mechanisms, conferring protection to plants against microorganisms. The soybean crop is recognized for its importance in providing grains and derivatives for human consumption, animal, production of biofuels, pharmaceuticals, among others. Positive results obtained through studies based on resistance inducers in some cultures arouse the interest for further study. The objective of this study was to evaluate the effect of potassium phosphites on the resistance induction and treatment of soybean seeds. Therefore were conducted four laboratory studies at the Federal Technological University of Paraná, Campus of Dois Vizinhos. In the first study it was evaluated the quality attributes of the seeds and the resistance induction as seed treatment. Then it was verified that phosphites have action upon the seedlings metabolism in due to seed treatment, having the phosphite Reforce® contributed to seed quality attributes and phosphites FitofosK® and Fitofos K Plus® induced the resistance increasing the activity of β-1,3-glucanase. In the second study it was evaluated the the resistance induction in soybean cotyledons, in which the phosphites demonstrated induction potential of phytoalexin gliceolin. In the third study It was evaluated the soybean seed health treated with potassium phosphites.. it was observed that the phosphites reduced the incidence of many fungi on seeds, especially of storage fungi like Aspergillus sp. and Fusarium semitectum. In the fourth study it was evaluated the in vitro effect of potassium phosphites on pathogenic fungi of the culture. And it was found direct action of phosphites on the mycelial growth of Fusarium semitectum, Pythium sp. and Sclerotinia sclerotiorum. Based on these results, we concluded that potassium phosphites have potential in seeds treatment, as resistance inducer and on in vitro control of phytopathogens.
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Fungal infection in the eggs of freshwater fish is well known as a problematic disease. That isolation and recognition Saprolegnia fungi from fungal infected eggs of the rainbow trout in Mazandaran province was the aim of this research. For this purpose fungal infected eggs were examined from six fish farm in the fall and winter 2005-2006. The eggs with fungi were inoculated on SDA, CMA, GPagar and hemp seed and sesame seed cultures in sterile tap water at room temperature (18-24°C). In this study recognized three genera and six species Saprolegniaceae members, based on morphological characteristics which contain: Saprolegnia, Achlya, Brevilegnia. Four species were identified in the genus Saprolegnia; S.mixta, S.parasitica, S.moniliphera, S.lapponica and one species was identified in the genus Achlya; A.oblongata. S.parasitica was isolated from almost all the farms. In addition, another nine genera and species were identified; Penicillium, Aspergillus, Paeciliomyces, Acremonium, Fusarium oxysporum, F.solani , Alternaria, Helminthosporium, Mucor.
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Interest in bioaerosol exposure has increased significantly because it is now recognized that exposure to fungal agents is associated with a wide range of adverse health effects with a major impact on public health. Fungi are able to grow on almost all natural and synthetic materials, especially if they are hygroscopic or wet. Aim of the study: Several materials used indoors can contribute to enhance fungal contamination indoors. This study intended to understand the carpet influence on fungal contamination when used in the floor of a hotel room.
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Different forms of fungal diseases affecting the nose and paranasal sinuses are recognized, including invasive and non-invasive fungal rhinosinusitis. Penicillium glabrum complex is associated with respiratory diseases such as suberosis, a typical disease of cork industry workers. In addition, Chrysonilia sitophila has been described as causing occupational asthma, associated to prolonged exposure to high counts of spores. In this study we aimed to access fungal exposure in workers from one cork industry through the mycological analysis of their nasal exudate and the environmental fungal contamination of their surroundings as well.
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A descriptive study was developed to monitor air fungal contamination in one Portuguese maternity. Sixty air samples were collected through impaction method. Air sampling was performed in food storage facilities, kitchen, food plating, canteen, pharmacy, sterilization areas, genecology wards, intensive care unit, operating rooms, urgency and also, outside premises, since this was the place regarded as reference. Besides air samples, forty three samples were collected by swabbing the surfaces using a 10 by 10 cm square stencil. Simultaneously, temperature, relative humidity and particles counting (PM10) were registered. Twenty three species of fungi were identified in air, being the two most commonly isolated the genera Penicillium (41,5%) and Cladosporium (28,4%). Regarding yeasts, only Rhodotorula sp. (45,2%), Trichosporon mucoides (51,6%) and Cryptococcus neoformans (3,2%) were found. Thirteen species of fungi were identified in surfaces, being the most frequent the Penicillium genus (91,6%). Concerning yeasts found in surfaces, four species were identified being Rhodotorula sp. (29,1%) the most frequent. There was no coincidence between prevailing genera indoors and outside premises. Moreover, some places presented fungal species different from the ones isolated outside. In the inside environment, Aspergillus species were isolated in air and surfaces. There was no significant relationship (p>0,05) between fungal contamination and the studied environmental variables. Keywords: air, surfaces, fungal contamination, environmental variables, maternity.
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As lipases e os biossurfactantes são compostos produzidos por microrganismos através de fermentações em estado sólido (FES) ou sumberso (FSm), os quais são aplicáveis nas indústrias alimentícia e farmacêutica, na bioenergia e na biorremediação, entre outras. O objetivo geral deste trabalho foi otimizar a produção de lipases através de fermentação em estado sólido e fermentação submersa. Os fungos foram selecionados quanto à habilidade de produção de lipases através de FES e FSm e aqueles que apresentaram as maiores atividades lipolíticas foram utilizados na seleção de variáveis significativas e na otimização da produção de lipases nos dois modos de cultivo. Foram empregadas técnicas seqüenciais de planejamento experimental, incluindo planejamentos fracionários, completos e a metodologia de superfície de resposta para a otimização da produção de lipases. As variáveis estudadas na FES foram o pH, o tipo de farelo como fonte de carbono, a fonte de nitrogênio, o indutor, a concentração da fonte de nitrogênio, a concentração do indutor e a cepa do fungo. Na FSm, além das variáveis estudadas na FES, estudaram-se as variáveis concentração inicial de inóculo e agitação. As enzimas produzidas foram caracterizadas quanto à temperatura e pH ótimos e quanto à estabilidade a temperatura e pH. Nas condições otimizadas de produção de lipases, foi avaliada a correlação entre a produção de lipases e bioemulsificantes. Inicialmente foram isolados 28 fungos. Os fungos Aspergillus O- 4 e Aspergillus E-6 foram selecionados como bons produtores de lipases no processo de fermentação em estado sólido e os fungos Penicillium E-3, Trichoderma E-19 e Aspergillus O-8 como bons produtores de lipases através da fermentação submersa. As condições otimizadas para a produção de lipases através de fermentação em estado sólido foram obtidas utilizando-se o fungo Aspergillus O-4, farelo de soja, 2% de nitrato de sódio, 2% de azeite de oliva e pHs inferiores a 5, obtendo-se atividades lipolíticas máximas de 57 U. As condições otimizadas para a produção de lipases na fermentação submersa foram obtidas utilizando-se o fungo Aspergillus O-8, farelo de trigo, 4,5% de extrato de levedura, 2% de óleo de soja e pH 7,15. A máxima atividade obtida durante a etapa de otimização foi 6 U. As lipases obtidas por FES apresentaram atividades máximas a 35ºC e pH 6,0, enquanto que as obtidas por FSm apresentaram ótimos a 37ºC e pH 7,2. A estabilidade térmica das lipases produzidas via FSm foi superior a das lipases obtidas via FES, com atividades residuais de 72% e 26,8% após 1h de exposição a 90ºC e 60ºC, respectivamente. As lipases obtidas via FES foram mais estáveis em pH´s alcalinos, com atividades residuais superiores a 60% após 24 h de exposição, enquanto as lipases produzidas via FSm foram mais estáveis em pH´s ácidos, com 80% de atividade residual na faixa de pH entre 3,5 e 6,5. Na fermentação submersa a correlação entre a produção de lipases e a atividade emulsificante óleo em água (O/A) e água em óleo (A/O) dos extratos foi 95,4% e 86,8%, respectivamente, obtendo-se atividades emulsificantes máximas O/A e A/O de 2,95 UE e 42,7 UE. Embora a maior produção de lipases tenha sido obtida na fermentação em estado sólido, não houve produção concomitante de biossurfactantes. Os extratos da fermentação submersa apresentaram redução da tensão superficial de 50 mN m -1 para 28 mN m -1 e atividade antimicrobiana frente ao microrganismo S. aureus ATCC 25923, com potenciais antimicrobianos de 36 a 43% nos três primeiros dias de fermentação. A fermentação submersa foi a técnica que apresentou os melhores resultados de otimização da produção de lipases, bem como de produção simultânea de biossurfactantes.
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A ocratoxina A é um composto formado a partir do metabolismo secundário de fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium. Uma vez que a presença dessa micotoxina nos alimentos causa sérios danos à saúde humana e animal, surge o interesse pelo desenvolvimento de métodos que visem a redução dos seus níveis em diferentes matrizes. Diversos processos de descontaminação têm sido propostos, sendo que os métodos de redução biológica tem recebido destaque. Esses métodos consistem na aplicação de micro-organismos ou de suas enzimas, o que gera a biotransformação ou degradação da toxina produzindo metabólitos com menor ou nenhuma toxicidade. Diante disso, o objetivo geral do trabalho foi avaliar o efeito da peroxidase na redução dos níveis de ocratoxina A. As enzimas peroxidases testadas foram a comercial e a obtida do farelo de arroz. Para a extração enzimática foram utilizadas as frações granulométricas do farelo de arroz de 48 a 100 mesh, sendo estas frações caracterizadas quimicamente. A peroxidase foi extraída do farelo de arroz em tampão 10 mM pH 5,0 e purificada por partição trifásica, obtendo 77,1% de recuperação e 9,2 para o fator de purificação. O método utilizado para a extração da ocratoxina A do sistema aquoso foi por partição líquido-líquido utilizando como solvente o clorofórmio, sendo esse método validado segundo os parâmetros de linearidade (0,1 a 20 ng mL-1), coeficientes de correlação (0,9997) e de determinação (0,9994), e limites de detecção (0,02) e quantificação (0,03). A afinidade entre as peroxidases e a ocratoxina A foi verificada segundo os parâmetros de KM e Vmáx, resultando em 0,00027 mM e 0,000015 mM min-1, respectivamente, para a peroxidase comercial, e 0,0065 mM e 0,000031 mM min-1 para a obtida do farelo de arroz. Com relação aos percentuais de redução de ocratoxina A, foram avaliadas 3 proporções enzima:substrato (1:10, 1:5 e 8:1 para a comercial e 1:10, 1:5 e a com atividade de 0,063 U mL-1 para a do farelo), sendo que as proporções que forneceram maior redução foi a de 8:1 para a enzima comercial (0,063 U mL-1) e a correspondente a 0,063 U mL-1 para a enzima obtida do farelo. Os percentuais de redução de ocratoxina A foram de 59% para a peroxidase comercial em 300 min e 41% para a peroxidase do farelo de arroz em 1440 min. O efeito de adsorção da ocratoxina A pela enzima peroxidase foi descartado uma vez que foi realizada a sua hidrólise com a enzima pepsina e verificado um percentual de 2,7% de adsorção, demonstrando que a redução foi por ação enzimática. A enzima obtida de farelo de arroz com atividade de 0,063 U mL-1 foi aplicada em suco de uva tinto e branco. Observou-se que para o primeiro não houve redução significativa, enquanto que para o segundo a redução foi de 17%. Neste trabalho, então, foi possível verificar a capacidade de redução dos níveis da ocratoxina A pela enzima peroxidase, tanto em sistema aquoso como no suco de uva integral branco.
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Although a clear correlation between levels of fungi in the air and health impacts has not been shown in epidemiological studies, fungi must be regarded as potential occupational health hazards. Fungi can have an impact on human health in four different ways: (1) they can infect humans, (2) they may act as allergens, (3) they can be toxigenic, or (4) they may cause inflammatory reactions. Fungi of concern in occupational hygiene are mostly non-pathogenic or facultative pathogenic (opportunistic) species, but are relevant as allergens and mycotoxins producers. It is known that the exclusive use of conventional methods for fungal quantification (fungal culture) may underestimate the results due to different reasons. The incubation temperature chosen will not be the most suitable for every fungal species, resulting in the inhibition of some species and the favouring of others. Differences in fungi growth rates may also result in data underestimation, since the fungal species with higher growth rates may inhibit others species’ growth. Finally, underestimated data can result from non-viable fungal particles that may have been collected or fungal species that do not grow in the culture media used, although these species may have clinical relevance in the context. Due to these constraints occupational exposure assessment, in setings with high fungal contamination levels, should follow these steps: Apply conventional methods to obtain fungal load information (air and surfaces) regarding the most critical scenario previously selected; Guideline comparation aplying or legal requirements or suggested limits by scientific and/or technical organizations. We should also compare our results with others from the same setting (if there is any); Select the most suitable indicators for each setting and apply conventional-culture methods and also molecular tools. These methodology will ensure a more real characterization of fungal burden in each setting and, consequently, permits to identify further measures regarding assessment of fungal metabolites, and also a more adequate workers health surveillance. The methodology applied to characterize fungal burden in several occupational environments, focused in Aspergillus spp. prevalence, will be present and discussed.
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The permanent contact with cork may lead to constant exposure to fungi, raising awareness as a potential occupational hazard in the cork industry.The presence of fungi belonging to the Penicillium glabrum complex has been associated with the development of respiratory diseases such as suberosis, one of the most prevalent diseases among workers from cork industries, besides occupational asthma. Azoles are used as pesticides but also the first line therapy in the treatment of Aspergillus infections; azole-resistance as been described as to have also an environmental source and is considered an emerging public health problem.The aim of this work was to characterize fungal distribution and to evaluate the presence of azole-resistant Aspergillus isolates in nose swab samples from the cork industry workers.
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Study developed in order to know the carpet influence when used in the floor of a hotel room. Twelve air samples of 250L (six in a room with carpet and six more in a room with wood floor) were collected through an impaction method with a flow rate of 140 L/min onto malt extract agar (MEA) supplemented with chloramphenicol (0.05%), using the Millipore air Tester (Millipore), during cleaning activities. Outdoor sample was also performed to be used as a reference. Surface samples from floor and desks, taken at the same time, were collected by the swabbing method. to 7 days. Besides fungal contamination, we also assessed particulate matter contamination in both rooms during the same cleaning tasks. In the analyzed sur- faces, isolates belonging to Aspergillus fumigatus complex were the only fungi found in the carpeted room, whereas in the other room we found Penicllium sp. (63.6%) and Aspergillus sp. (13.6%) as the most frequent genera. In the case of particles the room with carpet obtained significant higher values for both metrics (PMC and PNC), showing that carpet may has influence on particles’ contamination of the room.
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As leguminosas, como o feijão, são consideradas importantes fontes de nutrientes para humanos e a contaminação por fungos e consequente produção de micotoxinas pode estar diretamente influenciada pela sua composição química. Alguns compostos estão associados aos mecanismos de defesa das leguminosas atuando como inibidores de enzimas digestivas ou barreiras físicas à patógenos. É o caso dos compostos fenólicos (CF) e algumas estruturas de caráter proteico. O objetivo deste estudo foi verificar a susceptibilidade de feijões à contaminação por aflatoxinas (AFLAs), através da avaliação da presença de compostos inibidores de enzimas fúngicas. Foi realizada a validação de um método para determinação de AFLAs em feijão. Os CF livres (solúveis em metanol), conjugados (solúveis em etanol) e ligados, bem como as diferentes frações proteicas (albumina, globulina, glutelina e prolamina) foram determinadas em 10 amostras de feijão pertencentes às espécies Phaseolus vulgaris, Vigna unguiculata e Vigna angularis. O seu potencial como inibidor de α-amilase foi testado nos extratos fenólicos e protéicos. Os feijões vermelho e carioca apresentaram os maiores teores de CF totais (1766 µg.g -1 e 1190 µg.g -1 , respectivamente) e os feijões fradinho e branco os menores teores (183 µg.g -1 e 192 µg.g -1 ). Os extratos de CF conjugados apresentaram os teores mais elevados de AF, onde os feijões amendoim se destacou pela maior concentração (68 µg.g -1 ) e o feijão azuki pelo menor (28 µg.g -1 ). Nos extratos de CF livres e conjugados, o ácido clorogênico foi o majoritário em 60% dos feijões analisados e nos extratos de CF ligados, o ácido ferúlico foi o majoritário em 90% dos feijões analisados. Com relação às frações proteicas solúveis, o feijão carioca apresentou o maior teor de albumina (559 mg.g -1 ), globulina (164 mg.g -1 ) e glutelina (325 mg.g -1 ). Com relação à fração prolamina, o feijão preto (brasileiro e chinês) apresentou o maior teor (64 e 65 mg.g -1 , respectivamente), seguido pelo feijão carioca (54 mg.g -1 ). Os limites de detecção (LDm) obtidos para o método de determinação de AFLAs foram de 2,4 µg.kg-1 ; 0,036 µg.kg-1 e 0,06 µg.kg-1 para as AFLAs B1, B2 e G2 e os limites de quantificação (LQm) foram de 4,8 µg.kg-1 (AFLAB1); 0,12 µg.kg- 1 (AFLA B2 e G2). Não foram detectadas AFLAs B1, B2, G1 e G2 nos feijões analisados. Os CF dos extratos etanólicos dos feijões amendoim e azuki e os extratos contendo as proteínas solúveis em etanol dos feijões carioca e fradinho foram testados quanto ao seu potencial para inibição da α-amilase de Aspergillus oryzae (atividade de 4,8 mg amido hidrolisado.mg proteína-1 .mL-1 ). O extrato proteico do feijão fradinho se destacou, pois atingiu um percentual de inibição específica de aproximadamente 56%. Os CF apresentaram uma tendência à inibição incompetitiva e os extratos proteicos não apresentaram um comportamento de inibição que permitisse definir o mecanismo de inibição. Os extratos protéicos e fenólicos dos feijões mostraram ser capazes de inibir a amilase fúngica sugerindo que este fato pode estar associado a ausência da presença de AFLAs nas amostras analisadas.
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A contaminação fúngica acarreta alterações na qualidade nutricional e no valor econômico de produtos alimentícios podendo causar danos patológicos em plantas, animais e humanos. A identificação da atividade antioxidante, antifúngica e antimicotoxinas, em extratos de microalgas com propriedade de inibir a multiplicação de fungos e subseqüente produção de micotoxinas abre a perspectiva de empregar substâncias mais eficientes e com maior ação específica contra estes microorganismos. Entre os compostos com propriedades inibidoras de radicais livres, de crescimento fúngico e produção de micotoxinas, destacam-se os compostos fenólicos, que podem inibir a atividade metabólica microbiana, dificultando a atividade de enzimas. Neste estudo foram avaliados o poder de inibição de multiplicação fúngica de Rhizopus oryzae e Aspergillus flavus pelos extratos fenólicos de Chlorella sp. e Spirulina platensis, bem como sua atividade antioxidante, e a atividade antimicotoxinas da última microalga contra Aspergillus flavus. O conteúdo de fenóis totais foi em média 1000 µgfenóis/g Spirulina platensis e 600 µgfenóis/g Chlorella sp., sendo que o acido gálico e o cafeíco foram identificados como compostos majoritários na Spirulina platensis. As determinações de glicosamina (parede celular) e ergosterol (membrana celular) mostraram-se bons indicativos do desenvolvimento microbiano permitindo uma boa estimativa da inibição dele. O extrato fenólico de Spirulina platensis apresentou capacidade de inibir cerca de 50% a formação da parede e da membrana celular para ambos os fungos estudados e de 100% a produção de aflatoxina B1 até o 10º dia de cultivo do Aspergillus flavus. Além disso, o extrato metanólico de Spirulina platensis inativou 53,5% o DPPH reativo, limitou o escurecimento enzimático ocasionado pela peroxidase em 55% e inibiu a peroxidação lipídica em 46% após 14 dias de armazenamento sob luz. Estes resultados mostram que a ação antifúngica, antimicotoxinas e antioxidante está naturalmente presente em alguns tecidos microbianos e que encontrar a forma de extraí-los e aplicá-los como conservantes alimentícios é muito promissor para substituição aos antifúngicos e outros conservantes químicos.
Resumo:
O presente trabalho avaliou, na etapa experimental, um processo simultâneo de catálise e fermentação láctica visando obter um iogurte com potenciais características nutracêuticas e, na sua etapa teórica, estabeleceu uma interlocução entre a vivência experimentalista e a teoria da cinética enzimática, no que se refere à conversão da lactose e à síntese de galactooligossacarídeos (GOS). Na abordagem experimental, para um substrato específico, avaliouse biocatálise conduzida simultaneamente à fermentação, defasando a adição da enzima em relação ao início do processo fermentativo. A fermentação foi realizada a partir de cultura láctica liofilizada comercial contendo dois micro-organismos probióticos, Bifidobacterium animalis e Lactobacillus acidophilus, associados aos micro-organismos característicos do iogurte, Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus. Foi utilizado um preparado enzimático contendo -galactosidases obtidas de duas origens distintas: Kluyveromyces lactis e Aspergillus niger. Foram avaliados os efeitos da concentração da enzima e do tempo de adição da enzima em um planejamento experimental 2 2 . As respostas foram às concentrações, ao final do processo, de lactose, de GOS, de glicose e de galactose e a hidrólise dos galactooligossacarídeos ao longo do tempo. No que se refere à abordagem teórica, o presente trabalho considerou modelos matemáticos de hidrólise de dissacarídeos e conversão da lactose, em que a inibição foi representada a partir do incremento da concentração dos produtos da reação. No que se refere à conversão da lactose e síntese de GOS, o presente trabalho buscou estabelecer um modelo matemático em que a inibição ocorreu por efeito do incremento das concentrações de glicose e de galactose, comparando-o com os modelos conhecidos na literatura. Verificou-se que o desempenho do modelo obtido no presente trabalho foi robusto em relação às premissas estabelecidas. Na comparação com resultados experimentais de conversão enzimática, o modelo mostrou-se capaz de minimizar o erro e de ajustar-se aos dados experimentais.
Resumo:
INTRODUCTION: Invasive aspergillosis (IA) is a fungal infection that particularly affects immunocompromised hosts. Recently, several studies have indicated a high incidence of IA in intensive care unit (ICU) patients. However, few data are available on the epidemiology and outcome of patients with IA in this setting.