1000 resultados para cardiomiopatia da obesidade
Resumo:
FUNDAMENTO: A doença cardiovascular aterosclerótica inicia seu processo na infância precoce e é influenciada ao longo da vida por fatores genéticos e exposição ambiental a fatores de risco potencialmente modificáveis. OBJETIVO: Investigar a prevalência de fatores de risco para aterosclerose com ênfase nos hábitos alimentares em uma cidade de colonização predominantemente italiana. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional, envolvendo 590 estudantes do ensino fundamental com idades entre 9 e 18 anos, com amostra por conglomerado. Foram coletados: dados de identificação, história familiar e história pregressa, além das informações referentes à alimentação dos estudantes. Os hábitos alimentares considerados inadequados incluíram: consumo de fast food, guloseimas, bebidas açucaradas e gorduras de origem animal por quatro ou mais vezes por semana e frutas, hortaliças e leguminosas por menos de quatro vezes por semana. RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso entre os estudantes foi 24,6% (n=145); pressão arterial elevada, 11,1% (n=65); tabagismo passivo, 35,4% (n=208); estilo de vida sedentário, 52,3% (n=306); história familiar doenças 1º grau: hipertensão arterial sistêmica, 21,4% e obesidade, 36,5%. Alimentos consumidos por quatro ou mais vezes por semana: fast food, 70,3% (n=411); guloseimas, 42,7% (n=252); bebidas açucaradas, 71% (n=419); e gorduras de origem animal, 24,4% (n=143). Alimentos consumidos por menos de quatro vezes por semana: frutas, 36,8% (n=215); hortaliças, 49,5% (n= 292) e leguminosas, 63,7% (n=374). CONCLUSÃO: São necessárias intervenções que promovam mudanças nos hábitos alimentares dos estudantes: maior consumo de frutas, hortaliças e leguminosas e aumento do nível de atividade física.
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FUNDAMENTO: Hipertensão e síndrome metabólica são fatores de risco cardiovascular associados com o aumento da adiposidade. Em um estudo anterior, a razão cintura-estatura (RCE) foi identificada como o melhor índice de obesidade associado com hipertrofia do ventrículo esquerdo. OBJETIVO: Comparar a capacidade desse índice na identificação da hipertensão e síndrome metabólica com outros índices de obesidade (índice de massa corporal - IMC; circunferência da cintura - CC e razão cintura-quadril - RCQ) através da análise de curvas ROC (receiver operator characteristics). MÉTODOS: 1.655 (45,8% homens) participantes do Projeto MONICA-WHO/Vitória, com idade média de 45 ± 11 anos foram investigados. A prevalência de síndrome metabólica (critérios ATP-III) foi de 32,9%, hipertensão de 42,4% e obesidade de 19,2%. RESULTADOS: Em relação à capacidade de identificar a hipertensão, houve uma superioridade significante da RCE em relação ao IMC e CC (p < 0,05), independentemente do sexo, mas não em relação à RCQ (p > 0,05). Em relação à capacidade de identificar a síndrome metabólica, houve uma superioridade significante da RCE em relação à RCQ em homens (p < 0,001), mas não em relação ao IMC e à CC (p = 0,16 e p = 0,9 respectivamente). Entretanto, em mulheres, a RCE foi significativamente superior em relação à RCQ (p < 0,001) e IMC (p = 0,025), mas não em relação à CC (p = 0,8). Os pontos de corte são 0,52 e 0,53 para hipertensão e 0,53 e 0,54 para síndrome metabólica, para homens e mulheres, respectivamente. CONCLUSÃO: A obesidade abdominal identificada pela RCE, ao invés da obesidade geral identificada pelo IMC, é o índice mais simples e melhor aplicável, associado à hipertensão e síndrome metabólica, em nossa população.
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FUNDAMENTO: A hipertensão arterial, o excesso de peso e o sedentarismo são importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares e estão fortemente associados. OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional, o nível de atividade física e os níveis de pressão arterial de estudantes da Universidade Federal do Piauí, em Teresina. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra de 605 estudantes (46,1% do sexo masculino e 53,9% do feminino), com média de idade de 21,7 ± 3,7 anos. O estado nutricional global foi classificado pelo índice de massa corporal (IMC) e a adiposidade central pela circunferência da cintura (CC). O nível de atividade física foi avaliado utilizando-se o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) na versão curta. A pressão arterial aumentada foi definida como uma pressão sistólica > 140 mmHg e/ou diastólica > 90 mmHg. RESULTADOS: A prevalência de pressão arterial aumentada foi de 9,7%, sendo maior em homens. Excesso de peso (IMC > 25 kg/m²) foi encontrado em 18,2% dos estudantes, sendo as proporções de sobrepeso e obesidade de 15,2% e 3%, respectivamente. Obesidade abdominal foi encontrada em 2,4% dos estudantes, independentemente do gênero, e o sedentarismo em 52%. A pressão arterial média aumentou com o incremento do IMC e da CC. Não houve associação entre os níveis de atividade física e pressão arterial. CONCLUSÃO: Houve associação entre aumento do peso corporal e da circunferência da cintura com maiores níveis de pressão arterial entre os pesquisados. É necessário estabelecer instrumentos de avaliação precoce do risco cardiovascular e promover orientação preventiva para esses jovens.
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FUNDAMENTO: A importância do manejo adequado e do controle da hipertensão arterial (HA). OBJETIVO: Estimar a prevalência do controle da hipertensão arterial e da inércia terapêutica em adultos atendidos nas unidades básicas da saúde (UBS) do município de Joinville e dos fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal, com amostragem por conglomerados, mediante pesquisa em prontuários, em que foram avaliados 415 portadores de HA. Foram avaliados a pressão arterial (PA), os incrementos terapêuticos, os fatores de risco e as comorbidades associadas. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo feminino e de consultas de enfermagem. A idade variou entre 28 e 90 anos (média de 61,5 anos). Observou-se redução das médias da PA (155,8 ± 20,8/95,7 ±10,6 mmHg para 140,3 ± 22/84,1 ± 12,4 mmHg) entre o primeiro e o último registro e a PA final normal em 36,6% dos pacientes, semelhante para homens e mulheres. Nos últimos 12 meses, a PA esteve elevada em 1.295 ocasiões, ocorrendo incremento terapêutico em apenas 156 (12,0%). Foram usados 1,85 fármacos por paciente, predominando diuréticos e IECA. Encontrou-se elevada prevalência de obesidade (40%), diabete (41%), LDL elevado (46%) e de hipertrofia ventricular esquerda (25,5%). CONCLUSÃO: A elevada inércia clínica, o baixo controle da HA e a elevada presença de comorbidades sugerem a necessidade de programas de educação permanente para os profissionais da saúde e de outras medidas para melhorar o controle da doença nas UBS.
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FUNDAMENTO: Anormalidades do metabolismo miocárdico têm sido observadas em pacientes com insuficiência cardíaca de diferentes etiologias. A espectroscopia por ressonância magnética (ERM) com fósforo 31 é uma técnica não invasiva que permite a detecção de alterações metabólicas miocárdicas. OBJETIVO: Determinar o metabolismo de repouso dos fosfatos de alta energia em pacientes portadores de doença de Chagas (DC) pela ERM com fósforo 31. MÉTODOS: Foram estudados 39 pacientes com DC, sendo 23 com função ventricular preservada (Grupo FP) e 16 com disfunção ventricular (Grupo DV), avaliados pela ecodopplercardiografia. A ERM da região anterosseptal foi realizada nos 39 pacientes e em 8 indivíduos normais (Grupo C), por meio de um aparelho Phillips de 1,5 Tesla, obtendo-se a relação fosfocreatina/trifosfato de adenosina beta (PCr/β-ATP) miocárdicos. RESULTADOS: Os níveis cardíacos de PCr/β-ATP estavam reduzidos no Grupo DV em relação ao Grupo FP, e estes apresentaram níveis reduzidos em relação ao Grupo C (Grupo DV: 0,89 ± 0,31 vs Grupo FP: 1,47 ± 0,34 vs Grupo C: 1,88 ± 0,08, p < 0,001). Houve correlação entre a fração de ejeção do ventrículo esquerdo e a PCr/β-ATP nos 39 pacientes estudados (r = 0,64, p < 0,001). Os pacientes em classe funcional I (n = 22) apresentaram PCr/β-ATP de 1,45 ± 0,35, e aqueles em classes funcionais II e III (n = 17), PCr/β-ATP de 0,94 ± 0,36 (p < 0,001). CONCLUSÃO: A ERM permitiu detectar de forma não invasiva alterações no metabolismo energético em pacientes com DC, mesmo sem disfunção sistólica; tais alterações estavam relacionadas com a gravidade do comprometimento cardíaco.
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Este relato apresenta o seguimento tardio de um caso de cardiomiopatia de Takotsubo com boa evolução clínica e melhora da função sistólica global ventricular esquerda. Contudo, observou-se persistência de significativa disfunção sistólica regional longitudinal que foi avaliada por meio de nova técnica ecocardiográfica (speckle tracking), com as medidas do strain (S) e strain rate (SR) correspondentes. Ressaltamos a importância desse novo método para o acompanhamento dessa cardiopatia, pois permite identificar os pacientes que persistem com disfunção sistólica e que possivelmente serão beneficiados com a manutenção da terapêutica clínica.
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FUNDAMENTO: A cirurgia de revascularização do miocárdio (RVM) é um procedimento consolidado no tratamento das doenças isquêmicas do coração (DIC), requerendo constante avaliação. OBJETIVO: Avaliar a qualidade na RVM, através das características clínicas dos pacientes, taxas de letalidade até um ano após a alta hospitalar, causas básicas de morte e complicações pós-operatórias, em quatro hospitais públicos do Município do Rio de Janeiro, de 1999 a 2003. MÉTODOS: Foram selecionados aleatoriamente prontuários de pacientes submetidos à RVM. Informações sobre características clínicas, complicações e óbitos foram coletadas retrospectivamente dos prontuários e das declarações de óbitos. As taxas de letalidade foram estimadas nos períodos intra-hospitalar e até um ano pós-alta. RESULTADOS: As prevalências das características pré-operatórias foram: mulher: 31,9%, hipertensão arterial: 90,7%, dislipidemia: 67,4%, diabete: 37,2%, tabagismo: 22,9%, obesidade: 18,3%, doença pulmonar obstrutiva crônica: 8,2%, acidente vascular encefálico prévio: 5,8%, arteriopatia extracardíaca: 12,7%, elevação da creatinina: 4,1%, estado crítico pré-operatório: 3,7%, infarto agudo do miocárdio recente: 23,5%, angina instável: 40,8%, síndrome coronariana aguda: 50,0%, RVM prévia: 2,4%, disfunção ventricular esquerda: 27,3%, lesão de tronco da coronária esquerda: 3,9% e associada com lesão em outro sistema: 19,8%. As taxas de letalidade nos hospitais variaram de 7,0% a 14,3% no período intra-hospitalar e de 8,5% a 20,2% até um ano pós-alta. As DIC representaram as causas de mais de 80% dos óbitos. O grupo de complicações pós-operatórias mais frequente foi de hemorragia ou baixo débito pós-procedimento. Sessenta por cento dos óbitos apresentaram cinco ou mais complicações enquanto que 40% dos sobreviventes nenhuma. CONCLUSÃO: As taxas de letalidade e de complicações foram elevadas. Mesmo nos sobreviventes as complicações foram mais frequentes do que o esperado.
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FUNDAMENTO: No Brasil, são escassos os estudos sobre síndrome metabólica na população geral, mais raros são os que a correlacionam ao climatério. OBJETIVO: Determinar a prevalência da síndrome metabólica e seus componentes em mulheres climatéricas. MÉTODOS: Estudo transversal com 323 mulheres climatéricas, divididas em dois grupos: pré e pós-menopausadas. Foram avaliadas para presença de síndrome metabólica, segundo os critérios do National Cholesterol Education Program's (NCEP) e da International Diabetes Federation (IDF). Foi verificada a associação entre as variáveis estudadas e a síndrome metabólica por meio de análise uni e multivariada. Um p-valor < 0,05 foi considerado significante estatisticamente. RESULTADOS: A prevalência de síndrome metabólica no climatério foi de 34,7% (NCEP) e de 49,8% (IDF). Os componentes mais frequentes da síndrome metabólica foram o HDL-colesterol baixo, hipertensão arterial, obesidade abdominal, hipertrigliceridemia e diabete em ambos os critérios. A análise multivariada mostrou que a idade foi o fator de risco mais importante para o surgimento da síndrome metabólica (p < 0,001), que esteve presente em 44,4% (NCEP) e 61,5% (IDF) das mulheres menopausadas em comparação a 24% (NCEP) e 37% (IDF) daquelas na pré-menopausa. CONCLUSÃO: A prevalência de síndrome metabólica foi maior nas mulheres menopausadas que naquelas na pré-menopausa. O principal fator de risco para o aumento dessa prevalência foi a idade. A menopausa, quando analisada isoladamente, não se constituiu um fator de risco para a síndrome metabólica.
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FUNDAMENTO: Os critérios para melhor definição da síndrome metabólica (SM), especialmente para a população idosa, ainda são pouco conhecidos, e sua compreensão torna-se cada vez mais necessária. OBJETIVO: Comparar quatro propostas de definição da SM, duas oficiais (National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III/NCEP-ATPIII e International Diabetes Federation/IDF) e duas candidatas definições propostas (Síndrome Metabólica - National Cholesterol Education Program's Adult Treatment Panel III - modificada/SM-ATPM e Síndrome Metabólica - International Diabetes Federation - modificada/SM-IDFM), derivadas da modificação de critérios oficiais. MÉTODOS: Participaram deste estudo 113 mulheres (60-83 anos), submetidas a avaliação antropométrica, de pressão arterial, de perfil lipídico, de glicemia de jejum e de questões relacionadas a hábitos de vida e condições de saúde. Análises estatísticas foram efetuadas por meio dos testes qui-quadrado e de determinação do coeficiente Kappa. RESULTADOS: A frequência dos altos níveis pressóricos foram similares nas duas definições oficiais (54,8%), com redução nas duas definições propostas (33,6%). A alteração na homeostase de glicose foi maior pela definição IDF e SM-IDFM (30,1%). A hipertrigliceridemia e os baixos níveis de HDL-c foram similares em todas as definições (35,4%). No que se refere à obesidade abdominal, a maior ocorrência foi registrada pelo critério do IDF (88,5%). A presença de síndrome metabólica teve maior e menor frequências de acordo com a proposta do IDF (45,1%) e SM-IDFM (22,1%), respectivamente. Foi encontrada maior concordância entre a definição modificada SM-ATPM com NCEP-ATPIII e SM-IDFM (Kappa: 0,79 e 0,77; p < 0,00001). CONCLUSÃO: A proposta SM-ATPM mostrou-se mais adequada para a detecção da SM nas idosas avaliadas.
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FUNDAMENTO: A insuficiência cardíaca é uma síndrome complexa com múltiplos fatores de risco envolvidos em sua gênese, tornando difícil a prevenção e o manejo. OBJETIVO: Identificar as principais etiologias e os fatores de risco na insuficiência cardíaca; comparar características clínicas e demográficas dos pacientes conforme a etiologia; analisar se o tratamento utilizado está de acordo com o preconizado pelas diretrizes brasileiras. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, descritivo e observacional realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. Os pacientes foram reunidos em quatro grupos, conforme etiologia, para comparação: cardiomiopatia chagásica, cardiomiopatia hipertensiva, cardiomiopatia dilatada e outras e cardiomiopatia isquêmica. Os testes de Qui-quadrado e Exato de Fisher, a ANOVA e o teste de Kruskal-Wallis foram utilizados na análise dos grupos e das formas de tratamento. RESULTADOS: Foram analisados 144 prontuários de pacientes, com média de idade 61 ± 15 anos, sendo 54,2% do sexo masculino. A cardiomiopatia chagásica destacou-se como principal etiologia (41%). Hipertensão arterial (48,6%), anemia (22,9%), doença coronariana (19,4%), dislipidemia (17,3%) e diabete (16,6%) foram os principais fatores de risco. Os hipertensos apresentaram prevalência maior do sexo feminino (p=0,044) e maior frequência de estertores pulmonares (p<0,01). A frequência cardíaca foi menor nos chagásicos (p<0,001). Os medicamentos prescritos foram diuréticos (81,2%), inibidores da enzima conversora da angiotensina ou bloqueadores dos receptores da angiotensina (77,7%), betabloqueadores (45,8%), espironolactona (35,4%), digitálicos (30,5%) e vasodilatadores (8,3%). CONCLUSÃO: A cardiomiopatia chagásica foi a principal causa de insuficiência cardíaca. Não se observou diferenças clínicas entre pacientes dos quatro grupos etiológicos.
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FUNDAMENTO: Adolescentes com excesso de adiposidade e eutróficas apresentam as mesmas alterações metabólicas esperadas em indivíduos obesos. OBJETIVO: Avaliar a composição corpórea, alterações antropométricas, bioquímicas e clínicas de adolescentes do sexo feminino. MÉTODOS: Foram avaliadas 113 adolescentes de escolas públicas de Viçosa, MG, divididas em três grupos: grupo 1 - constituído por adolescentes eutróficas com excesso de gordura corpórea; grupo 2 - eutróficas com gordura corpórea dentro dos limites de normalidade; e grupo 3 - com excesso de peso e de gordura corpórea. Peso, estatura, circunferência da cintura e quadril, pressão arterial foram aferidos. O índice de massa corporal (IMC) e a relação cintura-quadril foram calculados. O porcentual de gordura corpórea foi obtido pela impedância bioelétrica horizontal, seguindo protocolo próprio para a referida avaliação. A avaliação do porcentual de gordura corpórea e bioquímica foi realizada após 12 horas de jejum, sendo analisados perfil lipídico, glicemia e insulina, homocisteína, leptina e Proteína C Reativa. A resistência à insulina foi calculada pelo índice HOMA. RESULTADOS: O grupo das adolescentes eutróficas, com elevada adiposidade, comportou-se, em relação à pressão arterial, fração HDL e glicemia, de modo semelhante às adolescentes com excesso de peso. Pode-se perceber que o índice HOMA, a insulina e a leptina aumentaram de acordo com o aumento da gordura corpórea. Mais da metade das adolescentes apresentava valores de colesterol total e PCR acima dos níveis recomendados. A alteração metabólica mais evidente relacionou-se ao perfil lipídico para os grupos estudados. CONCLUSÃO: O excesso de adiposidade em adolescentes eutróficas pode estar relacionado a alterações bioquímicas e clínicas semelhantes àquelas encontradas em adolescentes com excesso de peso.
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FUNDAMENTO: A hipertensão arterial (HA) é um problema de saúde que atinge um grande número de hipertensos não diagnosticados ou não tratados adequadamente e que possui um alto índice de abandono ao tratamento. OBJETIVO: Estimar a prevalência da HA e sua correlação com alguns fatores de risco cardiovasculares na população adulta de Firminópolis-GO. MÉTODOS: Estudo descritivo, observacional e transversal com base populacional, amostra aleatória simples (> 18 anos): questionários padronizados com medidas de pressão arterial (critério de HA > 140 x 90 mmHg), peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura (CC). Dados armazenados (Microsoft Acess) e analisados pelo Epi-info. RESULTADOS: Investigados 1.168 indivíduos, com predomínio de mulheres. Sexo feminino - 63,2% com média de idade entre 43,2 ± 14,9 anos. Prevalência de sobrepeso em 33,7% e obesidade em 16,0% dos indivíduos. Prevalência de CC alterada em 51,8% e de tabagismo em 23,2%. Sedentarismo no trabalho e no lazer presente em 67,6% e em 64,8% dos indivíduos, respectivamente, com proporção maior entre as mulheres. Etilismo em 33,3% da amostra. A prevalência de HA foi de 32,7%, em maior número entre os homens (35,8%) do que entre as mulheres (30,9%). Encontrada correlação positiva da HA com IMC, CC e faixa etária. Correlação negativa de HA e escolaridade, com 18,2% de hipertensos com nove anos ou mais de estudo. CONCLUSÃO: Encontrada alta prevalência de HA, excesso de peso e CC. O sexo feminino representou fator de proteção para o risco de HA. Encontradas correlação positiva da HA com IMC, CC, e faixa etária e correlação negativa com escolaridade.
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FUNDAMENTO: A ocorrência de dislipidemias é crescente na população infanto-juvenil. Níveis alterados do perfil lipídico estão relacionados com maior incidência de hipertensão e doença aterosclerótica. OBJETIVO: Avaliar a magnitude das dislipidemias e investigar a relação do perfil lipídico com o excesso de peso e a obesidade abdominal em adolescentes escolares da cidade do Recife - PE. MÉTODOS: Foram coletados dados pessoais, situação socioeconômica, medidas antropométricas e perfil lipídico de 470 adolescentes de 10 a 14 anos, de ambos os sexos, da rede pública de ensino de Recife - PE. A análise estatística foi realizada com os programas Epi-info 6.04 e SPSS 13.0. Adotou-se o nível de significância de 5%. RESULTADOS: A maior parte da população era dislipidêmica (63,8%, IC95% 59,3 - 68,2), sendo a hipoalfalipoproteinemia a dislipidemia mais prevalente (56%, IC95% 51,3 - 60,5). Adolescentes com excesso de peso ou com obesidade abdominal apresentaram valores mais elevados de triglicerídeos e mais baixos de HDL-colesterol (p < 0,05). As concentrações do colesterol total e frações não diferiram em relação ao sexo. CONCLUSÃO: Ficou demonstrada a elevada ocorrência do perfil lipídico desfavorável, o que faz alertar para a necessidade da dosagem do perfil lipídico já nessa faixa etária. Medidas de estilo de vida saudável devem ser incentivadas nessa população.
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FUNDAMENTO: Os fatores de risco cardiovascular (FRCV) apresentam alta prevalência e causam impacto na morbimortalidade de idosos, porém, essa questão ainda se mostra desconhecida entre idosos usuários do Sistema Único de Saúde. OBJETIVO: Investigar a prevalência de FRCV em idosos usuários da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiânia - Goiás. MÉTODOS: Estudo transversal com amostragem em múltiplos estágios, realizado por meio de inquérito domiciliar com 418 idosos acima de 60 anos, usuários do SUS da atenção básica de Goiânia. Foram coletados dados socioeconômicos, demográficos, estilo de vida, peso, altura, circunferência da cintura, pressão arterial e uso de medicamentos. Os FRCV investigados foram: hipertensão arterial, diabete melito, obesidade total, obesidade central, dislipidemias, tabagismo, sedentarismo e consumo de bebida alcoólica. Utilizou-se o teste do Qui-quadrado para análises das associações, com significância de 5%. RESULTADOS: As prevalências dos FRCV foram: 80,4% de hipertensão arterial; 83,3% de obesidade central; 59,8% de sedentarismo; 32,2% de obesidade total; 23,4% de dislipidemias; 19,1% de diabete melito; 10,0% de tabagismo e 5,9% de consumo de bebida alcoólica. Quanto à simultaneidade, 2,4% dos idosos não apresentaram FRCV. A simultaneidade de dois ou mais FRCV ocorreu em 87,3% dos idosos e mostra-se com maior frequência entre as mulheres. CONCLUSÃO: Os FRCV ocorrem de maneira simultânea em mais da metade dos idosos, e os mais prevalentes foram: hipertensão arterial, obesidade central e sedentarismo. É preciso intensificar as estratégias de promoção da saúde e prevenção de agravos cardiovasculares em idosos usuários da atenção básica do SUS de Goiânia, principalmente entre aqueles com simultaneidade de FRCV.