997 resultados para Umbanda candomblé trânsito religioso igrejas evangélicas


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A cidade se desenvolve a partir de um ncleo denominado centro, na direo de crculos perifricos. As populaes instaladas nestas zonas de fronteiras vivenciam e estabelecem relaes prprias com o espao que ocupam e com o ncleo denominado centro. Em So Paulo, plausvel que se reconhea no h uma uniformidade na populao urbana, mas populaes urbanas, marcadas por caractersticas plurais e significativos contrastes entre si, inclusive nas manifestaes de fenmenos religiosos.A zona leste da cidade de So Paulo objeto da anlise desta pesquisa apresentada em quatro captulos, observada em seus diferentes aspectos, identificando-se inclusive, que h na prpria regio geogrfica marcada como ZL, duas disposies, a saber: ZL 1 e ZL 2, que por si s evidenciam o contraste na zona de fronteira. O olhar especfico para este espao delimitado pelo tempo, entre 1990-2000 e pela referncia da pesquisa que se prope identificar e analisar as Prticas Pastorais das Igrejas Batistas residentes nesta Zona. Na anlise das Prticas Pastorais no vis da evangelizao e expanso missionria, elabora-se a pesquisa especificamente sobre trs comunidades, a saber: Primeira Igreja Batista da Penha, Igreja Batista em Vila Salete e Primeira Igreja Evanglica Batista em Guaianases.Parte-se no de um referencial externo comunidade como instrumental de anlise, mas suas respectivas propostas de Prticas Pastorais registradas em seus documentos oficiais como atas, anurios e informativos dominicais, os quais serviram como fonte documental. As fronteiras urbanas so, por natureza, inovadoras e caticas, sendo exatamente por isso o espao mais adequado para igrejas criarem e desenvolverem Prticas Pastorais prprias e conseqentes, sem delimitadores inovao de toda a ordem, configurando-se como Igreja sem Fronteiras. Em caso contrrio motivao inovadora, rompendo-se o dilogo e a vivncia com o meio urbano fronteirio, excluindo-se o ambiente de contraste que se oferece igreja, d-se a gnese ao vazio, desesperana, a Fronteiras sem Igreja.(AU)

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Esta dissertao tem por finalidade analisar o fenmeno religioso da converso ao Isl. Com base em um estudo emprico a dissertao estuda a converso ao Isl como sendo um processo de assimilao do ethos religioso islmico empreendido por brasileiros de ascendncia no rabe. Numa proposta sociolgica o conceito de converso foi ampliado e articulado junto aos conceitos de identidade e assimilao. Os convertidos entrevistados fazem parte de uma sociedade religiosa muulmana sunita situada em So Bernardo do Campo na regio do grande ABC, So Paulo, organizada em torno de um Centro de Divulgao do Isl para a Amrica Latina (CDIAL), e de uma mesquita que leva o nome de Abu Bakr Assedic. Esta dissertao tenta compreender os antecedentes scio-religiosos, os motivos da converso e suas conseqncias. Para tanto, sustentamos ainda que o processo de converso ao Isl gradativo e empreendido por um sujeito ativo, que ao interpretar suas prprias experincias, constri uma identidade particular e diferenciadora do ethos rabe.(AU)

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Este trabalho um estudo sobre o papel e a construo do corpo, a partir dos rituais pblicos do candomblé. Durante esses rituais, dei-me conta de que o corpo, para essa cultura grafa, assumia o papel de um texto, no qual se podiam ler, por meio dos gestos e da dana, as histrias e os valores desse grupo social. Todo esse processo s possvel porque a noo de pessoa no candomblé pensada como um todo, resultado de todas as partes do corpo, diferentemente da noo disjuntiva presente no ocidente. Todos os sentidos do corpo: olfato, tato, viso, audio e paladar, so onsiderados centros de fora, e o processo de iniciao coloca em equilbrio esses centros. Do mesmo modo que a pessoa mltipla e construda ao longo do processo inicitico, o corpo manifesta suas mltiplas foras e construdo esteticamente, tornando um texto para ser lido pela sociedade. Dessa forma, o corpo se constri, nos rituais do candomblé, graas aprendizagem de valores sociais, culturais e religiosos, que se d por meio da oralidade, dos atos, gestos e da experincia vivida no quotidiano do terreiro. Nos rituais pblicos, atravs da dana de transe, o iniciado mostrar ao grupo seu estgio espiritual, a viso de mundo do grupo e o ethos de seu povo. A pesquisa de campo foi realizada na Casa de Candomblé Il Dara se sun Eyin, comandada pelo Pai Cido de sun Eyin, durante os anos de 2001, 2002 e 2003.(AU)

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Este trabalho, situado na rea de Prxis Religiosa e Sociedade, analisa a interao entre o protestantismo brasileiro e a Ps-modernidade, possibilitando uma observao de certas mudanas e/ou transformaes que este intercmbio provoca neste setor religioso aproximando-o ou distanciando de algumas caractersticas prprias de suas origens protestantes. Para tanto, restringe-se ao metodismo, especificamente, uma Igreja Metodista no ABC e, por meio de uma pesquisa qualitativa, avalia como algumas marcas psmodernas circulam nas prdicas proferidas na comunidade escolhida, ou seja, a Igreja Metodista em Santo Andr. O mtodo analtico utilizado a Anlise do Discurso de linha bakhtiniana, cuja apreciao avalia a prdica como discurso verbal relacionado a uma situao social extraverbal que o engendra. Entretanto, nesta proposta de reflexo crtica, faz-se uso, tambm, das contribuies profcuas de outras reas do saber, isto , da Teologia (homiltica) e da Sociologia do Protestantismo que permitem uma compreenso mais ampla dos assuntos tratados.(AU)

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Esta tese o resultado de uma pesquisa sobre o uso e a influncia do dinheiro no que tange s questes existenciais, no contexto capitalista, ligadas ao trinmio: sade, amor e espiritualidade. Para isso, foram analisados vrios tipos de vnculo, afetivos ou no, existentes nas relaes humanas, no mbito da famlia, do mercado e do Estado, convergindo para a busca do sagrado que d sentido e significado existenciais. O eixo terico se localiza em uma interface entre as Cincias Sociais e a Psicologia Analtica, de Carl Gustav Jung (1875-1961), que expressa em sua obra a necessidade humana de encontrar a realizao do ser pela conquista consciente de um estado de integrao evolutiva. Esta dimenso integral existe quando realizada a unificao dos vrios aspectos do eu com o inconsciente, expressos teleologicamente no processo de individuao. O resultado da evoluo cientfica e tecnolgica, acrescido pela supremacia do mercado, abrange praticamente todas as esferas da vida humana, imprimindo uma importncia excessiva ao dinheiro. Por exemplo, at o campo religioso foi invadido pela lgica monetria, que se instalou impondo uma atitude monetarizada nas prticas e ritos religiosos, como ocorre em algumas igrejas neopentecostais. Por sua vez, a supervalorizao do dinheiro contribui para um processo que combina dessacralizao e excluso social, bem como para o aumento significativo de doenas em todas as instncias em que as trocas deixaram de acontecer livremente. Com a interdio das trocas, a vida se esvai, comprometendo a evoluo humana nas instncias fsicas, psquicas, sociais, espirituais, familiares, afetivas ou profissionais. Como os desejos de lucro e de acmulo impedem as trocas, a conquista da dimenso integral vai ficando sombreada at ser substituda pela anestesia do consumo, no sentido de aliviar, apesar de no eliminar, os sentimentos de angstia pela falta de sentido existencial. Busca-se neste trabalho o entendimento da razo pela qual o ser humano contemporneo deixou de trocar livremente e passou a acumular, muitas vezes por meio de consumo do suprfluo, ficando merc de um mercado que pretende ser hegemnico, colocando inclusive o dinheiro como caminho de cura e salvao. Fizemos um levantamento das possibilidades que podem restar para a concretizao de uma readequao do uso do dinheiro a servio da individuao e da realizao existencial.(AU)

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Sarah Poulton Kalley conhecida, em quase todos os segmentos do protestantismo do Brasil, devido organizao e compilao d e Salmos e Hinos, o mais antigo hinrio protestante editado no vernculo em nosso pas. Seus hinos, ainda em uso em muitas igrejas, marcaram por mais de um sculo a teologia do protestantismo no Brasil. Apesar desta notoriedade, sua influncia na gnese do protestantismo brasileiro nunca foi objeto de estudo. Assim, o objetivo desta pesquisa resgatar e visibilizar reas e estratgias de atuao que conferem a esta mulher um perfil de atuao relativamente autnomo. Contudo, centrada no estudo da trajetria intelectual e biogrfica de um sujeito histrico, a investigao se defronta com um universo de personagens annimos, envoltos numa complexa teia de relaes, atravs das quais o protestantismo se insere no Brasil em um contexto especifico: huguenotes, puritanos, luddistas, famlias no-conformistas inglesas, lderes polticos e eclesisticos, exilados madeirenses, brasileiros, portugueses, imigrantes alemes e, principalmente, a mulher protestante brasileira. A busca por informaes sobre este universo relegado ao anonimato pela historiografia do protestantismo no Brasil, reve lou alguns documentos inditos, inclusive um livro escrito por Sarah Poulton Kalley, em 1866: o A Alegria da Casa. Muito alm do papel de esposa de um missionrio e mdico, Sarah Poulton Kalley emerge de uma rede de relaes e prticas como professora, missionria e poetisa. Nestes trs campos de atuao e atravs do desenvolvimento de mltiplos contatos e relacionamentos, procurava transformar e influenciar atitudes e crenas de seus interlocutores. Junto com a nova f divulgava uma cosmoviso prpria da cultura anglo-sax, protestante e puritana, adaptando-a seletivamente ao universo cultural e social de seus interlocutores.(AU)

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A disciplina de Ensino Religioso, por passar desapercebida e ser entendida como de menor importncia, acaba no recebendo o devido valor na grande maioria das escolas pblicas e, tambm, na Academia. Tendo em vista essa problemtica, a presente dissertao tem como objetivo mostrar a relevncia da mesma para a sociedade, focando sua contribuio para superar a excluso social e, conseqentemente, a sua relao com a Educao para a Solidariedade. A partir dessa perspectiva, para a concretizao desse objetivo, consideramos alguns conceitos fundamentais para esse fim, como educao, neoliberalismo, excluso social, solidariedade, sentido da vida, converso epistemolgica, tica e religiosa. Tambm apresentamos trs modelos de Ensino Religioso, a saber, o Frum Nacional Permanente do Ensino Religioso, a Educao para a Religiosidade e o Confessional, apontando e refletindo sobre suas propostas pedaggicas, bem como pontos positivos e algumas limitaes impostas por elas que precisamos levar em considerao ao utilizar qualquer um destes modelos. Como procedimentos metodolgicos optamos pela pesquisa bibliogrfica, sendo Jung Mo Sung e Hugo Assmann os autores que fundamentaram e justificaram, de forma mais precisa, a pertinncia da Educao para a Solidariedade com o Ensino Religioso. Com esse trabalho, pretendemos propor que o Ensino Religioso uma disciplina que deve ser compreendida e respeitada por todos aqueles que esto envolvidos com a educao, pois essa disciplina, ao auxiliar o processo educacional no combate excluso social, acaba por possuir uma participao precisa na nossa sociedade.(AU)

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O impacto cultural e religioso causado pelo encontro dos indgenas e europeus no Novo Mundo me levou busca de uma reconstruo do universo mental, simblico e religioso dos povos que viveram no Brasil, nesse perodo.Para entender as origens, as matrizes fundantes, da religiosidade brasileira busquei, atravs da anlise dos relatos dos cronistas quinhentistas, uma via para essa compreenso. Sabe-se que durante muito tempo a historiografia brasileira desconheceu o fenmeno das Santidades Amerndias , ou seja, a dimenso dessa religiosidade envolta em magia, mas que pode ser observada e relatada pelos cronistas. Podemos verificar que o sagrado perpassa o campo social e o poltico dos indgenas brasileiros. Alm da crena religiosa, existe a crena em outras foras que regem esse mundo: a crena nas profecias, nas benzees para afastar os males e na cura ou nos feitios que podem fazer o mal para seus desafetos. Todavia, nosso propsito no um estudo da magia ou da religio, mas uma tentativa de abordar as crenas, a religiosidade indgena, nesse Paraso Terrestre, que por um bom tempo foi o Brasil do Sculo XVI. O principal personagem: o profeta-caraba , ao mesmo tempo, sacerdote e fiel seguidor dos princpios tradicionais, fundamentais de sua tribo. Esse guia espiritual, com a misso de derrotar as foras do mal e libertar sua tribo das garras do inimigo, quem dever os conduzir at a Terra sem Mal.(AU)

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Arreda homem que a vem mulher... , trata das representaes de gnero nas manifestaes da Pombagira, entidade espiritual da religiosidade afro-brasileira. O trabalho faz uma leitura diferenciada sobre a figura da Pombagira trazendo-a para o campo social, mostrando sua construo e suas funes, desmistificando sua associao com o mal que supomos esteja relacionado com a sua funo de intermediadora das relaes amorosas, vinculadas ao poder via sexualidade, alm da sua manifestao como contestadora do papel feminino construdo. A pesquisa foi realizada por meio da observao dos rituais e entrevistas semi-estruturadas com sacerdotes, sacerdotisas e adeptos da religiosidade afro-brasileira em terreiros de Candomblé e Umbanda na cidade de Porto Velho - Rondnia. Apresentamos no primeiro captulo algumas observaes sobre as suas imagens, funes e representaes. No segundo captulo trazemos as construes da sua figura pelos cientistas sociais, religiosos, entrevistados e entrevistadas. O terceiro captulo foi dedicado s observaes sobre as representaes da Pombagira, objetivo central do trabalho.AU)

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Entre instituies e atividades ligadas igreja como reunies de orao, cultos, ensaios de corais, ministrio infantil, casa, filhos, vida conjugal, etc. est presente uma figura ainda no estudada pelas Cincias da Religio, a da esposa do pastor batista. O objetivo principal desta pesquisa foi o de analisar o processo de construo e de manuteno das representaes sociais dessas mulheres. Para isso, no primeiro captulo identificamos e analisamos as representaes de gnero presentes na estrutura e no cotidiano eclesistico da denominao e seus reflexos na elaborao e na conservao do perfil das esposas de pastores. No segundo captulo realizamos uma anlise do poder e do papel das instituies de formao teolgica e ministerial da denominao batista como formas de idealizao, de construo e de manuteno das representaes sociais das esposas de pastores. Investigamos no terceiro captulo as formas do trânsito das esposas de pastores entre os espaos pblicos e privados - imbricados um no outro, e as formas em que o poder institucional atua nestes lugares. Para este fim, utilizamos o mtodo etnogrfico, observando as igrejas batistas selecionadas, aplicando questionrios aos membros das igrejas, lderes institucionais e estudantes da Faculdade Teolgica Batista do Paran FTBP e realizando entrevistas semi-estruturadas com os pastores e suas esposas. As teorias das Cincias da Religio e Sociais nos proporcionaram o suporte terico necessrio para o desenvolvimento do texto e para a anlise dos dados empricos. (AU)

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Este estudo trata da dinmica relacional das identidades religiosas e etno-raciais em torno de pessoas negras de igrejas metodistas da Regio Metropolitana de So Paulo. Toma como referncia emprica as Igrejas Metodistas em: Suzano, Itaquaquecetuba - Monte Belo - e Central em Santo Andr. Analisa as implicaes identitrias do sujeito negro metodista e aponta contradies entre parmetros socioculturais das identidades negras construdas ao longo da histria e o modelo religioso metodista. Analisa a construo sociocultural das identidades religiosas, circunscritas s contingncias materiais, econmicas e polticas da sociedade onde esto inseridos os sujeitos da pesquisa. Prope que a identidade negra coletiva uma mescla de associaes, por um lado negativas resultantes tanto das condies socioeconmicas segregacionistas vinculadas ao racismo institucionalizado na sociedade e nos espaos religiosos, por outro, positivas, de um protagonismo cultural enriquecedor da cultura brasileira, alm daquele marcado pela resistncia, desenvolvido pelos movimentos negros. Demonstra o papel da instituio metodista que impe uma padronizao cultural de classe mdia branca e controle sobre as manifestaes identitrias negras.(AU)

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Neste trabalho busca se estudar o ritual, na Santera ou Regla de Ocha, como espao de criao e sustentao do grupo religioso. Aqui so demonstrados e interpretados argumentos que evidenciam a pertinncia da Santera como sistema religioso que ajuda as pessoas a lidarem com as profundas mudanas sociais que aconteceram e continuam a acontecer na sociedade cubana nos diferentes perodos histricos. Isto, devido a que o ritual na Santera um espao dinmico onde se experimentam as relaes individuais e coletivas, sociais e religiosas, e onde se fornece pressupostos indispensveis para as pessoas enfrentarem com os desafios que o cotidiano lhes reserva. A pesquisa destaca aspectos internos do ritual conhecido como o Wemilere ou Tambor de Santo; bem como a relao entre os sujeitos que participam no ritual, as suas motivaes e os espaos litrgicos onde a celebrao acontece. Os aspectos abordados no trabalho no constituem uma apreciao definitiva sobre o ritual, mas uma aproximao a um sistema religioso de grande importncia no contexto scio-cultural cubano. (AU)

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A insero das novas religies japonesas no Brasil, entre elas a Seicho-No-Ie, est diretamente ligada imigrao japonesa, iniciada em 1908. Esses imigrantes trouxeram com eles cosmovises e prticas religiosas, que faziam parte de um antigo e rico legado cultural. No Japo, o surgimento dessas novas religies se deu, principalmente, em decorrncia da Restaurao Meiji (1868-1912), um perodo de modernizao daquele pas. Nessa poca apareceram a Oomoto, Tenriky, Soka Gakkai, Igreja Messinica Mundial e a Seicho-No-Ie. Masaharu Taniguchi (1893-1985) fundou a Seicho-No-Ie em 1930, um movimento filosfico-religioso, cujo nome significa lar do progredir infinito . A sua base doutrinria est fundamentada nas tradies budistas e xintostas mescladas, posteriormente, com preceitos do cristianismo. O fato fundante dessa nova religio so as revelaes que Taniguchi afirma ter recebido de uma divindade xintosta. Foi, no entanto, a divulgao de seus ensinamentos, por meio de uma revista, que deu incio sua expanso no Japo e depois em vrias partes do mundo. Taniguchi foi um lder proftico e carismtico, que instaurou um sistema de dominao simblica peculiar, mas passvel de ser analisada luz das teorias de Max Weber e Pierre Bourdieu. O processo de institucionalizao tomou a famlia Taniguchi como o modelo ideal, articulando-se a partir dela um sistema de dominao misto de patriarcal, carismtico e burocrtico. Assim se formou um legado, inicialmente inspirado na tradio imperial japonesa, em que o papel feminino est subordinado ordem androcntrica. Esse fator privilegiou a sucesso do Mestre Taniguchi por seu genro, Seicho Arachi, que adotou o sobrenome do sogro e, anos mais tarde, se reproduziu na ascenso do primognito do casal Seicho e Emiko, Masanobu Taniguchi. No Brasil, os imigrantes japoneses, j no incio dos anos 30, descobriram a Seicho-No-Ie, graas ao recebimento do mensrio editado no Japo por Taniguchi. Foi, entretanto, o trabalho missionrio dos irmos Daijiro e Miyoshi Matsuda, imigrantes japoneses no Brasil, que a Seicho-No-Ie aqui se estabeleceu e se desenvolveu, obtendo o seu reconhecimento oficial como filial da sede japonesa, em 30/05/51. Inicialmente a Seicho-No-Ie se restringiu s fronteiras tnicas e culturais da colnia japonesa, porm, a partir de 1960, passou a atrair brasileiros, enquanto buscava aculturar as suas atividades doutrinrias. Busca-se neste estudo descrever a organizao assumida no Brasil pela Seicho-No-Ie, a sua estrutura doutrinria e administrativa, apresentando-as como uma reproduo da Sede Internacional situada no Japo. Procuramos valorizar o discurso religioso da Seicho-No-Ie contido nos livros e revistas publicados, e atualmente, em programas de televiso. Acreditamos serem esses meios, ao lado dos ensinamentos transmitidos por um seleto corpo de preletores, as principais formas de reproduo desse legado que Masaharu Taniguchi deixou aos seus seguidores, japoneses, brasileiros e de outras nacionalidades.

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O jornal Expositor Cristo, rgo oficial da Igreja Metodista no Brasil, nasceu em 1886, com uma proposta que se poderia chamar de ecumnica: seu primeiro nome, Methodista Catholico, revela o desejo de universalidade, confirmado pelo editorial de estria. Seu criador, o missionrio norte-americano John James Ransom, pretendia um veculo de orientao doutrinria que no fosse sectrio, em consonncia com a tradio wesleyana. Mas o Metodista Catlico teve vida curta: em pouco mais de um ano passou a se chamar Expositor Cristo. O campo religioso brasileiro vivia, ento, o perodo da controvrsia apologtica, com a insero do protestantismo de misso, de origem anglo-sax, em contraposio ao catolicismo romano. O nome do recm-nascido jornal foi mais uma vtima dos embates. Este trabalho se disps a avaliar como o jornal tratou a questo do ecumenismo desde esse perodo at a entrada da Igreja Metodista no CONIC, Conselho Nacional de Igrejas Crists, no incio da dcada de 1980. A pesquisa constatou que o anticatolicismo arraigado no metodismo brasileiro em seus primrdios jamais desapareceu por completo. Notou tambm que o metodismo no esteve imune aos conflitos interdenominacionais existentes no prprio meio evanglico. Em que pese o reconhecido pioneirismo da Igreja Metodista na criao de organismos ecumnicos brasileiros, o ecumenismo sempre enfrentou barreiras internas, mais ou menos explcitas. E o jornal Expositor Cristo, criado para ser um veculo de informao e formao doutrinria, nem sempre comunicou com a necessria clareza qual o significado que a Igreja Metodista confere palavra ecumenismo e como ela o pratica. Em alguns momentos, a coexistncia entre ecumenismo e antiecumenismo no interior do campo metodista no foi trazida luz dos debates pelo jornal, mas permaneceu oculta por omisses e ambivalncias. o que este trabalho pde constatar a partir de uma avaliao qualitativa do contedo do jornal.(AU)

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Este trabalho analisa a fragmentao que vem ocorrendo no neopentecostalismo, procurando investigar as relaes entre as causas dessa fragmentao e a forma especfica como os grupos neopentecostais se colocam na Modernidade, sobretudo em seus conceitos de poder e nas formas de sua estruturao. Essa investigao feita em dilogo com as teorias da secularizao, da modernidade e do poder moderno e fundamentada empiricamente em pesquisa de campo qualitativa realizada atravs de entrevistas com lderes de igrejas neopentecostais na cidade de Sorocaba. Ao desenvolver essa anlise, demonstramos como essas expresses religiosas representam uma adaptao ao ambiente da modernidade brasileira e cultura moderna, especialmente pela assimilao de crenas e prticas populares e da adoo da lgica e da cultura de mercado. nessa vinculao entre as formas de exerccio do poder e o contexto cultural, poltico e econmico modernos que explica-se a acentuada fragmentao neopentecostal.(AU)