992 resultados para Shakespeare, William, 1564-1616 Crítica e interpretação


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Neste trabalho, pretende-se identificar o funcionamento do adjetivo qualificador como elemento capaz de estabelecer e modificar comportamento (s). Nossa hiptese inicial a de que Nelson Rodrigues (2007) explora a capacidade que apresenta a subclasse qualificador para estabelecer o dilogo com o interlocutor. Constataremos, a partir da anlise de sintagmas nominais compostos, em sua maioria, por substantivo abstratoadjetivo, que o adjetivo no s desfaz a abstrao presente no substantivo, como tambm influencia no encaminhamento da proposta a ser compartilhada entre os sujeitos do discurso. Observaremos a relevncia do nome para o projeto de argumentao, visto que Nelson Rodrigues estrutura enunciados em que a alternncia entre substantivos e adjetivos do mesmo campo lexical recorrente. Analisaremos a seleo dos adjetivos como recurso utilizado pelo comunicador com vistas mudana comportamental do interlocutor. Percorreremos a teoria da argumentao a partir de Aristteles no que se refere preocupao com a elaborao da forma para construir significado. Constataremos, com base na anlise dos sintagmas organizados por Rodrigues, que a seleo lexical, a inverso de estruturas, o rompimento com a norma, todo recurso vlido para a concretizao do projeto de fala do escritor

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O objetivo desta dissertao investigar o vis coletivo da autobiografia ficcional de Face of an angel, da escritora estadunidense e de origem mexicana Denise Chvez. Desse modo, o trabalho pretende discutir a sociedade chicana descrita sob a tica da narradora/protagonista, Soveida Dosamantes, investigando desde o processo histrico de que resultado, passando pela iniquidade entre os papis desempenhados por homens e mulheres at chegar ao discurso autorreferencial com que a narradora/protagonista representa o ambiente cultural em que se insere. Antes da narrativa propriamente dita, h a rvore genealgica da narradora/protagonista, assinalando que o que vai se descortinar ao longo da leitura uma saga de famlia. Assim, Soveida Dosamantes utiliza a sua ambincia domstica, bem como a comunidade da fictcia cidade de gua Oscura, sua cidade natal, como recorte de uma estrutura social maior. Fazendo uso do discurso autobiogrfico, a narradora/protagonista criada por Denise Chvez expe as mazelas de uma comunidade que, em virtude ser produto do colonialismo e do neocolonialismo, perdeu sua identidade cultural. Em Face of an angel, atravs do relato em primeira pessoa de sua narradora/protagonista, a autora Denise Chvez reproduz o universo em que nasceu e cresceu. Cedendo a Soveida Dosamantes componentes autobiogrficos como complicadas relaes familiares, personagens femininas nativas que funcionam como sentinelas de prticas ancestrais que o domnio europeu apagou, personagens masculinos que mascaram sua fragilidade por trs de uma fora e de um poder aparentes, Chvez representa em Face of an Angel o microcosmos de uma comunidade que vem, aos poucos, subvertendo o discurso oficial e conquistando o seu terreno no panorama poltico e social estadunidense

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Esta dissertao tem por objetivo investigar como Alice Munro e Margaret Laurence se apropriam de gneros cannicos, especificamente do Bildungsroman e do Knstlerroman, para subvert-los e representar verses diferentes do sujeito feminino atravs de romances de cunho autobiogrfico escritos por mulheres. A investigao focada em dois romances: Lives of Girls and Women (1971), escrito por Alice Munro, e The Diviners (1974), escrito por Margaret Laurence. No romance de Alice Munro, as estratgias de apagamento das fronteiras entre gneros, a ideia de que perspectivas de realidade mudam de acordo com a experincia e a memria de cada indivduo, como tambm a nfase no desenvolvimento da protagonista enquanto pessoa e escritora, so assuntos amplamente discutidos. No romance de Margaret Laurence, a nfase no aspecto subjetivo da memria, a desconstruo de esteretipos de gnero e a renegociao da representao do sujeito feminino para o alcance de uma identidade feminina autnoma na vida e na arte so os principais assuntos investigados. Em vista disso, esta dissertao visa mostrar como a representao da identidade feminina redefinida por duas escritoras canadenses que se apropriaram de discursos dominantes para subvert-los e, ento, reescreverem suas histrias

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A importncia do tema de Orfeu na dramaturgia brasileira uma evidncia j comprovada e explorada. Esta dissertao segue outra direo: prope um estudo comparativo, permeando a relao da poesia de Vinicius de Moraes com o mito de Orfeu, emblema da genuna musicalidade potica. Os eventos mticos enfrentados pelo heri grego renem temas que, assimilados aos versos do poeta brasileiro, funcionam como pautas sinalizadoras de uma potica marcada pela sensibilidade musical e por uma metafsica do prprio fazer potico. Desse modo, a dissertao adota a metfora musical, para compreender o legado de Orfeu numa linhagem de poetas brasileiros do sculo XX, dentre os quais Vinicius se destaca pela versatilidade de sua lira. O trabalho se divide em trs acordes: no primeiro, so apresentados aspectos do mito antigo e sua revivescncia, modulada, nas obras de Murilo Mendes, Jorge de Lima, Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes; no segundo, centrado j na poesia viniciana, examinam-se dois lugares de ressonncia da problemtica rfica que resultam nas poticas do exlio e do silncio; o terceiro se fixa no pthos dos poetas, o mtico e o brasileiro. Em cada acorde, notas distintas so entoadas com maior expressividade transferncias culturais, legado rfico, crítica filosfica, retrica do olhar, tragicidade e riso. Para compreender a partitura que rege a comparao, no mbito mais geral, Peter Szondi, Gilbert Durand e Aby Warburg iluminam as ponderaes; na pauta de Orfeu, comparecem estudos de Luis Krausz, Marcel Detienne, Manuel Antnio de Castro e Carlinda Nuez; e, no que tange obra de Vinicius de Moraes, Alfredo Bosi, Otto Lara Resende, Dalma Nascimento, entre outros contemporneos, so essenciais. O estudo resulta na identificao de um substrato rfico, que constitui um canal de transferncia cultural peculiar, na obra de Vinicius de Moraes

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O presente trabalho visa estabelecer uma reflexo sobre o conto e mais propriamente sobre a linguagem como aquilo que propicia e concede ao homem a sua essncia. Para isto, tem como proposta estabelecer uma leitura do livro Grande serto: veredas, de Guimares Rosa, luz de alguns versos de Fernando Pessoa, especialmente um verso do heternimo Ricardo Reis: somos contos contando contos, nada. Nesta esteira, o presente estudo procura estebelecer afinidades eletivas entre os textos pela via do tema proposto. Neste sentido, considera-se que Fernando Pessoa fez da sua vida uma grande obra literria, sendo ele prprio um conto a contar contos, sendo a experincia heteronmica a evidncia do poder de criao da lngua vivenciado pelo escritor. Considera-se tambm que a obra Grande serto: veredas de Guimares Rosa pode ser lida como um grande conto, tendo por base uma declarao feita pelo prprio autor em entrevista. Desta forma, o presente trabalho procura desenvolver o gesto de contar como a forma como o homem torna o mundo habitvel, abordvel, e tambm como a prova de sua prpria existncia, sendo o gesto de colocar as palavras a caminho a forma de realizar a travessia da vida atravs das palavras

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O perodo de transio da dcada de 20 para a de 30 dentro do Modernismo brasileiro muito estudado por crticos. Por um lado, defende-se a ideia de que ambas as dcadas pertencem a um mesmo movimento, mas com perspectivas diferentes. Por outro, cogita-se que os dois momentos constituem movimentos literrios distintos. Para Joo Luiz Lafet, a gerao de 20 e a de 30 fazem parte de um mesmo movimento, contudo, h uma distino entre elas: a dcada de 20 caracterizou-se por uma nfase em um projeto esttico, em que predomina o trabalho com a lngua e a sua forma, e a gerao de 30, por uma proeminncia de um projeto ideolgico, que priorizou a discusso social. Lus Bueno defende a ideia de que a literatura produzida nos dois decnios se comportou de forma muito divergente e que as duas dcadas no so parte de um mesmo momento literrio, ainda que se reconhea o valor da gerao de 20 para a subsequente. Nesse trabalho, veremos como na obra de Graciliano Ramos esses dois projetos que Lafet prope so indissociveis, sobretudo pelo trabalho do autor com a metalinguagem, entendida como um processo presente em todos os atos da conscincia, como defende Harald Weinrich. Observar-se- em So Bernardo e Vidas secas como a reflexo metalingustica por meio dos narradores e personagens evidencia o trabalho com a lngua esttica e ideologicamente

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No romance A defesa Lujin, de Vladimir Nabokov, publicado em russo em 1930, o texto procura levar o leitor a adotar processos mentais similares ao de um jogador de xadrez e de um esquizofrnico, caractersticas do personagem-ttulo do romance. Delineiam-se as expectativas e circunstncias de um ser de papel que se v jogando um xadrez em que tambm pea e traam-se paralelos com as expectativas e circunstncias do leitor perante esse texto literrio. O prefcio de Nabokov edio em ingls de 1964 tomado como indcio de um leitor e um autor implcitos que ele procura moldar. Para anlise dos elementos textuais e nveis de abstrao mental envolvidos, recorre-se esttica da recepo de Wolfgang Iser e a diversas ideias do psiquiatra e etnlogo Gregory Bateson, entre elas o conceito de duplo vnculo, com ateno s distines entre mapa/territrio e play/game. Um duplo duplo vnculo perpetrado na interao leitor-texto: 1) o leitor convidado a sentir empatia pela situao do personagem Lujin e a consider-lo lcido e louco ao mesmo tempo; e 2) o leitor colocado como uma instncia pseudo-transcendental incapaz de comunicao com a instncia inferior (Lujin), gerando uma angstia diretamente relacionvel ao seu envolvimento com a fico, replicando de certa forma a loucura de Lujin. A sinestesia do personagem Lujin identificada como um dos elementos do texto capaz de recriar a experincia de jogar xadrez at para quem no aprecia o jogo. Analisa-se a conexo entre a esquizofrenia ficcional do personagem Lujin e a viso batesoniana do alcoolismo

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Cobra Norato (1931), do autor gacho Raul Bopp (1898-1984), constitui uma das mais significativas obras do Modernismo brasileiro. Neste poema, dividido em 33 pequenos cantos, o personagem central um homem que, aps apossar-se da pele serpentria, empreende uma viagem em busca de sua amada, a filha da rainha Luzia, em poder de Cobra Grande, lendrio vilo. Sendo o protagonista um viajante, Cobra Norato faz da travessia uma noo extremamente produtiva. Observaremos no estudo proposto, em que medida a ideia do deslocamento corrobora para uma das principais metforas boppianas, manifestada na viso emptica que seu texto instaura. De razes folclricas, com ressonncias da literatura popular e inspirado num mito amaznico, Raul Bopp busca, pelo trabalho literrio, criar uma linguagem adequada ao mundo que tematiza. Aproveitamos o conceito de imagem concebido por Aby Warburg (2010) para analisar como esta potica reproduz em suas nuances, a lgica da sobrevivncia. Com Gaston Bachelard (1991) e Jean-Pierre Richard (1954) estudamos ainda as leituras que a presena da matria lamacenta, intensamente presente na terra do Sem-fim, espao de travessia do heri, pde suscitar parte do sentido de descida primitivista. Vale ressaltar que o poema em questo foi idealizado sob as inspiraes da corrente Antropofgica, desse modo, tambm pretendemos problematizar como os signos de tal projeto esttico-ideolgico so trabalhados no campo metafrico da poesia. Por isso destacamos, paulatinamente, a ateno dada ao desejo de unir duas pontas temporais a Idade de Ouro em que nos encontrvamos, segundo a viso mtica do paraso nos textos da formao da nacionalidade, e a Idade de Ouro a que chegaramos, depois da reviso crítica da corrente antropofgica , reafirmando o modelo de sociedade idealizado pela antropofagia (ANDRADE, 1928). Com auxlio de Lgia Morrone Averbuck (1985), Vera Lcia Oliveira (2002), Otho Moacyr Garcia (1962), M. Cavalcante Proena (1971), Lcia S (2012) entre outros, a pesquisa tambm pretende pr em questo algumas das principais interpretaes sobre Cobra Norato e fomentar o debate em torno dos dilemas e contradies de uma identidade cultural miscigenada, discusso tambm alcanada na malha simblica do poema

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A presente dissertao tem como objetivo analisar de que forma a educao oferecida a mulheres do final do sculo XVIII e incio do sculo XIX pode ter contribudo para a composio de personagens femininas nos romances Razo e sensibilidade (1811) e Orgulho e preconceito (1813), da escritora britnica Jane Austen (1775 1817). O presente trabalho apresenta o pensamento de importantes nomes da literatura, da crítica e teoria literrias, como tambm da histria, como suporte no mapeamento no apenas do que era discutido a respeito do momento e do lugar em que Jane Austen e os romances aqui em tela se inserem, mas principalmente acerca da educao feminina

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O Simbolismo surge na Frana em meio a um turbilho de transformaes advindas da modernidade. Estas transformaes levaram os indivduos a repensarem os pressupostos racionalistas e cientificistas. Desta maneira, o esprito da decadncia, que est na base do movimento simbolista, se instaura em 1857, quando Charles Baudelaire lana sua obra As flores do mal, desenvolvendo uma poesia voltada para a inovao do estilo e para uma temtica nova. Para isso, aborda assuntos tabus naquela sociedade, fala da monotonia dos tempos modernos, da solido existencial e inclui coisas consideradas srdidas e repugnantes em seus versos. O movimento, ento, se desenvolve pelo mundo seguindo os pressupostos decadentistas inaugurados por Baudelaire e chega a Portugal e ao Brasil. Nestes pases, veremos que a esttica do Simbolismo no ter o mesmo prestgio que na Frana, porque se desenvolver em oposio ao esprito nacionalista, patritico e positivista, praticado pelo Realismo na prosa e o Parnasianismo na poesia. Assim, o movimento simbolista no ter um lugar de destaque dentro do campo literrio nesses dois pases, permanecendo margem dos cnones hegemnicos. Observaremos como o gnero gtico de lvares de Azevedo e A Gerao do Trovador, anteriores ao Simbolismo no Brasil e Portugal, respectivamente, se constituem como precursores desse movimento esttico. Analisamos ainda o lugar, a potica e a crítica de Nestor Vtor no campo literrio brasileiro e o lugar e a potica de Camilo Pessanha no campo literrio portugus, buscando, com base nas conceituaes tericas de Pierre Bourdieu e Dominique Maingueneau sobre a gnese do campo literrio e o discurso literrio, os diferentes posicionamentos dos agentes, suas cenas de enunciao e seus espaos, responder ao porqu do desprestgio do movimento simbolista no Brasil e em Portugal

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Na trilogia crtico-religiosa de Jos Saramago, constituda pelos romances Memorial do Convento, O Evangelho Segundo Jesus Cristo e Caim, torna-se possvel perceber a presena recorrente do pensamento utpico, que, nas trs obras em questo, no se revela como percepo idealstica de uma realidade imutvel, mas, tendo em vista a perspectiva filosfica de Ernst Bloch, revela-se como conscincia aguda tanto do processo histrico quanto da prxis libertria. Na dinmica constitutiva dessa conscincia, pode-se delinear o encontro interativo dos tempos: um passado reconstitudo criticamente pela tica contempornea, um presente permeado por intensa militncia ideolgica e, principalmente, a conscincia de um futuro aberto como possibilidade concreta, o que viabiliza, naqueles romances, aspiraes humanas por transformaes radicais da ordem vigente. Esse encontro dos tempos, do ponto de vista esttico-literrio, substancializa-se na trilogia por intermdio essencialmente do recurso pardico: a revisitao crítica dos cones e temas provenientes do universo judaico-cristo. Seja nas imagens desiderativas que retoma, seja no quadro conceitual que ironiza, seja, ainda, na constituio hbrida do romance, que esfacela o teor totalizante da narrativa tradicional, Jos Saramago parece extrair dos arqutipos religiosos uma intensidade subversiva que, na tessitura ficcional que elabora, atinge e questiona a construo metafsica erigida por sculos de judasmo e cristianismo. Nos trs romances do escritor lusitano, esse processo de releitura do passado aponta no somente para a impossibilidade, no contexto contemporneo, de experincia com a cosmoviso totalizante da religio ocidental como tambm para a reconstituio existencial do mundo moderno, uma vez que, a partir de sonhos frustrados daquele passado, se tornaria possvel materializar anseios utpicos latentes, represados na memria coletiva. Assim, o pensamento utpico, na trilogia saramaguiana, converte-se em nvoa do tempo: no espao mltiplo e complexo do romance, desnuda-se a dialtica entre passado, presente e futuro, que, na sua dinamicidade constitutiva, abriga e gesta o novum, o ainda no

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Este trabalho consiste em investigar as marcas do pensamento da desconstruo, em especial da filosofia de Jacques Derrida, nos ensaios crticos de Silviano Santiago. No entanto, o objetivo no se esgota em uma visada meramente expositiva, ou seja, apenas colocar em relevo as noes propostas pelo filsofo argelino em suas obras que por ventura apaream nos ensaios selecionados crtico literrio. Mais do que isso, pretende-se mostrar como a articulao desconstrutora til ao crtico na discusso de seus prprios temas, principalmente a questo da dependncia cultural. Foram selecionados ensaios de suas coletneas publicadas no fim do sculo XX e incio do XXI, de modo a evidenciar um eixo temtico que perpassa a sua obra, voltada a pensar os esquemas cristalizados de trocas culturais, a partir de questionamentos amplos que visam a subverter as hierarquias estabelecidas, abrindo espao para a alteridade do outro como diferena, mediante o aporte da noo derridiana de diffrance. No que concerne especificamente aos estudos literrios, sero apresentadas as leituras que Santiago faz das estratgias estticas que reiteram, deslocam ou reiteram para deslocar os paradigmas de globalizao, considerando a literatura como uma modalidade discursiva inserida no campo mais amplo da cultura, afinando sua discusso com as estratgias desconstrutoras de Derrida

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Este trabalho um exerccio reflexivo sobre o percurso literrio e a arte potica de Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nos decnios de 1920 e 1930. Na leitura da correspondncia trocada por ele e Mrio Raul de Morais Andrade, e de seus textos escritos para a imprensa, buscamos analisar as mltiplas feies assumidas pelo poeta pernambucano e procuramos desentranhar traos gerais de sua concepo de vida e de poesia. Deste modo, na presente dissertao, o gnero epistolar e a crnica so considerados como notveis objetos de estudo para a literatura brasileira. A correspondncia com Mrio de Andrade adquire relevo na produo intelectual de Manuel Bandeira, pois ela possibilita um maior entendimento do poeta a partir de sua escrita de si, assim como permite observar a preocupao do escritor com a memria da cultura brasileira. Da mesma forma, a crnica torna-se importante porque traz o testemunho do cronista sobre o tempo circundante. Ao percorremos uma parte significativa da prosa de Manuel Bandeira, estabelecemos o cotejo com o seu texto memorialstico Itinerrio de Pasrgada, rastreando, nessas fontes, os escritos que denunciam o seu posicionamento em relao s inovaes da arte moderna

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O presente trabalho objetiva o exerccio de criao em torno do dia 8 de maro de 1914, dito como triunfal pelo poeta Fernando Pessoa, nos momentos que antecedem a escrita do poema O guardador de rebanhos, de autoria do heternimo Alberto Caeiro. A partir de versos do poema intenta-se uma construo ficcional fincada em um estado onrico que canal para os fluxos de criao, preparao para o que vai eclodir: um poema potente que emerge do mistrio da heteronmia, renncia do poeta sua voz para dar lugar ao OUTRO que dele difere, porm dele surge, nele mora. H no espao ficcional a ideia de inscrever a data de 8 de maro de 1914 como um terceiro marco na biografia do poeta que negou ter biografia, apenas nascimento e morte como limites entre os quais a vida correu como obra, como fazer poesia. A data que d carne ao poema fico dentro da fico, contraponto de guerra em meio luz da poesia que nasce como tarefa heroica de enfrentamento diante dos perigos do mundo. O trabalho pretende chegar mais perto de uma verdade que s atravs da fico pode ser tocada: sentir o fluxo de um dia no processo de criao do poeta, ser livre como ele, na ousadia de recriar o momento da escrita do poema em 1914

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Este trabalho tem como objetivo propor um dilogo terico entre as obras O Ato de Leitura: uma teoria do efeito esttico (1996, 1999), de Wolfgang Iser, e O Prazer do Texto (2006), de Roland Barthes. Da primeira obra, interessa-nos particularmente a formulao terica sobre o vazio que, a nosso ver, pode ser articulada a outras elaboradas por Barthes na sua referida obra, sobretudo delicada distino entre gozo e prazer. A partir do entretecimento de uma rede terica fundamentada nesta inter-relao, poderemos propor um ponto de vista concatenador que permita observar o objeto literrio simultaneamente sob algumas noes oriundas da Teoria do efeito e outras vindas do pensamento barthesiano. A nosso ver, possvel demonstrar que as noes barthesianas de texto de prazer e textos de fruio ou gozo podem se adequar observao do texto literrio, quando considerado em relao forma e abundncia dos vazios que eclodem na sua relao dialtica com o leitor