999 resultados para Obesidade Fatores de risco
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OBJETIVO: Descrever o nvel de conhecimento e percepo de risco da populao brasileira sobre o HIV/Aids. MTODOS: Foram utilizadas as bases de dados da Pesquisa sobre Comportamento Sexual e Percepes da Populao, nos anos 1998 e 2005. Utilizou-se um indicador sinttico composto de nove questes sobre nveis de conhecimento e percepo de risco acerca de formas de transmisso do vrus e situaes de risco, segundo subgrupos populacionais. RESULTADOS: Os homens aumentaram seu nvel de conhecimento no perodo, atingindo o nvel de informao das mulheres. Entre os jovens no houve crescimento significativo do conhecimento, e tornou-se praticamente inexistente a diferena entre os sexos em relao a essa dimenso. Quanto percepo de risco, aumentou a proporo dos que declaram no apresentar risco de contrair HIV/Aids. CONCLUSES: Apesar do aumento no nvel de conhecimento em geral, os resultados encontrados indicam a necessidade de aes e programas e de preveno do HIV/Aids para a populao em geral, em especial, aos jovens.
Fatores associados ao sedentarismo no lazer de adultos na coorte de nascimentos de 1982, Pelotas, RS
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OBJETIVO: Analisar fatores relacionados prtica de atividade fsica e ao sedentarismo no lazer. MTODOS: Estudo prospectivo de coorte dos nascidos em 1982 na cidade de Pelotas (RS). Os dados foram coletados no nascimento e na visita em 2004-5, na qual foram avaliados 77,4% dos indivduos da coorte, totalizando 4.297. Informaes sobre a prtica de atividades fsicas, no perodo de lazer, foram obtidas por meio do Questionrio Internacional de Atividades Fsicas. Foram considerados sedentrios os indivduos com escore de prtica de atividade fsica semanal inferior a 150 min. Foram consideradas variveis independentes: sexo, cor da pele, peso ao nascer, renda familiar no ano do nascimento e mudana de renda entre o nascimento e os 23 anos. A regresso de Poisson com ajuste robusto da varincia foi utilizada na avaliao dos fatores de risco para o sedentarismo. RESULTADOS: Os homens relataram 334 min do escore de atividades fsicas no perodo de lazer por semana versus 112 min entre as mulheres. A prevalncia de sedentarismo foi de 80,6% entre as mulheres e 49,2% entre os homens. Observou-se tendncia de aumento do escore de atividades fsicas conforme aumentou a renda ao nascer. Indivduos atualmente pobres ou que se tornaram pobres na idade adulta foram mais sedentrios. CONCLUSES: O sedentarismo no perodo de lazer entre adultos jovens mostrou-se elevado, principalmente no sexo feminino. A atividade fsica no lazer determinada pelas condies socioeconmicas atuais.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia das perdas dentrias em adolescentes brasileiros e os fatores a elas associados. MTODOS: Foram analisados dados de 16.833 participantes do estudo epidemiolgico nacional de sade bucal, realizado em 2002/2003. O desfecho investigado foi a ocorrncia de perda de pelo menos um dente. As variveis independentes incluram localizao geogrfica de residncia, sexo, cor de pele, idade, renda per capita, atraso escolar, tipo de servio e residncia em municpio com fluoretao das guas de abastecimento. Foram estimadas razes de prevalncia brutas e ajustadas por meio da regresso de Poisson para cada macrorregio e para o Pas como um todo. RESULTADOS: A prevalncia de pelo menos uma perda dentria foi de 38,9% (IC 95%: 38,2%; 39,7%). Os adolescentes residentes em locais no servidos por gua fluoretada apresentaram prevalncia de perdas dentrias 40% maior do que os residentes em reas com disponibilidade dessa medida. Houve forte associao (p<0,01) entre a ausncia da fluoretao das guas de abastecimento e as perdas dentrias para a regio Nordeste. Para as demais regies a associao das perdas com fluoretao de guas foi confundida pelas variveis mais distais, notadamente as socioeconmicas, reforando as caractersticas de desigualdades regionais. CONCLUSES: A alta prevalncia de perdas dentrias em adolescentes confirma a necessidade de haver prioridade para atendimento desse grupo pelos servios odontolgicos, considerando medidas preventivas em idades mais precoces, de recuperao dos danos instalados e acesso universal gua fluoretada.
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OBJETIVO:Analisar os fatores preditivos na evoluo do grau de incapacidade em pacientes com hansenase. MTODOS:Foram analisados dados de coorte retrospectiva, que acompanhou 595 pacientes com incapacidades, registrados em uma unidade de sade de Belo Horizonte (MG), de 1993 a 2003. Informaes sociodemogrficas e clnicas dos pacientes foram coletadas dos respectivos pronturios. Comparou-se o grau de incapacidade na admisso e no final do tratamento por meio do teste de homogeneidade marginal. Para identificar os fatores associados evoluo do grau de incapacidade foram utilizadas as anlises univariada (teste qui-quadrado de tendncia linear) e multivariada pelo algoritmo Chi-square Automatic Interaction Detector. RESULTADOS:Dos casos com registro de grau de incapacidade na admisso e na alta, observou-se que 43,2% que tinham grau 1 na primeira avaliao evoluram para grau 0. Dos que apresentavam grau 2, 21,3% passaram a ter grau 0 e 20% passaram a grau 1. Na anlise univariada as variveis que se mostraram estatisticamente associadas evoluo no grau de incapacidade foram: neurite, tempo at a ocorrncia de neurite, nmero de nervos acometidos, tipo de tratamento fisioterpico e maior dose de prednisona. Na anlise multivariada, o principal fator que se associou evoluo do grau de incapacidade foi o grau de incapacidade na admisso. CONCLUSES:Os resultados mostraram a importncia do diagnstico precoce de neuropatia, assim como da eficiente associao das intervenes medicamentosas e no-medicamentosas por meio das tcnicas de preveno de incapacidade e dosagens adequadas de corticoterapia.
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OBJETIVO: Analisar fatores associados realizao do parto cesariano. MTODOS: Estudo transversal realizado em hospital universitrio de Florianpolis (SC), de 2001 a 2005. Foram analisados fatores socioeconmicos, de experincias reprodutivas, institucionais e relacionados prtica obsttrica. As informaes relativas a 7.249 partos foram obtidas a partir de pronturios clnicos e registros de admisso, parto e ps-parto. Foi utilizada a regresso de Cox na anlise para estimar razes de prevalncia de cesrea nas categorias das variveis de interesse. RESULTADOS: As taxas de cesrea aumentaram de 27,5% a 36,5% no perodo e estiveram acima daquelas devidas a indicaes mdicas. Aps ajuste para confundimento, as taxas de cesrea se mostraram positivamente associadas com cesrea prvia (RP=2,65; IC 95%: 2,31; 3,05), apresentao no-ceflica (RP=2,23; IC 95%: 1,69; 2,95), uso de ocitocina (RP=1,77; IC 95%: 1,43; 2,19), dilatao admisso (RP=2,74; IC 95%: 2,18; 3,44), e obstetra com taxa de cesrea superior a 35%(RP=1,82; IC 95%: 1,36; 2,42). CONCLUSES: Os fatores associados a maior probabilidade de cesrea mostraram a importncia de intervenes direcionadas mulher e sua experincia reprodutiva, assim como mudanas na prtica obsttrica.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia do tabagismo em estudantes e os fatores associados. MTODOS: Foram utilizados dados secundrios, provenientes do inqurito Vigescola realizado em Curitiba (PR), Florianpolis (SC) e Porto Alegre (RS) em 2002 e 2004. A amostra compreendeu 3.690 escolares de 13 a 15 anos, cursando as stima e oitava sries do ensino fundamental e primeira do ensino mdio, em escolas pblicas e privadas. Para a anlise dos resultados foram estimadas propores ponderadas, odds ratio (OR), e utilizada a tcnica de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: As taxas de prevalncia de tabagismo corresponderam a 10,7% (IC 95%: 10,2;11,3) em Florianpolis, 12,6% (IC 95%: 12,4;12,9) em Curitiba e 17,7% (IC 95%: 17,4;18,0) em Porto Alegre. Os fatores associados ao tabagismo em escolares em Curitiba foram: sexo feminino (OR=1,49), pai fumante (OR=1,59), amigos fumantes (OR=3,46), exposio fumaa do tabaco fora de casa (OR=3,26) e possuir algum objeto com logotipo de marca de cigarro (OR=3,29). Em Florianpolis, as variveis associadas ao tabagismo foram escolares do sexo feminino (OR=1,26), ter amigos fumantes (OR=9,31), exposio fumaa do tabaco em casa (OR=2,03) e fora de casa (OR=1,45) e ter visto propaganda em cartazes (OR=1,82). Em Porto Alegre, as variveis que estiveram associadas com o uso de tabaco pelos escolares foram sexo feminino (OR=1,57), idade entre 14 anos (OR=1,77) e 15 anos (OR=2,89), amigos fumantes (OR=9,12), exposio fumaa do tabaco em casa (OR=1,87) e fora de casa (OR=1,77) e possuir algo com logotipo de marca de cigarro (OR=2,83). CONCLUSES: H elevada prevalncia de tabagismo entre escolares de 13 a 15 anos, cujos fatores significativamente associados comuns s trs capitais so: ter amigos fumantes e estar exposto fumaa ambiental fora de casa.
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OBJETIVO: Analisar a associao entre inatividade fsica no lazer de adultos com fatores sociodemogrficos e indicadores de risco e proteo para doenas crnicas. MTODOS: Estudo transversal com indivduos com idade de 18 anos e superior (n=1996). Foram utilizados dados obtidos do Sistema Municipal de Monitoramento de Fatores de Risco para Doenas Crnicas No Transmissveis, por meio de entrevistas telefnicas, em Florianpolis, SC, 2005. Analisaram-se fatores sociodemogrficos e comportamentais de proteo e de risco. Os resultados das anlises de regresso mltipla para associao entre inatividade fsica no lazer e variveis independentes foram expressos por razes de prevalncia. RESULTADOS: A prevalncia da inatividade fsica no lazer foi de 54,6% (47,3% homens, 61,4% mulheres). Aps anlise ajustada, entre os homens, maior probabilidade de inatividade fsica no lazer foi associada ao aumento da faixa etria, diminuio do nvel de escolaridade e ao fato de trabalharem; menor probabilidade de inatividade fsica no lazer foi associada ao consumo abusivo de bebida alcolica, independentemente da faixa etria, nvel de escolaridade e trabalho. Entre as mulheres, maior probabilidade de inatividade foi observada entre as que relataram nvel de escolaridade inferior a 12 anos de estudo e que trabalhavam. Anlises ajustadas pelo nvel de escolaridade e trabalho mostraram maior probabilidade de inatividade fsica no lazer para mulheres que relataram consumo de frutas e hortalias com freqncia inferior a cinco vezes por dia e consumo de leite integral. CONCLUSES: Os fatores associados inatividade fsica no lazer apresentaram perfil diferente entre homens e mulheres. Para mulheres, a inatividade fsica se associou a comportamentos de risco para doenas crnicas, em especial aos hbitos alimentares, e para os homens, se associaram a fatores sociodemogrficos.
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OBJETIVO: Analisar os fatores que adultos e idosos consideram como mais importantes para manuteno da sade. MTODOS: Estudo transversal realizado com 4.060 adultos e 4.003 idosos residentes em reas de abrangncia de 240 unidades bsicas de sade das regies Sul e Nordeste, em 2005. Um carto com figuras e frases referentes a sete fatores relacionados com o risco de doenas e agravos no transmissveis era mostrado aos indivduos para que indicassem o fator mais relevante para a sade. Os fatores eram: manter uma alimentao saudvel, fazer exerccio fsico regularmente, no tomar bebidas alcolicas em excesso, realizar consultas mdicas regularmente, no fumar, manter o peso ideal e controlar ou evitar o estresse. As anlises foram ajustadas por regresso de Poisson com clculo de razes de prevalncia ajustadas, intervalos com 95% de confiana, e valores de significncia usando os Testes de Wald para heterogeneidade e tendncia linear. RESULTADOS: Os fatores mais freqentemente indicados pelos adultos foram: alimentao saudvel (33,8%), realizar exerccio fsico (21,4%) e no fumar (13,9%). Entre os idosos, os fatores mais relatados foram: alimentao saudvel (36,7%), no fumar (17,7%) e consultar o mdico regularmente (14,2%). Foram observadas diferenas entre os fatores citados conforme a regio geogrfica, variveis demogrficas, socioeconmicas e de sade. CONCLUSES: A maioria de adultos e idosos, de ambas regies, reconhece e indica a necessidade de manter uma alimentao saudvel e de no fumar como medidas mais importantes para manuteno da sade. Estratgias de educao em sade devem considerar essas caractersticas dos indivduos para estimular medidas especficas a serem adotadas para cada segmento populacional.
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OBJETIVO: Analisar a associao entre relato de doenas crnicas com comportamentos de risco e auto-avaliao da sade, segundo o gnero. MTODOS: Foram includos 39.821 participantes com idade >30 anos do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL) realizado em 27 capitais brasileiras em 2006. A varivel dependente foi construda pelo relato de diagnstico mdico de diabetes, hipertenso e infarto e/ou acidente vascular cerebral. Os indivduos foram agrupados segundo ausncia de doena, uma doena crnica, e mais de uma. A associao dessa varivel com comportamento de risco (composto por: fumar, consumir carnes com gordura e leite integral, no realizar atividade fsica regular no lazer, no consumir frutas e hortalias regularmente e adicionar sal refeio pronta), auto-avaliao da sade, indicadores de sade e sociodemogrficos foi investigada por regresso logstica multinomial segundo o sexo, tendo como referncia a ausncia de doena. RESULTADOS: O relato de uma e mais de uma doena crnica foi maior entre homens e mulheres mais velhos e com menor escolaridade, com IMC>30kg/m, e que faziam dieta. Observou-se relao inversa entre nmero de comportamentos de risco e relato de duas ou mais doenas (OR=0,64; IC 95%: 0,54;0,76 entre homens) e (OR=0,86; IC 95%: 0,77;0,97 entre mulheres). Homens (OR=33,61; IC 95%: 15,70;71,93) e mulheres (OR=13,02; IC 95%: 6,86;24,73) que auto-avaliaram a sade como ruim relataram mais doenas crnicas. No houve interao estatstica entre auto-avaliao da sade e sexo. CONCLUSES: Associao inversa entre nmero de comportamentos de risco e relato de duas ou mais doenas crnicas sugere causalidade reversa e/ou maior sobrevivncia dos que se cuidam melhor. Homens parecem perceber sua sade pior que as mulheres na presena de doena crnica, aps ajustamento por fatores de confuso.
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OBJETIVO: Estimar a freqncia do consumo de frutas e hortalias e fatores associados. MTODOS: Foram estudados 54.369 indivduos com idade >18 anos, entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL) nas capitais brasileiras e Distrito Federal, em 2006. Os indicadores do consumo alimentar foram: consumo regular (>5 dias/semana) de frutas e hortalias e consumo adequado (>5 vezes/dia). Calculou-se a prevalncia dos indicadores e intervalos de confiana, estratificada por sexo. Para analisar a associao das variveis sociodemogrficas foram calculados odds ratio bruta e ajustada por sexo, idade, escolaridade e estado civil. RESULTADOS: Menos da metade dos indivduos referiu consumo regular de fruta (44,1%) ou hortalias (43,8%), enquanto 23,9% referiram consumo regular de frutas e hortalias em conjunto; o consumo adequado foi referido por 7,3% dos entrevistados. O consumo de frutas e hortalias variou entre as cidades estudadas, foi maior entre as mulheres e aumentou com a idade e escolaridade. CONCLUSES: Iniciativas de promoo do consumo de frutas e hortalias devem atender a populao como um todo, especialmente s cidades das regies Norte e Nordeste, aos jovens, aos homens e aos estratos populacionais com baixa escolaridade.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia da prtica de atividades fsicas por adultos e sua associao com fatores sociodemogrficos e ambientais. MTODOS: Foram utilizados dados do Sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico coletados em 2006. Os 54.369 adultos entrevistados residiam em domiclios com linha telefnica fixa nas capitais brasileiras e Distrito Federal. A prtica de atividades fsicas foi considerada nos domnios do lazer, trabalho, atividade domstica e deslocamento. As variveis estudadas incluram caractersticas sociodemogrficas dos indivduos e ambientais das cidades; a associao com as atividades fsicas foi analisada segundo sexo. RESULTADOS: As propores de indivduos ativos foram de 14,8% no lazer, 38,2% no trabalho, 11,7% no deslocamento e 48,5% nas atividades domsticas. ndices superiores a 60% de inativos no lazer foram observados em dez capitais. Os homens foram mais ativos que as mulheres em todos os domnios, exceto nas atividades domsticas. A proporo de indivduos ativos decresceu com o aumento da idade. A escolaridade associou-se diretamente com a atividade fsica no lazer. Os homens ativos no deslocamento tiveram maior chance de ser ativos no lazer, enquanto que as pessoas inativas no trabalho tiveram maior chance de serem ativas no lazer. A existncia de local para praticar atividades fsicas prximo residncia associou-se atividade fsica no lazer. CONCLUSES: Os resultados obtidos so importantes para o monitoramento dos nveis de atividades fsicas no Brasil. Para a promoo das atividades fsicas, deve-se considerar as diferenas entre homens e mulheres, as diferenas nas faixas etrias e nos nveis de escolaridade. Deve-se investir principalmente na promoo das atividades fsicas no lazer e como forma de deslocamento e em locais adequados para a prtica prximos s residncias.
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OBJETIVO: Analisar a freqncia de hipertenso arterial sistmica auto-referida e fatores associados. MTODOS: Estudo baseado em dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), coletados em 2006 nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Estimou-se a freqncia de hipertenso arterial sistmica entre 54.369 adultos, estratificada por sexo, regio geogrfica, variveis sociodemogrficas e comportamentais e morbidades auto-referidas. Foram calculadas os odds ratios brutos de hipertenso e ajustados para variveis do estudo. RESULTADOS: A freqncia de hipertenso auto-referida foi de 21,6%, maior entre mulheres (24,4% versus 18,4%), menor nas regies Norte e Centro-Oeste e maior na Sudeste. A freqncia de hipertenso aumentou com a idade, diminuiu com a escolaridade, foi maior entre negros e vivos e menor entre solteiros. A chance de hipertenso, ajustada para variveis de confuso, foi maior para os indivduos com excesso de peso, diabetes, dislipidemia e de eventos cardiovasculares. CONCLUSES: Cerca de um quinto da populao referiu ser portadora de hipertenso arterial sistmica. As altas freqncias de fatores de risco modificveis indicam os segmentos populacionais alvos de interveno, visando preveno e controle da hipertenso.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de cesariana em hospitais brasileiros. MTODOS: Estudo transversal com dados do Sistema Global de Dados para a Sade Materna e Perinatal, da Organizao Mundial da Sade, para os estados de So Paulo, Pernambuco e Distrito Federal. Analisaram-se dados de 15.354 mulheres que tiveram parto entre setembro/2004 e maro/2005, segundo caractersticas sociodemogrficas e reprodutivas e do hospital. Foram realizadas anlises bivariada - com clculos de razes de prevalncia e respectivos intervalos de confiana- e multivariada por regresso de Poisson. RESULTADOS: A razo de prevalncia de cesarianas foi significativamente maior entre mulheres com maior idade, entre as casadas/unidas, e com maior ndice de massa corporal. As condies apresentadas durante a gravidez ou parto, como diagnstico de HIV da parturiente, maior peso e permetro ceflico do recm-nascido, e maior nmero de consultas de pr-natal, se associaram maior razo de prevalncia de cesariana. Na anlise de regresso mostraram associao direta com o desfecho: maior idade e escolaridade da parturiente; presena de hipertenso/eclmpsia, doenas crnicas e de outras condies mdicas; maior permetro ceflico do recm-nascido, ser primpara, ter tido cesariana na ltima gravidez, e ter recebido analgesia peridural ou raquidiana durante o trabalho de parto. Embora a proporo de cesarianas tenha sido maior nos hospitais com ndice de complexidade alto, a diferena no foi estatisticamente significante, assim como para as demais caractersticas dos hospitais. CONCLUSES: As condies da gravidez, do recm-nascido e as caractersticas sociodemogrficas e reprodutivas da parturiente associaram-se independentemente realizao de cesariana. O ndice de complexidade hospitalar no esteve associado, provavelmente pela homogeneidade da amostra de hospitais.
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OBJETIVO: Analisar as tendncias temporais de durao do aleitamento materno exclusivo e os fatores de proteo. MTODOS: Foram analisadas as prevalncias de amamentao total e o aleitamento materno exclusivo de lactentes aos quatro meses de idade. Os dados foram obtidos de inquritos populacionais realizados em 1991, 1997 e 2006, com 935, 2.081 e 1.568 crianas, respectivamente. Os dados foram coletados por entrevista realizada com o responsvel pela criana. As prevalncias foram analisadas por regresso de Poisson em relao a: condies ambientais, comportamentais e socioeconmicas, variveis maternas e fatores biolgicos da criana. RESULTADOS: A durao mediana do aleitamento total elevou-se de 89 dias (1991) para 106 dias (1997) e, finalmente, 183 dias (2006). A mediana do aleitamento materno exclusivo manteve-se estacionria em torno de 30 dias entre 1997 e 2006. Na anlise multivariada, das dez variveis analisadas, apenas a escolaridade e idade maternas, situao do domiclio e a criana ser do sexo feminino se mantiveram no modelo explicativo final. CONCLUSES: Apesar do aleitamento total ter tido importante aumento de durao, o mesmo no ocorreu com a durao do aleitamento materno exclusivo.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de hospitalizaes e identificar caractersticas associadas internao hospitalar. MTODOS: Estudo transversal de base populacional realizado com indivduos de ambos os sexos, de 20 a 69 anos, residentes na zona urbana de Pelotas, RS, entre 1999 e 2000. Foi utilizado questionrio padronizado e pr-codificado. Foi realizada anlise estratificada entre os sexos e controle de fatores de confuso por meio de Regresso de Poisson. Foram includas na anlise variveis socioeconmicas, demogrficas, hbitos de vida, morbidades e consulta com mdico no ltimo ano. RESULTADOS: Dos 1.916 indivduos, 146 (7,6%, IC95%:6,4;8,8) haviam sido hospitalizados no ltimo ano desde a entrevista. Entre os homens, as caractersticas que se mostraram associadas a internao foram: idade de 50 anos ou mais, entre cinco e sete anos de escolaridade, ex-fumantes, distrbios psiquitricos menores e consulta com mdico no ltimo ano. Entre as mulheres com idade entre 60 e 69 anos, entre cinco e sete anos de escolaridade e consulta mdica no perodo de um ano antes da entrevista, ocorreram maiores prevalncias de hospitalizao. As mulheres que consumiam menos de 30 g/dia de lcool mostraram menor freqncia de hospitalizao. A prevalncia de internao por causas sensveis ateno primria foi de 13,0% (IC 95%: 7,6;18,5). CONCLUSES: Homens e mulheres apresentaram prevalncias semelhantes de internao hospitalar. Foi encontrada associao entre escolaridade e internao, mas no entre renda e internao.