Corte foliar e tempo de transplantio para o uso de plântulas do sub-bosque na restauração florestal

O uso de plântulas da regeneração natural tem sido recomendado como estratégia para produção de mudas visando à restauração florestal, contudo muitos aspectos técnicos desse método ainda carecem de investigação científica. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da redução da área foliar e do transplantio imediato na sobrevivência e crescimento de mudas de espécies arbóreas produzidas a partir de plântulas obtidas da regeneração natural. Plântulas de Esenbeckia leiocarpa (Rutaceae), Eugenia ligustrina (Myrtaceae) e Maytenus salicifolia (Celastraceae), obtidas em remanescente de vegetação secundária de Floresta Estacional Semidecidual em Bofete, SP, foram extraídas do solo e submetidas aos tratamentos: I) redução de 50% da área de cada folha e transplantio imediato; II) nenhuma redução de área das folhas e transplantio imediato; III) redução de 50% da área de cada folha, manutenção das plântulas em água e transplantio 24 h após a coleta; e IV) nenhuma redução de área das folhas, manutenção das plântulas em água e transplantio 24 h após a coleta. As mudas foram avaliadas com relação à sobrevivência e ao crescimento em altura, ao longo de oito meses. Os resultados evidenciaram que nem o corte das folhas ou a manutenção das plântulas dentro de recipientes com água por 24 h antes do transplantio afetaram os parâmetros avaliados. Assim, para as espécies estudadas a redução da área foliar e o transplantio imediato são desnecessários para a produção de mudas em viveiro a partir de plântulas obtidas da regeneração natural.

Propagação vegetativa de progênies de meios-irmãos de angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenan) por miniestaquia

Objetivou-se com o presente estudo avaliar a eficiência da técnica de miniestaquia na propagação vegetativa de progênies de meios-irmãos de angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa (Benth) Brenan) quanto à produção de brotações e sobrevivência das minicepas, enraizamento das miniestacas apicais e intermediárias tratadas com diferentes doses do AIB (0; 2.000; 4.000 e 6.000 mg L-1), assim como determinar a velocidade de enraizamento em casa de vegetação. As minicepas foram obtidas a partir de mudas produzidas via sementes de seis progênies de meios-irmãos de angico-vermelho. Com base nos resultados obtidos, as minicepas apresentaram produtividade de 1,2 a 3,7 miniestacas/minicepa/coleta e sobrevivência de 84% a 98% ao longo das seis coletas realizadas. As miniestacas apicais foram superiores em relação às intermediárias, com maior predisposição ao enraizamento, no entanto o AIB não teve efeito significativo sobre o enraizamento das progênies estudadas. Quanto à velocidade de enraizamento, os resultados indicaram variação entre as progênies.

Sobrevivência e crescimento inicial de Ocotea pulchella (Lauraceae) em uma floresta de restinga da Ilha do Cardoso, SP

Neste trabalho, avaliou-se os efeitos de fatores ambientais na sobrevivência e crescimento inicial de Ocotea pulchella (Nees) Mez numa floresta de restinga. Os ensaios consistiram do plantio de mudas classificadas em dois grupos de idade (plântulas e juvenis) em diferentes áreas selecionadas quanto à cobertura vegetal (clareiras ou sub-bosque) e umidade do solo (secos e úmidos). As plantas de ambas as idades apresentaram a maior taxa de mortalidade no sub-bosque úmido, onde se observou os valores mais baixos de luz fotossinteticamente ativa e fertilidade do solo. A sobrevivência de plântulas correlacionou-se positivamente ao crescimento, que por sua vez, foi favorecido em clareiras, sugerindo uma dependência da espécie em relação a ambientes mais iluminados, embora essa possa ocupar o sub-bosque em fisionomias mais abertas como as restingas. Em juvenis, a sobrevivência foi relacionada principalmente aos fatores edáficos; o crescimento em altura foi muito baixo, não sendo constatado incremento significativo de área foliar nem de matéria seca em nenhum dos ambientes, o que pode estar relacionado ao caráter oligotrófico do solo. Os juvenis em sub-bosque de solo úmido apresentaram ao final do experimento os menores valores de altura, área foliar, razão de área foliar, razão de massa foliar e taxa de assimilação líquida, sugerindo que baixas irradiâncias associadas a solos saturados e quimicamente pobres podem restringir o recrutamento da espécie no local estudado. Todavia, o comportamento de certa forma generalista para as condições de luz e umidade do solo, indica uma alta capacidade de O. pulchella em colonizar distintos micro-ambientes da restinga, onde se observa uma grande variação espaço-temporal de fatores ambientais.

[Sarcomas and mixed mesodermal tumors of the uterus]

Malignant mesodermal tumors of the uterus are an inhomogenous group of uterine malignancies with different pathogenesis, clinical presentation and prognosis. These rare tumors represent approximately 1 % of all uterine malignancies. The aggressive carcinosarcomas or mixed muellerian tumors are defined by mixed malignant epithelial and malignant mesodermal histopathology and are of the same precursor cell origin like endometrial cancer. Thus, carcinosarcomas were reclassified by the FIGO as an aggressive type of endometrial cancer and treated like type II endometrial cancer. Adenosarcomas are also mixed tumors with benign epithelial proliferation and malignant mesodermal cell growth, have a good prognosis and represent less than 5 % of all mesodermal uterine malignancies. Besides carcinosarcomas, the pure mesodermal leiomyosarcomas are the most common mesodermal malignancies. Patients with leiomyosarcamos are usually perimenopausal, and although more than half of the patients present with symptoms, diagnosis occurs incidentally in most cases in final histopathologic workup of an excised putative myoma or uterus. Adequate anamnesis, gynecologic examination and careful imaging by transvaginal ultrasound in the preoperative setting might hint to correct differential diagnosis in many cases. Overall the prognosis of uterine leiomyomas is poor. Malignancies of the endometrial stroma are very rare and divided in two subgroups, the mostly estrogen receptor positive endometrial stromal sarcoma, which occur preferably in premenopausal women and show a favorable prognosis, and the very aggressive undifferentiated endometrial sarcomas. The more rare undifferentiated endometrial sarcomas occur in postmenopausal women and most patients die in the first two years after diagnosis. Risk stratification of preoperative differential diagnosis requires improvements and the correct histopathologic workup of mesodermal uterine malignancies is still a challenge for pathologists.

Stromal cell-associated expression of kallikrein-related peptidase 6 (KLK6) indicates poor prognosis of ovarian cancer patients

Several members of the human kallikrein-related peptidase family, including KLK6, are up-regulated in ovarian cancer. High KLK6 mRNA or protein expression, measured by quantitative polymerase chain reaction and enzyme-linked immunoassay, respectively, was previously found to be associated with a shortened overall and progression-free survival (OS and PFS, respectively). In the present study, we aimed at analyzing KLK6 protein expression in ovarian cancer tissue by immunohistochemistry. Using a newly developed monospecific polyclonal antibody, KLK6 immunoexpression was initially evaluated in normal tissues. We observed strong staining in the brain and moderate staining in the kidney, liver, and ovary, whereas the pancreas and the skeletal muscle were unreactive, which is in line with previously published results. Next, both tumor cell- and stromal cell-associated KLK6 immunoexpression were analyzed in tumor tissue specimens of 118 ovarian cancer patients. In multivariate Cox regression analysis, only stromal cell-associated expression, besides the established clinical parameters FIGO stage and residual tumor mass, was found to be statistically significant for OS and PFS [high vs. low KLK6 expression; hazard ratio (HR), 1.92; p=0.017; HR, 1.80; p=0.042, respectively]. These results indicate that KLK6 expressed by stromal cells may considerably contribute to the aggressiveness of ovarian cancer.

Dose escalated intensity modulated radiotherapy in the treatment of cervical cancer.

PURPOSE Standard dose of external beam radiotherapy seems to be insufficient for satisfactory control of loco-regionally advanced cervical cancer. Aim of our study is to evaluate the outcome as well as early and chronic toxicities in patients with loco-regionally advanced cervical cancer, treated with dose escalated intensity modulated radiotherapy (IMRT) combined with cisplatin chemotherapy. MATERIAL AND METHODS Thirty-nine patients with cervical carcinoma FIGO stage IB2 - IVA were treated with curative intent between 2006 and 2010. The dose of 50.4 Gy was prescribed to the elective pelvic nodal volume. Primary tumors < 4 cm in diameter (n = 6; 15.4 %) received an external beam radiotherapy (EBRT) boost of 5.4 Gy, primary tumors > 4 cm in diameter (n = 33; 84.6 %) received an EBRT boost of 9 Gy. Patients with positive lymph nodes detected with (18)FDG-PET/CT (n = 22; 56.4 %) received a boost to a total dose of 59.4 - 64.8 Gy. The para-aortic region was included in the radiation volume in 8 (20.5 %) patients and in 5 (12.8 %) patients the para-aortic macroscopic lymph nodes received an EBRT boost. IMRT was followed with a 3D planned high dose rate intrauterine brachytherapy given to 36 (92.3 %) patients with a total dose ranging between 15-18 Gy in three fractions (single fraction: 4-6.5 Gy). Patients without contraindications (n = 31/79.5 %) received concomitantly a cisplatin-based chemotherapy (40 mg/kg) weekly. Toxicities were graded according to the common terminology criteria for adverse events (CTCAE v 4.0). RESULTS Mean overall survival for the entire cohort was 61.1 months (±3.5 months). Mean disease free survival was 47.2 months (±4.9 months) and loco-regional disease free survival was 55.2 months (±4.4 months). 65 % of patients developed radiotherapy associated acute toxicities grade 1, ca. 30 % developed toxicities grade 2 and just two (5.2 %) patients developed grade 3 toxicities, one acute diarrhea and one acute cystitis. 16 % of patients had chronic toxicities grade 1, 9 % grade 2 and one patient (2.6 %) toxicities grade 3 in the form of vaginal dryness. CONCLUSION Dose escalated IMRT appears to have a satisfactory outcome with regards to mean overall survival, disease free and loco-regional disease free survival, whereas the treatment-related toxicities remain reasonably low.

When Does Neoadjuvant Chemotherapy Really Avoid Radiotherapy? Clinical Predictors of Adjuvant Radiotherapy in Cervical Cancer.

BACKGROUND The aim of this study was to identify clinical variables that may predict the need for adjuvant radiotherapy after neoadjuvant chemotherapy (NACT) and radical surgery in locally advanced cervical cancer patients. METHODS A retrospective series of cervical cancer patients with International Federation of Gynecology and Obstetrics (FIGO) stages IB2-IIB treated with NACT followed by radical surgery was analyzed. Clinical predictors of persistence of intermediate- and/or high-risk factors at final pathological analysis were investigated. Statistical analysis was performed using univariate and multivariate analysis and using a model based on artificial intelligence known as artificial neuronal network (ANN) analysis. RESULTS Overall, 101 patients were available for the analyses. Fifty-two (51 %) patients were considered at high risk secondary to parametrial, resection margin and/or lymph node involvement. When disease was confined to the cervix, four (4 %) patients were considered at intermediate risk. At univariate analysis, FIGO grade 3, stage IIB disease at diagnosis and the presence of enlarged nodes before NACT predicted the presence of intermediate- and/or high-risk factors at final pathological analysis. At multivariate analysis, only FIGO grade 3 and tumor diameter maintained statistical significance. The specificity of ANN models in evaluating predictive variables was slightly superior to conventional multivariable models. CONCLUSIONS FIGO grade, stage, tumor diameter, and histology are associated with persistence of pathological intermediate- and/or high-risk factors after NACT and radical surgery. This information is useful in counseling patients at the time of treatment planning with regard to the probability of being subjected to pelvic radiotherapy after completion of the initially planned treatment.

Manejo prenatal de la anencefalia: consideraciones éticas y legales en la salud reproductiva

Texto traducido con autorización de la Federación Internacional de Ginecología y Obstetricia (FIGO): Cook, R. J., Erdman, J.N., Hevia, M, Dickens, B.M, Prenatal management of anencephaly. International Journal of Gynecology and Obstetrics.

Problemáticas éticas y legales en la salud reproductiva: responsabilidades en los servicios de salud y objeción de conciencia

Traducido de: Cook, R.J, M. Arango Olaya y B. M. Dickens. Healthcare Responsibilities and Conscientious Objection. International Journal of Gynecology and Obstetrics. 2009

Encarna León, cauce profundo de poesía y vida...

En la panorámica actual de la Lírica Femenina de Andalucía Encarna León se perfila como una de las poetas más interesantes y sensitivas. Nacida en Granada y radicada en Melilla, su poesía se inicia tempranamente pero es hacia 1980, al ganar su primer premio literario con el poemario "Brotes y pensamientos", cuando se siente ya segura como poeta e inicia una decidida andadura lírica... Se suceden así sus libros "Este caudal de mis palabras mudas" (1984), "La sentida armonía" (1986), "El vuelo de una sed" (1988), "Helena" (1990), "Sobre cristal desnudo" (1994), "Artificios de otoño" (1995), "Caudales de alborozo" (1996), "ÔǪY te vas al Padre" (1998) y "Donde navega el sueño" (2000), entre otros. Asimismo, es autora de impecables relatos. Por la temática de sus poemarios, amplia, variada y conectada profundamente con la vida, por la permanente búsqueda de una expresión ┤propia' que la refleje fiel a sí misma, y por su permanente compromiso social y literario que evidencia su accionar en apertura desde Melilla, se ha convertido en un referente importante en el ámbito de la cultura y las Letras no sólo de Andalucía sino de España toda, hecho corroborado por su inclusión en importantes antologías de lírica y narrativa nacionales y extranjeras.

Encarna León, cauce profundo de poesía y vida...

En la panorámica actual de la Lírica Femenina de Andalucía Encarna León se perfila como una de las poetas más interesantes y sensitivas. Nacida en Granada y radicada en Melilla, su poesía se inicia tempranamente pero es hacia 1980, al ganar su primer premio literario con el poemario "Brotes y pensamientos", cuando se siente ya segura como poeta e inicia una decidida andadura lírica... Se suceden así sus libros "Este caudal de mis palabras mudas" (1984), "La sentida armonía" (1986), "El vuelo de una sed" (1988), "Helena" (1990), "Sobre cristal desnudo" (1994), "Artificios de otoño" (1995), "Caudales de alborozo" (1996), "ÔǪY te vas al Padre" (1998) y "Donde navega el sueño" (2000), entre otros. Asimismo, es autora de impecables relatos. Por la temática de sus poemarios, amplia, variada y conectada profundamente con la vida, por la permanente búsqueda de una expresión ┤propia' que la refleje fiel a sí misma, y por su permanente compromiso social y literario que evidencia su accionar en apertura desde Melilla, se ha convertido en un referente importante en el ámbito de la cultura y las Letras no sólo de Andalucía sino de España toda, hecho corroborado por su inclusión en importantes antologías de lírica y narrativa nacionales y extranjeras.

Encarna León, cauce profundo de poesía y vida...

En la panorámica actual de la Lírica Femenina de Andalucía Encarna León se perfila como una de las poetas más interesantes y sensitivas. Nacida en Granada y radicada en Melilla, su poesía se inicia tempranamente pero es hacia 1980, al ganar su primer premio literario con el poemario "Brotes y pensamientos", cuando se siente ya segura como poeta e inicia una decidida andadura lírica... Se suceden así sus libros "Este caudal de mis palabras mudas" (1984), "La sentida armonía" (1986), "El vuelo de una sed" (1988), "Helena" (1990), "Sobre cristal desnudo" (1994), "Artificios de otoño" (1995), "Caudales de alborozo" (1996), "ÔǪY te vas al Padre" (1998) y "Donde navega el sueño" (2000), entre otros. Asimismo, es autora de impecables relatos. Por la temática de sus poemarios, amplia, variada y conectada profundamente con la vida, por la permanente búsqueda de una expresión ┤propia' que la refleje fiel a sí misma, y por su permanente compromiso social y literario que evidencia su accionar en apertura desde Melilla, se ha convertido en un referente importante en el ámbito de la cultura y las Letras no sólo de Andalucía sino de España toda, hecho corroborado por su inclusión en importantes antologías de lírica y narrativa nacionales y extranjeras.