864 resultados para Emissões atmosféricas
Resumo:
Objetivou-se avaliar o potencial do modelo CROPGRO, inserido no DSSAT v.4,0 (Decision Support System for Agrotechnology Transfer) para simular o carbono no solo, no sistema plantio direto. Os dados foram coletados na Estação Experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEA/UFRGS), em Eldorado do Sul, durante o ano agrícola 2003/04, num delineamento em faixas, em Argissolo Vermelho distrófico típico. A semeadura da soja (cv. Fepagro RS10 - ciclo longo) ocorreu em 20/11/03 para uma população inicial em torno de 300 mil plantas ha-1. Foram utilizados dois sistemas de manejo do solo: preparo convencional (PC) e sistema plantio direto (PD) irrigados (I) e não irrigados (NI). Foram inseridos no DSSAT dados edáficos, meteorológicos diários e da cultura. Adotou-se o método Ceres, no CROPGROSoja para simular o teor de carbono (C) no solo. As simulações mostraram que há maior estoque de C em plantio direto irrigado em relação ao preparo convencional, demonstrando sensibilidade do CROPGRO-Soja ao manejo do solo. Os mais elevados resíduos de C em solo sob plantio direto evidenciam mitigações de emissões desse gás para a atmosfera em cultivos na região estudada.
Resumo:
Os GEE produzidos pelas atividades humanas podem ser neutralizados com o plantio de árvores, que transformam CO2 em biomassa. O presente trabalho objetivou contabilizar todos os GEE originados da organização e produção da XVII Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água, incluindo transportes e consumo de energia elétrica. A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC) é o principal órgão fornecedor de metodologias para mitigação das mudanças climáticas. Com base nestas e em dados fornecidos pelo Hotel Glória, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e Comissão Organizadora da XVI RBMCSA foi possível estimar as emissões de gases de efeito estufa da XVII RBMCSA. Foi estimado que 48,2 Mg de CO2 equivalentes (CO2eq) serão emitidas entre o período de junho de 2007 e agosto de 2008 devido à elaboração e produção do evento.
Resumo:
A mudança na cobertura e uso da terra (MUT) gerada pela expansão da cana-de-açúcar implica em relevantes alterações nos ciclos biogeoquímicos, incluindo os estoques de carbono (C) do solo, além das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Objetivou-se, com este estudo, determinar as variações do estoque de C do solo na expansão (MUT) da cana-de-açúcar sobre áreas de pastagem e cultura anual na região de Mococa (SP), Brasil. O experimento foi conduzido em parcelas subdivididas com cinco repetições e sob delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos principais são em pares amostrais próximos, sendo o primeiro representado pelo uso da terra anterior à conversão e o segundo referente à cultura da cana-de-açúcar após a MUT. Os tratamentos secundários foram quatro profundidades de solo (0-10, 10-20, 20-60, 60-100 cm). A área de mata nativa apresentou o maior estoque de C no solo (228,6 Mg C ha-1), sendo muito superior comparado aos demais agrossistemas: pastagem, cana-pasto, cultura anual e cana-anual. Observa-se que a conversão de pastagem para cana-de-açúcar resultou em diferença significativa nos estoques de C do solo, de 102,3 para 76,3 Mg C ha-1 (25,4%) durante 8 anos. Em contrapartida, a variação dos estoques de C devido à conversão de cultura anual para cana-de-açúcar foi não significativa, variando de 116,2 para 121,2 Mg C ha-1 ao longo de 7 anos. Estes resultados indicam como a expansão da cana-de-açúcar impacta nesse importante aspecto e aponta para rotas de maior sustentabilidade do etanol de cana considerando-se a MUT.
Resumo:
A partir da década de 1960, ocorreram alterações nas relações de trabalho no campo e na cidade, que tiveram como consequências o êxodo rural e o crescimento das cidades brasileiras, sendo que a cidade de Jales-SP, também se insere neste contexto. As alterações nas características naturais provocadas pela urbanização e, acentuadas pelo planejamento inadequado, resultam em diversas modificações no ambiente urbano. O clima é um dos componentes do ambiente que também está sujeito a essas mudanças. Dessa maneira, o presente artigo tem como objetivo apresentar as características da temperatura na cidade de Jales-SP, às 21h, no período referente ao mês de julho de 2010. Para que esse objetivo fosse alcançado se utilizou de adaptações das propostas metodológicas de Monteiro (1976), Mendonça (1994) e Amorim (2000). As propostas metodológicas utilizadas nesse trabalho compreendem o clima urbano como um sistema, ou seja, a expressão das condições atmosféricas, resultantes da interação de diferentes escalas climáticas e de superfície. Para que os objetivos fossem atingidos foram realizados registros da temperatura e da umidade relativa por meio de mini estações em pontos fixos distribuídos pela malha urbana e pontos representativos do ambiente rural. Os resultados mostraram diferenças térmicas entre o rural e o urbano, além de diferenças entre os diversos bairros da cidade, que atingiram 6,8ºC.
Resumo:
Com objetivo de verificar como o homem urbano e rural, do município de Rio Claro – SP, percebem as variações do tempo meteorológico, o ritmo climático e suas influências, o estudo estruturou-se através de duas abordagens, uma climatológica e outra da percepção. Na primeira, analisa a diversidade das situações atmosféricas sucedidas em um mês de inverno (julho de 2008) e um de verão (janeiro de 2009), utilizando-se a técnica de análise rítmica. Na segunda, observa a percepção climática dos munícipes com base em dados obtidos a partir da aplicação de oitenta formulários de entrevista. Verificou-se a percepção das características de sazonalidade do município e constatou-se, tanto na área urbana quanto na área rural, que tipos de tempo chuvosos e/ou frios são os mais previsíveis empiricamente, sendo a variação termo-higrométrica o principal fator observado através da atmosfera ou das alterações fisiológicas dos indivíduos.
Resumo:
A pesquisa centra-se no estudo das ações das condições atmosféricas sobre as reações comportamentais em pacientes internos em uma Casa de Saúde da cidade de Rio Claro/SP/BR. Para tanto foram obtidos dados diários, dos parâmetros climáticos, e de imagens de satélite, ao longo do período de 15/05 a 30/11/2009, que auxiliaram a análise rítmica e na seleção de tipos de tempo no período supracitado. Concomitantemente observaram-se, diariamente pelos profissionais da casa de saúde, as Reações Comportamentais, de estresse e não estresse climático, dos internos. Posteriormente foi realizado um cruzamento entre os tipos de tempo e as reações comportamentais dos pacientes. Destacam-se as conclusões: valores altos de insolação aumentam as reações de agitação e inquietação, nos pacientes psicóticos, particularmente entre as mulheres, irritação de todos os pacientes, reação de depressão, em todos os pacientes, quando há domínio de frentes frio. Assim, as condições atmosféricas influenciam o comportamento e as reações humanas, sob a perspectiva de estresse e não estresse climático, independente do sexo, da deficiência mental e da dependência química, apontando meteorosensibilidade.
Resumo:
O Acordo do Clima é um marco nas negociações internacionais deste século. É fato que o aquecimento global ameaça o bem-estar humano e a economia mundial, e o desafio de estabilizar a concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera, limitando o aumento de temperatura a menos de 2 graus Celsius até 2100, é uma responsabilidade comum, mas as ações devem ter caráter diferenciado dependendo da contribuição histórica e capacidade de cada nação. Para isso será necessária uma mudança de paradigma em relação ao modelo de desenvolvimento vigente, sobretudo a transição da matriz energética baseada nos combustíveis fósseis, em direção a uma economia com predominância de fontes renováveis e de baixa emissão de carbono. O processo de negociação do acordo climático foi longo. Em 1992, o Brasil sediou a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, vinte anos depois da Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente (Estocolmo, 1972) que pela primeira vez chamou atenção da comunidade internacional sobre a necessidade de um pacto global para reverter as ameaças à saúde do planeta e das futuras gerações. A Eco-92 celebrou uma série de tratados relacionados à temática ambiental, dentre eles a Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, que abriu caminho para o Protocolo de Quioto. Pela primeira vez, se propõe um calendário pelo qual países-membros tem a obrigação3 de reduzir a emissão de GEE em, pelo menos, 5% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012. O Protocolo traz a opção dos países do Anexo I compensarem suas emissões através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), considerando como medida de redução projetos implementados nos países em desenvolvimento (PED). Sua ratificação só ocorreu em 2005 com a entrada da Rússia, mas ainda sem a participação dos Estados Unidos e China, responsáveis pelas maiores fontes de emissões planetárias. O Brasil teve um papel de liderança nas negociações da Convenção do Clima, principalmente a partir de 2009, quando apresenta a UNFCCC a sua Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC, Lei no 12.187/2009) e posteriormente o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Decreto 7390/2010). Estes marcos regulatórios definiram a estratégia brasileira de redução voluntária de emissões de GEE (36,1 à 38,9% em relação às emissões projetadas até 2020) e os planos de ação setoriais para atingir tais metas. Apesar de todos os desafios sociais e econômicos, os resultados alcançados pelo Brasil no período de vigência do Protocolo de Quioto representam um dos maiores esforços de um único país até hoje, tendo reduzido suas emissões em mais de 41%, em 2012, com relação aos níveis de 2005. A região amazônica teve papel decisivo, com redução de 85% do desmatamento, enquanto todos os demais setores da economia tiveram aumento de emissões. No Acordo de Paris, o Brasil sinaliza um compromisso ainda mais audacioso de redução de emissões absolutas, e de zerar o desmatamento ilegal em 2030 (iNDC, 2015). Este artigo pretende fazer um retrospecto da construção da proposta do mecanismo de redução de emissões por desmatamento e degradação (REDD) no Brasil e na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, e discutir o papel das florestas tropicais no combate ao aquecimento global do ponto de vista da relevância da região amazônica para o alcance das metas brasileiras, e o contexto de discussão e implementação de REDD+ nos estados. Finalmente refletir sobre os desafios futuros da recém lançada Estratégia Nacional de REDD+ (ENREDD+) frente ao baixo retorno histórico recebido pelas populações amazônidas quando analisamos o seu legado na conservação deste imenso patrimônio da humanidade. E a visão traçada pelo Brasil na sua Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDCs), como parte do novo Acordo do Clima, onde o papel das florestas torna-se secundário em relação ao agronegócio.
Resumo:
Values of ultraviolet global solar radiation were measured with an ultraviolet radiometer and also predicted with an atmospheric spectral model. The values obtained with the atmospheric spectral model, which is physically based, were analyzed and compared with the experimental values measured in situ. The measurements were performed for different zenith angles under clear skies conditions in Heredia, Costa Rica. The necessary input data include latitude, altitude, surface albedo, Earth-Sun distance, as well as atmospheric characteristics: atmospheric turbidity, precipitable water and atmospheric ozone. The comparisons between the measured and predicted values gave satisfactory results.
Resumo:
A clear sky solar spectral model which describes the irradiation flux has been tested experimentally in Heredia, Costa Rica. A description of the model and comparisons with radiation data are presented. The model computes spectral fluxes of direct, diffuse and global solar irradiation incident on a horizontal surface. Necessary inputs include latitude, altitude, and surface albedo as characteristics of a location as well as the atmospheric characteristics: turbidity, precipitable water vapor, and total ozone content. The results evidence a satisfactory agreement.