999 resultados para Doenças parasitárias Epidemiologia - Teses
Resumo:
O artigo traz a evoluo e a contribuio da produo cientfica relacionada ao conceito de vulnerabilidade e sua potencialidade em estudos das doenças transmissveis. Apresenta-se o conceito de Vulnerabilidade e a produo do conhecimento em Enfermagem, particularmente desenvolvida no Grupo Pesquisa Vulnerabilidade, Adeso e Necessidades em Sade, do CNPq. Tem como finalidade ampliar a compreenso de agravos de sade, com base neste conceito, alm de possibilitar a proposio de intervenes para o seu enfrentamento, que extrapolem o mbito do indivduo, mas contemple a organizao do trabalho nos servios de sade e a determinao social do processo sade-doena.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo descrever a populao de profissionais do sexo, considerando caractersticas sociodemogrficas, antecedentes gineco-obsttricos e comportamentais, e verificar a associao com a presena de doena sexualmente transmissvel. Trata-se de estudo epidemiolgico e transversal, realizado com 102 mulheres profissionais do sexo. Os dados foram obtidos por meio de entrevista e exames padro-ouro para diagnstico das doenças de interesse. A mdia de idade das mulheres foi de 26,1 anos, sendo que a maioria tinha nove ou mais anos de aprovao escolar, era solteira e teve coitarca antes dos 15 anos. A prtica de sexo oral nos parceiros foi citada por 90,2% das mulheres, 99% delas relataram fazer uso de preservativo no trabalho, apenas 26,3% com parceiros fixos e 42,2% usavam drogas ilcitas. No houve associao entre fatores sociodemogrficos, antecedentes gineco-obsttricos e fatores comportamentais com presena de doena sexualmente transmissvel e isso pode ser decorrente da escolaridade e do fato da populao estudada possuir caractersticas muito semelhantes, dificultando o aparecimento de tais associaes.
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Esta reflexo teve como objetivo compreender a Epidemiologia como referencial terico-metodolgico para a prtica da Enfermagem em Sade Coletiva. O mtodo de pesquisa foi uma investigao bibliogrfica, com a anlise de artigos e livros de estudiosos que apontam as possibilidades e limites das Epidemiologias clssica, social e crtica, com intuito de aproximar suas concepes prtica do enfermeiro. Discute-se que a articulao dos conhecimentos advindos das supracitadas vises de Epidemiologia possibilita a construo de intervenes de Enfermagem para a transformao de realidades de sade. A Epidemiologia Crtica ampara-se no reconhecimento dos processos protetores e de desgastes determinantes do processo sade-doena vividos por grupos de classes sociais distintas. Assim, cabe ao enfermeiro planejar a interveno em sade para alm do adoecimento identificado, propondo intervenes comprometidas com a mudana de processos histricos e sociais, nas dimenses singular, particular ou estrutural, que acabam por determinar o processo sade-doena em indivduos ou grupos.
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Estudo exploratrio-descritivo desenvolvido com o objetivo de criar, a partir do Banco de Termos da Linguagem Especial de Enfermagem da clnica de doenças infectocontagiosas de um hospital-escola e na CIPE®, afirmativas de diagnsticos de enfermagem para clientes hospitalizados e valid-las com a participao de enfermeiras assistenciais e docentes de enfermagem que atuam na referida clnica. Foram construdas 88 afirmativas de diagnsticos de enfermagem; no entanto, somente foram validadas aquelas que alcanaram um ndice de concordncia ≥ 0,80 entre os peritos participantes do estudo, o que resultou em 70 afirmativas diagnsticas. Os resultados do estudo evidenciam que os objetivos foram alcanados, uma vez que tais afirmativas, construdas a partir de termos da realidade da clnica, facilitaro o processo de comunicao entre os profissionais da rea de enfermagem. Alm disso, viabilizam uma assistncia pautada em princpios metodolgicos, proporcionando assistncia de maior resolutividade para o cliente.
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As sociedades vm passando por profundas transformaes no erfil epidemiolgico, acompanhadas de outras mudanas demogrficas e socioeconmicas. Neste contexto, mudanas importantes ocorrem na sociedade cabo-verdiana, sobretudo nos anos que se seguiram independncia em1975. Conhecer os determinantes desse processo fundamental na elaborao de novas propostas e estratgias. O presente estudo analisa o processo de transio epidemiolgica em Cabo Verde, com foco nos determinantes sociais da sade, no perodo de 1975 a 2005. Para o efeito adotou-se uma abordagem qualitativa baseada em pesquisas bibliogrfica e documental e entrevistas semi-estruturadas com atores-chave utilizando anlise temtica de contedo. Adotou-se, ainda, uma abordagem quantitativa atravs de um estudo epidemiolgico descritivo de srie temporal das principais causas de bitos. No estudo de srie temporal foram estimados modelos de regresso linear simples permitindo verificar as tendncias da mortalidade pelas causas selecionadas. Os resultados revelam que as transformaes polticas, econmicas e siociais ocorridas no pas, com melhorias de investimentos em polticas pblicas de sade, educao, entre outros, contriburam para uma mudana de um perfil "arcaico" para um perfil de "desigualdades", num contexto de desigual distribuio dos fatores de risco sade. Em relao mortalidade, se verifica uma clara supremacia das Doenças Crnicas no Tansmissveis (DCNT) e a anlise de tendncia temporal demonstrou que a transio se d principalmente pela diminuio da mortalidade por Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP). O estudo permitiu identificar vrios desafios que se colocam, merecendo destaque a adequao do sistema de sade ao novo panorama, o investimento em polticas dos cuidados continuados e melhoramento da multissetorialidade e do sistema de informao em sade.
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RESUMO Objetivo Identificar e analisar os coeficientes de incidncia de lceras por presso (UP) e os fatores de risco para o seu desenvolvimento em pacientes crticos com doenças cardiopneumolgicas. Mtodo Estudo de coorte, prospectivo realizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Cardiopneumolgica de um hospital de grande porte na cidade de So Paulo, durante os meses de novembro de 2013 a fevereiro de 2014. Participaram do estudo 370 pacientes maiores de 18 anos, que no apresentavam UP na admisso e que estavam na UTI h menos de 24 horas. Os dados foram analisados por meio de anlises univariadas e multivariada (Classification And Regression Tree - CART). Resultados Os coeficientes de incidncia de UP foram: 11,0% para o total, distribuindo-se em 8,0% entre os homens e 3,0% para as mulheres (p=0,018); 10,0% na raa branca e 6,5% em pessoas com idade igual e superior a 60 anos. Os principais fatores de risco encontrados foram tempo de permanncia na UTI igual ou superior a 9,5 dias, idade igual ou superior a 42,5 anos e raa branca. Concluso O estudo contribui para os conhecimentos relacionados epidemiologia das UP em pacientes crticos com doenças cardiopneumolgicas, favorecendo o planejamento de cuidados preventivos especficos para essa clientela.
Resumo:
As leishmanioses so um complexo de doenças infecto-parasitárias endmicas em 88 pases que constituem um grave problema de sade pblica. Diversas espcies do gnero Leishmania so os agentes causadores da doena, dentre elas a espcie L. (V.) braziliensis associada a diferentes quadros clnicos da Leishmaniose Tegumentar Americana. No presente trabalho foram obtidos nove isolados de Leishmania sp. oriundos de LTA, sendo sete isolados (87%) oriundos de pacientes residentes no municpio de Piles, um (13%) da cidade de Joo Pessoa, ambas regies, do estado da Paraba. Todos os nove isolados foram identificados como sendo da espcie L. (V.) braziliensis atravs de PCR especfica. As anlises de caracterizao molecular pela tcnica de RAPD-PCR mostraram que esses isolados compartilharam 62,63% revelando diferenas genotpicas entre elas. Contudo, os isolados AF e JSL, ambos provenientes de leses disseminadas, tiveram o maior percentual de bandas compartilhadas dentre os isolados. Outra tcnica molecular utilizada foi o SSR-PCR com o iniciador K7 que tambm foi capaz de demontrar polimorfismo entre os isolados. Nas anlises de PCR-RLFP das regies ITS1, foram encontradas perfis diferentes entre os isolados, onde MRSS, JMTS, AF, JCTS, JRL apresentaram o mesmo perfil de bandas e os isolados JSL, JCNS, MFTS e JAS tiveram, cada um, perfis de bandas distintos. Na anlise de PCR-RLFP da regio do gene hsp70, JSL, AF, JCTS, JRL, MFTS apresentaram o mesmo perfil de bandas e os isolados, MRSS, JMTS, JCNS e JAS perfis de bandas distintos. Adicionalmente foram tambm observadas diferenas fenotpicas entre estes isolados, visto que em dado momento de cultivo, todos apresentaram comportamento diferenciado, alm de demonstrarem diferenas quanto sensibilidade s drogas utilizadas na teraputica das leishmanioses. Portanto estes estudos revelam que os isolados de L. (V.) braziliensis obtidos no estado da Paraba demonstraram um significativo polimorfismo gentico, revelando um alto nvel de variao intraespecfica.
Resumo:
Foram realizadas anlises epidemiolgicas entre pacientes com tuberculose atendidos no Hospital Dr. Baptista de Sousa de So Vicente. Os dados foram registados pelo Programa de Luta contra Tuberculose no perodo de 1997 a 2005 e as anlises no envolveram a participao directa dos indivduos. Os reportes foram estatisticamente analisados usando programas computorizados (SPSS). Os resultados demonstraram uma prevalncia e incidncia anual de 61,6 e 50,49 casos/100000 hab, respectivamente. A presena de surtos foi destacada, com leve aumento depois de 2001, mas com tendncia manuteno das taxas de prevalncia. As maiores incidncias foram reportadas em 1997, 2001 e 2003, contudo, verifica-se estabilidade da tendncia. Da mesma forma, a tuberculose pulmonar foi mais frequente (93,7%), sendo reportada mais em 2001 (12,89%), destacando-se tambm uma inter-relao entre a tuberculose pulmonar e a extrapulmonar. A tendncia cura foi aumentada consideravelmente nos anos recentes do estudo. Baixas taxas de abandono (8,7%) e de transferncias (14,5%) tambm foram verificadas. A taxa de mortalidade foi alta no incio da pesquisa (7,4%) com posterior aumento, contudo com tendncia ao declnio nos anos recentes. Tambm pode ser identificado que em 33,3% da amostra o aumento da populao levou possibilidade de contacto com o agente e, por conseguinte, a novos casos. Em este grupo a forma clnica mais comum foi a pulmonar, a procura de tratamentos grande e tambm se regista uma baixa taxa de abandono do tratamento.
Resumo:
O diagnstico sorolgico da infeco pelo HIV-1 e HIV-2 teve incio em Cabo Verde em 1987, mas pouco se sabe a respeito da diversidade gentica desses vrus nessas ilhas, localizadas na costa Ocidental Africana. Neste estudo, caracterizamos a epidemiologia molecular do HIV-1 e HIV-2 em Cabo Verde, analisamos a origem dos principais clados de HIV introduzidos no pas e descrevemos a ocorrncia de mutaes de resistncia aos antirretrovirais (DRM) em indivduos virgens de tratamento (ARTn) e pacientes em tratamento (ARTexp) oriundos das diferentes ilhas. Amostras de sangue, dados sociodemogrfico e clnico-laboratoriais foram obtidos de 221 indivduos HIV positivos entre 2010-2011. As amostras foram sequenciadas na regio da polimerase (1300 pares de bases) e anlises filogenticas e de bootscan foram realizadas para a subtipagem viral. Os algoritmos disponibilizados nos sites Stanford HIV Database e HIV-GRADE e.V. Algorithm Homepage foram utilizados para avaliar a existncia de DRM em pacientes positivos para HIV-1 e HIV-2, respectivamente. Os estudos evolutivos e filogeogrficos foram realizados atravs do programa BEAST. Entre os 221 pacientes analisados, sendo 169 (76,5%) HIV-1, 43 (19,5%) HIV-2 e 9 de (4,1%) co-infectados pelo HIV-1 e pelo HIV-2, 67% eram do sexo feminino. As medianas de idade foram de 34 (IQR = 1-75) e 47 (IQR = 12-84) para o HIV-1 e HIV-2, respectivamente. A infeco pelo HIV-1 causada pelo subtipo G (36,6%), CRF02_AG (30,6%), subtipo F1, (9,7%), URFs (10,4%), subtipo B (5,2%), CRF05_DF (3,0%), subtipo C (2,2%), CRF06_cpx (0,7%), CRF25_cpx (0,7%) e CRF49_cpx (0,7%), e todas as infeces por HIV-2 pertencem ao grupo A. De acordo com as anlises filogeogrficas e de origem do HIV, estima-se que o HIV-2 foi o primeiro tipo viral introduzido em Cabo Verde e possui relaes filogenticas com sequncias referncias de Portugal. O HIV-1 entrou no pas mais tarde, primeiramente pelo subtipo G, evidenciando relaes com sequncias da frica Central e de Portugal. Transmisso de DRM (TDRM) foi observada em 3,4% (2/58) de pacientes HIV-1 ARTn (1,7% NRTI, NNRTI 1,7%), mas no entre os infectados com HIV-2. Entre os pacientes ARTexp, DRM foi observada em 47,8% (33/69) dos infectados pelo HIV-1 (37,7% NRTI, NNRTI 37,7%, 7,4% de PI, 33,3% para duas classes) e 17,6% (3/17) nos infectados pelo HIV-2 (17,6%, 11,8% NRTI PI, 11,8% para ambas as classes). Este estudo indica que Cabo Verde tem um cenrio epidemiolgico molecular complexo e nico dominado pelo HIV-1 subtipo G, CRF02_AG e F1 e HIV-2 grupo A, sendo esse o primeiro tipo viral introduzido em Cabo Verde. A ocorrncia de TDRM e o nvel relativamente elevado de DRM entre os pacientes tratados constituem uma preocupao, pelo que o monitoramento contnuo dos pacientes em ARTexp, incluindo genotipagem so polticas pblicas a serem implementadas.
Resumo:
A incidncia do cancro em Cabo Verde acompanha a tendncia mundial, em 2011, foi a segunda causa de morte na classificao de doenças crnicas no transmissveis, caracterizada pelo aumento da esperana mdia de vida e consequentemente o envelhecimento populacional. Esta tambm influenciada pela adopo de estilos de vida no-saudveis. A enfermagem como pilar de qualquer sistema de sade preconiza o cuidar de forma holstica. A sistematizao da sua assistncia importante para dar resposta as necessidades dos utentes. O tema do trabalho apresentado abrange o conceito de Sistematizao de Assistncia ao Utente Oncolgico Colostomizado. A investigao m enfermagem incorpora um papel fulcral para o estabelecimento de uma base cientfica para conduzir a uma prtica de cuidado responsvel, fazendo parte integrante do dever da profisso. Nisto para redefinir as metas a serem alcanadas o objectivo principal do trabalho, consente em demonstrar a importncia da sistematizao de assistncia em enfermagem aos utentes oncolgicos colostomizados. A execuo da sistematizao da assistncia de enfermagem uma actividade privativa do enfermeiro, sendo o mesmo responsvel pela prestao da assistncia de enfermagem que visa promoo, a preveno, a recuperao e a reabilitao da sade do utente. De entre vrias doenças oncolgicas o cancro do colon uma patologia que tem como tratamento por vezes uma ostomia intestinal. A colostomia acarreta diversas transformaes para um utente oncolgico porque para alm de lidar com o problema major do cancro, ser tambm confrontado com alteraes como fisiolgicas, alteraes da imagem e na adaptao social. A metodologia utilizada neste percurso monogrfico ter como base a reviso narrativa da literatura, esta ser feita em livros, revistas cientificas de enfermagem, teses, motores de busca como SCIELO, RECAAP portal de conhecimento e outros motores de busca na internet. Uma das principais concluses do estudo assente que a enfermagem tem um papel importante na prestao de cuidados ao utente oncolgico colostomizado, facilitando no processo de adaptao, reinsero social, autocuidado, mas para isso as intervenes tm que ser sistematizadas.