999 resultados para Doenças cardiovasculares Fatores de risco - Teses


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A sade da populao em Angola reflete o duplo desafio epidemiolgico entre as doenças infecciosas e o surgimento de doenças no transmissveis e os seus determinantes sociais e biolgicos. Em Angola, uma sociedade marcada por um crescimento econmico extraordinariamente rpido e com grandes mudanas comportamentais associadas a esse crescimento, as doenças cardiovasculares representam j a segunda causa de morte. Objectivos: medio de tendncias nos determinantes das doenças cardiovasculares como o tabagismo, consumo de lcool, ndice de massa corporal (IMC), relao cintura-quadril (RCQ) e presso arterial, dois anos aps uma avaliao inicial de base populacional.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO: Introduo: As doenças cardiovasculares (DCV) so a principal causa de morbilidade, e mortalidade prematura em Portugal e na Europa. A sua causa multifactorial e a maior parte dos casos resultam de factores de risco modificveis. O clculo do RCVG, pretende ser uma estimativa da probabilidade de desenvolver DCV. Este estudo pretende identificar e caracterizar indivduos em risco de desenvolver doena isqumica coronria e respectivos factores de risco modificveis, no Concelho de Faro e determinar a sua prevalncia e calcular SCORE global de risco cardiovascular Material e mtodos: Estudo, observacional transversal, que incluiu um total de 601 individuos, com idades entre os 40-64 anos de idade, residentes no concelho de Faro, inscritos no Centro de Sade de Faro e que consistiu da avaliao da prevalncia dos factores de risco modificveis da doena isqumica coronria pela utilizao de instrumentos especficos. Resultados e discusso: Foram includos 601 individuos de ambos os gneros. Trata-se de uma populao potencialmente menos literada e num contexto social, cultural, familiar e profissional que, eventualmente, condicionar o estilo de vida e opes em sade. 55,9% dos indivduos tem HTA; 42,4 % dos indivduos tem valor de colesterol total elevado, compatvel com dislipidemia (cut off de 200mg/dl); 50,9 % (cut off 190 mg/dl); 8,7% tem valores de glicemia compatveis com diabetes; 19,8 so fumadores; 72,7% apresenta excesso de peso/obesidade; 37,6% dos indivduos tem baixo nvel de actividade fsica; 20,1% dos indivduos apresenta evidncia de stress, ansiedade ou depresso, pela avaliao utilizando a EADS. Parece existir evidncia de maior proporo de factores de risco entre os homens e uma proporo significativa de indivduos com importantes factores de risco modificveis em simultneo. Mais de metade dos indivduos tem 3 ou mais factores de risco em simultneo, com o excesso de peso/obesidade, hipertenso e dislipidemia a serem os com mais comummente associados. 9,7% dos indivduos tem risco entre 5-9% e apenas 29,3% tem SCORE inferior a 1%. Concluses: A elevada prevalncia dos factores de risco modificveis e a elevada proporo de indivduos identificados com esses factores, e com risco moderado e alto de DCV, parece justificar uma ateno redobrada a esse nvel e um planeamento dos cuidados de sade ajustados e especficos para esta realidade.----------------------- ABSTRACT: Introduction: Cardiovascular diseases are the leading cause of morbidity and premature mortality in Portugal and in Europe. The cause is multifactorial and in most cases results from modifiable risk factors. The global cardiovascular risk calculation is intended as an estimate of the likelihood of developing cardiovascular disease. This study aims to identify and characterize individuals at risk of developing ischemic heart disease and their modifiable risk factors in Faro, and determine its prevalence as well as to calculate global cardiovascular risk SCORE. Methodology: This was a cross sectional observational study, which included a total of 601 individuals, aged 40-64 years of age living in Faro, and enrolled atthe Health Centre of Faro. The prevalence of modifiable risk factors of disease ischemic heart was assessed once, after letter invitation, by the use of the following instruments (acrescentar os instrumentos). Data was analysed with (incluir testes estatisticos utilizados) Results and Discussion: We included 601 subjects of both genders. This is a potentially less literate population with a social, cultural and family contextwhich, may eventually constrain lifestyle and health choices. Almost sixty percent (55.9%) of the individuals have hypertension, 42,4% have high total cholesterol value, compatible with dyslipidemia, 8,7 % had blood glucose values compatible with diabetes, 19,8% are smokers, 72,7% are overweight or obese, 37,6% of individuals have low levels of physical activity, 20,1% of individual show evidence of stress, anxiety or depression, as assessed by using the DASS. There seems to be evidence of a greater proportion of risk factors among men and a significant proportion of individuals with major modifiable risk factores simultaneously. More than half of the studied individuals have three or more risk factors simultaneously, being excess weight / obesity, hypertension and dyslipidemia, the most commonly associated. Almost ten percent (9,7%) of the individuals have a risk between 5-9% and only 29,3% has a SCORE less than 1%. Conclusion: The high prevalence of modifiable risk factors and the high proportion of individuals identified with these factors, and with moderate and high risk of CVD, appear to justify further attention at this level and planning of health care interventions specifically adjusted to this reality.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO- Introduo: A obesidade e a Sndrome Metablica (SM) so atualmente um importante problema de sade pblica, com prevalncias crescentes, que se acompanham tambm por aumento da prevalncia de Diabetes Mellitus (DM).Estudos prvios demonstram associao destas entidades com o aumento de risco de eventos cardiovasculares, em particular a DM. A SM tem sido uma entidade muito debatida nos ltimos anos, com aparecimento de diversas definies, contribuindo para resultados dspares no que diz respeito influncia da SM nas doenças cardiovasculares. Tambm tm sido descritas variaes tnicas e regionais. Para alm de alguns estudos epidemiolgicos na populao geral, a informao relativamente sua influncia na presena de doena cardiovascular desconhecida em Portugal, em particular em populaes com suspeita de doena coronria. Objetivos - Esclarecimento de questes relacionadas com a prevalncia de SM e a sua influncia na evoluo de doena ateroclertica arterial por avaliao de uma populao com suspeita de doena coronria. Populao e Mtodos - Estudo observacional, transversal, com incluso prospetiva de indivduos admitidos letivamente para realizao de angiografia coronria por suspeita de doena coronria, tendo sido tambm efetuadas anlises laboratoriais e ecografia carotidea para avaliao da espessura intima-mdia carotidea (EIMc) e da presena de placas carotdeas. Efetuou-se avaliao dos parmetros demogrficos, antropomtricos, determinao do perfil lipdico, glicmia e insulinmia. Os exames angiogrficos foram analisados por anlise quantitativa semi-automtica. Foram excludos indivduos com antecedentes conhecidos de doena cardaca. Resultados - Incluram-se 300 doentes, com idade mdia de 64 9 anos, 59% do gnero masculino. A prevalncia de SM de acordo com a definio da AHA/NHLBI foi 48,4% (ajustada para idade e gnero da populao portuguesa) e a prevalncia de DM foi 14,8% (ajustada). A concordncia global das trs definies mais recentes de SM foi de apenas 43%. A prevalncia de SM aumenta com a idade e tambm mais elevada no gnero feminino. O componente mais frequente foi a hipertenso arterial, seguido pela obesidade abdominal, a elevao da glicmia e por fim as alteraes dos triglicridos e do colesterol HDL. Por outro lado, a presena de doena coronria significativa (leses 50%) ocorreu em apenas 51,3% dos doentes, sendo ainda mais baixa no gnero feminino. Demonstrou-se tambm uma baixa capacidade preditiva para doena coronria dos testes no invasivos clssicos, em particular no gnero feminino. A prevalncia de doena coronria significativa foi idntica nos indivduos com SM comparativamente com indivduos sem alteraes metablicas (46,3% vs. 48,2%, respectivamente), sendo mais elevado nos diabticos (65,2%). Os fatores predizentes independentes de doena coronria significativa foram a idade, o gnero masculino, a elevao da glicmia e dos triglicridos. Pelo contrrio, o ndice de Massa Corporal (IMC) mostrou uma associao protetora relativamente presena de doena coronria. A SM no fator predizente de doena coronria. Relativamente s dimenses dos vasos coronrios, o IMC correlaciona-se positivamente e a glicmia / DM correlacionam-se negativamente. A EIMc aumenta com o aumento da idade e no gnero masculino. A EIMc foi intermdia nos doentes com SM (0,88 0,31 mm) comparativamente com os doentes diabticos (0,97 0,34 mm) e os indivduos Normais (0,85 0,34 mm). Os fatores predizentes independentes de EIMc foram a idade, o gnero masculino, o colesterol HDL e a insulinmia. A EIMc permite predizer com uma acuidade moderada a presena de doena coronria significativa (AUC 0,638), em particular no gnero feminino, sendo um fator predizente independente de presena de doena coronria (OR 2,35, IC 95% 1,04-5,33. p=0,04). Apesar de no se correlacionar com o nmero de vasos coronrios com doena, correlacionou-se com a gravidade da doena (pelo score de Gensini). A insulinmia e o ndice HOMA aumentam diretamente com a idade e com o IMC, sendo contudo sobreponveis em ambos os gneros. Os fatores predizentes de ndice HOMA (resistncia insulina) foram o IMC, bem como os restantes componentes de SM, estando o ndice HOMA relacionado com a presena de SM e o nmero dos seus componentes presentes. O limiar para resistncia insulina foi de 2,66 e para SM foi 2,41. Ao contrrio das restantes definies de SM, a definio da AHA/NHLBI no predizente da presena de DM no gnero masculino. A associao da resistncia insulina com doena coronria foi limiar (OR 1,13, IC 95% 1,00-1,28, p=0,045). Concluses - Numa populao com suspeita de doena coronria, a prevalncia de SM muito elevada (superior a 50%), sendo a prevalncia de DM de 23%. Tambm a obesidade e o excesso de peso foram extremamente prevalentes nesta populao. A concordncia entre definies de SM baixa. A hipertenso arterial e a obesidade abdominal so os componentes mais frequentes de SM, sendo menos prevalentes as alteraes lipdicas. Pelo contrrio, a presena de doena coronria significativa foi muito baixa, em particular nas mulheres. A SM no se associou presena de doena coronria significativa, estando esta mais dependente das alteraes do metabolismo glicdico e dos triglicridos, bem como de outros fatores de risco no modificveis, nomeadamente a idade e o gnero. A EIMc da cartida comum e a presena de placas carotdeas mais elevada nos indivduos diabticos, estando tambm ligeiramente aumentada nos doentes com SM, sendo os fatores predizentes de EIMc apenas a idade, o gnero, a hiperinsulinmia bem como os nveis baixos de colesterol HDL. A utilizao da avaliao da EIMc na estratificao de risco pr-angiografia coronria, poder ser til no gnero feminino. A hiperinsulinmia e o ndice HOMA (ndice de resistncia insulina), esto relacionados com o IMC e consequentemente com a presena de obesidade, embora tambm se correlacione de forma independente com os outros componentes de SM. A resistncia insulina associou-se presena de SM. Relativamente capacidade preditiva da coexistncia com DM, verificou-se associao com a definio da NCEP-ATP III e da IDF, contudo, a definio da AHA/NHLBI s foi predizente de DMnas mulheres. -------------ABSTRACT - Introduction: Obesity and Metabolic Syndrome (MS) are a major public health problem, with increasing prevalence, that follows the increase in diabetes prevalence. Previous studies showed an association of both entities with increased cardiovascular risk, particularly diabetes. MS has been debated in the last few years, with several definitions and different results when analysed the influence of MS on cardiovascular diseases. There are also some regional and ethnical variations. Beyond general population epidemiological studies, information about the influence on cardiovascular disease in Portugal is unknown, particularly in patients with suspected coronary disease. Objectives- To clarify several questions regarding the prevalence of MS and the influence in arterial atherosclerotic disease by evaluation of a population with suspected coronary artery disease. Population and Methods- Observational, cross-sectional study with prospective inclusion of individuals admitted electively for coronary angiography with suspicion of coronary artery disease. All individuals also performed laboratorial evaluation and carotid ultrasound to evaluate carotid intima-media thickness (cIMT) and carotid plaques. We also evaluated demographic, anthropometric parameters, lipid profile, blood glucose and blood insulin. Angiographic data was obtained by semi-automated quantitation. Individuals with previously known cardiac history were excluded from the study. Results- We included 300 individuals with a mean age of 64 9 years, 59% males. MS prevalence according to AHA/NHLBI definition was 48.4% (adjusted for age and gender of the Portuguese population) and the adjusted prevalence of diabetes was 14.8%. Global agreement between the more recent three definitions of MS was only 43%. MS prevalence increases with age and is also higher in women. The most frequent components were hypertension and abdominal obesity, followed by elevated glucose and triglicerides and low HDL-cholesterol. Significant coronary artery disease (stenosis 50%) was present in only 51.3% of patients, being lower in females. Non-invasive tests also had a low predictive capacity, particularly in females. The prevalence of significant coronary disease was identical in patients with MS compared with normal metabolism individuals (46.3% vs. 48.2%, respectively), being higher in diabetics (65.2%). Independent predictive factors for coronary disease were age, male gender, high blood glucose and triglycerides. On the contrary, Body Mass Index (BMI) was a protective factor for coronary disease. MS wasnt a predictor of coronary disease. BMI showed a positive correlation with coronary vessel diameter and glucose /diabetes had a negative correlation. CIMT increased with age and was higher in males. CIMT was intermediate in patients with MS (0.88 0.31 mm) when compared to diabetic patients (0.97 0.34 mm) and Normal individuals (0.85 0.34 mm). Independent predictors for cIMT were age, male gender, HDL-cholesterol and insulin. CIMT had a moderate predictive accuracy for coronary disease (AUC 0,638), particularly in females and is an independent predictor of the presence of significant coronary disease (OR 2.35, 95% CI 1.04-5.33. p=0.04). Although it did not correlate with the number of diseased coronary arteries, it correlated with coronary disease severity by the Gensini score. Insulin and HOMA index increase directly with age and BMI, but were identical in both genders. Predictive factors for HOMA index (insulin resistance) were BMI as well as the other MS components. HOMA index is related to MS and the number of its components. The cut-off for insulin resistance was 2.66 and for MS 2.41. Unlike other MS definitions, AHA/NHLBI definition is not a predictor of diabetes in males. There was a borderline association between insulin resistance and coronary disease (OR 1.13, 95% CI 1.00-1.28, p=0.045). Conclusions - In a population of patients with suspected coronary disease, MS prevalence is extremely high (above 50%) with a diabetes prevalence of 23%. Also obesity and overweight are very prevalent in this population. Global agreement between MS definitions is however low. Hypertension and abdominal obesity are the most frequent components, with a lower prevalence of lipid abnormalities. Coronary disease prevalence was low, particularly in women. MS wasnt associated with coronary disease. Coronary disease was related to glucose and triglycerides, as well as with other non-modifiable factors such as age and gender. CIMT and carotid plaques are increased in diabetic patients, and also slightly elevated in patients with MS, but cIMT independent predictors were age, male gender, insulin and HDLcholesterol. CIMT can be useful in risk stratification before coronary angiography particularly in women. Elevated insulin and HOMA index (an insulin resistance index) are related with BMI and consequently with obesity, and it was also correlated with other MS components. Insulin resistance was associated with MS. The presence of diabetes was associated with the presence of MS by NCEP-ATP III and IDF definitions; however, AHA/NHLBI definition was only predictive of diabetes in females.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - Medidas efetivas de preveno e controlo de infeo, assim como a sua aplicao diria e consistente, devem fazer parte da cultura de segurana dos profissionais de sade para promover a excelncia da prestao de cuidados. Tambm a identificao dos fatores de riscos individuais de infeo crucial e indispensvel para a adoo de medidas para a gesto desses mesmos riscos. A avaliao do risco pretende determinar a probabilidade que um doente tem de adquirir ou disseminar uma infeo hospitalar (IH) (WIRRAL, 2008) nas unidades de sade. A avaliao deve ser efetuada na admisso do doente e, de forma peridica durante o internamento, usando uma grelha de avaliao, integrada no processo global de cuidados do doente. Efetuada a avaliao de risco individual, que pressupe a identificao dos fatores de risco do doente (fatores de risco intrnsecos e extrnsecos) pode ser implementado um plano de cuidados individualizado para os gerir. Pretendeu-se com este estudo identificar os fatores de risco de infeo hospitalar do doente que esto presentes na admisso e/ou que podem surgir durante o seu internamento, para que posteriormente seja possvel determinar as medidas de preveno (gesto do risco) a aplicar individualmente. Foi realizado um estudo de caso-controlo com os doentes internados no Hospital dos Lusadas em 2011 com o objetivo de, por um lado, determinar os fatores de risco individuais que contribuem para a aquisio da IH e, por outro, caraterizar os fatores de risco para uma futura identificao de possveis medidas de preveno e controlo da aquisio e transmisso cruzada da infeo hospitalar. A populao em estudo foi constituda pelos doentes que foram internados, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2011 sendo os casos os doentes em que foi identificada a presena de infeo hospitalar atravs do programa institucional de vigilncia epidemiolgica das infees, tendo os controlos sido selecionados numa razo de 3:1 caso. Foi utilizado um suporte estruturado para a colheita de dados, com a listagem de fatores de risco identificados na reviso bibliogrfica e de todos os fatores de risco apresentados pelos doentes em estudo. Os fatores de risco identificados que apresentaram um maior significado estatstico foram: a idade acima dos 50 anos, o gnero masculino, a administrao de antimicrobianos nas trs semanas anteriores ao internamento, a colocao de cateter venoso central, a algaliao e, no caso dos doentes cirrgicos, a cirurgia de urgncia e a classificao ASA 3. Aps a identificao dos fatores de risco da populao estudada neste hospital, agora possvel utilizar a informao obtida e delinear investigaes adicionais, objetivando a construo de instrumentos para a identificao de doentes com risco aumentado de infeo.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O envelhecimento populacional no Brasil est associado s alteraes na morbimortalidade da populao. Nesse estudo, foi verificado as causas de morte e outros processos patolgicos em idosos autopsiados. Os idosos com idade maior ou igual a 60 anos, no perodo de 1976 a 1998 representaram 394 casos (24,4%). A mediana da idade foi 69 (60 a 120) anos, sendo maior nas mulheres (70,5 versus 68 anos; p<0,05). O sexo masculino (67,5%), a cor branca (69,8%) e as causas de morte cardiovascular (43,7%) e infecciosa (31%) prevaleceram. A subnutrio (76,2%) estava associada pneumonite e cistite, (p<0,05). A arteriosclerose (61,9%) e as cardiopatias chagsica (42,1%) e hipertensiva (39,1%) foram os processos mais freqentes. Portanto, foi observado sobreposio das causas de morte crnico-degenerativas e infecciosas. Isso demonstra a necessidade de valorizar medidas como o acompanhamento do ndice de massa corporal e dos fatores de risco para o desenvolvimento de doenças no envelhecimento, como a pneumonite.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO: Considerando que a presso arterial elevada constitui um dos maiores fatores de risco para as doenças cardiovasculares, a sua associao ao consumo elevado de sal, e o facto das escolas constiturem ambientes de excelncia para a aquisio de bons hbitos alimentes e promoo da sade, o objetivo deste estudo foi avaliar o contedo de sal presente nas refeies escolares e a perceo dos consumidores sobre o sabor salgado. A quantificao de sal foi realizada com um medidor porttil. Para avaliar a perceo dos consumidores foi desenvolvido e aplicado um questionrio a alunos das escolas preparatrias e secundrias e aos responsveis pela preparao e confeo das refeies. Foram analisadas um total de 898 componentes de refeies, incluindo refeies escolares e de restaurao padronizada. Em mdia, as refeies escolares disponibilizam entre 2,83 a 3,82 g de sal por poro servida (p=0,05), o que representa entre duas a cinco vezes mais as necessidades das crianas e jovens. Os componentes das refeies padronizadas apresentam um valor mdio de sal que varia entre 0,8 e 2,57 g por poro (p=0,05), o que pode contribuir para um valor total de sal por refeio mais elevado comparativamente com as refeies escolares. O sabor das refeies percecionado como sendo nem salgado nem insonso para a maioria dos estudantes, o que parece demonstrar habituao intensidade/ quantidade de sal consumida. Os responsveis pelas refeies, apesar de apresentarem conhecimentos sobre sal e a necessidade da sua limitao, demonstram barreiras e limitaes e percees sua reduo. A realizao de escolhas alimentares saudveis e adequadas s possvel se suportada por um ambiente facilitador dessas mesmas escolas. O impacto que o consumo de sal tem na sade, em particular nas doenças crnicas, torna imperativa a implementao de estratgias de reduo de sal ao nvel da indstria e dos servios de catering e restaurao, em particular direcionadas para o pblico mais jovem.------------ABSTRACT Considering the fact that high blood pressure is a major rick factor for cardiovascular disease and its association to salt intake and the fact that schools are considered ideal environments to promote health and proper eating habits, the objective of this study was to evaluate the amount of salt in meals served in school canteens and consumers perceptions about salt. Quantification of salt was performed using a portable salt meter - PAL ES2. For food perception we constructed a questionnaire that was applied to students from high schools. A total of 898 food samples were analysed. Bread presents the highest value with a mean of 1.35 (SD=0.12). Salt in soups ranges from 0.72 g/100 g to 0.80 g/100 g (p=0.05) and main courses from 0.71 g/100 to 0.97 g/100g (p=0.05). Salt in school meals is high with a mean value from 2.83 to 3.82 g of salt per meal, which is between 2 and 5 times more than the RDA for children. The components of standardized meals have an average value of salt ranging from 0.8 to 2.57 g per serving, which may contribute to a higher intake of salt per meal compared to school meals. Moreover, a high percentage of students consider meals neither salty nor lacking in salt, which shows they are used to the intensity/amount of salt consumed. Despite the knowledge and perceived necessity about salt reduction, those responsible for cooking and preparing meals, still demonstrate barriers and limitation in doing so. Making healthy choices is only possible if backed up by an environment where such choices are accessible. Therefore salt reduction strategies, aimed at the food industry and catering services should be implemented, with children and young people targeted as a major priority.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO: A estrutura demogrfica portuguesa marcada por baixas taxas de natalidade e mortalidade, onde a populao idosa representa uma fatia cada vez mais representativa, fruto de uma maior longevidade. A incidncia do cancro, na sua generalidade, maior precisamente nessa classe etria. A par de outras doenças igualmente lesivas (e.g. cardiovasculares, degenerativas) cuja incidncia aumenta com a idade, o cancro merece relevo. Estudos epidemiolgicos apresentam o cancro como lder mundial na mortalidade. Em pases desenvolvidos, o seu peso representa 25% do nmero total de bitos, percentagem essa que mais que duplica noutros pases. A obesidade, a baixa ingesto de frutas e vegetais, o sedentarismo, o consumo de tabaco e a ingesto de lcool, configuram-se como cinco dos fatores de risco presentes em 30% das mortes diagnosticadas por cancro. A nvel mundial e, em particular no Sul de Portugal, os cancros do estmago, recto e clon apresentam elevadas taxas de incidncia e de mortalidade. Do ponto de vista estritamente econmico, o cancro a doena que mais recursos consome enquanto que do ponto de vista fsico e psicolgico uma doena que no limita o seu raio de ao ao doente. O cancro , portanto, uma doena sempre atual e cada vez mais presente, pois reflete os hbitos e o ambiente de uma sociedade, no obstante as caractersticas intrnsecas a cada indivduo. A adoo de metodologia estatstica aplicada modelao de dados oncolgicos , sobretudo, valiosa e pertinente quando a informao oriunda de Registos de Cancro de Base Populacional (RCBP). A pertinncia justificada pelo fato destes registos permitirem aferir numa populao especfica, o risco desta sofrer e/ou vir a sofrer de uma dada neoplasia. O peso que as neoplasias do estmago, clon e recto assumem foi um dos elementos que motivou o presente estudo que tem por objetivo analisar tendncias, projees, sobrevivncias relativas e a distribuio espacial destas neoplasias. Foram considerados neste estudo todos os casos diagnosticados no perodo 1998-2006, pelo RCBP da regio sul de Portugal (ROR-Sul). O estudo descritivo inicial das taxas de incidncia e da tendncia em cada uma das referidas neoplasias teve como base uma nica varivel temporal - o ano de diagnstico - tambm designada por perodo. Todavia, uma metodologia que contemple apenas uma nica varivel temporal limitativa. No cancro, para alm do perodo, a idade data do diagnstico e a coorte de nascimento, so variveis temporais que podero prestar um contributo adicional na caracterizao das taxas de incidncia. A relevncia assumida por estas variveis temporais justificou a sua incluso numaclasse de modelos designada por modelos Idade-Perodo-Coorte (Age-Period-Cohort models - APC), utilizada na modelao das taxas de incidncia para as neoplasias em estudo. Os referidos modelos permitem ultrapassar o problema de relaes no lineares e/ou de mudanas sbitas na tendncia linear das taxas. Nos modelos APC foram consideradas a abordagem clssica e a abordagem com recurso a funes suavizadoras. A modelao das taxas foi estratificada por sexo. Foram ainda estudados os respectivos submodelos (apenas com uma ou duas variveis temporais). Conhecido o comportamento das taxas de incidncia, uma questo subsequente prende-se com a sua projeo em perodos futuros. Porm, o efeito de mudanas estruturais na populao, ao qual Portugal no alheio, altera substancialmente o nmero esperado de casos futuros com cancro. Estimativas da incidncia de cancro a nvel mundial obtidas a partir de projees demogrficas apontam para um aumento de 25% dos casos de cancro nas prximas duas dcadas. Embora a projeo da incidncia esteja associada a alguma incerteza, as projees auxiliam no planeamento de polticas de sade para a afetao de recursos e permitem a avaliao de cenrios e de intervenes que tenham como objetivo a reduo do impacto do cancro. O desconhecimento de projees da taxa de incidncia destas neoplasias na rea abrangida pelo ROR-Sul, levou utilizao de modelos de projeo que diferem entre si quanto sua estrutura, linearidade (ou no) dos seus coeficientes e comportamento das taxas na srie histrica de dados (e.g. crescente, decrescente ou estvel). Os referidos modelos pautaram-se por duas abordagens: (i)modelos lineares no que concerne ao tempo e (ii) extrapolao de efeitos temporais identificados pelos modelos APC para perodos futuros. Foi feita a projeo das taxas de incidncia para os anos de 2007 a 2010 tendo em conta o gnero, idade e neoplasia. ainda apresentada uma estimativa do impacto econmico destas neoplasias no perodo de projeo. Uma questo pertinente e habitual no contexto clnico e a que o presente estudo pretende dar resposta, reside em saber qual a contribuio da neoplasia em si para a sobrevivncia do doente. Nesse sentido, a mortalidade por causa especfica habitualmente utilizada para estimar a mortalidade atribuvel apenas ao cancro em estudo. Porm, existem muitas situaes em que a causa de morte desconhecida e, mesmo que esta informao esteja disponvel atravs dos certificados de bito, no fcil distinguir os casos em que a principal causa de morte devida ao cancro. A sobrevivncia relativa surge como uma medida objetiva que no necessita do conhecimento da causa especfica da morte para o seu clculo e dar-nos- uma estimativa da probabilidade de sobrevivncia caso o cancro em anlise, num cenrio hipottico, seja a nica causa de morte. Desconhecida a principal causa de morte nos casos diagnosticados com cancro no registo ROR-Sul, foi determinada a sobrevivncia relativa para cada uma das neoplasias em estudo, para um perodo de follow-up de 5 anos, tendo em conta o sexo, a idade e cada uma das regies que constituem o registo. Foi adotada uma anlise por perodo e as abordagens convencional e por modelos. No eplogo deste estudo, analisada a influncia da variabilidade espao-temporal nas taxas de incidncia. O longo perodo de latncia das doenças oncolgicas, a dificuldade em identificar mudanas sbitas no comportamento das taxas, populaes com dimenso e riscos reduzidos, so alguns dos elementos que dificultam a anlise da variao temporal das taxas. Nalguns casos, estas variaes podem ser reflexo de flutuaes aleatrias. O efeito da componente temporal aferida pelos modelos APC d-nos um retrato incompleto da incidncia do cancro. A etiologia desta doena, quando conhecida, est associada com alguma frequncia a fatores de risco tais como condies socioeconmicas, hbitos alimentares e estilo de vida, atividade profissional, localizao geogrfica e componente gentica. O contributo, dos fatores de risco , por vezes, determinante e no deve ser ignorado. Surge, assim, a necessidade em complementar o estudo temporal das taxas com uma abordagem de cariz espacial. Assim, procurar-se- aferir se as variaes nas taxas de incidncia observadas entre os concelhos inseridos na rea do registo ROR-Sul poderiam ser explicadas quer pela variabilidade temporal e geogrfica quer por fatores socioeconmicos ou, ainda, pelos desiguais estilos de vida. Foram utilizados os Modelos Bayesianos Hierrquicos Espao-Temporais com o objetivo de identificar tendncias espao-temporais nas taxas de incidncia bem como quantificar alguns fatores de risco ajustados influncia simultnea da regio e do tempo. Os resultados obtidos pela implementao de todas estas metodologias considera-se ser uma mais valia para o conhecimento destas neoplasias em Portugal.------------ABSTRACT: mortality rates, with the elderly being an increasingly representative sector of the population, mainly due to greater longevity. The incidence of cancer, in general, is greater precisely in that age group. Alongside with other equally damaging diseases (e.g. cardiovascular,degenerative), whose incidence rates increases with age, cancer is of special note. In epidemiological studies, cancer is the global leader in mortality. In developed countries its weight represents 25% of the total number of deaths, with this percentage being doubled in other countries. Obesity, a reduce consumption of fruit and vegetables, physical inactivity, smoking and alcohol consumption, are the five risk factors present in 30% of deaths due to cancer. Globally, and in particular in the South of Portugal, the stomach, rectum and colon cancer have high incidence and mortality rates. From a strictly economic perspective, cancer is the disease that consumes more resources, while from a physical and psychological point of view, it is a disease that is not limited to the patient. Cancer is therefore na up to date disease and one of increased importance, since it reflects the habits and the environment of a society, regardless the intrinsic characteristics of each individual. The adoption of statistical methodology applied to cancer data modelling is especially valuable and relevant when the information comes from population-based cancer registries (PBCR). In such cases, these registries allow for the assessment of the risk and the suffering associated to a given neoplasm in a specific population. The weight that stomach, colon and rectum cancers assume in Portugal was one of the motivations of the present study, that focus on analyzing trends, projections, relative survival and spatial distribution of these neoplasms. The data considered in this study, are all cases diagnosed between 1998 and 2006, by the PBCR of Portugal, ROR-Sul.Only year of diagnosis, also called period, was the only time variable considered in the initial descriptive analysis of the incidence rates and trends for each of the three neoplasms considered. However, a methodology that only considers one single time variable will probably fall short on the conclusions that could be drawn from the data under study. In cancer, apart from the variable period, the age at diagnosis and the birth cohort are also temporal variables and may provide an additional contribution to the characterization of the incidence. The relevance assumed by these temporal variables justified its inclusion in a class of models called Age-Period-Cohort models (APC). This class of models was used for the analysis of the incidence rates of the three cancers under study. APC models allow to model nonlinearity and/or sudden changes in linear relationships of rate trends. Two approaches of APC models were considered: the classical and the one using smoothing functions. The models were stratified by gender and, when justified, further studies explored other sub-models where only one or two temporal variables were considered. After the analysis of the incidence rates, a subsequent goal is related to their projections in future periods. Although the effect of structural changes in the population, of which Portugal is not oblivious, may substantially change the expected number of future cancer cases, the results of these projections could help planning health policies with the proper allocation of resources, allowing for the evaluation of scenarios and interventions that aim to reduce the impact of cancer in a population. Worth noting that cancer incidence worldwide obtained from demographic projections point out to an increase of 25% of cancer cases in the next two decades. The lack of projections of incidence rates of the three cancers under study in the area covered by ROR-Sul, led us to use a variety of forecasting models that differ in the nature and structure. For example, linearity or nonlinearity in their coefficients and the trend of the incidence rates in historical data series (e.g. increasing, decreasing or stable).The models followed two approaches: (i) linear models regarding time and (ii) extrapolation of temporal effects identified by the APC models for future periods. The study provide incidence rates projections and the numbers of newly diagnosed cases for the year, 2007 to 2010, taking into account gender, age and the type of cancer. In addition, an estimate of the economic impact of these neoplasms is presented for the projection period considered. This research also try to address a relevant and common clinical question in these type of studies, regarding the contribution of the type of cancer to the patient survival. In such studies, the primary cause of death is commonly used to estimate the mortality specifically due to the cancer. However, there are many situations in which the cause of death is unknown, or, even if this information is available through the death certificates, it is not easy to distinguish the cases where the primary cause of death is the cancer. With this in mind, the relative survival is an alternative measure that does not need the knowledge of the specific cause of death to be calculated. This estimate will represent the survival probability in the hypothetical scenario of a certain cancer be the only cause of death. For the patients with unknown cause of death that were diagnosed with cancer in the ROR-Sul, the relative survival was calculated for each of the cancers under study, for a follow-up period of 5 years, considering gender, age and each one of the regions that are part the registry. A period analysis was undertaken, considering both the conventional and the model approaches. In final part of this study, we analyzed the influence of space-time variability in the incidence rates. The long latency period of oncologic diseases, the difficulty in identifying subtle changes in the rates behavior, populations of reduced size and low risk are some of the elements that can be a challenge in the analysis of temporal variations in rates, that, in some cases, can reflect simple random fluctuations. The effect of the temporal component measured by the APC models gives an incomplete picture of the cancer incidence. The etiology of this disease, when known, is frequently associated to risk factors such as socioeconomic conditions, eating habits and lifestyle, occupation, geographic location and genetic component. The "contribution"of such risk factors is sometimes decisive in the evolution of the disease and should not be ignored. Therefore, there was the need to consider an additional approach in this study, one of spatial nature, addressing the fact that changes in incidence rates observed in the ROR-Sul area, could be explained either by temporal and geographical variability or by unequal socio-economic or lifestyle factors. Thus, Bayesian hierarchical space-time models were used with the purpose of identifying space-time trends in incidence rates together with the the analysis of the effect of the risk factors considered in the study. The results obtained and the implementation of all these methodologies are considered to be an added value to the knowledge of these neoplasms in Portugal.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - Introduo: A inatividade fsica um dos determinantes major das doenças crnicas no transmissveis sendo a quarta maior causa de mortalidade no mundo, nomeadamente para as doenças vasculares. A prtica regular de atividade fsica produz adaptaes vasculares responsveis por efeitos benficos na preveno e tratamento dos diferentes fatores de risco vascular, nomeadamente atravs do seu efeito no metabolismo das lipoprotenas. Objetivos: Analisar a interferncia da atividade fsica no perfil lipdico de uma populao residente em Portugal. Mtodos: Estudo observacional descritivo transversal exploratrio com 1027 indivduos (idade: 18 aos 80 anos, 49% mulheres). Os dados foram analisados em SPSS (verso 20), tendo-se utilizado mtodos de estatstica descritiva e de anlise bivarivel entre os factores de risco vascular e as variveis do perfil lipdico e ainda uma anlise multivarivel de regresso logstica binria para medir a razo de riscos pelo odds ratio. O nvel de significncia foi estabelecido em 5%. Resultados: Na anlise da relao entre atividade fsica e os biomarcadores do perfil lipdico verificou-se que existem benefcios no que diz respeito ao aumento dos nveis de HDL e de apoA1 e na diminuio dos nveis de TG com a prtica regular de atividade fsica. Concluses: A atividade fsica apresenta um papel importante na regulao do perfil lipdico evidenciando a necessidade de implementar estratgias multissectoriais de preveno dos fatores de risco vascular, nomeadamente na rea dos estilos de vida saudveis que so fundamentais para a preveno destas condies de sade e para gerar ganhos em sade.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - Introduo: A transio para a reforma um acontecimento que pode acarretar alteraes suscetveis de afetar o estado de sade. Vrios estudos tm investigado os efeitos da reforma no estado de sade, embora poucos o tenham investigado, especificamente, nas doenças crnicas. As recentes polticas de aumento da idade de reforma, assim como a ausncia de consenso sobre os efeitos da reforma na sade, atribuem-lhe ainda maior importncia. Constituem objetivos do presente estudo quantificar a associao entre a Passagem situao de reforma (e idade de reforma) e a frequncia de cada uma das principais doenças crnicas, no sentido dos efeitos da reforma nestes indicadores de sade (doena respiratria crnica, diabetes, doena cardiovascular, AVC, depresso e cancro). Material e Mtodos: Desenvolveu-se um estudo transversal, no qual foram analisados os dados provenientes das amostras representativas da populao portuguesa SHARE 2011 e ECOS 2013. As associaes foram quantificadas atravs do clculo do Odds ratio por Regresso Logstica Binria com avaliao do confundimento e modificao de efeito. As variveis de doena crnica foram medidas por auto-reporte. Foram considerados os reformados que se encontrassem em processo de reforma (ou seja, reformados h 5 anos ou menos) e que no se tivessem reformado por doena. Resultados: A reforma no se encontrou significativamente associada a nenhuma das doenças crnicas consideradas, excetuando-se: i) o cancro (na amostra ECOS), para o qual foi fator protetor; ii) e a doena cardiovascular (na amostra SHARE), para a qual teve um efeito prejudicial, mas apenas em no hipertensos. A reforma em idade antecipada pareceu encontrar-se associada a um pior estado de sade, relativamente reforma em idade legal (ou aps). Tal observou-se no Cancro (nas amostras ECOS e SHARE), na Diabetes (na amostra SHARE), e no AVC em pessoas sem Doena Cardiovascular (na amostra SHARE). Pelo contrrio, em pessoas com Doena Cardiovascular a reforma antecipada pareceu constituir um fator protetor. Discusso e concluses: As diferenas observadas nos resultados entre amostras podero, entre outros, atribuir-se s diferentes populaes em estudo, dimenses amostrais e desenhos de amostragem. Os resultados obtidos no so muito diferentes dos que tm sido descritos na bibliografia, ainda que haja um nmero reduzido de estudos sobre esta matria. Indicam que, eventualmente, as recentes alteraes de aumento da idade de reforma podero expandir o grupo de pessoas que se reformam antecipadamente, podendo resultar, eventualmente, num aumento da prevalncia de doenças crnicas na populao portuguesa. Os mecanismos atravs dos quais a reforma poder influenciar a ocorrncia de doenças crnicas permanecem por explicar, embora os seus principais fatores de risco paream representar importantes modificadores de efeito.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A compreenso da ocorrncia das doenças em termos de risco e o estabelecimento de relaes com os chamados estilos de vida, colocam na experincia de doena um acrscimo de conotaes morais, um dever de autodisciplina e responsabilidade. Estes princpios tm sido inmeras vezes sublinhados nos discursos e polticas da Sade Pblica, nomeadamente no que concerne s doenças cardiovasculares pela importncia epidemiolgica, econmica e social de que se revestem e consequente necessidade de reduo da sua grande incidncia na populao, como o caso de Portugal. A hipertenso, como doena crnica e fator de risco cardiovascular sujeita os doentes a controlo mdico peridico, teraputica farmacolgica e impele a um comprometimento com comportamentos alimentares e exerccio fsico adequado. Atravs das entrevistas realizadas a doentes hipertensos utentes da consulta especfica em Cuidados de Sade Primrios, verifica-se a presena de modos diversos de agir perante a circunstncia de se ter hipertenso arterial, mostrando a presena de vrias racionalidades, apreciaes e valoraes prticas dos comportamentos de sade e doena e do prprio corpo. Para os doentes hipertensos entrevistados, a hipertenso arterial no encarada como uma verdadeira doena, sendo vista sobretudo como resultado do envelhecimento e dos excessos que se acumularam no corpo, consequentes da prpria vida. Nas narrativas de experincia de doena, os conceitos de moderao e equilbrio, ter cuidado, parecem servir de mecanismo de operacionalizao entre aquilo que so as recomendaes mdicas e as prticas individuais. Constatam-se as capacidades dos doentes hipertensos construrem para si formas de gesto da doena e do medo, sendo que os seus comportamentos podem passar por assumir o controlo dos fatores de risco ou ignor-los. Em qualquer dos casos, as representaes e aes relativas hipertenso e s recomendaes mdicas a ela associadas integram-se nas prticas quotidianas dos doentes, ajustando-se a hbitos e representaes instaladas, constituindo-se em modos distintos de agir dos doentes hipertensos.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO: A pr-eclmpsia tem elevada morbi-mortalidade materna e perinatal. A sua etiologia multi-fatorial tem sido objeto de investigao, no sendo ainda totalmente conhecida. No se conhece tambm a razo da diferente suscetibilidade individual e das diferentes expresses da doena. A hipertenso crnica e a diabetes so fatores de risco reconhecidos, e o adiamento da maternidade contribui para que estas duas patologias sejam atualmente mais prevalentes entre as mulheres grvidas. Uma vez que o seu quadro fisiopatolgico precede em meses o quadro clnico, tem-se investigado a possibilidade de serem encontrados marcadores precoces e indicadores de risco. Em Portugal, os estudos relativos hipertenso na gravidez so escassos, bem como a investigao sobre fatores de risco e marcadores para a mesma. No sentido de avaliar possveis marcadores de risco para o desenvolvimento de preclmpsia ou complicaes hipertensivas foi colhida, para esta dissertao, uma amostra de 1215 mulheres que frequentaram a consulta de Hipertenso ou de Diabetes na gravidez de um centro tercirio, entre 2004 e 2013. Optou-se pela realizao de trs estudos independentes, abrangendo os dois primeiros um leque temporal de 9 e de 2 anos respetivamente. O primeiro, centrado na hipertenso, pesquisou, em 521 mulheres com hipertenso na presente ou em anterior gravidez, fatores de risco capazes de influenciar a progresso para pr-eclmpsia. O segundo, direcionado para a diabetes gestacional, considerou uma amostra de 334 grvidas, parte das quais tinha tambm hipertenso crnica e procurou identificar fatores que contriburam para o aparecimento de complicaes hipertensivas. O terceiro estudo, realizado em 2012 e 2013, em trs coortes de grvidas com hipertenso crnica, com diabetes gestacional, e sem estas patologias - procurou avaliar no 1 trimestre o comportamento de dois marcadores placentares obtidos no 1 trimestre - protena plasmtica A associada gravidez (PAPP-A) e o fator de crescimento placentar (PlGF) - e o seu papel, quer como bio-marcadores isolados, quer em associao aos fatores de risco encontrados nos anteriores estudos, na construo de um modelo preditivo de preclmpsia. No primeiro estudo, a nuliparidade, a hipertenso gestacional, a fluxometria das artrias uterinas com IP superiores ao P95 entre as 20-22 semanas e a existncia de restrio de crescimento fetal, foram os fatores que contriburam para a construo de um modelo preditivo de pr-eclmpsia. No segundo estudo, a coexistncia de diabetes e hipertenso crnica agravou o prognstico, associando-se as complicaes hipertensivas multiparidade, obesidade, idade materna e etnia negra. No terceiro estudo verificou-se uma reduo da PlGf e da PAPP-A no 1 trimestre nas duas primeiras coortes, comparativamente coorte sem patologia; na anlise separada de cada coorte, quando se verificaram complicaes hipertensivas ou pr-eclmpsia, as concentraes de PlGf e PAPP-A tambm foram inferiores. Contudo, na elaborao de um modelo preditivo de pr-eclmpsia, em conjunto com marcadores encontrados, apenas a PlGf pode ser integrada no modelo preditivo, o que se verificou na coorte com hipertenso crnica. Os marcadores bioqumicos em estudo tiveram valores inferiores nas coortes com patologia hipertensiva, demonstrando uma deficiente produo destas protenas placentares nestas situaes, podendo ser importante a sua pesquisa. Contudo, neste estudo, apenas na coorte de hipertenso crnica a PlGf teve participao como fator de risco, na construo de um modelo preditivo de pr-eclmpsia.--------------------------------------------------------------------------------------------------ABSTRACT: Preeclampsia is associated with a great maternal and perinatal morbimortality. Its multifactorial etiology has been under investigation and is still insufficiently understood. The reason why there are differences in individual susceptibility and differences in expressions of the disease is still unknown. Chronic hypertension and diabetes are known risk factors for preeclampsia and maternity delay contributes to the great prevalence of these pathologies among pregnant women. As the physiopathological signs antedate by months the clinical course of the disease, early risk factors and biological markers are object of clinical research. In Portugal, scarce clinical studies were devoted to hypertension in pregnancy and to risk factors and markers of this pathology. This dissertation inquires 1215 pregnant women who were treated for hypertension or diabetes in a tertiary care center between 2004 and 2013, in order to find risk markers for hypertensive complications or preeclampsia. We conducted three independent studies for this purpose. In the first one we investigated which risk factors could influence the progression to preeclampsia in 521 pregnant women with present or past history of hypertension. The second one was conducted to find what factors were associated to hypertensive complications, with a sample of 334 pregnant women with gestational diabetes, some also with chronic hypertension, addressing the identification of the factors contributing to hypertensive complications. The third study was conducted between 2012 and 2013 with three cohorts of pregnant women, with chronic hypertension, gestational diabetes, and in the third one, pregnant women had a low risk pregnancy. The objective of the study was to evaluate the behavior of two placental markers PAPP-A and PlGf obtained in the first trimester, and the role of these markers as isolated biomarkers or in association with other risk factors, in order to define a predictive model of early preeclampsia. In the first study, nuliparity, gestational hypertension, uterine arteries doppler with PI above P95 between 20-22 weeks of gestation and the presence of fetal growth restriction were the markers involved in a predictive model for preeclampsia. In the second study the cohort with the coexistence of diabetes and hypertension had registered worse result and hypertensive complications were associated to multiparity, obesity, maternal age and black ethnicity. In the third study there was a reduction of the PlGf and a PAPP-A concentration for the first trimester in the two first cohorts comparatively to the low risk cohort; the separate analysis of each cohort showed that plGf and PAPP-A concentrations were reduced when hypertensive complications appeared. However, when trying to find a preeclampsia predictive model, only plGf gave significant results for being considered in the model and this was only possible in the chronic hypertension cohort. The biochemical markers investigated in this study were reduced in the cohorts when high blood pressure complications occurred, showing a defective production of these placenta proteins, and suggesting that they should be investigated as first trimester biomarkers. Nevertheless, for this research, in the cohort of chronic hypertension only PlGf had a significant result, when multivariate analysis of all the risk factors was considered for the construction of a preeclampsia predictive model.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Caracterizar prticas alimentares e fatores de risco associados a transtornos do comportamento alimentar entre estudantes de nutrio do municpio do Rio de Janeiro. MTODOS: Estudo seccional junto a um segmento populacional apontado na literatura como de risco para o surgimento de transtornos alimentares. Utilizaram-se o Teste de Investigao Bulmica de Edimburgo (BITE), o Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26) e uma varivel que considera os dois instrumentos associados (Nunes et al., 2001). RESULTADOS: Analisaram-se 193 estudantes do sexo feminino, com mdia de idade de 20,9 anos 2 anos. Detectou-se resultado positivo em 14% (intervalo de confiana [IC] 95%: 9,4%-20%) no EAT-26. No BITE, para sintomas elevados e gravidade intensa, foram encontradas prevalncias de 5,7% (IC 95%: 2,9%-10%) e 3,2% (IC 95%: 1,2%-6,9%), respectivamente. Quando combinados EAT-26 positivo e BITE com gravidade intensa e sintomas elevados, constataram-se correlaes positivas com prevalncias de 64,7% (p < 0,001) e 36,4% (p < 0,001), respectivamente. Das mulheres que apresentaram EAT-26 positivo, 88,5% encontram-se na faixa de normalidade do ndice de massa corporal (IMC) (p < 0,031). CONCLUSES: Deve-se atentar para comportamentos de risco para transtornos alimentares no grupo, uma vez que esses distrbios sero objeto de sua prtica profissional, podendo compromet-la nos casos em que nutricionistas sejam portadores de sndromes instaladas ou comportamentos precursores.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Analisar o perfil de humor e fatores associados em participantes de um programa de reabilitao cardiopulmonar e metablica. MTODO: Cento e quarenta e quatro pacientes responderam a um questionrio de caracterizao e Escala de Humor de Brunel (BRUMS). O questionrio de caracterizao foi constitudo de perguntas sobre dados pessoais e clnicos, enquanto o BRUMS avaliou o humor por meio de seis fatores: tenso, depresso, raiva, vigor, fadiga e confuso. Os dados foram tratados com estatstica descritiva e inferencial (&#945; = 0,05). RESULTADOS: De maneira geral, os pacientes com doenças cardiovasculares e metablicas apresentaram boa sade mental, com nveis elevados de vigor, associados moderada tenso, depresso, raiva, fadiga e confuso. Os participantes idosos apresentaram menor tenso, raiva, fadiga e confuso do que os adultos, enquanto os participantes com dislipidemia tinham maior tenso. Aqueles com insuficincia cardaca eram mais tensos e fadigados. Quem fuma apresentou menor vigor e maior tenso, depresso e raiva. CONCLUSO: Pacientes com doenças cardiovasculares participantes de um programa de reabilitao apresentaram boa sade mental na avaliao realizada, e os participantes adultos, com dislipidemia, insuficincia cardaca e que fumam tinham humor mais deprimido.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Avaliar aspectos epidemiolgicos, clnicos e teraputicos de idosos com doenças cardiovasculares (DCV), no Brasil. MTODOS: Idosos com DCV, atendidos em 36 servios de Cardiologia e Geriatria do Brasil, foram investigados atravs de questionrio aplicado aos que tinham consulta marcada para o perodo analisado (um ms). RESULTADOS: Estudados 2196 idosos de 65 a 96 anos, sendo 60% mulheres e analisados os fatores de risco: sedentarismo (74%), presso arterial (PA) elevada (53%), LDL colesterol aumentado (33%), colesterol total aumentado (30%), obesidade (30%), HDL-colesterol diminudo (15%), diabetes (13%) e tabagismo (6%). Observou-se maior prevalncia nas mulheres, com trs ou mais fatores de risco. O principal motivo de consulta foi a PA elevada (48%). Teste ergomtrico e cinecoronariografia, foram mais solicitados para os homens. Os diagnsticos mais comuns foram hipertenso arterial sistmica (HAS) (67%) e insuficincia coronria (ICo) (29%). Os medicamentos mais utilizados foram diurticos (42%). CONCLUSO: Foi observada alta prevalncia de fatores de risco (93%), principalmente nas mulheres; sedentarismo, como fator de risco mais freqente, aumentando de prevalncia com a idade; HAS, como principal motivo de consulta e diagnstico; menor investigao e diagnstico de ICo em mulheres; diurticos, como os frmacos mais freqentemente prescritos; insuficincia cardaca como principal doena associada a internao (31%) e atendimento de emergncia (10%).

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

OBJETIVO: Investigar associaes entre distribuio do tecido adiposo e nveis de presso arterial e concentraes de lipdios-lipoprotenas plasmticas, mediante controle de indicadores, quanto quantidade de gordura corporal e prtica da atividade fsica. MTODOS: Estudo de 62 indivduos com idades entre 20 e 45 anos. A distribuio do tecido adiposo foi determinada baseando-se na relao circunferncia de cintura/quadril (CCQ), e como indicador da quantidade de gordura corporal recorreu-se s informaes do ndice de massa corporal (IMC), enquanto o nvel de prtica da atividade fsica foi estabelecido mediante estimativas do consumo mximo de oxignio (VO2max). As associaes entre CCQ e nveis de presso arterial e de lipdios-lipoprotenas plasmticas, com os efeitos do IMC e do VO2max controlados estatisticamente, foram estabelecidas pelo coeficiente de correlao parcial. RESULTADOS: Aps correo pelo IMC verificou-se significativa correlao parcial entre a distribuio centrpeta do tecido adiposo e os nveis de presso arterial, LDL-C e triglicerdios plasmticos. Entretanto, controlando-se o VO2max, no foram constatadas associaes significativas entre CCQ e qualquer varivel sangnea e presso arterial.CONCLUSO: A distribuio centrpeta do tecido adiposo, independente da quantidade de gordura corporal, foi relacionada com concentraes de lipdios-lipoprotenas plasmticas e nveis de presso arterial em ambos os sexos. A prtica da atividade fsica parece ser um importante modulador dessa associao, enfatizando seu papel no controle dos fatores de risco predisponentes s doenças cardiovasculares.