999 resultados para Competição bancária
Resumo:
O aumento da população das plantas daninhas eleva a habilidade competitiva dessas com as plantas cultivadas, podendo causar interferência nos aspectos fisiológicos das culturas. Objetivou-se com o trabalho avaliar a interferência de populações de Brachiaria brizantha nas características relacionadas a atividade fotossintética e o uso eficiente da água das cultivares de cana-de-açúcar RB72454, RB867515 e SP80-1816. Foi conduzido um experimento a campo, onde os tratamentos foram constituídos por 12 populações de plantas de B. brizantha que emergiram juntamente com a cultura. Aos 120 dias após a emergência da cana-de-açúcar foram realizadas as avaliações da concentração de CO2 subestomático (Ci - µmol mol-1), a atividade fotossintética (A - µmol m-2 s-1), a condutância estomática (Gs - mol m-1 s-1), a taxa de transpiração (E), a eficiência do uso da água (EUA) e a massa seca da parte aérea (SDM - g por planta) da cultura. Todas as variáveis fisiológicas e a massa seca da cultivar RB72454 foram afetadas pelo aumento da densidade das plantas de B. brizantha, bem como a transpiração da cultivar RB867515. A cultivar RB72454 apresenta menor habilidade competitiva com as plantas daninhas e a atividade fotossintética é limitada por fatores que reduzem o influxo de CO2 para o interior da folha.
Resumo:
Bidens pilosa está presente em praticamente todo o território brasileiro, além de vários outros habitats tropicais. Entre as características presentes na planta, a abundante e longa produção de propágulos, o fotoblastismo preferencial, o uso eficiente da água, a elevada extração e utilização de nutrientes, bem como características morfofisiológicas específicas, conferem vantagem na competição com as principais culturas anuais e perenes. Devido à plasticidade e flexibilidade adaptativa de B. pilosa e às interações de suas características na determinação da competitividade desse vegetal, torna-se difícil identificar aquelas que realmente se associam com elevada capacidade competitiva e que possuam maior expressividade. Dentro da espécie ocorrem biótipos resistentes a determinados herbicidas, o que dificulta seu controle nas áreas agrícolas. O uso de outros métodos de manejo também possui entraves, devido à ampla variação do fluxo de disseminação, germinação e emergência de propágulos e, ainda, às associações benéficas dessa espécie com microrganismos presentes no solo. Embora seja dotada de características que a tornam infestante agressiva nas áreas agrícolas, este trabalho reporta alguns mecanismos que podem ser usados para o manejo integrado da espécie. Além disso, B. pilosa apresenta propriedades medicinais, sendo necessário o aprofundamento científico para usufruto de seus benefícios.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a interferência causada pelo caruru-demancha (Amaranthus viridis) e amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla), em função das densidades e distâncias, no feijoeiro (Phaseolus vulgaris) cultivar Pérola. Como recipientes, foram utilizadas caixas de cimento-amianto, com capacidade para 50 litros, preenchidas com LatossoloVermelho-Escuro. As mudas foram formadas em bandejas de 128 células preenchidas com substrato hortícola; quando as plântulas atingiram o estádio V2, foram transplantadas para as caixas, sendo as de feijoeiro numa linha central, reproduzindo a semeadura em campo, e as das plantas daninhas nas densidades de 8, 16 e 32 plantas m-2, distanciadas de 0, 12 e 24 cm das plantas de feijão e igualmente entre si. O experimento foi conduzido no delineamento experimental de blocos casualizados, com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 3x3+2T, com quatro repetições, constituindo as parcelas experimentais. Foram avaliadas características de crescimento e de produtividade da cultura e das plantas daninhas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F, e as médias, comparadas pelo teste de Tukey. Observou-se que as plantas daninhas obtiveram maior desenvolvimento quando em maior distância da cultura. O caruru-de-mancha causou reduções no número de vagens e na produtividade estimada do feijoeiro. Para o caruru-de-mancha, o aumento da densidade só causou redução na produtividade da cultura quando as plantas estavam distanciadas em pelo menos 12 cm. A 0 cm, o feijoeiro tornou-se mais competitivo e não sofreu interferência das plantas daninhas, independentemente da densidade destas.
Resumo:
A soja é uma das principais culturas agrícolas do Brasil, sendo a sua produtividade muito influenciada pela competição exercida pelas plantas daninhas. Foram realizados dois experimentos em casa de vegetação, em Jaboticabal, SP, objetivando determinar o acúmulo de massa seca, assim como a distribuição e o acúmulo de macronutrientes em plantas de soja, no período de outubro de 2000 a fevereiro de 2001, e de Solanum americanum, no período de janeiro a maio de 1995. As plantas cresceram em vasos com capacidade de 7 litros, preenchidos com areia de rio lavada e peneirada; elas foram irrigadas diariamente com solução nutritiva. Os tratamentos foram representados pelas épocas de amostragem, realizada a intervalos de 14 dias, iniciando-se 21 dias após a emergência (DAE), até 161 DAE para S. americanum e 119 DAE para soja cv. BR-16 (precoce). O ponto de máximo acúmulo teórico de massa seca deu-se aos 104 DAE para a soja (35,0 g por planta) e 143 DAE para S. americanum (179,62 g por planta). Da emergência até 49 e 63 DAE, as folhas apresentaram maior participação no acúmulo de massa seca para soja e S. americanum, respectivamente. Após esses períodos, verificou-se, em ambas as espécies, inversão na representatividade das folhas por caules para a espécie daninha e por caules e, posteriormente, por estruturas reprodutivas, para a cultura. A taxa de absorção diária dos macronutrientes atingiu maiores valores entre 69 e 87 DAE para a soja e entre 105 e 119 DAE para a planta daninha. Considerando a média dos valores de pontos de inflexão observados para a cultura da soja, tem-se que aos 75 DAE uma planta de soja acumula teoricamente 23,9 g de massa seca, 564,4 mg de N, 7,1 mg de P, 490,8 mg de K, 487,0 mg de Ca, 156,6 mg de Mg e 36,0 mg de S. Para o mesmo período, uma planta de S. americanum acumula teoricamente 33,75 g de massa seca, 875,96 mg de N, 88,46 mg de P, 983,54 mg de K, 647,60 mg de Ca, 100,93 mg de Mg e 42,15 mg de S.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi determinar os períodos críticos de interferência das plantas daninhas no feijoeiro no sistema de plantio direto, na safra de primavera. A cultura antecessora ao feijoeiro foi a de milheto, que gerou 2 t ha-1 de massa seca. Os tratamentos foram constituídos por períodos crescentes (0, 10, 17, 24, 31, 45 e 66 dias após a emergência) de convivência ou de controle das plantas daninhas. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso, com os tratamentos dispostos no esquema fatorial 2 x 6, com quatro repetições, mais duas testemunhas: uma limpa durante todo o ciclo da cultura e outra suja, ausente de controle. A comunidade infestante foi composta por 16 espécies, sendo dez eudicotiledôneas. A espécie de maior importância foi a losna-branca (Parthenium hysterophorus). O período anterior à interferência (PAI) ocorreu até o estádio fenológico V2, e o período total de prevenção à interferência (PTPI), até o estádio V4; assim, o período crítico de prevenção à interferência (PCPI) ficou entre os estádios V2 e V4 do feijoeiro. A safra de primavera mostrou-se alternativa viável de produção. O acúmulo médio de massa e o número médio de indivíduos das plantas daninhas foram pequenos, ocasionando menor interferência na cultura e, consequentemente, um curto PCPI. Houve redução de 19% na produtividade média do feijoeiro quando a cultura conviveu durante todo o seu ciclo com a comunidade infestante.
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Este estudo avaliou o impacto da presença da gramínea exótica (Brachiaria decumbens) na herbivoria e no desenvolvimento de plântulas de espécies nativas (Hymenaea stigonocarpa e Dipteryx alata) de Cerrado. Para avaliar o impacto da presença da gramínea, 10 blocos em pastagem (antiga área de Cerrado) na Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS) foram demarcados em janeiro de 2009. As gramíneas foram mantidas intactas em metade dos blocos e, na outra metade, foram removidas. Em cada tratamento, foram avaliados a herbivoria, a altura e o diâmetro na altura do solo (DAS) de 25 plântulas de cada espécie ao longo do ano. O conteúdo de carbono, nitrogênio e água das folhas também foi quantificado. Plântulas de Hymenaea stigonocarpa nos tratamentos com gramínea tiveram maior taxa de crescimento em diâmetro que as plântulas no tratamento sem gramíneas. As plântulas de Dipteryx alata que estavam no tratamento sem gramíneas tiveram maiores taxas de crescimento em altura que as do tratamento com gramíneas. Houve diferença na taxa de herbivoria de D.alata entre os tratamentos. As plântulas das duas espécies que estavam no tratamento com gramínea mostraram maiores concentrações de carbono e menores de água. O conteúdo de nitrogênio foliar foi maior no tratamento com gramíneas que no sem gramíneas em D.alata; já o nitrogênio em H. stigonocarpa não variou entre os tratamentos. Esses resultados mostram que cada espécie nativa possui distintas respostas fisiológicas e suscetibilidade à herbivoria em ambientes sob competição de recursos com a gramínea exótica, B. decumbens.
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As gramíneas forrageiras possuem alta capacidade para produzir palha no sistema de semeadura direta em integração lavoura-pecuária. No entanto, essas plantas podem reduzir o crescimento das culturas, em função de efeitos alelopáticos ou pela competição por nutrientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de resíduos culturais de Brachiaria ruziziensis no crescimento inicial e no acúmulo de nutrientes na parte aérea do algodoeiro, quando foram deixados sobre o solo ou no solo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, sendo o algodão cultivado com os tratamentos: raízes e parte aérea da braquiária cultivada previamente e deixadas no vaso; parte aérea da braquiária colocada sobre o solo; raízes da braquiária ficaram no solo, mas a parte aérea foi retirada; uma testemunha (sem braquiária). As raízes de braquiária remanescentes no solo causaram diminuição na produção de matéria seca da parte aérea e no crescimento inicial das raízes do algodoeiro. O teor e o acúmulo de N na parte aérea da planta foram menores na presença de raízes de braquiária, porém o teor de P na parte aérea do algodoeiro foi maior, e tanto o teor como o acúmulo de K na parte aérea do algodão foram maiores quando este foi cultivado sobre resíduos da parte aérea da braquiária.
Resumo:
A mandioca (Manihot esculenta) é cultivada em vários países, sendo de grande importância como fonte de energia para alimentação humana e animal e na geração de empregos e renda. No Brasil, apesar de essa cultura apresentar alto potencial produtivo - em alguns estudos alcançando valores superiores a 100 t ha-1 de raízes - , a produtividade nacional é baixa, atribuída em grande parte ao manejo inadequado das plantas daninhas. A interferência dessas plantas resulta em competição pelos recursos essenciais, como nutrientes, água e luz. Além disso, o controle realizado de maneira incorreta das plantas daninhas nos mandiocais dificulta outros tratos culturais e aumenta os custos de produção. Nesta revisão são abordados os aspectos relativos ao manejo das plantas daninhas na cultura, descrevendo, de forma detalhada, os principais componentes de interferência. Discute-se, em várias situações, o período crítico de competição. Por fim, são apresentados os principais métodos de controle visando à utilização do manejo integrado como forma sustentável do controle de plantas daninhas nessa cultura.
Resumo:
Poucas pesquisas têm sido realizadas sobre interferência de plantas daninhas na cultura do quiabo. Objetivou-se com este trabalho estimar os períodos de interferência da comunidade infestante no quiabeiro. Um experimento de campo foi conduzido sob dois grupos de tratamentos, mantendo períodos crescentes de 0 (testemunha), 7, 21, 28, 35, 42, 49, 63, 77, 91 e 105 dias após a emergência da cultura (DAE), com e sem controle das plantas daninhas. As plantas daninhas com maior importância relativa foram Portulaca oleracea, Nicandra physaloides e Eleusine indica. A convivência do quiabeiro com as plantas daninhas por todo o ciclo de cultivo reduziu a produtividade da cultura em 95%. O período anterior à interferência foi de 57 DAE, enquanto o período total de prevenção à interferência foi de 14 DAE. Não houve período crítico de prevenção à interferência, sendo um único controle das plantas daninhas entre 14 e 57 DAE suficiente para prevenir a interferência na cultura do quiabo.
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Foram realizados dois experimentos em casa de vegetação com o objetivo de estudar o acúmulo e a distribuição de massa seca e macronutrientes em milho e Ipomoea hederifolia. Plantas das duas espécies foram cultivadas, separadamente, em vasos com substrato de areia e irrigação com solução nutritiva. Os tratamentos foram representados pelas épocas de amostragem, realizada a intervalos de 14 dias, iniciando 21 dias após a emergência (DAE). Uma planta de milho apresentou crescimento lento até 30 DAE, quando a alocação de massa seca foi maior em raízes e folhas (80%), e uma planta de I. hederifolia, até 50 DAE, quando a alocação de massa seca foi maior em ramos e folhas (79%). O acúmulo máximo de massa seca foi quase cinco vezes maior em milho (134 g por planta) comparado a I. hederifolia (29 g por planta). Em média, os teores de N e K foram maiores em plantas de I. hederifolia. Os acúmulos máximos de macronutrientes pelo milho foram de 1.431, 474, 1.832, 594, 340 e 143 mg por planta, e por I. hederifolia, de 727, 52, 810, 350, 148 e 65 mg por planta, para N, P, K, Ca, Mg e S, respectivamente. A taxa de acúmulo médio diário de massa seca e macronutrientes pelas plantas de milho foi crescente até 87 DAE, atingindo o máximo aos 103 DAE, enquanto para as plantas de I. hederifolia foi crescente até 121 DAE, atingindo o máximo aos 138 DAE. Assim, além da interferência na colheita, uma população de I. hederifolia também pode competir por nutrientes com a cultura do milho.
Resumo:
O cultivo consorciado de culturas para grãos e forrageiras gramíneas é uma das práticas de integração lavoura-pecuária com elevado potencial para maximizar o sistema produtivo. Este trabalho teve o objetivo de avaliar a influência de densidades e épocas de semeadura de Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã na produtividade do cultivar de soja M-8527 RR semeado em consórcio. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial de 2 x 5 (duas épocas de semeadura de B. brizantha: 20 e 30 dias após a emergência da soja; e cinco densidades de semeadura da braquiária: 0, 3, 6, 9 e 12 kg de semente ha-1), com quatro repetições. Os seguintes parâmetros foram avaliados nas plantas de soja: altura, massa seca da parte aérea e produtividade de grãos. As variáveis avaliadas foram influenciadas pelas densidades e pelas épocas de semeadura de B.brizantha. Independentemente da época de semeadura da braquiária, todas as densidades a partir de 3 kg ha-1 promoveram redução na produtividade da soja; contudo, ela foi superior a 5% somente na densidade de 12 kg h-1,semeada aos 30 DAE, e nas densidades de 9 e 12 kg ha-1,semeada aos 20 DAE. O efeito competitivo da variedade de soja RR M-8527 foi superior quando Brachiaria brizantha cv. Piatã foi semeada aos 30 dias após a emergência da cultura.
Resumo:
Objetivou-se com este trabalho avaliar a resposta competitiva de genótipos de arroz na presença de um biótipo de papuã (Brachiaria plantaginea), em diferentes proporções de plantas na associação. O delineamento experimental adotado foi o completamente casualizado com quatro repetições. Os tratamentos foram arranjados em série de substituição e constituíram-se de cinco proporções de plantas de arroz e do papuã na associação (100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100). Aos 50 dias após a emergência das espécies, efetuou-se a aferição do perfilhamento, da estatura, da área foliar e da massa seca da parte aérea das plantas de arroz e de papuã. Foi observada competição entre os genótipos de arroz e o papuã, sendo ambos afetados negativamente, independentemente da proporção de plantas testada, provocando, em todos os casos, redução das variáveis avaliadas. Ocorreu diferenciação da habilidade competitiva entre os genótipos de arroz, quando na presença da planta daninha. O genótipo BRS Sinuelo CL foi mais competitivo quando se analisou a massa seca e área foliar, ao passo que o BRS Querência sobressaiu em relação ao BRS Sinuelo CL para o perfilhamento. O papuã apresenta elevada habilidade competitiva com o arroz irrigado, necessitando de controle para que não venha afetar negativamente o crescimento e o desenvolvimento da cultura.
Resumo:
Biótipos de buva resistentes aos herbicidas podem apresentar menor habilidade competitiva, comparado com o biótipo suscetível, quando em convivência com a cultura da soja. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a habilidade competitiva de soja com biótipos de buva, resistente e suscetível ao herbicida glyphosate, e identificar as alterações no metabolismo secundário e danos celulares em função da competição. Foram realizados três experimentos em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, sendo o primeiro conduzido em série aditiva e os demais em série de substituição, com população de 315 plantas m-2. As variáveis avaliadas foram estatura, área foliar, massa seca, fenóis totais, peroxidação lipídica e extravasamento eletrolítico. A análise da competitividade foi feita por aplicação de diagramas e interpretações dos índices de competitividade. Os biótipos de buva resistente e suscetível ao glyphosate apresentam maior habilidade competitiva que o cultivar de soja CD 226 RR, ao passo que os biótipos de buva possuem similar capacidade em competir com a cultura. A interferência interespecífica causa maiores danos à cultura da soja, enquanto a interespecífica é mais prejudicial aos biótipos de buva. A cultura sofre alterações no seu metabolismo secundário em razão da competição com ambos os biótipos de buva.
Resumo:
A interferência causada pelas plantas daninhas pode reduzir em até 80% a produtividade de grãos do feijão quando não manejadas de forma correta. Portanto, a decisão sobre o momento de controlá-las é um dos principais aspectos do manejo integrado. Nesse sentido, objetivou-se com este trabalho determinar o período anterior à interferência das plantas daninhas (PAI) em cultivares de feijão com diferentes tipos de hábitos de crescimento. Adotou-se o delineamento experimental de blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos experimentais foram constituídos de dez períodos de convivência da cultura com as plantas daninhas: 0-7, 0-14, 0-21, 0-28, 0-35, 0-42, 0-49, 0-56, 0-97 (colheita) dias após a emergência (DAE) e mais uma testemunha sem convívio com as plantas daninhas. O PAI foi determinado por meio de distintas abordagens: o nível arbitrário de 5% de perda na produtividade, o nível de tolerância (NT) e o de dano no rendimento econômico (PADRE). O PAI obtido foi diferente em todas as abordagens, e os feijoeiros de crescimento indeterminado tipo II apresentaram os menores tempos de convivência.
Resumo:
Em monoculturas, normalmente se observa uma variação de produção entre plantas, que pode estar ocorrendo desde o estabelecimento da população, pela habilidade competitiva destas. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de selecionar parâmetros de habilidade competitiva, durante o estabelecimento, que se relacionam com o potencial de produção, no final do desenvolvimento. Plantas de trigo (EMBRAPA 16) e aveia (UFRGS 15) foram cultivadas em canteiros e a campo, correlacionando-se parâmetros morfológicos, nos estádios de afilhamento e florescimento. No afilhamento, nossos resultados revelaram que o diâmetro do pseudocolmo e o desenvolvimento foliar foram os parâmetros mais relevantes na caracterização da habilidade competitiva, pela alta associação com a massa seca, independente da espécie e do ambiente. Nestas populações, a ordem com que as plantas emergiram foi inversamente relacionada com o estádio de desenvolvimento apical (para inflorescência) e com os parâmetros que definiram a habilidade competitiva. Esta habilidade de competição inicial foi diretamente relacionada com o tamanho e a potencialidade de produção (espiguetas por inflorescência) das plantas, no estádio de florescimento. Os resultados indicam que o potencial de produção individual pode ser estimado por medidas de parâmetros não destrutivos, da capacidade de competição, nos primeiros estádios de desenvolvimento das plantas.