999 resultados para Atlantic rainforest Northeastern Brazil


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O Soldadinho-do-araripe Antilophia bokermanni (Passeriformes, Pipridae) atualmente o membro mais ameaado de extino de sua famlia, sendo classificado como criticamente em perigo. Com uma populao estimada em somente 800 indivduos, est espcie endmica de uma pequena rea (aproximadamente 30 km) de floresta mida de encosta da Chapada do Araripe no nordeste do Brasil. A urgente necessidade de implementao de um programa de conservao efetivo para o Soldadinho-do-araripe tem estimulado muitas pesquisas com diversos aspectos de sua biologia. No presente estudo, ns examinamos variaes nas seqncias de segmentos do mtDNA e ncDNA em representantes de A. bokermanni e A. galeata. As anlises mostraram nenhuma evidncia para subestruturamento populacional e tambm de histria de expanso populacional para A. bokermanni. Sua variabilidade gentica ligeiramente menor quando comparada com a sua espcie-irm, mas suas similaridades indicam um recente processo de separao, indicado pela reteno de polimorfismo ancestral (separao incompleta de linhagens) em todos os marcadores. Ns tambm no encontramos nenhuma associao entre variao de plumagem e variaes nucleotdicas do gene MC1R no gnero Antilophia. Este estudo representa uma contribuio da gentica para o Plano de Conservao do Soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni).

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A tartaruga da amaznia (Podocnemis expansa) corresponde a um recurso faunstico muito importante para as populaes ribeirinhas da regio amaznica, alm de ser uma das principais espcies indicadas para produo em cativeiro. O consumo dessa espcie como alimento na regio, gerou uma demanda de estudos quanto questo sanitria e seu impacto na sade pblica. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar a microbiota intestinal de tartarugas da amaznia de vida livre e cativeiro, verificando a ocorrncia de bactrias da Famlia Enterobacteriaceae no trato intestinal desses animais. Para isso, foram utilizadas 116 tartarugas adultas, de ambos os sexos, sendo que, 51 foram capturadas na Ilha de So Miguel, municpio de Santarm (PA), 50 animais pertenciam a um cativeiro comercial e 15 eram provenientes de um criadouro conservacionista, localizados na regio metropolitana de Belm, Par. De cada animal, foi colhida amostra de material biolgico cloacal, utilizando-se swabs estreis para em seguida serem acondicionados em tubos com meios de transporte e enviados ao laboratrio para anlises bacteriolgicas. Todas as amostras foram imersas em caldos Selenito e BHI durante 24 horas e posteriormente semeadas em Agar Shigella-Salmonella e Agar Mac Conkey na temperatura de 37C por 24 horas. As UFCs (Unidades formadoras de colnia) foram semeadas em Agar Muller Hilton por mais 24 horas em estufa a 37C e identificadas pelo sistema Vitek totalmente automatizado. Do total de 116 amostras foram obtidos 245 crescimentos bacterianos nos quais 83 (33,87%) eram provenientes dos animais de vida livre, com a identificao de 20 espcies bacterianas. Nos animais mantidos em cativeiro, foram obtidos 162 (65,72%) isolamentos, identificando-se 10 espcies de bactrias. Oito espcies foram encontradas em ambos os ambientes e 14 espcies em apenas um deles. A espcie Klebsiella pneumoniae foi a mais frequente, com 52 isolamentos, totalizando 21,22% dos crescimentos bacterianos, seguida de Enterobacter cloacae (35/14,29%), Serratia marcescens (29/11,84%) e Salmonella species (24/9,80%). Nos quelnios de vida livre, os microrganismos mais isolados constituiram-se dos genros Enterobacter, Klebsiella, Citrobacter e Aeromonas. Klebsiella pneumoniae, Serratia marcescens, Enterobacter cloacae e Salmonella spp. apresentaram frequncias elevadas naqueles animais cativos. Este resultado evidencia uma maior diversidade de microrganismos entre os animais de vida livre e uma contaminao elevada por amostra nos animais de cativeiro. As espcies Salmonella sp., E. coli e Acinetobacter ssp., tiveram sua frequncia aumentada provavelmente devido a influncia do cativeiro, sendo portanto, sugeridas como indicativas da qualidade sanitria de populaes da tartaruga da Amaznia.

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A prtica de medicina, a organizao dos servios de sade e o incio do ensino mdico no Estado do Par so apresentados em uma perspectiva cronolgica desde os primeiros relatos, aps a chegada de Francisco Caldeira Castelo Branco, em 1616, at a fundao da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Par, em 1919. Alguns fatos histricos so destacados e contextualizados, assim como mencionados determinados personagens que tiveram participao efetiva nos acontecimentos relatados. Tambm so comentados aspectos relacionados ao ensino mdico, tanto no mbito nacional quanto no Estado do Par, e sua importncia para a Regio Amaznica e parte do nordeste brasileiro.

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A cutia espcie Dasyprocta prymnolopha (D. prymnolopha) um roedor de tamanho mdio, diurno e caracterstico do Nordeste do Brasil, sul da Amaznia. Vrios estudos tm sido feitos sobre estes roedores. No entanto, h uma carncia de estudos do sistema estomatogntico, em particular, a morfologia dos dentes. Assim, esta pesquisa procura descrever aspectos anatmicos e histolgicos dos dentes cutia. Para isto, ns utilizamos cutias adultas, em que as mensuraes e as descries dos dentes e dos tecidos dentais foram feitas. Observou-se que a arcada dentria de D. prymnolopha composta por vinte dentes, distribudas uniformemente no arco superior e inferior, sendo os dentes inferiores, maiores do que os seus correspondentes superiores. Os incisivos so maiores, e entre os pr-molares e molares posteriores, existe um aumento gradual no comprimento do arco anterior-posterior. No exame microscpico, uma forma prismtica foi observada o que consiste de prismas de esmalte dispostos em diferentes direes, atrs do esmalte e dentina com tbulos dentinrios com padro tubular de dimetro varivel e distantes entre si, mostrando tambm um caminho sinuoso a partir da parte interna da juno com o esmalte mais superficial. A anlise morfolgica dos tecidos dentrios mostrou um esmalte com a organizao estrutural adaptada para o ato de mastigar e dentina de alto impacto compatvel com a funo do padro tubular de resilincia e amortecimento mecnico de foras mastigatrias, como encontrado em animais maiores, confirmando o entendimento de hbitos alimentares que definem muito das suas funes ecolgicas dentro do ecossistema em que vivem.

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No nordeste do Brasil, existe a ocorrncia de zeolitas sedimentares relacionadas a arenitos, descoberta nos anos 2000. Esses arenitos so constitudos de quartzo, zeolitas naturais (estilbita) e argilominerais (esmectita). Estudos preliminares constataram que esse arenito pode ser empregado como material pozolnico em sistemas base de cimento Portland, desde que o material seja peneirado para remoo do quartzo e ativado termicamente, uma vez que a estilbita zeolita de baixa atividade pozolnica. O objetivo geral desse trabalho foi determinar qual a frao granulomtrica que proporciona a maior concentrao de zeolita e esmectita e a temperatura de calcinao que acarreta a maior atividade pozolnica. No programa experimental, empregou-se o arenito zeoltico passante nas peneiras #200 e #325 e calcinado s temperaturas de 150C, 300C e 500C. A anlise da caracterizao mineralgica das amostras peneiradas foi realizada por difrao de raios X, por anlises termogravimtrica e termodiferencial. Para avaliao da reatividade, foram realizados ensaios mecnicos de atividade pozolnica em argamassas de cal hidratada e cimento Porltand. Os resultados mostraram que a amostra peneirada na peneira #200 foi a mais adequada porque apresentou elevada concentrao de estilbita e um percentual maior de material passante em comparao a amostra da peneira #325, 15% e 2% respectivamente. A temperatura de calcinao de 500C foi a que proporcionou a maior atividade pozolnica, em razo da modificao mais efetiva da estrutura cristalina, tanto da estilbita, como da esmectita. As temperaturas mais moderadas a 150C e 300C no foram suficientes para a obteno dos mesmos resultados. As argamassas com o arenito passante na peneira #200 e calcinado a 500C atingiram os valores limites mnimos exigidos para que um material seja considerado pozolnico, no caso, 6 MPa para argamassas de cal hidratada e 75% para o ndice de atividade pozolnica (IAP).

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As zeolitas possuem atividade pozolnica normalmente sem a necessidade de ativao trmica, por isto tm sido empregadas na produo de cimento e concreto hidrulicos desde a poca do imprio romano. Hoje em dia so utilizadas na fabricao do cimento Portland atravs da substituio do clinquer em percentuais que variam entre 5 e 20%, dependendo da reatividade e da finura da zelita. Em razo disto, so muito importantes do ponto de vista econmico e ambiental, principalmente quando no necessitam de tratamento trmico para adquirirem carter pozolnico satisfatrio, porque reduzem significativamente a energia de produo do clinquer e a liberao de CO<sub>2</sub> proveniente tanto da descarbonatao da calcita como da combusto de combustveis fsseis. Contudo, dados sobre reservas de zelitas naturais so escassos e imprecisos. No Brasil, no existe conhecimento sobre depsitos naturais de zelitas que possam ser explorados comercialmente. No nordeste do Brasil existe a ocorrncia de zeolitas sedimentares relacionadas a arenitos descoberta nos anos 2000. Estes arenitos so constitudos de quartzo, argilominerais e zeolitas naturais (estilbita). O objetivo geral desse trabalho foi avaliar se esta zelita natural presente no arenito possui atividade pozolnica satisfatria para ser empregada como adio mineral em cimentos Portland. No programa experimental o arenito zeoltico passou por beneficiamento atravs da remoo, por peneiramento, do quartzo e outros minerais inertes, de modo a concentrar a zelita estilbita e com isto verificar as propriedades pozolnicas deste mineral. No estudo experimental foram empregadas as tcnicas de difrao de raios X, calorimetria, ensaios qumicos e de determinao da atividade pozolnica em argamassas de cal hidratada e cimento Portland. Os resultados mostraram que o arenito zeoltico acelerou a hidratao do cimento Portland devido a extrema finura do material. O arenito apresentou atividade pozolnica, sendo a estilbita responsvel por este comportamento. Entretanto, a reatividade foi ligeiramente inferior ao mnimo exigido para ser empregado em escala industrial como pozolana. Estudos complementares so necessrios para averiguar se o tratamento trmico entre 300 C e 500 C pode aumentar a atividade pozolnica do arenito devido a destruio da estrutura cristalina tanto da estilbita quanto da esmectita presente no arenito.

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Este trabalho teve como objetivo analisar o posicionamento de universitrios das regies norte e nordeste do Brasil sobre os direitos humanos (DH) e a relao desse posicionamento com suas atitudes institucionais, suas simpatias ideolgicas e o contexto social em que vivem. Participaram deste estudo 832 universitrios do norte e nordeste brasileiro, de ambos os sexos, que responderam a um questionrio, contendo escalas que mediam julgamentos sobre 30 direitos, 15 instituies e 10 idias polticas. Os resultados de uma anlise fatorial dos componentes principais sobre os dados referentes aos direitos mostraram a existncia de cinco fatores. Os resultados de uma anlise de regresso mltipla revelaram a influncia das atitudes institucionais e das simpatias ideolgicas sobre o envolvimento com os DH; e a influncia positiva da regio sobre o direito ao protesto social. Os resultados foram discutidos com base em trabalhos empricos, realizados a partir do referencial psicossociolgico.

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O histrico de prospeco de hidrocarbonetos da Bacia Paleozoica do Parnaba, situada no norte-nordeste do Brasil, sempre foi considerado desfavorvel quando comparado aos super-reservatrios estimados do Pr-Sal das bacias da Margem Atlntica e at mesmo interiores, como a Bacia do Solimes. No entanto, a descoberta de gs natural em depsitos da superseqncia mesodevoniana-eocarbonfera do Grupo Canind, que incluem as formaes Pimenteiras, Cabeas e Long, impulsionou novas pesquisas no intuito de refinar a caracterizao paleoambiental, paleogeogrfica, bem como, entender o sistema petrolfero, os possveis plays e a potencialidade do reservatrio Cabeas. A avaliao faciolgica e estratigrfica com nfase no registro da tectnica glacial, em combinao com a geocronologia de zirco detrtico permitiu interpretar o paleoambiente e a provenincia do reservatrio Cabeas. Seis associaes de fcies agrupadas em sucesses aflorantes, com espessura mxima de at 60m registram a evoluo de um sistema deltaico Devoniano influenciado por processos glaciais principalmente no topo da unidade. 1) frente deltaica distal, composta por argilito macio, conglomerado macio, arenito com acamamento macio, laminao plana e estratificao cruzada sigmoidal 2) frente deltaica proximal, representada pelas fcies arenito macio, arenito com laminao plana, arenito com estratificao cruzada sigmoidal e conglomerado macio; 3) plancie deltaica, representada pelas fcies argilito laminado, arenito macio, arenito com estratificao cruzada acanalada e conglomerado macio; 4) shoreface glacial, composta pelas fcies arenito com marcas onduladas e arenito com estratificao cruzada hummocky; 5) depsitos subglaciais, que englobam as fcies diamictito macio, diamictito com pods de arenito e brecha intraformacional; e 6) frente deltaica de degelo, constituda pelas fcies arenito macio, arenito deformado, arenito com laminao plana, arenito com laminao cruzada cavalgante e arenito com estratificao cruzada sigmoidal. Durante o Fammeniano (374-359 Ma) uma frente deltaica dominada por processos fluviais progradava para NW (borda leste) e para NE (borda oeste) sobre uma plataforma influenciada por ondas de tempestade (Formao Pimenteiras). Na borda leste da bacia, o padro de paleocorrente e o espectro de idades U-Pb em zirco detrtico indicam que o delta Cabeas foi alimentado por reas fonte situadas a sudeste da Bacia do Parnaba, provavelmente da Provncia Borborema. Gros de zirco com idade mesoproterozica (~ 1.039 1.009 Ma) e neoproterozica (~ 654 Ma) so os mais populosos ao contrrio dos gros com idade arqueana (~ 2.508 2.678 Ma) e paleoproterozica (~ 2.054 1.992 Ma). O gro de zirco concordante mais novo forneceu idade <sup>206</sup>Pb/<sup>238</sup>U de 501,20 6,35 Ma (95% concordante) indicando idades de reas-fonte cambrianas. As principais fontes de sedimentos do delta Cabeas na borda leste so produto de rochas do Domnio Zona Transversal e de pltons Brasilianos encontrados no embasamento a sudeste da Bacia do Parnaba, com pequena contribuio de sedimentos oriundos de rochas do Domnio Cear Central e da poro ocidental do Domnio Rio Grande do Norte. No Famenniano, a movimentao do supercontinente Gondwana para o polo sul culminou na implantao de condies glaciais concomitantemente com o rebaixamento do nvel do mar e exposio da regio costeira. O avano das geleiras sobre o embasamento e depsitos deltaicos gerou eroso, deposio de diamictons com clastos exticos e facetados, alm de estruturas glaciotectnicas tais como plano de descolamento, foliao, boudins, dobras, duplex, falhas e fraturas que refletem um cisalhamento tangencial em regime rptil-dctil. O substrato apresentava-se inconsolidado e saturados em gua com temperatura levemente abaixo do ponto de fuso do gelo (permafrost quente). Corpos podiformes de arenito imersos em corpos lenticulares de diamicton foram formados pela ruptura de camadas pelo cisalhamento subglacial. Lentes de conglomerados espordicas (dump structures) nos depsitos de shoreface sugere queda de detritos ligados a icebergs em fases de recuo da geleira. A elevao da temperatura no final do Famenniano reflete a rotao destral do Gondwana e migrao do polo sul da poro ocidental da Amrica do Sul e para o oeste da frica. Esta nova configurao paleogeogrfica posicionou a Bacia do Parnaba em regies subtropicais iniciando o recuo de geleiras e a influncia do rebound isosttico. O alvio de presso indicado pela gerao de sills e diques clsticos, estruturas ball-and-pillow, rompimento de camadas e brechas. Falhas de cavalgamento associadas diamictitos com foliao na borda oeste da bacia sugerem que as geleiras migravam para NNE. O contnuo aumento do nvel do mar relativo propiciou a instalao de sedimentao deltaica durante o degelo e posteriormente a implantao de uma plataforma transgressiva (Formao Long). Diamictitos interdigitados com depsitos de frente deltaica na poro superior da Formao Cabeas correspondem a intervalos com baixo volume de poros e podem representar trapas estratigrficas secundrias no reservatrio. As anisotropias primrias subglaciais do topo da sucesso Cabeas, em ambas as bordas da Bacia do Parnaba, estende a influncia glacial e abre uma nova perspectiva sobre a potencialidade efetiva do reservatrio Cabeas do sistema petrolfero Mesodevoniano-Eocarbonfero da referida bacia.

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O Mesozico foi marcado por mudanas geolgicas significativas, decorrentes de soerguimentos resultante da orogenia Gonduanide, que possibilitou a implantao de sistemas desrticos concomitantemente com expressivos eventos magmticos. Na Bacia do Parnaba, Nordeste do Brasil, estes eventos esto registrados nas unidades siliciclsticas do Trissico, os arenitos da Formao Sambaba, representadas pelos derrames baslticos e arenitos fluviais e elicos subordinados da Formao Mosquito e pelos arenitos flvio-elicos da Formao Corda. O estudo de fcies e estratigrfico realizado em afloramentos e testemunhos de sondagem na regio entre Formosa da Serra Negra e Montes Altos, Estado do Maranho, possibilitou reconstituir o paleoambiente do topo da Formao Mosquito e da Formao Corda, e inferir condies paleoclimticas para a poro centro-oeste da Bacia do Parnaba durante o Jurssico. Foram identificadas vinte fcies sedimentares agrupadas em cinco associaes de fcies (AF) representativas de uma plancie vulcnica com depsitos fluviais espordicos e arenitos elicos subordinados (AF1-Formao Mosquito), sucedida pela instalao de um sistema desrtico mido (AF2-AF5; Formao Corda). A plancie vulcnica (AF1) constitui derrames baslticos intercalados com arenitos finos a grossos (arenitos intertrap) compostos por gros arredondados a subangulosos de quartzo, feldspatos e fragmentos de vidro vulcnico. Os arenitos apresentam estratificaes plano-paralela e cruzada de baixo ngulo, preenchendo geometria de canal ou em corpos tabulares. Depsitos de canal fluvial entrelaado (AF2) consistem em conglomerados polimticos, com grnulos e seixos subarredondados a angulosos de basalto, e arenitos grossos com estratificao cruzada acanalada e acamamento macio. Os lenis arenosos (AF3) foram divididos em dois elementos arquiteturais (EA), o primeiro (EA1) consistem em arenitos finos a muitos com geometria tabular e estruturas de deformao, o segundo (EA2) composto por arenito fino a grosso com estratificao cruzada acanalada e laminao cruzada cavalgante, gutter cast de pequeno porte. O campo de dunas (AF4) foi subdividido em dois conjuntos de fcies (C), o primeiro (CI) caracterizado por arenitos com estratificaes cruzadas tabular e tangencial de pequeno a mdio porte, estratificao planoparalela e laminao cruzada cavalgante transladante subcrtica. O segundo (CII) consiste de arenitos finos a mdios, moderadamente selecionados, laminao ondulada e estruturas de adeso e gretas de contrao com rip-up clast, curled mud flakes, forma ciclos de raseamento centimtricos, com topo marcado por horizontes mosqueados, ricos em xido/hidrxido de ferro, bioturbaes e gretas de contrao, interpretados como depsitos de interdunas midas. Os lobos de suspenso (AF5) consistem em arenitos finos intercalados com pelitos e arenito/pelito com estratificao cruzada complexa. A abundncia de esmectita na AF4 aponta para condies de clima semirido. No Jurssico, a regio centro-oeste da Bacia do Parnaba, foi submetida a movimentos distensivos com recorrncia de derrames bsicos advindos de fissuras na crosta. Durante os intervalos de aquiescncia sedimentos de rios efmeros preenchiam depresses ou espraiavam-se na plancie vulcnica. O final da atividade magmtica foi sucedido pela implantao do desrto Corda com campo de dunas e canais fluviais efmeros (wadi) que retrabalharam parte da plancie vulcnica e esporadicamente invadiam os lenis arenosos. Comparado aos ergs do Permo-Trissico (Formao Sambaba), o deserto Jurssico da Formao Corda foi mais mido e menos extenso precedendo os sistemas fluviais e costeiros de clima mais ameno do Cretceo da Bacia do Parnaba.

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Bentonitas so argilas que tem como seu principal constituinte argilominerais do grupo da esmectita, predominantemente montmorillonita. De acordo com o ction predominante no espao intercamada da esmectita, a bentonita pode ser classificada como sdica, clcica ou magnesiana. Essas argilas possuem vasta aplicao industrial, como fluidos de perfurao, pelotizao, moldes de fundio, dentre outros. Para algumas aplicaes mais especficas e que agregam maior valor ao produto final, como na sntese de nanocompsitos polmero/argila, faz-se necessrio intercalao de ons orgnicos na intercamada do argilomineral. No Brasil, a produo industrial de argilas organoflicas pequena e voltada para os mercados de tintas, graxas e resinas de polister. Empresas do setor de bentonitas, que ainda no esto produzindo esse tipo de material, vm mostrando crescente interesse nesta aplicao. Dentro desse contexto, este trabalho buscou avaliar o potencial da Bentonita Formosa, uma Mg-bentonita recentemente descrita e relativamente abundante no nordeste do Brasil, na produo de argilas organoflicas e sua aplicao em sntese de nanocompsitos polmero/argila. Para isso, foram realizadas snteses variando a concentrao dos ons surfactantes hexadeciltrimetilamnio (HDTMA<sup>+</sup>) e dodeciltrimetilamnio (DTMA<sup>+</sup>) em 0,7, 1,0 e 1,5 vezes o valor de CEC, com tempo de reao de 12 horas e variao de temperatura de 25 C e 80 C. A Mg-Bentonita in natura e ativada com carbonato de sdio foi utilizada como material de partida. Tanto o material de partida como as argilas organoflicas obtidas foram caracterizadas por DRX, DTA/TG e IV. As argilas que apresentaram melhores resultados de intercalao foram utilizadas nas propores de 1%, 3% e 10% para a sntese de nanocompsitos poli(metacrilato de metila) (PMMA)/argila. As anlises de DRX confirmaram a intercalao dos ons orgnicos no espao intercamada da Mg-esmectita com e sem ativao. Com os resultados de IV foi possvel observar que a razo de confrmeros gauche/trans diminui com o aumento do espaamento basal. Os resultados de DTA/TG confirmaram a estabilidade trmica das argilas organoflicas temperatura mxima de 200 C, o que possibilita a utilizao desse material em sntese de nanocompsitos polmero/argila obtidos por processo de fuso. A anlise de DRX confirmou a intercalao do PMMA no espao intercamada da Mg-esmectita em todos os nanocompsitos produzidos. Com as anlises de DSC foi possvel observar o aumento da temperatura de transio vtrea para todos os nanocompsitos, quando comparados com PMMA puro. Com isso, possvel concluir que a Mg-Bentonita pode ser intercalada com ons alquilamnio, sem a necessidade prvia de ativao sdica, formando argilas organoflicas, assim como sua utilizao em sntese de nanocompsitos. Essa possibilidade de utilizao da Mg-bentonita in natura pode representar uma importante diferena em termos de custos de processo, na comparao com as bentonitas clcicas existentes no Brasil, ou mesmo as importadas, que precisam ser ativadas durante o beneficiamento. Finalmente, acredita-se que a pesquisa deve avanar com a avaliao das propriedades mecnicas dos nanocompsitos produzidos neste trabalho, visando as diferentes possibilidades de aplicaes desses materiais.

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Most cases of a predisposition to venous thrombosis are caused by resistance to activated protein C, associated in 95% of cases with the Factor V Leiden allele (FVL or R506Q). Several recent studies report a further increased risk of thrombosis by an association between the AB alleles of the ABO blood group and Factor V Leiden. The present study investigated this association with deep vein thrombosis (DVT) in individuals treated at the Hemocentro de Pernambuco in northeastern Brazil. A case-control comparison showed a significant risk of thrombosis in the presence of Factor V Leiden (OR = 10.1), which was approximately doubled when the AB alleles of the ABO blood group were present as well (OR = 22.3). These results confirm that the increased risk of deep vein thrombosis in the combined presence of AB alleles and Factor V Leiden is also applicable to the Brazilian population suggesting that ABO blood group typing should be routinely added to FVL in studies involving thrombosis.

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Partindo de exerccios etnogrficos, o texto apresenta experincias diaspricas de mulheres rezadeiras que, ao migrarem do Nordeste brasileiro para a Amaznia Bragantina, no Estado do Par, a partir da dcada de 1950, tiveram suas vidas marcadas pelo processo de iniciao junto a entidades da encantaria brasileira (Prandi, 2004). Em viagens noturnas a cemitrios, transfiguraes, transportes fsicos, vidncias e andanas em corpos de animais, ventos e guas, essas rezadeiras revisitaram mundos e tempos imemoriais, passando a dialogar com pajs e poderosos rezadores do Maranho, Paraba, Piau e Cear, deixando ver pessoas e encantados em outros sentidos de deslocamento. A crena na capacidade das entidades de acompanhar as pessoas detentoras do dom de rezar at o Par, bem como de transitarem continuamente nesses locais, nomadizando-se (Deleuze; Guattari, 1995) entre o l e o aqui, constitui o fenmeno da dispora dos encantados (Brah, 2011; Hall, 1999, 2009). A convivncia com essas mulheres ensina, entre outros aspectos, a defender concepes de encontros e deslocamentos de culturas que percebam a alteridade radical da cosmologia das cincias humanas, mesmo quando esta se cr fielmente situada em lugares de partida, movimentos de passagem ou chegada, esquecendo, muitas vezes, que se trata no de lugar, mas de trnsitos materiais e simblicos.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)