866 resultados para Violência. Cidade. Favela. Antropologia visual e urbana


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A reconversão de áreas tradicionalmente industriais desativadas em benefício de novos usos têm se tornado uma prática recorrente nas áreas metropolitanas, podendo ser analisada pelo estudo das alterações morfológicas e funcionais das formas e estruturas intra-urbanas. Esta pesquisa propõe o uso de técnicas de geoprocessamento para a elaboração do mapeamento das demolições, verticalizações e refuncionalizações no distrito da Mooca, visando o diagnóstico dos antigos espaços fabris em transição na metrópole paulista. Por meio do desenvolvimento de dois métodos de análise da informação geográfica: a classificação digital automática e a classificação digital analógica de séries temporais de e de imagens de satélite de alta resolução espacial, objetiva-se compreender os processos modificadores da paisagem urbana e de revalorização de áreas fabris.  A escolha do distrito da Mooca, na cidade de São Paulo, para esta análise justifica-se pela sua função industrial histórica, estruturada pelo eixo ferroviário da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí e pelas recentes mudanças no uso do solo industrial. A importância de reconhecer estes espaços incide no futuro aproveitamento dos mesmos, bem como às avaliações de renovação, de substituição das tipologias edificativas, alterações de cunho demográfico, e outras características imprescindíveis à compreensão do processo de refuncionalização e revalorização de antigas áreas industriais.

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As cidades médias brasileiras apresentam potencialidade para investimentos. Isto implica no surgimento de novas demandas e na necessidade do fortalecimento da gestão municipal. O lento avanço das políticas públicas urbanas para promover ordenamento urbano sustentável é preocupante. Entre os problemas encontrados nos grandes centros urbanos e já verificados nas cidades médias está a situação do sistema de transporte urbano. Este apresenta uma matriz de deslocamento não sustentável. O presente trabalho tem por escopos apresentar as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) e diagnosticar a mobilidade de pedestres, ciclistas e usuários do transporte público da cidade de Araguari e sua forma de organização. A metodologia a ser utilizada consiste em pesquisa bibliográfica referente às temáticas da urbanização, planejamento e mobilidade urbana. Será realizado levantamento de dados primários e secundários, além do apontamento das características a serem exploradas e das fragilidades a serem combatidas através de um processo de gestão.

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Os espaços de desindustrialização objetos da pesquisa mostram o movimento de passagem de lugares produzidos no processo de industrialização para lugares de expansão do mercado imobiliário. Estamos diante da produção de novas centralidades em lugares já constituídos da cidade, transformando a paisagem e a vida social desses lugares. Essa incorporação dos espaços de desindustrialização pelas atividades mais dinâmicas da economia produz uma transformação radical dos lugares, produzindo uma valorização do espaço, que induz um aprofundamento da segregação sócio-espacial na cidade, pois destitui os próprios moradores de seus lugares habituais de sociabilidade e mobiliza as classes empobrecidas para lugares distantes do centro, mais desprovidos de infra-estrutura. Por outro lado, a vida proposta pelos novos equipamentos que se instalam nos lugares (condomínios verticais fechados e espaços de consumo voltados para classes com maior poder de consumo) se fecham à cidade, colocando a auto-segregação como uma solução dos problemas urbanos (violência, trânsito, falta de espaços de lazer, falta de espaços verdes, etc.), naturalizando a segregação. Nossa reflexão sobre a reestruturação de espaços de desindustrialização nos coloca diante da necessidade de pensar a orientação do processo de produção do espaço hoje, implicando uma preocupação sobre a vida urbana concreta dos habitantes da cidade.

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O presente trabalho se constitui de um exercício reflexivo sobre a política de destinação de imóveis urbanos públicos federais, no Brasil chamados de imóveis da União, não utilizados e subutilizados para habitação de interesse social[1] na Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro e a sua relação com a promoção do “Direito a Cidade, expressão criada no final da década de 60, pelo filósofo francês Henri Lefebvre. Considerando que o processo de produção da legislação urbana, no Brasil, deve ser sempre entendido a partir da perspectiva dos mesmos interesses que levaram a acumulação capitalista, este trabalho pretende apontar que o discurso da “gestão democrática”, da abertura institucional para com movimentos sociais e o discurso do “Direito a Cidade estão longe de se apresentarem como ferramentas de transformação do status quo. Pelo contrário! Neste sentido, a intenção aqui é apontar que uma genuína promoção do “Direito a Cidade, vale dizer,    uma verdadeira ampliação  democrática, conduzida muito além dos espaços deliberativos impostos pelo aparelho de Estado só pode ser entendida a partir da aproximação material e intelectual aos Movimentos Sociais, sob um ângulo autonomista. Por outro lado, apesar do aparelho de Estado se constituir intrínseca e essencialmente uma estrutura heterônoma de poder[2]- fundamentada nos moldes da sociedade capitalista e da democracia representativa – aprender hoje a participar dessas instâncias heterônomas de deliberação, com o devido cuidado para evitar pragmatismos e domesticação, se constitui de um importante desafio tanto para o pesquisador cientista/social engajado quanto para o movimiento social. Um diálogo horizontal entre geógrafos e movimentos sociais, despido de arrogância tecnocrática e pautado por um espírito tolerante e não-autoritário pode colaborar assim para importantes ganhos políticos e pedagógicos de autonomia, o que do ponto de vista sócioespacial significa  dizer que ajudando-se mutuamente podem aprender a agir com o Estado, apesar do Estado e essencialmente contra o Estado por uma cidade mais livre e mais justa. É o que se tentará apresentar.   [2] Para SOUZA, 2006a, está-se diante de uma situação de heteronomia (...) ”quando a ‘lei’, seja formal ou informal, escrita ou consuetudinária (normas, códigos, tabus) é imposta por um poder ‘superior’, ou percebida como imposta por um tal poder.” Neste sentido pode ser classificada a estrutura do aparelho de Estado como uma estrutura heterônoma de poder, uma vez seu aparato legislativo ser imposto a sociedade civil, sempre subjugado ao binômio democracia representativa + capitalismo. Mais detalhes, vide SOUZA, 2006ª

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Da crescente compressão tempo-espaço, o modelo de urbanização pós-moderno exibe as, cada vez maiores, desigualdades existentes entre os que têm condições e participam dos processos globais e os que estão incluídos de maneira precária dentro da (re)produção do espaço. Estes últimos formam os chamados aglomerados de exclusão, através de processos de des-reterritorializações que podem ser vistos no espaço pela distribuição dos recursos estatais e/ou privados destinados a população do município do Rio de Janeiro, Brasil. Esta cidade, assim como a maioria das metrópoles dos países com capitalismo tardio, mostra imensas desigualdades político, econômicas, sociais e culturais. O objetivo do trabalho é analisar cartograficamente como determinados serviços básicos à população (saúde, educação, segurança, lazer e transporte) se distribuem no espaço de maneira desigual, porém não desordenada. Cabe ressaltar que está cidade estará no centro das atenções mundiais nesta segunda década de século XXI, tanto pelo desenvolvimento estatal brasileiro, quanto pelas realizações dos dois maiores eventos esportivos: a Copa do Mundo e as Olimpíadas, eventos esses que geram grandes transformações no ordenamento urbano municipal. A metodologia empregada se dá pelo uso do geoprocessamento aplicado ao Sistema de Informações Geográficas (GIS), junto aos conceitos de territórios e sua dialética de des-reterritorialização.

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A rápida urbanização e acelerada modernização da maioria das cidades dos países ditos de terceiro mundo, desencadeiam problemas que hoje são causadores de grandes conflitos, esses problemas por sua vez são decorrentes de falhas no planejamento urbano e ambiental, que por sua vez são resultantes do uso indevido dos recursos naturais e deficiente distribuição das riquezas dos municípios. A qualidade de vida está diretamente relacionada com problemas como enchentes, alagamentos, precariedade no sistema de saúde, educação e transporte; ocupação desordenada, construções habitacionais irregulares, poluição dos córregos, deficiência de saneamento básico, ausência de locais públicos de lazer, poluição do ar, sonora e visual; qualidade da água potável entre outros. Campinas como um dos canais de industrialização e concentração populacional do estado de São Paulo demonstra como o planejamento pode influenciar de forma expressiva no desenvolvimento social e econômico. Sendo assim, o presente trabalho, por meio de respaldo teórico multidisciplinar, analisa a qualidade de vida relacionada à qualidade ambiental, que por sua vez está atrelada à gestão dos recursos naturais e ao planejamento urbano, usando como recorte espacial alguns bairros da cidade de Campinas-SP e demonstrando o potencial que a geografia oferece para esses estudos

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Neste trabalho, realizamos a análise de loteamentos surgidos por meio do “Programa de Desfavelamento e Loteamentos Urbanizados”, avaliando o nível maior ou menor de articulação desses loteamentos ao conjunto da área urbana de Presidente Prudente. Observamos a ocorrência e o grau de segregação socioespacial existentes, a partir da constatação do nível de integração entre os moradores dos loteamentos e o restante da cidade, bem como do grau de acesso que têm aos meios de consumo coletivo. Vimos como a produção do espaço e, especialmente, a produção de descontinuidade do tecido urbano, auxilia na constituição da segregação socioespacial. Isso é notável quando percebemos as diferenças de acesso à cidade em relação aos loteamentos estudados. No Parque Shiraiwa, loteamento que se encontra em região onde há bairros bem servidos de equipamentos públicos, observamos um grande nível de obtenção dos meios de consumo coletivo pelos moradores do loteamento. Já nos casos do Conjunto Brasil Novo e, principalmente, do Jardim Morada do Sol, verificamos como a implantação de assentamentos habitacionais em locais distantes e descontínuos ao tecido urbano acarreta uma baixa mobilidade espacial, gerando, assim, áreas urbanas marcadas por condições claras de segregação socioespacial.

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O presente trabalho faz um estudo da segregação sócio-espacial. O espaço geográfico é formado por um conjunto de objetos e ações, ou seja, de formas e, de práticas sociais. O espaço urbano é produzido a partir de ações ou forças sócio-econômicas que vão fragmentando a cidade e dando origem aos seus diversos lugares. Os lugares segregados possuem características internas comuns e apresentam fortes desigualdades sociais entre eles e os outros lugares, aceitos. Os lugares de habitação são mais duramente atingidos por essa diferenciação social de lugares e seuscostumes. Várias análises demonstram que a cidade pode ser vista como a expressão concreta de processos sociais em um ambiente físico construído sobre o espaço geográfico. Os objetivos deste estudo são os seguintes: mostrar que o espaço urbano é produzido pela ordem econômica e social vigente; compreender que, numa sociedade capitalista, a divisão social do trabalho cria as desigualdades sociais que refletem na produção do espaço urbano; mostrar que a desigualdade espacial é fruto da desigualdade social. A lógica da estruturação espacial têm, portanto, dois elementos principais: a renda e a divisão social do trabalho. A metodologia da pesquisa é a de revisão teórica e bibliográfica sobre o tema.

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Dourados-MS-Brasil, destaca-se como pólo regional, atraindo fluxos, comerciais e de serviços. A partir de 1970, expandiu-se na região um sistema agrícola ligado ao que Santos (1993) denominou de meio técnico-científico-informacional. Esse processo, se, por um lado, desencadeou o crescimento de segmentos socioprofissionais qualificados, também causou a expropriação dos pequenos proprietários e trabalhadores rurais, intensificando as contradições. Em face da demanda da agricultura mecanizada por produtos e serviços, a cidade também vivencia um processo de redefinição de papéis, funções e conteúdo, reforçando sua condição de principal centro urbano regional. Segundo os dados da Regic, entre 2001 e 2007, Dourados amplia sua interação regional, em um raio de mais de 200 km. A configuração geográfica do município fortalece o seu papel de centro educacional, possuindo cinco instituições de ensino superior. No setor de saúde conta 05 hospitais, atendendo várias cidades da região, outros estados (sobretudo Paraná) e até do Paraguai. Duas particularidades merecem ser destacadas: A fronteira Brasil-Paraguai, que confere especificidades à dinâmica socioespacial urbana. A presença da reserva indígena, que abriga os grupos indígenas Guarani (Ñandéva e Kaiowa) e Terena. Atualmente a cidade possui 23 áreas de ocupação “irregular” e a dificuldade de acesso a terra tem ampliado as desigualdades socioespaciais.

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A intensificação do processo de urbanização no Brasil a partir do século XIX condicionou mudanças cruciais na sociedade caracterizando novos padrões de produção, de distribuição e de consumo. A rede urbana, nesse contexto, passou a ser o meio através do qual a produção, a circulação e o consumo se realizam efetivamente, articulando distantes lugares e estabelecendo uma economia e um território nacional. Dessa forma, é de fundamental importância entender a rede urbana como um arcabouço que reforça e influi nos conteúdos sócio-econômicos do território, sendo, portanto, uma dimensão sócio-espacial da sociedade. Pensar a cidade, e de modo especial as pequenas cidades e seu papel na rede urbana nacional e regional permite-nos considerar as especificidades apresentadas pelas mesmas na formação e desenvolvimento urbano do país. O presente trabalho está sendo desenvolvido como parte da revisão bibliográfica do curso de Mestrado em Geografia, no Programa de Pós-Graduação MINTER entre a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) – Instituto de Geociências e a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Essa etapa da pesquisa consiste num estudo de caráter bibliográfico, através do qual objetiva-se analisar o processo de formação da rede urbana no sul da Bahia buscando compreender o papel dos centros de pequeno porte, como a cidade de Canavieiras, no contexto da referida rede. O estudo será norteado pela concepção proposta por Milton Santos (2004) ao considerar que a rede urbana funciona a partir dos dois circuitos da economia urbana e por Roberto Lobato Corrêa (2001) ao afirmar que uma das características marcantes da estrutura dos sistemas de cidades é a organização hierarquizada dos centros urbanos, que variam conforme o tamanho, a qualidade funcional e a extensão da zona de influência espacial dessas aglomerações.

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Este trabalho apresenta uma realidade comum nos grandes centros urbanos no mundo, e que acontece hoje de forma intensa e acelerada na cidade de Salvador, Bahia – Brasil: ocupações regularizadas das áreas de Florestas Tropicais (Mata Atlântica), neste caso, na Avenida Paralela, um dos lugares que vem passando por transformações na sua paisagem natural, com construções de condomínios residenciais para as classes média e alta, shoppings centers, lojas, abertura de ruas e avenidas e, principalmente, a expulsão dos moradores de áreas de “invasão” (favelas) que existem há décadas, como o Bairro da Paz, com a intensificação da especulação imobiliária e, como mecanismo de redução da violência urbana nesta localidade. Para o poder público, o desmatamento e a ocupação informal dessa mesma área há anos atrás era inaceitável, hoje, com a implementação de políticas “publicas”, como o gestado no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU, acontece não somente a devastação da Mata Atlântica, bem como o incentivo à ocupação formal e à segregação social dos grupos menos favorecidos.

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Este trabajo tiene el objetivo de comprender las transformaciones en las dinámicas espaciales de la ciudad de Sorocaba, tiendo en referencia el proceso de dispersión de las actividades económicas a partir de la metrópoli de São Paulo. Esto, porque la restructuración de la ciudad tiene relaciones con procesos más amplios, que van a imprimirle nuevos contenidos, insertándola, al mismo tiempo, en escalas más abarcadoras. Existe, por tanto, la formación de una nueva entidad territorial, a través de las nuevas dinámicas que se han establecido, lo que permite tener en cuenta la existencia de nuevos límites para la región metropolitana de São Paulo.Sorocaba, ubicada en un radio de 100 km de la capital y a los bordes da carretera Castelo Branco, uno de los principales ejes de desarrollo del Estado, fue un lugar privilegiado para la implantación de las actividades económicas que se estaban dispersando. Por lo tanto, está fuertemente integrada a las nuevas dinámicas emanadas a partir de la capital.Para comprender estas dinámicas, analizaremos aspectos referentes a los cambios en la economía del municipio, así como en la morfología urbana, que refleja y condiciona las nuevas dinámicas metropolitanas que surgen.

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  A estrutura urbana do estado de Roraima, Amazônia setentrional brasileira, aqui é analisada através da geografia, buscando entender esse lugar, através de suas singularidades, no que se refere à estrutura urbana local. Examinamos a estrutura urbana de Roraima, para entender o papel de Boa Vista nesse contexto, em função da primazia urbana exercida por essa cidade. Refletimos os processos determinantes para esse arranjo da urbanização, onde se configura uma macrocefalia urbana numa fronteira política e de assentamento. Investigamos a relação entre espaço e tempo para entendermos as diferentes ações que aqui se impuseram e o movimento do fenômeno urbano e suas singularidades locais. Sendo assim, destacamos que, apesar da simplicidade do conjunto urbano roraimense com apenas quinze cidades, tem-se uma diferença deste com relação ao restante da Amazônia, demonstrada, não somente pela concentração na capital, em detrimentos das demais cidades, mas porque a capital roraimense é o centro de uma rede urbana solar, apresentando novas tendências de polaridade na última fronteira do Brasil.  

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O trabalho objetiva compreender a relação cidade-rio na Amazônia, levando-se em conta mudanças e permanências referentes à dinâmica e à caracterização de cidades consideradas ribeirinhas em três contextos sub-regionais distintos (Sudeste do Pará, Oeste Paraense e baixo Tocantins), na Amazônia oriental brasileira. A contribuição geográfica da análise assenta-se nas repercussões decorrentes da reestruturação mais recente do espaço amazônico e seus rebatimentos na forma de articulação da cidade com o rio, considerando espaços de vivências (laços) e de fluxos (nós) que marcam a organização intra-urbana atual. Para esse empreendimento, assume-se a perspectiva teórico-metodológica que considera o espaço geográfico como sendo relacional e multidimensional (concebido, percebido e vivido). Do ponto de vista empírico, o procedimento metodológico considerou três cidades paraenses (Marabá, Santarém e Cametá), de nível intermediário na rede urbana regional. A partir delas procurou-se destacar o papel que a cidade ribeirinha amazônica assume em realidades sub-regionais que se inseriram de forma diferenciada nas políticas de ordenamento territorial das últimas décadas. Com base em levantamentos de campo são sistematizados elementos das particularidades socioespaciais das três sub-regiões consideradas e que demarcam espacialidades e territorialidades diversas em nível intra-urbano, sugerindo, em consequência, políticas públicas diferenciadas quando se considera a relação cidade-rio na Amazônia.

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A paisagem urbana materializa a vida social e seus significados, demonstra assim a visão de mundo da sociedade que a constrói. O objetivo deste artigo é refletir sobre a concretização de uma paisagem do consumo em Dubai, procurando decompor seus significados, linguagens e representações. A paisagem será abordada como produto de uma governança que tem como foco a expansão do consumo. A metodologia utilizada na pesquisa consiste na observação sistemática de campo, descrição e interpretação da paisagem, analisando seus elementos constitutivos. Dubai pode ser considerada o exemplo mais contundente da paisagem do consumo e da cidade pós-moderna. Sua arquitetura revela o mundo do espetáculo e nessa dinâmica se concretiza a produção do espaço-mercadoria.