1000 resultados para Trabalho : Sofrimento
Resumo:
Avaliou-se a intensidade da sensação dolorosa e o comportamento, durante o trabalho de parto e parto, entre mulheres que tiveram parto normal, sem analgesia, nas posições semi-sentada, decúbito lateral esquerdo e litotomia. O estudo foi descritivo, transversal e correlacional. Foram usados um questionário validado que avalia dor e comportamento durante o trabalho de parto e parto, segundo a perspectiva da mulher, e duas escalas de dor: uma analógica e outra alfanumérica. Observou-se que a dor entre as mulheres que pariram em litotomia foi significativamente menor em comparação com decúbito lateral esquerdo (p=0,003), embora a posição tenha sido escolhida pela mulher. Houve associação entre dor e comportamento. A dor no trabalho de parto e parto estavam associadas entre si, assim como o comportamento nesses dois momentos. Os resultados indicam uma associação entre posição no parto e sensação dolorosa, mas não foi possível identificar fatores explicativos, sendo necessário desenvolver estudos longitudinais.
Resumo:
Objetivou-se acompanhar o processo de trabalho de uma equipe de saúde da família em suas reuniões de discussão de casos de famílias. Estudo de abordagem qualitativa, apoiado no referencial teórico-metodológico da análise institucional, linha esquizoanalítica. Acompanhou-se 17 reuniões, com participação média de 7 a 8 dos 17 trabalhadores que foram sujeitos do estudo. A equipe realizou discussão sobre as famílias, classificando-as segundo critérios de risco, refletiu sobre o que foi realizado e buscou possibilidades de ação. Houve estranhamentos ao se depararem com diferenças e dificuldades de escuta entre seus membros, que gradativamente foram vencidas, possibilitando situações de cuidado compartilhadas. A equipe empreendeu esforços para analisar o modo como cuida das famílias e para conseguir integração. Concluímos que as reuniões favoreceram a produção de cuidados e a construção da grupalidade na medida que a equipe, no cuidar lida com a subjetividade produzidas no trabalho.
Resumo:
Estudo transversal, comparativo que objetiva avaliar a qualidade de vida de idosos que realizam trabalho voluntário, comparando a idosos que não o realizam. Aplicou-se o questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde a um grupo de 166 idosos que realizavam trabalho voluntário e a outros 33 que não realizavam. Os resultados revelam a predominância de mulheres, sem companheiro e com alta escolaridade. Quando comparados os escores de qualidade de vida entre os grupos, não houve diferença estatística nos domínios físico e meio ambiente (p>0,05). Nos domínios psicológico, relações sociais e na avaliação global, os idosos voluntários apresentaram escores superiores (p<0,05). No modelo de regressão linear, realizar trabalho voluntário mostrou-se como determinante para melhor qualidade de vida no domínio psicológico e na avaliação global. Sugere-se o trabalho voluntário como mecanismo de promoção da qualidade de vida em idosos, e que pode ser estimulado pelos profissionais de saúde.
Resumo:
O estudo propõe-se a analisar as dificuldades e facilidades dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) frente ao trabalho em equipe. A análise pautou-se na perspectiva hermenêutica-dialética, tendo como referência os princípios do método de interpretação dos sentidos. As dificuldades e facilidades apontadas por eles revelam que trabalhar em equipe demanda relações efetivas, com ênfase na comunicação, respeito e cooperação, sendo as reuniões de equipe estratégia importante para isso. Depreende-se a necessidade de constantes investimentos nas relações entre os membros da equipe.
Resumo:
O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), conhecido por sua cronicidade, complexidade e altos índices de morbidade e mortalidade, é uma das principais causas de incapacitação no mundo. Há evidências crescentes de que seu curso pode ser modificado por abordagens psicoterápicas como a psicoeducação, que promove o aumento do funcionamento social e ocupacional, bem como da capacidade de manejarem situações estressantes. Trata-se de um relato de experiência sobre um grupo de psicoeducação para familiares e portadores de TAB, sendo esse pautado pela reflexão dos componentes do paradigma das práticas em saúde mental. A reflexão sobre os modos asilar e psicossocial quanto às concepções de objeto e modo de trabalho, possibilitou situar o grupo no modo psicossocial, pois o conhecimento e a vivência experimentados favorecem a autonomia dos sujeitos, que têm maiores chances de se posicionarem frente às dificuldades que lhes sobrevêm na sua existência-sofrimento.
Resumo:
Estudo transversal descritivo exploratório que objetivou analisar forças impulsoras e restritivas para trabalho em equipe em um Centro de Material e Esterilização (CME) de um hospital escola, a partir de aproximação da Teoria de Campo de Kurt Lewin, em Goiânia, Goiás. Participaram 35 profissionais, que responderam a um questionário autoaplicável, baseado na referida teoria, que prevê que situações grupais são permeadas por forças que mobilizam positiva ou negativamente seus movimentos e dizem respeito ao envolvimento do sujeito (Eu), a interação do grupo (Outro) e ao ambiente de trabalho (Ambiente). Foi utilizada análise de conteúdo no tratamento dos dados distribuídos nas dimensões predefinidas. Os resultados consolidaram 1.990 registros, categorizados como maioria (59,3%) de forças impulsoras, predominantes na dimensão Eu. Nas dimensões Outro e Ambiente observou-se equilíbrio entre as forças. O delineamento do campo de forças permitiu uma visão objetiva, concreta das limitações, potenciais da equipe estudada e possibilidades para promover mudanças.
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Trata-se de reflexão teórica sobre cuidado clínico de enfermagem em saúde mental dado à família. Diante da existência de um membro em sofrimento psíquico, a família delegava ao manicômio o cuidado do seu parente, cabendo à enfermagem colaborar com o trabalho médico, organizando o ambiente e garantindo o isolamento familiar e social. Com o advento da Reforma Psiquiátrica, pautada na proposta de atenção psicossocial, a família passa a ser alvo de atenção dos profissionais de saúde. Enquanto subsídios para o cuidado clínico de enfermagem em saúde mental, acredita-se na necessidade de mudança conceitual, na implementação da educação em saúde, no trabalho interdisciplinar e na clínica ampliada, garantindo a integralidade e a autonomia dos sujeitos. Compreende-se que o cuidado clínico de enfermagem deve permear a politização dos sujeitos, na qual os atores militam em busca da produção de autonomia e as práticas envolvem dignidade, criatividade, acolhimento, interdisciplinaridade, escuta e compartilhamento de saberes.
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Questiona-se de que forma o enfermeiro pode contribuir para a consolidação da Estratégia Saúde da Família (ESF), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), na busca da autonomia profissional. Discutem-se os limites e as possibilidades do trabalho do enfermeiro na ESF para a consolidação do SUS; avalia-se a oferta de consultas de enfermagem realizadas pela ESF de Belo Horizonte (BH); reflete-se sobre a face política da autonomia nos posicionamentos dos enfermeiros. Estudo de caso de natureza quanti-qualitativa. Foi avaliada a oferta de consultas de enfermagem em Unidades Básicas de Saúde (UBS) a partir de dados secundários e parâmetros oficiais, como indicativos de autonomia. Em seguida, analisou-se a autonomia no trabalho da ESF por meio de grupos focais. O enfermeiro pode fortalecer a ESF para a consolidação do SUS, se melhor compreender o contexto sócio-histórico, a ambiguidade das relações de poder e a prática social da profissão, aperfeiçoando-a crítica, coletiva e criativamente.
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Estudo descritivo que aborda a satisfação no trabalho de enfermeiros gerentes e assistenciais nos Serviços de Hematologia e Hemoterapia de um hospital público da cidade de São Paulo. Objetivou identificar fatores geradores de satisfação no trabalho de enfermeiros gerentes e assistenciais e subsidiar os resultados para a construção de indicadores para avaliação da qualidade do gerenciamento de recursos humanos em Enfermagem. Os componentes do trabalho foram: autonomia, interação, status profissional, requisitos do trabalho, normas organizacionais e remuneração. Participaram do estudo 44 enfermeiros. O instrumento de coleta foi o questionário Índice de Satisfação Profissional (ISP). Concluindo, este estudo permitiu identificar que o grupo assistencial foi o mais satisfeito, com ISP 10,5; o gerencial totalizou 10,0. Quanto à satisfação com a atividade atual, 88,9% dos enfermeiros gerentes disseram estar satisfeitos, assim como 90,9% dos assistenciais. Para os dois grupos, a autonomia foi o componente de maior nível de satisfação profissional.
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A trajetória profissional dos egressos permite analisar, compreender e refletir sobre o ensino superior e as características inerentes ao mercado de trabalho. Os objetivos deste estudo foram: apreender e analisar percepções de egressos de curso de graduação em Enfermagem de instituição privada em relação ao processo de formação, frente às condições de inserção no mercado de trabalho e às demandas vivenciadas no cotidiano profissional. O método utilizado foi o Discurso do Sujeito Coletivo. Os 104 egressos foram divididos em três grupos de acordo com a atuação após a graduação. A análise dos discursos possibilitou uma reflexão aprofundada dessa formação, indicando a necessidade de revisão do projeto pedagógico, destacando o ensino voltado para o desenvolvimento de competências nas quatro dimensões do processo de cuidar: gerência, assistência, educação e pesquisa.
Resumo:
A busca incessante pela realização de diferentes atividades provoca no homem um aumento das cargas laborais, levando ao aparecimento de doenças físicas, psíquicas e emocionais. Resolveu-se buscar evidências científicas sobre as formas de adoecimento pelo trabalho da enfermagem, bem como as formas para o enfrentamento e prevenção ao adoecimento e acidentes de trabalho. Utilizou-se a revisão Integrativa e a pesquisa foi realizada em bases de dados eletrônicas na área da saúde. Os descritores utilizados foram: doença ocupacional, prevenção ocupacional, trabalhador da enfermagem. Encontrou-se 27 artigos. Percebeu-se que os trabalhadores da enfermagem apresentam dores lombares, injúrias músculo-esqueléticas, sofrem acidentes com material pérfuro-cortante, estresse e tensão no trabalho, sofrem com poluição ambiental e dermatites.
Resumo:
Este estudo objetivou conhecer as dificuldades e perspectivas de mudanças que os enfermeiros identificam no desenvolvimento das ações educativas na Estratégia Saúde da Família (ESF). Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritivo-exploratória. Os dados foram coletados junto a 20 enfermeiros que atuam na ESF, no âmbito da 10ª Regional de Saúde do Paraná, por meio de entrevistas semiestruturadas, no mês de abril de 2010, as quais foram submetidas à análise de conteúdo. Os resultados demonstraram que os enfermeiros enfrentam dificuldades no desenvolvimento da educação em saúde junto aos usuários, à equipe, aos gestores e quanto à falta de recursos físicos, materiais e financeiros. Mas, a partir das dificuldades sentidas, buscam alternativas diversificadas para superá-las e sugerem modificações visando à melhoria na atenção primária à saúde da população, principalmente, no que tange ao trabalho educativo.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo compreender as potencialidades e limitações do processo de trabalho da enfermagem de uma Unidade Básica de Saúde para o reconhecimento das necessidades de saúde da população. A vertente metodológica utilizada foi a pesquisa social, na perspectiva qualitativa, tendo como base de análise dos discursos a hermêutica-dialética, e como alicerce a Teoria da Interpretação Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva. Os dados foram coletados por meio da entrevista semiestruturada e os processos de trabalho das equipes foram analisados através do Fluxograma Analisador do Modelo de Atenção de um Serviço de Saúde. Concluiu-se que há limitações no cotidiano do processo de trabalho da equipe de enfermagem à medida em que o reconhecimento e enfrentamento das necessidades de saúde perpassavam pela identificação de agravos instalados, deixando em segundo plano os determinantes sociais das más condições de vida associadas ao processo saúde-doença.
Resumo:
Essa pesquisa-intervenção teve como objetivo cartografar os movimentos instituídos e instituintes presentes no trabalho da Estratégia Saúde da Família, no que tange a composição de suas práticas cuidativas. O referencial teórico metodológico fundamentou-se na análise institucional, linha esquizoanalítica. Foram realizados encontros grupais com uma equipe para discutir o modo como realizavam os cuidados coletivos em ação de educação permanente em saúde. Os sujeitos da pesquisa foram trabalhadores da equipe e estudantes em atividade acadêmica no serviço. A média de participação foi de doze pessoas por encontro, sendo que se desenvolveram oito encontros no período de março a julho de 2010. Os dados foram agrupados em dois estratos imanentes: as relações da equipe e a relação com os usuários. Os estratos apontaram para o atravessamento das instituições de educação, justiça e da divisão técnica e social do trabalho. A reflexão coletiva em grupo mostrou-se potente, para desnaturalizar processos instituídos e interrogar lugares, saberes e práticas.
Resumo:
O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, que objetivou compreender o processo de trabalho de enfermeiros e médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF), do município de João Pessoa-PB, e identificar as estratégias e táticas alternativas desenvolvidas. O material foi analisado por meio da técnica de análise de discurso. Evidenciou-se a desarticulação entre os elementos do processo de trabalho aliada à possibilidade de transformação pela superação da invisibilidade dos sujeitos e seus saberes nos serviços de saúde. Conclui-se que as estratégias e táticas alternativas visualizadas constituem embrião para transformação dos processos de trabalho e superação dos modelos de atenção à saúde hegemônicos, demandando problematização contínua de concepções e práticas.